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Quero beber! Cantar asneiras

No esto brutal das bebedeiras

Que tudo emborca e faz em caco...

Evoé Baco!

 

 

Lá se me parte a alma levada

No torvelim da mascarada,

A gargalhar em douro assomo...

Evoé Momo!

 

 

Lacem-na toda, multicores,

As serpentinas dos amores,

Cobras de lívidos venenos...

Evoé Vênus!

 

 

Se perguntarem: Que mais queres,

além de versos e mulheres?

- Vinhos!... o vinho que é o meu fraco!...

Evoé Baco!

 

 

O alfange rútilo da lua,

Por degolar a nuca nua

Que me alucina e que não domo!...

Evoé Momo!

 

 

A Lira etérea, a grande Lira!...

Por que eu extático desfira

Em seu louvor versos obscenos,

Evoé Vênus!

 

 

 

Do livro Carnaval