VIII

E dizia, o tal letrado,
pra platéia circundante,
em discurso improvisado,
com maldade redundante,
que a Dianna do Cercado,
do Brasil Neo-Imperante,
era cantora sem grado,
sem palavrório marcante.
E que, oimas!,
antecoante!,
a Dianna do Cercado
do Gran Brasil Importante,
não receberia aval selado
dos doutores impetrantes
oriundos de um Falado,
um tantinho embolorado,
repleto de regras, antiquado,
o falar colonizado
do brasilês, importado
de neoterras, imperante
no Segre do vei-passado,
do Mundo Desarmonizado
do dito grupo falante
que se queria exaltado.

E relembrando do D(o)ado
de sua parenta cantante,
a Circe de outro Enrolado,
do 2005,
Passante,
bastiu um entrevero exaltado
com o Jaião perpassante,
enquanto o Netuno, arredado
da tal Contenda Inflamante,
se pôs um pouco de lado,
apreciando a Cantante,
apreciando o ritmado
da Diannazinha Dummont,
a Dianna do Alargado
Neo-Brasil Proto-Gigante,
mas, pronto para um eixeco estressado,
muito bem aquilatado,
disposto a se meter no Intrincado,
se a Dianna do Narrado,
Neo-Narrado Espiralado
longe da Norma Imperante,
falhasse no seu Neo-Rimado,
perdesse o fio vibrante,
caindo no desagrado
de algum Leitor Importante,
e, sem fôlego animado,
sem fôlego gaseificado
de Prima Luz, ofertado,
falhasse no seu rompante,
e, com muito desagrado
perdesse o rumo da Ponte,
a Ponte do Neo-Sagrado,
Pontilhão Espiralado
que liga a mente Pensante
ao Plano Espiritualizado.

E foi assim o eixequinho
da Diannazinha Lunar
com o Jaiãozinh’Avozinho
da outra banda do mar,
na Taberna do Marinho
Netuninho Du Vei-Mar,
tomando gole de vinho
e alteando o parolar,
politizando o Pergaminho
com o Trovar do Neo-Luar,
buscando um Bello Caminho
para acertar o rimar
e vencer o Ávol’inho
com Verça Espetacular.

E foi assim o eixecado
da Diannazinha Dummont
com o Vei Mui Estressado
de um Passado Bell Distante,
aquele do Vei Falado,
falado conceituado,
um tal de pompa importante,
mas sem calor renovado,
sem cotejo neobrilhante
e sem seiva de Primado:

Saiba Vosmicê do Traçado
repleto de circunstância
que, esta, a vos falar enrolado,
não tem muita tolerância
para dialogar alinhado
com gente de veira importância,
pois seu conhecimento alargado
coloca-se espiralado
em cogito diferenciado
em um Neo-Cantar Diletante.

E eis aqui o historiado
deste eixecado inflamante,
neste Armazém Neo-Honrado
de Netuno Veiro’Amante,
neste Vinte e Um, começado
quomodo Segre Apreçante,
um apreço renovado
neste Mundo Guerreante,
necessitando, apressado,
de um Neo-Cantar bem vibrante,
para mostrar ao Pro-Futuro
que um Brasil Já Sem Muro
delineia-se vibrante,
depois de um período escuro
que já se encontra distante.

No terceiro grau alado
de uma Nova de Novembro,
no Quarenta e Seis Porejados
do Segre Vinte Estupendo,
em um vinte e cinco assinalado
quomo data encantatória,
nasceu a Dianna do Narrado,
narrado sem muita glória,
pois seu pensar espiralado
não ganhou fama notória.

Os importantes do Fechado,
daquele Segre Vei-Memória,
um Grupo empoleirado
em fama vei-meritória,
muito bem calcificado
em regras de um tempo findo,
não perceberam o Neo-Mudado
de um falar muito lindo,
um falar necessitado
de um novo tom recém-vindo,
para realçar o Cercado
do Brasileiro sofrido,
que há muito estava alheado
de um Falar concorrido,
seguindo regras de Além-Mar,
calcadas em vei estampido,
o som do passado exemplar
e de um poder já perdido,
um grupo vei-milenar
em velho fardão metido,
com a cabeça no vei mar
do conceitual exigido,
tomando chá secular
no Plano do Corrigido.

E o contra-ataque do Jaião,
contra-ataque de assustar,
meu Ouvinte!, Meu Irmão!,
a vós não quero narrar,
pois o dito cujo Truão
não parava de urrar,
um Truão Atrapalhão,
atrapalhando o Bell Narrar
da Dianna Concepção
que estava alegre a namorar
o Netuno Poseidon
da nossa parte do Mar,
pois, em rota aquariana,
viera, para cooperar
com a viagem da Dianna,
uma vidente lunar,
que naquela eloqüência insana
estava com o Jaiasão a lutar,
enquanto o Netuno Bacana
ficava de lado a olhar
o tal entre-eixeco-gincana
do Jaião com a Lunar,
pois, o de Força Octoniana,
o Netuno PreAmar,
um pouco velho e sem gana,
não estava a fim de brigar,
deixando o cargo p’ra Dianna
Arthemis Luna Du Mar.

Então!?
Então, então, como não?
Foi um quebra-pau de arrasar!
O dito cujo Jaião
contra a Dianna Du Mar.
Na hora do eixeco gritante,
o Netuno, Veiro-Cansado,
ficou de fora, distante,
deixando a Dianna de lado,
mas, com certeza!, oscilante,
a recuperar o Forçado,
se a dita cujo Implicante
precisasse um Ajudado,
pois seu Tridentão Arpoante
conservava o valor d(o)ado
per Homero Edificante,
o Vate do Bell Pasmado
dos Gregos, itinerante,
andando sempre ocupado
em espalhar no horizonte
de um Futuro Puridado
o seu cantar alteante
e as rimas de seu rimado,
cantando a fúria inconstante
de Qualquer Proto-Ativado,
ou Rancho Revigorante,
Vitalizado, Agitado,
provindo, pré-guerreante,
do Mundo Mitificado,
a abalar a Estreante
e seu Cantar Renovado,
enquanto a dita cuja Adamante
recuperava o Passado.

Os urros do Afolido
espalhavam-se no horizonte,
em volta do Enlouquecido
armou-se querel’arfante,
era o povo do lugar
apreciando a Rompante,
torcendo pela Del Mar,
chamada também Del Mont,
pois sua aura sem par
brilhava, desafiante,
com a Lua Cheia a brilhar,
abençoando o neo-instante
do eixeco singular
entre a Dianna e o Gigante.

O Vei Gigante gritava
em cantorio horroroso,
e, à Dianna, intimava
um responso vigoroso,
o qual, a Dianna dizia
que o seu cantar neoformoso
não pertencia a secrelia
de um Vei Cantor Secreloso.

E o Secrelão do Passado,
o dito cujo Jaião,
em prosar desafinado,
criticava a do Sertão,
dizendo que o neo-do(a)do
era pura invenção
de cogito atrapalhado
distante da Vera Razão,
epos heroicizado
não existia acá mais não,
e mundo mitificado,
com bando de deuses em ação,
era coisa do passado
do português Avozão,
e que o Brasil, Neo-Consagrado
pel Luís em Ação,
não tinha Poeta Grado
para elevá-lo à condição
de País Abençoado
com um Neo-Cantar Bastião;
boa vontade no Cercado,
o Neo-Brasil do Eirão,
para cantar o Primado
do Bom Luís Grande Irmão,
era material descartado
― não existia, isto não! ―
pelo rico endinheirado,
o que recusa um doado,
um simples magro tostão
ao pobre descamisado
que vagueia na amplidão;
e mesmo qualquer galanado,
qualquer doutor da Nação
preso ao Rancho Politizado,
contrário à Limpa Eleição
do Pernambucano Atilado,
deseja que o Laureado
saia do Planalto Elevado
com a escudela na mão,
ou seja,
o rico do Neo-Brasil Muito Amado
não gosta do Luís, não!,
e deseja que, o Premiado
com o voto da população,
erre em seu passo do(a)do,
para fazer do Gran Cercado,
o Brasil Ex-Exerdado,
em novel bastidor tramado,
um País em Ascensão,
no Mundo todo firmado,
assinado e bem gravado,
quomodo de Direção,
estorvando o Contrariado,
o grupinho aenvidado
que não quer o Luís, não!,
não quer o País honrado,
o tal da oposição,
não quer que seja ovacionado,
no Mundão admirado,
o Brasil Ex-Eixerdado,
pel o Luís comandado,
e per outrem assinalado
com Nobre Classificação
no Mapa recém-desenhado
deste Presente Segrão,
o qual,
em um Amanhã Renovado,
será bem considerado
quomodo Aveziboõ,
Siiralento, Animado,
e nunca mais maculado
com a pecha da eixerdação,
e que o eixerdado já passado
não volte na contra-mão.

No entanto, e, entretanto,
a narradora a mim contou,
quem venceu o EixeCanto,
com muita honra e louvor,
foi a Dianna do NeoManto,
Brilhante, de Furta-Cor,
aquela que nasceu no Monte
do Divino Esplendor,
e que, naquele vero’instante,
já se despedia, anelante,
do Netuno Vei-Amor,
e de seu Tridentado Importante.

Entretanto, intralente,
retomando o Neo-Narrado,
a Dianna tão Valente,
do Gran Brasil Puridado,
estava indócil no Lar,
no Rio Maravilhado,
ou Rio Mui Exemplar!,
e, num momento de mente,
e, de repente, contente,
pegou o seu celular,
telefonou pro Influente,
aquele Sol Bonitão,
solicitou a Alada,
a Charrete Iluminada
repleta de superstição,
e voou em disparada,
com a alma renovada,
ao lado do Brilhantão,
para a Montanha Sagrada
do Alto da Conceição,
localizada e firmada
nas serranias doiradas
de seu Estado Antigão,
a Minas Gerais do Passado,
um passado idolatrado,
com muito empenho guardado
no fundo do coração.
Só que, ao longo da Estrada,
a tal, diferente e alada,
a Carruagem Dourada
seguiu por uma neo-estrada,
a chamada Via Honrada,
e foi parar, indomada,
na Praia do Grande Saco,
ou Saco Grande da Praia,
onde o parente de Bacco,
o Netuno PreAmar,
estava ali a morar.
E, antes que este enredo
sem medo
se transforme em um torpedo
e saia do linear compressão,
é preciso explicar,
com justa consideração,
e, com grande verve, narrar
a terrível confusão,
uma confusão de rascar!,
e de muito complicar
o teor da neocanção,
quando o Toinzão Milenar
deixou a Dianna no ar
e se mandou, num piscar,
para o Oriente Antigão,
mas, prometendo voltar,
para, em viagem, levar,
na prima hora sem-par
do seguinte diapasão,
ou medida do narrar,
por certo!, espetacular,
a Diannazinha Dumar,
saudosa de seu sertão,
até ao Alto Estelar
da Montanha Secular,
chamada pelos de lá
de Montanha Basilar
ou Monte da Conceição.