Antes de Woodstock, o Festival de Monterey

Fala-se muito de Woodstock, mas, de acordo com especialistas, o festival de 1967, de Monterey, Califórnia, é que foi O Festival.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

  

O ATUAL PRESIDENTE DOS EUA REVERENCIA SEUS COMPATRIOTAS

MILITARES FALECIDOS EM COMBATE, TENDO AO FUNDO UM SENHOR

AFRODESCENDENTE, POSSIVELMENTE EX-COMBATENTE DA GUERRA DO VIETNÃ -

ou da Coréia -, EM CADEIRA DE RODAS

(A LEGENDA É DESTA COLUNA, MAS A FOTO DO DR. BARACK OBAMA NO

DIA DOS VETERANOS, NO CEMITÉRIO DE ARLINGTON, ESTÁ, NA WEB, EM:

http://www.essence.com/news/obama_watch/obama_speaks_at_arlington_cemetery_for_v.php)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANTES DOS HIPPIES, A GERAÇÃO BEAT:

KEROUAC HOMENAGEADO, PELO GOVERNO

DOS EUA, EM SELO POSTAL

(http://www.csustan.edu/english/reuben/pal/chap10/kerouac.html)

[Obs. - Consta no verbete 'Jack Kerouac' da Wikipédia:

"(...) Apesar do estereótipo de beatnik, Kerouac era um conservador,

especialmente sob a influência de sua mãe católica. (...)". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jack_Kerouac)]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

(http://anos60.wordpress.com/2008/09/02/monterrey-pop/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A HIPPIE TAMBÉM MARCHA, COM SUAS ROUPAS CARACTERÍSTICAS:

CADA UM COM SEU "UNIFORME"

(A LEGENDA É DESTA COLUNA, MAS A FOTO, NA WEB, ESTÁ EM:

http://www.chinadaily.com.cn/entertainment/images/attachement/jpg/site1/20070917/0013729c050d0858895a12.jpg)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

O FESTIVAL DE MONTEREY E OS GRANDES ÍDOLOS DA "RECONTANDO..." -

THE MAMAS AND THE PAPAS:

VENERADOS COMO grandes manitus MUSICAIS NESTE ESPAÇO DE CRÍTICA

DISCUSSÃO (COLUNA "RECONTANDO ESTÓRIAS DO DOMÍNIO PÚBLICO"),

ESTAVA O CONJUNTO EM MONTEREY (1967) para aumentar o halo

mitificante - mas não mistificador - que cerca AS ESTÓRIAS QUE SE

CONTAM E RECONTAM SOBRE O FAMOSO FESTIVAL CALIFORNIANO

PRÉ-WOODSTOCK (apenas THE BEATLES, ERASMO CARLOS - o

"Tremendão" -  e THE HERMAN'S HERMITS -

os da música No milk today - são mais cultuados na "Recontando..."

do que THE MAMAS AND THE PAPAS, já que BOB DYLAN e JOAN BAEZ

são hors concours  - *rs* -, O MESMO ACONTECENDO, NO BRASIL,

COM CAUBY PEIXOTO E RITA LEE, na interpretação musical, E HEBE

CAMARGO E O FALECIDO FLÁVIO CAVALCANTI, na apresentação de

programas de televisão, sendo CHACRINHA hors concours, NO MESMO

RAMO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS, evidentemente)

 

 

 (http://www.flickr.com/photos/felinosespeciais/2591251738/)  

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

CAPA DE MUITO INTRIGANTE DISCO DE TIM MAIA: vinil de colecionador

(DESDE QUE O BISPO EDIR MACEDO DECIDIU SUGERIR AOS FIÉIS

DA IURD - Igreja Universal do Reino de Deus - QUE VOTASSEM EM

LULA PARA PRESIDENTE - e não em Garotinho Matheus -, A IURD

TRANSFORMOU-SE EM AGREMIAÇÃO RELIGIOSA DA PREDILEÇÃO 

DA COLUNA "Recontando...", ONDE, ENTRETANTO, SE PROCURARÁ

COMPREENDER OS FUNDAMENTOS ÚLTIMOS DA seita Racional,

DA QUAL TIM MAIA FOI ADEPTO FERVOROSO

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

ABELARDO CHACRINHA BARBOSA: COMO O CONJUNTO

DE LIVERPOOL THE BEATLES ELE É UM DOS ÍCONES

PLANETÁRIOS DA CULTURA POP (segunda metade do

século XX) E FOI DECLARADO, POR INSTITUIÇÃO RECONHECIDA

PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA

DO BRASIL, COMO professor [de Comunicação Social] honoris

causa (A FACULDADE DA CIDADE - http://www.univercidade.edu/uc/ -,

DO RIO DE JANEIRO, que naquela cidade maravilhosa funciona no antigo

endereço [R. Barão da Torre até a Av. Epitácio Pessoa perto da

R. Montenegro (*)],  do COLÉGIO BRASILEIRO DE ALMEIDA, DA FAMÍLIA DO

NÃO MENOS CÉLEBRE TOM JOBIM)   Recomenda a Coluna "Recontando...":

Coloque seus filhos para fazer curso superior na FACULDADE DA CIDADE,

caso eles morem no Rio!

(*) - Mudaram o nome dessa tradicionalíssima rua para "Rua Vinicius

de Moraes", naturalmente SEM CONSULTAR O PESSOAL QUE MORA

NAS REDONDEZAS, GENTE ÍNTEGRA (e como eu e Kerouac - *rs* -, conservadora)

QUE, ALIÁS, IMPEDIU, NÃO SEM DESGASTE PESSOAL E POLITICO, A MUDANÇA

DOS NOMES DA RUA JANGADEIROS E DA AV. VIEIRA SOUTO, AINDA estomagados COM

ESSE USO DE NOME DE PESSOA AMADA - o grande Poetinha, no caso - PARA AGREDIR

PESSOAS QUE NÃO ADMITEM MUDANÇAS DE SÍMBOLOS  AFETIVOS CENTENARIAMENTE

ARRAIGADOS [o senador Pinheiro Machado perseguiu "até dizer chega" meu bisavô

Antônio Bittencourt, quando este foi governador do Amazonas (1908 - 1912) - há cem

anos, portanto -,  E NEM POR ISSO ACHO EU QUE A RUA PINHEIRO MACHADO, EM  

LARANJEIRAS, RIO, DEVERIA MUDAR DE NOME! *risos*]

 

 

 

 

                        À memória do pranteado Tim Maia, imortal "beatnik" do Brasil

                        e a todos os que, de uma forma ou de outra, lutam contra

                        o consumo de entorpecentes - comprovadamente nocivos à saúde humana  -,

                        hábitos esses que infelizmente aumentaram muito com o enorme

                        sucesso de festivais de elevada QUALIDADE MUSICAL e, ainda,

                        para Buddy Holly, Richie Valens, Big Bopper e o piloto do avião

                        que lastimavelmente caiu no "dia em que o rock morreu"

                        (3 de fevereiro de 1959)

 

16.1.2010 - Woodstock abafa um pouco Monterey, mas não aqui, na Coluna "Recontando..."  - Ano passado (2009): quatro décadas passadas depois de o Festival de Woodstock ter acontecido, muitas retrospectivas lembraram os acontecimentos hippies daquele famoso agosto, de paz e amor, de 1969 [1969, aliás, foi tambem o ano em que os astronautas N. Armstrong e E. Aldrin pisaram na lua]. Mas o ano de 1969 aconteceu, é claro, DEPOIS do conturbado ano de 1968 (com o famoso MAIO parisiense). E 1968, por seu turno, com suas rebeliões culturalmente estridentes houve DEPOIS de 1967: é a sequência cronológica dos fatos, na linha da sucessão dos tempos e movimentos (sociais e culturais, também). Ocorre que 1967 foi o ano do Festival de Monterey, Califórnia, EUA. Em suma, o festival de Monterey aconteceu ANTES DO MAIO DE 68 e ANTES DO FESTIVAL DE WOODSTOCK. Não é importate, isso? A seguir, depois de artigo sobre Woodstock, estão informações sobre MONTEREY, uma vez que, nesta Coluna "Recontando...", o que está um pouco mais esquecido merece, sempre, mais atenção do que os fenômenos ultrabadalados. Mas... por favor! MONTEREY É FESTIVAL ULTRABADALADO! Bem, futuramente, falar-se-á aqui dos beatnicks, que aconteceram antes do hippies e não mereceram, como estes últimos, a consagração da hipercaretice burguesa em forma de superprodução musical da Broadway, depois transformada em filme-desalento, que Hair escandalosamente significou. Em Hair, com trilha sonora e músicas agradáveis para enganar trouxa, um "hippie" pouquíssimo contestador estranhamente transformou-se em herói da guerra do Vietnã. E muita gente gostou da grotesca metamorfose (melhor se o hippie-líder tivesse "virado" barata). Assim, esta Coluna posiciona-se francamente com os beatnicks, que são sérios. E com o festival de Monterey, naturalmente, uma vez que NEM TUDO É HAIR, NESTE MUNDO DE DEUS! [OBS. - MUITO CARETA, O RESPONSÁVEL POR ESTA COLUNA efetivamente NÃO FUMA, NÃO BEBE REGULARMENTE, NÃO CHEIRA (jamais), NÃO FUMA MACONHA (jamais) E NÃO MENTE UM POUCO... mas venera a memória do genial Tim Maia, que afirmou, em dia de grande inspiração, que ele não fumava, não bebia, não cheirava, mas mentia um pouquinho, meu irmão! Flávio A. L. Bittencourt ([email protected])

 

"Calendário Histórico

1969: Festival de Woodstock 

 

Em 15 de agosto de 1969, começava ao norte de Nova York um festival de rock em que se apresentaram os mais conhecidos músicos do gênero. O evento entrou para a história como auge e crespúculo da geração hippie.

Ninguém tinha mais de 30 anos entre os 400 mil jovens que acamparam durante três dias, comendo, bebendo, dormindo e fazendo amor ao ar livre. E fumando maconha.

Quem esteve em Woodstock de 15 a 17 de agosto de 1969 afirma que foi a maior manifestação de paz de todos os tempos. Para as más línguas, a descontração foi resultado do enorme consumo de drogas praticado durante o evento pelos jovens representantes da "geração das flores".

O que estava planejado era algo totalmente diferente. Os quatro jovens de Bethel, no estado de Nova York, que alugaram para o festival de rock ao ar livre a propriedade rural de Max Yasgur, de 250 hectares, contavam com no máximo uns 80 mil hippies.

Mas, ainda antes de a festa começar, não parava de chegar gente para ouvir The Who, Jimmy Hendrix, Joan Baez, Crosby, Stills & Nash, Jefferson Airplane e muitos outros mais que haviam confirmado presença. Logo foi preciso desmontar as cercas da fazenda, o que ocorreu com toda a calma, porque o pessoal não era de arruaça.

Max Yasgur não cabia em si de contentamento: "Sou um simples camponês. Não sei como falar para tanta gente. Esta é a maior multidão que já se reuniu num lugar. Mas acho que vocês provaram uma coisa para o mundo: que é possível que meio milhão de pessoas se reúnam para ouvir música e se divertir durante três dias — só música e divertimento".

O festival em Woodstock não foi o primeiro a ser realizado ao ar livre em fins da década de 60. E, para os hippies de verdade, até hoje o festival de Monterey, realizado na Califórnia no verão setentrional de 1967, continua sendo o acontecimento. Mas a ele compareceram apenas 50 mil pessoas. Woodstock reuniu pelo menos oito vezes mais.

Protesto político e fim de uma era

Em 1969, na verdade, já tinha quase passado a grande euforia da rebelião. Os estudantes de Paris, Berlim e Berkeley tinham desmontado suas barricadas e retornado às salas de aula.

Na Casa Branca, estava instalado Richard Nixon, que incorporava os clichês do governante reacionário em velhos moldes. E o que Woodstock significou, no fundo, foi a rejeição dos Estados Unidos que Nixon representava. Nada expressou tão bem essa rejeição quanto a guitarra de Jimmi Hendrix, entoando o hino nacional entrecortado pelos sons de bombas. Um ano antes de sua morte, o astro consagrava-se como o maior guitarrista de rock de todos os tempos.

Hoje Woodstock tem a aura de um mito, provavelmente também por representar o crepúsculo do movimento hippie. No mesmo ano, o clã de Charles Manson havia cometido assassinatos bárbaros ao som de rock e no embalo das drogas, matando entre outras pessoas a atriz Sharon Tate, esposa do cineasta Roman Polanski.

Ainda no mesmo ano, o rock chegou ao fundo do poço num concerto dos Rolling Stones em Altamont, na Califórnia, em que os Hell's Angels apunhalaram um negro diante do palco.

O festival do amor e da paz rendeu lucros para seus organizadores, que ganharam com os áudios e vídeos produzidos sobre o evento. Na lembrança, permanece a imagem de um mar de lama preenchido pelo lixo deixado pelos participantes: a chuva que caiu em Woodstock só fez reforçar o mito.

Jens Thurau (lk)". (http://www.dw-world.de/dw/article/0,,609975,00.html

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"Festival Pop de Monterey

Festival de Música Pop Internacional de Monterey
Monterey International Pop Music Festival

 
Ano(s) 1967
   
   
Local(is) Monterey, Estados Unidos
Data(s) 16 a 18 de junho
   
   

O Festival de Música Pop Internacional de Monterey aconteceu de 16 a 18 de junho de 1967 na Monterey County Fairgrounds em Monterey, Califórnia. Foi organizado pelos produtores Loud Adler e Alan Pariser, o músico John Phillips (do The Mamas & the Papas) e o publicitário Derek Taylor; entre os membros da comissão do festival estavam integrantes dos Beatles e dos Beach Boys.

Os artistas se apresentaram de graça, com toda a renda sendo doada à instituições de caridade. Mais de 200,000 pessoas compareceram ao festival, que é considerado como o começo do "Verão do Amor" dos hippies.

Monterey foi a primeira apresentação nos EUA de Jimi Hendrix (que foi agendado devido à insistência de Paul McCartney) e do The Who, sendo também a estréia para a grande público de Janis Joplin e Otis Redding (que morreria tragicamente alguns meses depois).

Muitos executivos de gravadoras estavam na platéia, e a maioria das bandas ganharam contratos de gravação depois de suas apresentações no festival. Outros grupos também foram notados por sua não-aparição -- os Beach Boys não puderam comparecer devido à problemas com a recusa do vocalista Carl Wilson de se registrar no festival, e o músico britânico Donovan teve seu visto recusado por ter sido pego com drogas em 1966.

Monterey foi o primeiro grande festival de rock do mundo, e tornou-se modelo para futuros festivais, principalmente Woodstock.

O festival também foi tema de um aclamado documentário por D. A. Pennebaker, intitulado Monterey Pop.

Índice

Artistas que se apresentaram em Monterey

Sexta-feira, 16 de junho

Sábado, 17 de junho

Domingo, 18 de junho

Ligações externas

"Jack Kerouac

Jack Kerouac
Kerouac by Palumbo.jpg
Jack Kerouac em foto de 1956
   
Origem(ns): Lowell, Massachusetts
País de Nascimento:  Estados Unidos
Data de Nascimento: 12 de março de 1922
Data de Falecimento: 21 de Outubro de 1969 (47 anos)
   
Gênero(s): Poeta, Escritor
Movimento: Geração Beat
Obra-prima: On the Road
   
   
   

Jean-Louis Lebris de Kerouac (12 de Março de 1922 - 21 de Outubro de 1969), mais conhecido por Jack Kerouac, foi um escritor estadunidense.

Índice

Infância e juventude

Kerouac, de origem franco-canadense, teve uma infância séria, onde era muito dedicado à mãe. Freqüentou um colégio jesuíta e ajudou o pai numa fábrica de impressão. Um de seus traumas mais trágicos, que voltaria relatado em seus romances, foi a morte de seu irmão Gerard quando ele tinha apenas nove anos.

Devido às dificuldades econômicas por que passava a família, Jack resolveu fazer parte do time de futebol americano do colégio para tentar uma bolsa de estudo na faculdade. Conseguiu entrar na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, para onde mudou-se com a família. Devido a um acidente que o impossibilitou de continuar jogando por alguns meses, Kerouac começou a passar mais tempo frequentando a biblioteca da universidade, tendo assim seu primeiro contato com autores que influenciaram muito sua obra, entre os quais cita : Louis-Ferdinand Céline, Tom Wolfe, Jack London

Não se ajustando à marinha de guerra, acabou na marinha mercante, onde ficou algum tempo. Quando não estava viajando, Jack andava por Nova Iorque acompanhado de seus amigos "delinqüentes" da Universidade de Columbia, entre eles Allen Ginsberg e William Burroughs, chamado de Bill pelos camaradas, além de seu maior companheiro de viagens, Neal Cassady, o “Cowboy”. Foi a época em que Jack conheceu os grandes amigos que formariam, alguns anos mais tarde, o "pelotão de frente" da geração beat, para desgosto da mãe.

As grandes viagens e escritos

Kerouac "começou" escrevendo um romance,The Town and The City, sobre os tormentos sofridos na tentativa de equilibrar a vida selvagem da cidade com os seus valores do velho mundo. Segundo relatado em seus diários, publicados em 2004, Kerouac tentou dar ao livro excessivo planejamento e regularização, o que tornou sua composição cansativa e desgastante. The Town... foi o seu primeiro romance publicado, porém não chegou a lhe trazer fama. Devido também à má experiência, passaria muito tempo sem publicar novamente. Durante o período que se sucedeu, criou os rascunhos de outras grandes obras suas - Doctor Sax e On the Road. Na tentativa de escrever sobre as surpreendentes viagens que vinha fazendo com o amigo de Columbia, Neal Cassady, Kerouac experimentou formas mais livres e espontâneas de escrever, contando as suas viagens exatamente como elas tinham acontecido, sem parar para pensar ou formular frases. O manuscrito resultante sofreria 7 anos de rejeição até ser publicado. Jack escrevia vários romances, que ia guardando em sua mochila, enquanto vagava de um lado a outro do país.

Escreveu Tristessa obra sobre uma viciada em morfina que vive na Cidade do Mexico... É um romance triste, cheio de ensinamentos budistas ,repleto de compaixão pelo sofrimento humano.

 
Viagens de Kerouac pela América

A relação do escritor com Neal foi determinante para despertar em Jack sua vontade reprimida de botar o pé na estrada e desfrutar de uma liberdade ainda não experimentada. Os dois viajaram por sete anos percorrendo a rota 66, que cruza os EUA na direção leste-oeste, com descidas freqüentes ao México. Saíram de Nova York e cruzaram o país em direção a São Francisco. Nessa jornada baseou-se a obra On the Road, cujos protagonistas, Dean Moriarty e Sal Paradise, aludem a Cassady e ao próprio Kerouac.

No verão de 1953 Jack Kerouac envolveu-se com uma moça negra, experiência que usou para escrever em 1958 "Os subterrâneos". Escrito em três dias e três noites, Os subterrâneos foi gerado a partir do mesmo tipo de rompante inspiracional que produziu o grande clássico de Kerouac, On the road (traduzido no Brasil em 1987 como Pé na estrada, por Eduardo Bueno). Em 1955 Kerouac apaixonou-se por uma prostituta indígena chamada Esperanza.

Foi publicado pela primeira vez em 1960 e baseado em fatos biográficos.

O método de escrever inovador

Jack Kerouac escreveu sua obra-prima “On The Road”, livro que seria consagrado mais tarde como a “bíblia hippie”, em apenas três semanas. O fôlego narrativo alucinante do escritor impressionou bastante seus editores. Jack usava uma máquina de escrever e uma série de grandes folhas de papel manteiga, que cortou para servirem na máquina e juntou com fita para não ter de trocar de folha a todo momento. Redigia de forma ininterrupta, invariavelmente sem a preocupação de cadenciar o fluxo de palavras com parágrafos.

O material bruto que chegou às mãos de Malcom Cowley, da editora Viking Press, em 1957, deu trabalho. Os rolos quilométricos de texto tiveram de ser revisados, foram inseridos pontos e vírgulas e praticamente 120 páginas do original foram eliminadas. O estilo-avalanche de Jack tinha ainda um elemento intensificador. Ao contrário às idéias correntes, que trabalhou em cima do livro sob o efeito de benzedrina, uma droga estimulante, Kerouac, em admissão própria, abasteceu seu trabalho com nada mais que café.

Drogas

O uso de drogas era comum entre Jack Kerouac e seus amigos. Sobre o assunto, o amigo Allen Ginsberg comentou que “Começamos a experimentar benzedrina e anestésicos. Eu pensava que não poderia escrever porque minha mente ficava confusa, mas Jack sentia que podia escrever romances usando isso. E acho que alguns dos seus romances do início dos anos 50 foram escritos sob efeito desses e outros tóxicos. Jack praticamente se sentava e datilografava por várias semanas, fazia correções, escrevia continuamente 5, 6 ou 7 horas por dia, às vezes até o dia inteiro”.

“Jack sempre foi muito tímido, ainda que parecesse durão, era doce, sensível, passional. Neal era mais espontâneo, machão sem fazer esforço, mas também se interessava muito pelas palavras. Ele esperava Jack ensiná-lo a ser do seu jeito. Eles eram opostos e muita gente pensava que se pareciam. Neal era rude, Jack era mais introvertido e gostaria de ter a mesma iniciativa com as mulheres. Ele gostava de ver Neal fazer isso”, diz a novelista e mulher de Neal, Carolyn Cassady.

Sucesso e crítica

O sucesso e o prestígio conquistados após a publicação de “On the Road”, em 1957, deixou Jack atormentado. Apesar de eventuais críticas positivas que realçavam o caráter inovador da obra, muitos o tacharam de subliterato e imoral. A primeira resenha escrita por Gilbert Millstein no jornal The New York Times foi satisfatória. Ele recorda no documentário “O Rei dos Beats” qual foi sua sensação ao ler o livro: “Eu li o livro e fiquei simplesmente estupefato. Eu disse ali que acreditava naquilo como a expressão perfeita de uma geração, assim como Hemingway em ‘The Sun Also Rises’ também foi uma expressão da sua geração naquela época”.

O efeito imediato da fama causou apreensão e relutância em Jack. Joyce Johnson, a jovem namorada com quem o escritor morava na época, relembra a reação dele diante da celebração instantânea: “Ele estava agitado e com medo. Ele também sentia que teria de viver para sua imagem pública, pois todos esperariam que ele fosse como Dean Moriarty ou Neal Cassady, mas ele era só Jack Kerouac. Era bastante tímido, preferia ficar num canto olhando, refletindo.”

Logo após a publicação, Jack trabalhou intensamente em outros projetos. “The Dharma Bums”, lançado em 1958, foi a tentativa do escritor de estabelecer afinidades com o budismo. É o relato de uma escalada com o amigo poeta Gary Snyder em busca de realizações espirituais.

Isolamento

Nesta mesma época, Jack resolveu se isolar do convívio humano. Subiu até o alto de uma colina e passou longos dias sozinho confinado em uma cabana sem eletricidade e sem vidros nas janelas. Tomava quase uma garrafa de bebida por dia e sofreu com alucinações e paranóias. A experiência foi registrada no livro “Big Sur”, de 1962.

O problema do alcoolismo piorou com o tempo. Derrotado e solitário, vai morar com a sua mãe em Long Island. Seus últimos trabalhos exibiam uma alma desconectada de um ser humano perdido em ilusões. Apesar do estereótipo de beatnik, Kerouac era um conservador, especialmente sob a influência de sua mãe católica. O vigor deu lugar ao cansaço, e o escritor resignou-se a uma vida ordinária.

Frequentemente apaixonado, ele chegou a casar duas vezes ao longo da vida, mas ambos os matrimônios acabaram em poucos meses. Na metade dos anos 60, Jack casa novamente, agora com uma velha conhecida de infância. Ele, a esposa e a mãe mudam para St. Petersburg, na Flórida

Em 21 de outubro de 1969, Jack Kerouac morreu de hemorragia, consequência de uma cirrose, com 47 anos, num hospital em St. Petesburg, na Flórida. O amigo e agente literário Allen Ginsberg reverencia seu talento: “Eu não conheço outro escritor que teve influência tão produtiva quanto Kerouac, que abriu o coração como escritor para contar o máximo dos segredos da sua própria mente”.
 

Categorias: Poetas dos Estados Unidos | Escritores dos Estados Unidos | Personalidades LGBT | Católicos dos Estados Unidos | Autores de literatura beat | Escritores GLBT dos Estados Unidos".

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VERBETE 'PÉ NA ESTRADA', DA WIKIPÉDIA

"On the Road

 

On the Road (Pé na estrada em português) é considerado a obra prima de Jack Kerouac, um dos principais expoentes da Geração Beat estadunidense, sendo uma grande influencia para a juventude dos anos 60, que colocavam a mochila nas costas e botavam o pé na estrada. Foi lançado nos Estados Unidos da América, pela primeira, vez em 1957.

Responsável por uma das maiores revoluções do século XX, On the Road escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano, a partir da viagem de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriaty – que atravessaram os Estados Unidos de costa a costa. Acredita-se que Sal Paradise, o personagem principal, seja o próprio Jack Kerouac. Também são encontrados no livro alguns escritores na forma de personagens, como Allen Ginsberg, como Carlo Marx, e William Burroughs, como Old Bull Lee.

É um livro que influenciou a música, do rock ao pop, os hippies e, mais tarde, até o movimento punk.

O diretor brasileiro Walter Salles, de Central do Brasil e Diários de motocicleta, está envolvido na produção da versão para o cinema de On the Road

Ligações externas

Mais informações sobre o filme de Walter Salles