Artigo de Estêvão Bertoni sobre o arqueólogo André Penin (1976 - 2012)
Por Flávio Bittencourt Em: 14/01/2012, às 09H47
[Flávio Bittencourt]
Artigo de Estêvão Bertoni sobre o arqueólogo André Penin (1976 - 2012)
O texto foi hoje publicado pela Folha de São Paulo.
IMAGEM APROXIMADA DO TUXÁUA AJURICABA,
que liderou os guerreiros banibas, passés e manaús
na luta armada contra o invasor luso:
(http://jmartinsrocha.blogspot.com/2008/07/ndio-guerrei-ajuricaba-da-tribo-de.html)
Que era dona deste imenso continente (...)"
Chief Sitting Bull
(CHEFE TOURO SENTADO,
QUE, ALIADO A SEU COLEGA
CHEFE CAVALO LOUCO (Chief Crazy Horse),
DERROTOU, EM BATALHA CAMPAL,
O CORONEL CUSTER E OS SEUS COMANDADOS
DO SÉTIMO REGIMENTO DE CAVALARIA DO
EXÉRCITO DOS ESTADOS UNIDOS,
perto do rio Little Bighorn, Condado de Big Horn,
Estado de Montana (EUA), nos dia 25 e 26 de junho de 1876):
(http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/archive/a/a8/20110218004054!Sitting_Bull_2.jpg)
“A experiência cristã das Missões Guaranis
representa um verdadeiro triunfo da humanidade”.
(VOLTAIRE)
O TUXÁUA DO GRUPO PERCUSSIONISTA DO NOVO MÉXICO
OUVE A GRAVAÇÃO DE STAND BY ME, ONDE O TAMBOR
MILENAR DO Twin Eagle Drum Group, DE ZUNI,
É PERCEBIDO PELOS FONES DO APARELHO DE
CAPTAÇÃO DAQUELES SONS MARAVILHOSOS:
Twin Eagle Drum Group, Zuni, New Mexico
(www.tunedn.com/tag/438/twin-eagle-drum-group/)
Stand By Me_movie trailer_fotos de los niños en la actualidad [TRAILER DO FILME Conta comigo, COM A MÚSICA, principal da respectiva trilha sonora, SENDO INTERPRETADA POR BEN E. KING],
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=fdQKorfypZQ
"A LENDA DO RIO AMAZONAS
Conta a lenda que a Lua vestia-se de prata e o Sol de ouro, sendo eles donos da noite e do dia, respectivamente.
Apesar do amor ardente entre ambos, o mundo acabaria se os dois se unissem em casamento, pois o Sol queimaria a terra e, nem mesmo o choro triste da Lua apagaria suas chamas. Mesmo apaixonados um pelo outro eles se separaram, obviamente tristes.
A Lua não poderia se casar com o Sol porque também amava a Terra e não queria vê-la arder, pois sabia que nem chorando dilúvios de lágrimas conseguiria apagar o fogo do Sol.
Desesperada, a Lua preferiu salvar o mundo e separou-se do amado astro-rei, chorando de saudades durante todo um dia e toda uma noite.
Suas lágrimas escorreram pelos morros sem fim até chegar ao Oceano Atlântico, mas este embraveceu-se ao receber tanta água, não permitindo que elas se misturassem com as dele.
Algo inusitado então aconteceu, tão estranho quanto fenomenal: as lágrimas da Lua escavaram um imenso vale entre serras que se levantaram entre os planaltos Central e das Guianas, barrado pela Cordilheira dos Andes, fazendo aparecer um imenso rio que mais tarde se chamou Amazonas."
(http://silnunesprof.blogspot.com/2010_03_01_archive.html)
UMA HOMENAGEM AOS ÍNDIOS AO SOM DE TRIBO DOS CARAJÁS (ARUANÃ AÇU) DE
MARTINHO DA VILA
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=1k2HTVcrRlM,
"MARTINHO DA VILA TRIBO DOS CARAJÁS (ARUANÃ AÇU) [letra da música]
Tribo dos carajás
Noite de lua cheia
Aruanã!
Menina moça é quem manda na aldeia
A tribo dança e o grande chefe pensa
Em sua gente
Que era dona deste imenso continente
Onde sonhou sempre viver da natureza
Respeitando o céu
Respirando o ar
Pescando nos rios
E com medo do mar
Estranhamente o homem branco chegou
Pra construir, pra progredir, pra desbravar
E o índio cantou
O seu canto de guerra
Não se escravizou
Mas está sumindo da face da Terra
Aruanã! Aruanã açu
É a grande festa
De um povo do Alto Xingu"
IMPRESSONANTES GEOGLIFOS
[construídos por índios da pré-história]
EM TERRITÓRIO BRASILEIRO,
CONSIDERADOS DE IMPORTÂNCIA
EQUIVALENTE ÀS CÉLEBRES
Linhas de Nazca, NO PERU (O PROF. PENIN
IRIA INICIAR ESTUDOS SOBRE GEOGLIFOS
DA AMAZÔNIA BRASILEIRA):
informado, na matéria contida nesse link, que os geoglifos mostrados
localizam-se no estado do Acre, Brasil)
ANDRÉ PENIN,
UM CIENTISTA BRASILEIRO:
(http://newsrondonia.com.br/lerNoticias.php?news=13120)
Stand By Me | Playing For Change | Song Around the World,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=Us-TVg40ExM
PARA ANDRÉ PENIN,
MARTINHO DA VILA, OS ÍNDIOS
CARAJÁ,
TODOS OS CONSTRUTORES DO MONUMENTO MUSICAL
INTITULADO STAND BY ME (Conta comigo) [*],
NA PESSOA DE BEN E. KING,
TODAS AS PESSOAS QUE PARTICIPARAM DA
ELABORAÇÃO DO FILME STAND BY ME (EUA, 1986) E OS
PERCUSSIONISTAS E CANTORES DO CONJUNTO MUSICAL
TWIN EAGLE DRUM GROUP, DE ZUNI (NOVO MÉXICO, EUA):
TODOS VIVEM!
[*] - O PASTOR CHARLES TINDLEY, OS INTEGRANTES DE THE STAPLE SINGERS, SAM COOKE, J. W. ALEXANDER E OS INTEGRANTES DO GRUPO THE SOUL STIRRERS, na pessoa de JOHNNIE TAYLOR [in memoriam] (AUTORES DA VERSÃO GOSPEL DE STAND BY ME) E BEN E. KING, JERRY LEIBER & MIKE STOLLER (AUTORES DA VERSÃO SECULAR, cuja interpretação acima referida [YOUTUBE] é uma das mais inacreditavelmente fabulosas e impactantes, por sua qualidade e sentimento expresso [A CARGO DOS INSTRUMENTISTAS E CANTORES DE RUA - E ENTRE ELES ESTÁ O LENDÁRIO GRANDPA ELLIOTT (Vovô Elliott Small), QUE ESTEVE NO BRASIL, EM FESTIVAL DE JAZZ QUE TEVE LUGAR, EM JUNHO DO ANO PASSADO (2011), NA CIDADE HISTÓRICA DE PARATY, LOCALIZADA NO LITORAL SUL DO ESTADO DO RIO, http://www.youtube.com/watch?v=-3MpB6mM2bs, http://www.youtube.com/watch?v=6vXgY9YESHY&feature=related etc.]).
14.1.2012 - O artigo "A missão do arqueólogo paulista" foi hoje publicado pela Folha de São Paulo - O texto é da autoria de Estêvão Bertoni. F. A. L. Bittencourt ([email protected])
FOLHA DE SÃO PAULO online:
"14/01/2012 - 00h00
André Penin Santos de Lima (1976-2012) - A missão do arqueólogo paulista
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Em 2009, o paulistano André Penin Santos de Lima topou o desafio de ajudar a montar o curso de arqueologia na Universidade Federal de Rondônia. Como professor, assumiu quatro cursos, o dobro do que era exigido.
Filho de um juiz aposentado e de uma advogada, formou-se em direito na PUC em 1998 e em história na USP, em 2000. No começo, trabalhou com direito, na companhia Suzano de Papel e Celulose.
Mas a paixão pela arqueologia foi mais forte. Concluiu o mestrado (2005) e o doutorado (2010) na área, pela USP.
Como técnico em arqueologia, passou pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) de São Paulo e Florianópolis.
O curso em Porto Velho, apesar de distanciá-lo de casa, surgiu como uma grande oportunidade, conta o irmão, Guilherme, economista.
Transformou-se numa espécie de missionário e se alegrava em poder compartilhar seu conhecimento com os alunos. No início, por ser um curso novo, suas aulas não eram tão técnicas. Levava filmes para discutir cultura geral em sala. Também dedicava-se a um museu, que abrigaria peças de uma área alagada por uma hidrelétrica.
Nos momentos de lazer, gostava de praticar judô.
Na quarta, após dois dias tido como desaparecido, foi encontrado morto em casa, aos 35. A polícia prendeu um suspeito, que confessou tê-lo abordado no domingo (8) em seu carro. Levou-o para casa e, depois de asfixiá-lo, roubou equipamentos e o carro.
Foi enterrado ontem, em São Paulo. A missa do sétimo dia será amanhã, às 19h, na paróquia Santo Ivo, em SP."
SOBRE O INFAUSTO FALECIMENTO DO PROFESSOR PENIN,
NESTA MESMA COLUNA DO PORTAL ENTRETEXTOS, HÁ:
("Comunidade Universitária de Rondônia está de luto", 12.1.2012)
===
ARQUEOLOGIA BRASILEIRA
(REDESCOBERTAS EM 2005, ESTRUTURAS
MONUMENTAIS NO INTERIOR DO ESTADO AMAPÁ):
Bruna Ventura
Ciência Hoje/RJ
"Stonehenge brasileiro
Astrônomo mapeia sítio arqueológico no interior do Amapá e afirma que pedras monolíticas podem ser um grande calendário solar milenar.
Por: Bruna Ventura
Publicado em 10/03/2010 | Atualizado em 15/03/2010
O sítio era provavelmente usado pelos povos antigos para saber a época de plantio, colheita, chuva e seca
O sítio arqueológico de Calçoene (AP) abriga pedras monolíticas estrategicamente posicionadas no solo (foto: Marcomede Rangel).
O sítio arqueológico da cidade de Calçoene, no interior do Amapá, pode ter sido um grande calendário solar construído por civilizações antigas há mais de mil anos. A afirmação é do físico Marcomede Rangel, do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que vem estudando o local. Descoberto pelo naturalista Emilio Goeldi (1859-1917) no início do século passado, o sítio abriga pedras monolíticas estrategicamente posicionadas no solo.
Com ajuda de estudantes do curso de turismo do Centro de Educação Profissional do Amapá (Cepa), o físico mapeou o local e descobriu uma relação entre o sítio e o fenômeno natural do equinócio. “Uma das pedras é uma chapa de granito de 3 m com uma abertura no centro com cerca de um palmo de diâmetro. Há outra pedra direcionada justamente em relação a essa. Provavelmente, o sítio era usado pelos povos antigos para saber a época de plantio, colheita, chuva e seca”, diz.
O equinócio acontece quando o Sol, visto da Terra, se desloca sobre a linha do Equador, nascendo a leste e se pondo a oeste. Essa passagem de um hemisfério a outro determina o início das estações primavera e outono, conforme o hemisfério. Durante o fenômeno, o dia e a noite têm a mesma duração.
Para Marcomede, os monumentos encontrados em Calçoene – comparáveis a Stonehenge, na Inglaterra, o mais conhecido círculo de pedras do mundo –, podem ter sido formas de homenagem aos deuses pagãos ou mesmo observatórios primitivos. “Já conseguimos saber que a luz do Sol é projetada pela abertura de uma das pedras, criando uma bola de luz, que vai bater em outra pedra. A bola de luz se desloca seguindo a linha do Equador”, conta o pesquisador.
O sítio de Calçoene ficou no esquecimento durante muito tempo. Somente em 2005, o ‘Stonehenge brasileiro’ despertou o interesse do governo do Amapá, quando foi catalogado e cercado, sendo estudado por arqueólogos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa).
Pesquisas apontaram uma relação das construções com o solstício de inverno, momento em que o Sol está mais afastado do Equador, em cima do trópico de Capricórnio. Marcomede espera encontrar novos elos entre o sítio e fenômenos astronômicos: “Com os dados obtidos, confeccionaremos um mapa das constelações para encontrar outras relações com estrelas brilhantes e a Lua”, finaliza o físico.
Bruna Ventura
Ciência Hoje/RJ
Texto publicado na CH 268 (março/2010)"
(http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2010/268/stonehenge-brasileiro)
O Prof. Dr. André Penin Santos de Lima (1976 - 2012),
da Universidade Federal de Rondônia:
(http://historiaunir.blogspot.com/)
SOB RESPONSABILIDADE DA COMISSÃO DO ANO SEPÉ TIARAJU,
FOI PRODUZIDO O SEGUINTE TEXTO (a seguir está transcrito
o trecho inicial da Apresentação):
"Nos últimos anos das Missões Guaranis, entre a morte de Sepé
Tiaraju, em 1756, e a expulsão de todos os jesuítas da América do
Sul, no ano de 1768, Voltaire pronunciou sua famosa frase: “A experiência
cristã das Missões Guaranis representa um verdadeiro
triunfo da humanidade”. No ano de 1979, mais de dois séculos depois,
a UNESCO, organismo das Nações Unidas para Educação e
Cultura, tombou as Ruínas de São Miguel Arcanjo como Patrimônio
da Humanidade.
Nos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul, e nos 26 que
existiram em território hoje da Argentina e Paraguai, a paz resultava
do trabalho comunitário e cooperativo, cujos frutos eram divididos
entre todos os habitantes. Não havia convivência da riqueza com a
miséria. Guarani, em seu próprio idioma, significa guerreiro. Esses
guerreiros, homens e mulheres, endereçaram suas energias para tarefas
pacíficas, chegando ao ponto de imprimir livros, fundir sinos de
bronze, fabricar violinos e compor música para tocá-los.
José Tiaraju, mais conhecido como Sepé, o “Facho de Luz”, era
corregedor da Redução de São Miguel, ou seja, prefeito da cidade,
eleito pelos concidadãos índios guaranis, quando da assinatura do
Tratado Madri, em 1750. Por esse tratado, os reis de Portugal e
Espanha trocavam os Sete Povos das Missões pela Colônia do Sacramento,
obrigando cerca de 50 mil índios cristãos a abandonarem
suas cidades, igrejas, lavouras, fazendas, onde criavam dois
milhões de cabeças de gado e, principalmente, a abandonarem a terra
de seus ancestrais. Insurgindo-se contra esse tratado espúrio, Sepé
Tiaraju liderou a resistência dos índios guaranis, pronunciando a
famosa frase, decantada no Rio Grande do Sul, em prosa e verso:
“Esta terra tem dono”.
Ao final da luta, Sepé Tiaraju tombou em combate no dia 7 de
fevereiro de 1756, enfrentando tropas portuguesas e espanholas no
local chamado Batovi, hoje cidade de São Gabriel. Três dias depois,
no dia 10 de fevereiro, mil e quinhentos índios foram trucidados
na batalha do Caiboaté, não havendo oficialmente nenhuma baixa
nos exércitos invasores. Poucos meses depois, nada mais existia do
sonho missioneiro de uma sociedade cristã, mas o povo do Rio
Grande do Sul, por sua própria conta, canonizou o herói guarani
missioneiro como São Sepé, nome dado ao arroio, à margem do qual
passou sua última noite, e à atual cidade de São Sepé. (...)"