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As aventuras de Circe Irinéia, 18



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A SEGUNDA AVENTURA DE CIRCE

E Circe se deparou com a sua Segund’Aventura,
pois, em um cantinho da sala,
carregando grande mala,
estava uma estranha criatura,
dizendo, a já predita figura,
que a mala era dela,
da Circe Multi’ Aquarela,
mandada, com mui ternura
e também com muito amor,
por seu Senhor Protector,
o Jano Multi’Esplendor,
um deus fenomenal,
deveras sensacional,
o qual enviava nela,
à Circe Multicolor
ou Circe Muito Singela,
u’a maleta real,
com letras de autêntico valor
provindas de Portugal,
e juntamente com ela,
a tal maleta’esplendor,
o Jano Patulcial
do Grandioso Portal,
enviava à Circezinh’Aquarela
afeto incondicional.

A estranha criatura
saíra do plano considerado real
das Estórias ditas de Fadas
do Sonho em Espiral,
pois a Circe Fermosura
andava, muito bem segura,
no Imaginário-Em-Aberto,
em sua segunda aventura,
fenomenal e irreal,
na Estrada tortuosa,
considerada enganosa,
mas, por certo!, gloriosa!,
do Mundo dito Anormal,
onde alguns duendes famosos
a espreitavam, curiosos,
e, entre si, dialogavam,
todos eles ansiosos
por um dedinho de prosa
com a Circezinha Fermosa,
a protegida querida
do Jano Muito Influente,
o demiurgo do Portal,
aquele Portal diferente
que separa a humanidade
repleta de racionalidade
do Mundo Extra-Vital.