Ataliba, O Vaqueiro em projeto gráfico da Nova Aliança (Teresina-PI)
Ataliba, O Vaqueiro em projeto gráfico da Nova Aliança (Teresina-PI)

A Editora Nova Aliança, de Teresina-PI, iniciou um programa editorial para disponibilizar aos leitores e às escolas os principais clássicos da literatura de autores do Piauí. A iniciativa começa com a edição de um dos primeiros romances sobre a seca em circulação no país, “Ataliba, o Vaqueiro”, de Francisco Gil Castello Branco, e do consagrado  romance “Um Manicaca”, de Abdias Neves.

“Com a recente homologação de lei que introduz no currículo a obrigatoriedade da presença da literatura piauiense nas escolas do Estado, surgiu a necessidade de que as obras estejam à disposição”, diz o editor e livreiro Leonardo Dias, enfatizando que se esforça para colocar alguns títulos de valor estético inquestionável como opção para as escolas.

Para ele, é preciso abraçar com entusiasmo e responsabilidade social a possibilidade concreta de que a literatura regional venha a ser consumida pelos estudantes. “Estou fazendo minha parte e torço que professores, escolas e todo o sistema literário se empenhem para que cumpramos o nosso papel de formadores de leitores”, enfatiza.

As duas primeiras obras do projeto já começam a circular agora em dezembro. Trazem como prefaciadores os críticos literários Halan Silva e Carlos Evandro Martins Eulálio.

Em apresentação a Ataliba, o Vaqueiro, escreve o escritor Halan Silva:

“Até ser redescoberto, Ataliba, o Vaqueiro, de Francisco Gil Castelo Branco, permaneceu por exatos cem anos mergulhado no limbo. No Piauí e alhures, apesar da relevância e do pioneirismo temático, essa obra literária restou ignorada por várias gerações de público e de críticos. Editado em folhetim em 1878, no Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, e depois em livro em 1880, Ataliba, o Vaqueiro foi impresso com duas outras obras do autor, Hermione e Abelardo e A Mulher de Ouro, pela Tipografia Cosmopolita, do Rio de Janeiro.

No Piauí, de uns anos para cá, Ataliba, o Vaqueiro vem sendo reeditado, quase sempre acompanhado de anotações ensaísticas que contextualizam e relevam o valor estético dessa importante obra literária de nossas letras. As anotações trazem a assinatura de Franklin Távora, M. Paulo Nunes, Maria Gomes Figueiredo dos Reis, Maria do Socorro Rios Magalhães e Maria do P. Socorro N. N. do Rego.

            (...)”

Para ler mais,  é esperar os próximos dias...  a fim de apreciar o clássico da seca na literatura piauiense em edição da Nova Aliança.