AS MALDADES DO GOVERNO TEMER
Por Cunha e Silva Filho Em: 04/10/2017, às 08H54
Cunha e Silva Filho
Leitor, não vejo outro meio de classificar esse governo Temer do PMDB senão com o título dado a este artigo, como também não aprovei a insensibilidade do governo Dilma nem a corrupção deste último e a dos dois mandatos do governo Lula,sobfetudo nosefgundo mandato no qual os diversos escândalos de corrupção ativa e passiva entre o governoederal ea inciativa privda do rnde empresaraido.
O de FHC foi desastroso no tratamento que deu aos funcionários públicos, os quais amargaram praticamente uma década de arrocho salarial enquanto escancarava, nos leilões regados a gritos de vitória dos ricos, aprivatização de algumas estatais federais para entregá-las aos capitalistas sôfregos por abocanharem o filé mignon em vários setores, sendo um deles, um dos mais vitais, o dos planos de saúde que infestaram o país e que têm se comportando como uma espécie de confisco paulatino de diluição do poder de compra dos seus usuários, tão escorchantes são os aumentos por vezes, dois aumentos anuais, decretados pela tal agência federal chamada ANS (Agência Nacional de Saúde).O Estado brasileiro, assim, agindo, comete uma ilegalidade com a sociedade que já paga impostos excessivos sem receber em troca da parte dos governos federal, estaduais e municipais nenhum benefício nos setores da saúde, da educação, do transporte e da segurança.
Ora, tais aumentos dos planos servem não somente para canalizar mais dinheiro aos cofres do governo federal, através dos impostos arrecadados, como também para aumentar gigantescamente a lucratividade dos donos de planos de saúde, dos hospitais e clínicas particulares num país, cuja maioria da população não tem dinheiro para adquirir um plano. Se a população tivesse hospitais e postos de saúde de qualidade, não precisaria de gastar seus minguados salários para ter um plano de saúde.
Veja que essa é uma das grandes maldades praticadas discricionariamente pelo governo de plantão que, mesmo sendo denunciado por corrupção de suas figuras centrais, ainda por cima dita normas autoritárias que só prejudicam a saúde e o bolso dos brasileiro, sobretudo dos funcionários públicos, cujos salários foram congelados pelo governo federal. Torna-se, dessa forma, um absurdo e uma injustiça flagrante determinar aumentos nos planos de saúde sabendo que o funcionalismo terá por dois anos seus vencimentos congelados.
O governo federal está dando dois tratamentos desiguais no tocante ao custo de vida: 1) permite o aumento de todos os produtos (remédios, plano de saúde, transporte, impostos, tarifas etc.) atingindo toda a sociedade; 2) congela os salários do funcionalismo que, com o mesmo salário, terá que enfrentar a alta do custo de vida sem, porém, ter tido aumento algum. Ao agir assim, o governo está exorbitando de seus poderes sobre os funcionários, quer dizer, está prejudicando os seus servidores.
Por outro lado, no setor privado, comerciantes, banqueiros, o grande empresariado, enfim, capitalistas de todos os setores estão sendo beneficiados porque todos eles livremente majoram os preços de suas mercadorias e de seus diversos produtos, os quais, por sua vez, vão ter grande impacto nos preços para os consumidores. Por conseguinte, o governo prejudica duramente parte de seus servidores, sobretudo os que não recebem altos salários que podem aguentar o custo de vida por dois ou mais anos. Qualquer aumento no setor dos planos de saúde em nada abalará os políticos, os ministros, os funcionários do alto escalão da República.
Que o Sr. Temer se volte para mudar essas injustiças contra os que ainda resistem a ter planos de saúde. Os homens de negócios, os ricos e afortunados, donos de comércio, de clínicas, de hospitais, de supermercados, de shoppings, de indústrias, os profissionais liberais conseguem aguentar e pagar os aumentos dos planos de saúde (embora mesmo entre eles existem alguns que se queixam dos extorsivos aumentos nesse setor da saúde privada) visto que, se eles mesmo sofrerem aumentos, eles terão que repassar os custos aos preços de seus negócios diversos. E o funcionalismo, como terá que repassar suas perdas e –repito -, se vive só de seus vencimentos, esperando as boas graças do governo?
Sr., Presdente Temer, congelamento de salários não vale se não é para todos em conjunto. É, antes, confisco salarial. Os funcionários não são bodes expiatórios para tapar o gigantesco buraco das finanças públicas feito por brasileiros corruptos da política e de parte considerável do alto empresariado. Não nos venha cobrar a conta dos ladrões, políticos e empresários (com poucas exceções) que levaram o país à recessão, ao alto desemprego à violência brutal e à bancarrota.