[Maria do Rosário Pedreira]

A monumental obra de Jorge Luis Borges (não me refiro ao tamanho, bem entendido) não foi brindada, como merecia, com o Nobel da Literatura, o que pode considerar-se bastante injusto se tivermos em conta que se trata de alguém que inventou uma forma de escrever única e irrepetível (apesar dos epígonos). Mas mais importante é tê-la disponível para leitura. Ora, a poesia de Borges foi traduzida pelo também poeta Fernando Pinto do Amaral e editada em quatro volumes pela Teorema e o Círculo de Leitores há uns quinze ou vinte anos, mas estava desaparecida do mapa das livrarias, o que era um tremendo mau sinal. Não havendo agora carcacanhol para comprar quatro volumes (ainda por cima eram todos de capa dura e sobrecapa), a Quetzal dá  milagrosamente à estampa num único volume a Poesia Completa. São poemas escritos pelo mestre argentino de 1923 a 1985, de Fervor de Buenos Aires (o primeiro livro) até Os Conjurados (o último),  reunidos numa edição de luxo com uma capa que tem uma belíssima ilustração de Lia Pereira. À venda a partir de ontem. Ide ler!

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