Breve entrevista com Zemaria Pinto

Zemaria Pinto é o autor de A cidade perdida dos meninos-peixes, obra que será motivo de leituras de encantamento do Círculo Virtual de Entretextos de junho de 2021. Leia um pouco das motivações do autor para escrever a obra.

  1. DE ONDE VEM A PAIXÃO PELA LITERATURA?

R: Vem desde criança. Comecei lendo histórias em quadrinhos, depois passei a ler livros de literatura. E nunca mais parei. Todos os dias, leio por, pelo menos, duas horas.

 

  1. COMO SURGIU A IDEIA DE ESCREVER A OBRA “A CIDADE PERDIDA DOS MENINOS –PEIXES”? E PORQUE ELA RECEBEU ESSE NOME?

R: Como surgiu a ideia eu já não lembro mais... Existem, na literatura universal, referências à cidade submersa de Atlântida. E existem muitos mitos e lendas de seres aquáticos, com Poseidon, a Iara, as sereias, os botos... Um belo dia me bateu a ideia de escrever sobre um povo de uma cidade submersa. O nome do livro é uma referência a como os meninos do povo-água seriam chamados pelo povo-terra. E é “cidade perdida” porque ela nunca mais será encontrada...

 

  1. NA OBRA, SÃO RETRATADOS VALORES COMO AMOR E RESPEITO, É UMA FORMA DE REFLETIR E CRITICAR ALGUNS COSTUMES URBANOS?

R: Eu creio que o tema principal do livro seja a competição; um fenômeno da modernidade. Estamos sempre competindo e, para não perder, às vezes tomamos atitudes que prejudicam o próximo. Mas na relação com o outro – o amigo, o familiar ou mesmo os desconhecidos que encontramos na rua – é imprescindível o respeito. E o respeito é uma forma de amor.

 

  1. A QUESTÃO DIREITOS IGUAIS TAMBÉM É RELATADA NO LIVRO, QUAL O PROPÓSITO DISSO?

R: Eu acredito na igualdade de direitos como um valor fundamental da humanidade. Por isso, nas minhas histórias (inclusive nas escritas para o teatro), a igualdade de direitos está sempre em primeiro plano. Um dia, essa questão estará ultrapassada; mas hoje ela precisa ser realçada.

 

  1. QUAL A MENSAGEM QUE VOCÊ DEIXA PARA OS AMANTES DA LEITURA?

R: A leitura é um exercício para o cérebro. A leitura nos mantêm lúcidos e mentalmente sadios. Mas a principal função da leitura é nos fazer felizes, porque ela nos proporciona prazer. Essa equação leitura/prazer/felicidade é fundamental para que a humanidade supere aquela condição de permanente competição que é mostrada em “A cidade perdida dos meninos-peixes”.