Apesar dos rumores de que James Cameron não iria dirigir as sequências de Avatar, ele assinou os contratos e confirmou esta semana que estará no comando dos próximos dois filmes.
Avatar traz uma narrativa muito voltada à preocupação ecológica, de maneira que mostra como o ser humano está em constante desconexão com a natureza do planeta Terra, fazendo com que ele corra grandes riscos. É por isso que os próximos filmes devem seguir a mesma temática de proteção ambiental.
Quando Cameron fez o primeiro filme, precisou criar o roteiro em conjunto com os artistas para ficar, de fato, imerso naquele “mundo” e conseguir conceber uma história. O diretor deve começar a escrever os filmes no começo de 2011 e iniciar a produção do segundo longa-metragem também no final do ano que vem.
Para o próximo filme, será necessário desenvolver uma nova técnica de computação gráfica relacionada aos oceanos e ao fundo do mar. Há uma necessidade de aumentar a quantidade de fps (quadros por segundo) durante as gravações, partindo da taxa dos atuais 24 fps para 48 ou 60 fps. Dessa forma, as cenas ficam mais realistas e, teoricamente, fáceis de editar.
Avatar 2 terá diversas cenas gravadas na floresta amazônica, mas sem uma grande equipe de gravação ou atores. A intenção é apenas capturar o local e unir com a computação gráfica para criar as cenas do filme. Além disso, é claro que as sequências também virão em 3D.
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A previsão é de que Avatar 2 esteja em cartaz no Natal de 2014. Já a terceira história da “saga” deve ser lançada ao fim de 2015 — uma longa espera para os fãs. Enquanto as produções não chegam, que tal conferir quais foram 'As novas tecnologias do filme Avatar'?".
O dado vem do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo monitoramento oficial da região. A entidade está investindo em espiões aéreos de alta tecnologia para aprimorar as informações fornecidas por satélites, aviões israelenses não tripulados e até chips de identificação por radiofrequência. Mas é preciso ir além e mudar o comportamento dos fornecedores e consumidores de madeiras nativas.
Pela lei, a extração só pode ocorrer após o Ibama aprovar um plano de manejo, conjunto de técnicas para retirar as árvores mantendo a floresta em pé e saudável (caso da reserva da Precious Woods,em Itacoatiara, AM, mostrada na foto). “Estabelecem-se procedimentos e limites para o corte, que, em alguns casos, não passa de cinco exemplares por hectare”, explica Leonardo Sobral,coordenador de certificação florestal do Imaflora. Parece pouco, mas não é: “Em média, uma árvore nativa oferece de 10 a 15 m3 de madeira, enquanto um eucalipto gera de 0,30 a 0,50 m3”, compara.
Para Geraldo José Zenid, diretor do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o problema é concentrar a exploração em poucas espécies. “Temos de incentivar o mercado e os consumidores a buscar informações sobre madeiras alternativas e tirar proveito da diversidade que a natureza nos oferece”, afirma.
CONHECER PARA CONSERVAR
Hoje, 64% da produção amazônica permanece no país, especialmente para abastecer a construção civil. Só no estado de São Paulo, estima-se que 42% dessa madeira vá para estruturas de telhado, 28% para andaimes e fôrmas e 11% para forros, pisos e esquadrias.
“O consumidor pode tornar a extração mais sustentável”, diz Geraldo José Zenid, que recomenda:
- Exija do fornecedor a nota fiscal e o documento de origem florestal. Prefira produtos certificados.
- Não compre espécies ameaçadas ou com exploração e comércio proibidos pelo Ibama, como pinho-do- paraná e peroba-rosa.
- Prefira madeiras alternativas, como angelim-pedra, cedrinho e tauari. Confira outras na publicação - Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil, no site do IPT".
Carolina Oms
Especial para Terra Magazine
Atento aos estudos sobre os impactos das mudanças climáticas globais e às notícias sobre a Cúpula do Clima (COP-15) em Copenhague, Dinamarca, o geógrafo Aziz Ab'Sáber, 85, considerado referência no assunto, ratifica a tese de que o planeta está mesmo aquecendo. Mas não acredita que as medidas apresentadas na conferência possam impedir esse processo.
O professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) classifica a conferência como "farsa". "Em um lugar com mais de 1.000 pessoas, não pode haver debate ou questionamentos", justifica.
Tampouco acredita nas metas levadas para a redução de emissão de CO2: "São metas irreais. Quando um país leva uma meta que vai reduzir 40%, por exemplo, não vai".
Ponderado, o professor, critica os que ele chama de "terroristas do clima": "Não tenho dúvida de que as causas (do aquecimento) não são tão perfeitas quanto eles pensam".
Ab'Saber estuda geografia há 68 anos (ingressou aos 17 no curso de geografia da USP), ele afirma que os "terroristas" não consideram os movimentos periódicos do clima ou as variações climáticas ao longo da história da Terra.
Sobre as consequências catastróficas prenunciadas pela maioria dos cientistas, ele também faz inúmeras ressalvas. Para ele, o aquecimento não causará a desertificação das florestas tropicais, ao contrário. "A tendência, no caso da mata Atlântica e da Amazônia, é que elas cresçam", defende.
Leia os principais trechos da entrevista:
Terra Magazine - O que o senhor está achando da 15ª Conferência das Partes da ONU em Copenhague, a COP-15?
Aziz Ab'Saber - Copenhague é uma farsa, quando eu vi que levaram cerca de 700 pessoas do Brasil pra lá eu disse "meu Deus", essas pessoas não terão um segundo pra falar, nem nada. Para mim, quando uma conferência passa de 1.000 pessoas na sala, elas ficam só ouvindo as metas e propostas dos outros. Não há espaço para debate ou questionamento. Além disso, os países levam metas irreais. Quando um país diz que vai reduzir 40%, por exemplo, não vai. Espertos são os países que levam metas baixinhas.
E quanto ao objetivo central da conferência: reduzir as emissões de CO2?
Não tenho a menor dúvida de que as causas não são tão perfeitas como eles pensam. Mas é fato que está havendo um aquecimento: Na cidade de São Paulo, no século passado, tinha 18,6 graus Celsius de temperatura média na área central. Hoje, tem entre 20,8 e 21,2 graus. Se a gente fizer a somatória de todas as cidades em São Paulo e as contas do desmate ocorrido no nosso território, veremos que com esses desmates o sol passou a bater diretamente no chão da paisagem. Se esse aquecimento é em função do calor das grandes cidades... O clima urbano deve ser considerado, porque evidentemente esse clima tem certa projeção espacial, em algumas cidades mais em outras menos.
Há também que se considerar os efeitos das chamadas Células ou Ilhas de Calor, por que quando eu digo que a temperatura da cidade de São Paulo aumentou nesse século, eu não falo do estado como um todo, nem mesmo da cidade. A temperatura medida na área central é uma, nos Jardins é outra e, lá onde eu moro, perto de Cotia, é outra.
E os inúmeros alertas para as consequências do aquecimento: O aumento do nível do mar, a desertificação de florestas...
Mas essas observações de que o aquecimento global vai derrubar a Amazônia são terroristas! Há um aquecimento? Sim, seja ele mediano ou vagaroso, mas, quanto mais calor, a tendência, no caso da mata Atlântica e da Amazônia, é que elas cresçam e não que sejam reduzidas. Parece que essas pessoas, esses terroristas do clima nunca foram para o litoral! A gente que observa o céu vê que as nuvens estão subindo e sendo empurradas para a Serra do Mar, levando mais umidade para dentro do território. Esses cientistas alarmistas não observam nada, não têm interdisciplinaridade. Na média, está havendo aquecimento, mas as consequências desse aquecimento não são como eles preveem. Mas essa é uma realidade não relacionada tão diretamente com a poluição atmosférica do globo e pode sofrer críticas sérias de pessoas com maior capacidade de observação.
Esse ano nós tivemos um clima problemático... Enchentes sérias em São Paulo, em Santa Catarina...
Esse ano é um ano anômalo, El Niño funcionou por causa do aquecimento do Pacífico equatorial, a umidade veio pra leste, bateu na Colômbia, lá houve problemas sérios, inundações. Aqui, essa massa de ar úmida entrou pela Amazônia e outras regiões sul-sudeste, e perturbou todo o sistema de massas de ar no Brasil. E continua, isso vem desde novembro do ano passado até hoje. Quando o pessoal diz: "Olha, está muito calor, o aquecimento!", eles não sabem as consequências das perturbações climáticas periódicas. E aí entra o problema da periodicidade climáticas que ninguém fala! Se não falarem disso lá em Copenhague, será uma tristeza para a climatologia. A periodicidade do El Niño é de 12 em 12, 13 em 13, ou 26 em 26 anos. Então ontem, no jornal, alguém disse: "O último ano que fez tanto calor foi em 1998". Há 11 anos, a medida do El Niño, então esse calor, essas chuvas, é um tempo diferenciado provocado pelo El Niño.
E o que aconteceu?
O que aconteceu naturalmente? Sem indústria, sem nada: Entre 23 mil e 12 mil anos A.P. (termo da Arqueologia, significa "Antes do Presente". Tendo por base o ano de 1950), houve um período muito crítico. O planeta passou por um período de glaciação. Devido ao congelamento de águas marinhas nos pólos Norte e Sul, o nível dos oceanos era cerca de 90 metros mais baixo do que o registrado hoje. A partir de 12 mil anos atrás, cessou o clima frio e começou a haver um aquecimento progressivo. Com isso, o nível do mar subiu, ele tinha descido 95 metros.
Isto, por conta do aquecimento...
Com o aquecimento, as grandes manchas florestais, que haviam se reduzido a refúgios, cresceram. A esse processo, que aconteceu principalmente na costa brasileira, eu dei o nome de "A Réplica do calor" e o período foi chamado de Optimum climático. Durante esse Optimum climático, o calor foi tão grande que o nível do mar subiu, embocando nas costas mundiais, formando baías, golfos, rias (canal ou braço do mar).
E o que aconteceu depois?
Houve mais chuvas, o que favoreceu a continuidade das florestas. O optimum é uma fase da história climática do mundo que vários cientistas e o próprio IPCC não consideram. Como naquele período, nem a mata Atlântica nem a Amazônia desapareceram do mapa, não é certo dizer que até 2100 a Amazônia vai virar cerrado.
Qual é o principal risco do aquecimento, então?
Conclusão: se está havendo certo nível de aquecimento que é antrópico (relativo à ação do homem), o que irá acontecer é certo degelo - que não é relacionado com as coisas que eles falam lá de supra atmosfera, o homem tem uma pequena parcela nisso. A conclusão que se chega é que haverá impactos nas cidades costeiras. Realmente é perigoso: há aquecimento, há degelo e o mar está subindo.
Mas esse aquecimento é controlável pelo homem? É possível impedi-lo?
Não é possível. O que é possível é que as cidades costeiras comecem já seus projetos para defender as ruas principais, mais rasas.
A redução da emissão de gás carbônico pelo homem vai amenizar um pouco esse processo, mas eles falam nisso sem lembrar a periodicidade, eu não desprezo o fato que as emissões de CO2 podem influir na climatologia do mundo, mas eu acho ruim que eles não conhecem dinâmica climática, não sabem nada do que já aconteceu no passado de modo natural e estão facilitando a vida dos que querem aproveitar-se da situação.
Quem são esses?
Por exemplo, o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB-AM), que disse recentemente: "Nossa região é uma vítima do aquecimento global, não a vilã". Eles pensam assim: "Já que o aquecimento global vai mesmo destruir a Amazônia, que deixe a floresta para nós". A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), diz que agricultura nunca afetou em nada o meio ambiente... O problema é o mesmo, na Amazônia, a diminuição da mata que permaneceu quase intacta até 1950. Eu estive lá: Era tão difícil estudar lá, de tão ampla que era a mata, biodiversa e densa.
E Hoje?
Vai lá pra ver como está. O desmate da cidade é incrível! Tem uma coisa que eu não gosto de dizer para jornalista... Mas vou dizer: Todo espaço virou mercadoria! Nos arredores da cidade, especulação. Não são produzidas coisas economicamente boas para o Estado e para o País. O espaço é todo deles!