AMPLIFICADORES DE ECOS VAZIOS
Por Antônio Francisco Sousa Em: 10/01/2007, às 22H00
Não é difícil entender por que, inescrupulosa e hipocritamente, certas ex-mulheres denunciam ex-maridos, em situação econômica ou social instável: pelos mesmos motivos por que determinadas figuras de todos os sexos, a partir de um dado momento, também por receio de perder ganhos ou vantagens, esquecem que os demais um dia foram virtuosos. Claro que esses aproveitadores apenas se sentem responsáveis pelos louros amealhados no percurso.
Também assim agem os que crêem ser o Erário uma cornucópia sempre pronta a abastecê-los. Nunca servem de lume ou bússola nem auxiliam seus protetores na condução do barco a ancoradouros seguros; raramente se preocupam com os outros. Como conseqüência do descaso, perdem o bonde da história e sucumbem à vontade da maioria. Os sucessores , com muita freqüência, constatam que, por pouco, não herdaram um a bancarrota inadministrável.
Valem-se esses indivíduos – como é comum vê-los a bailar feito mariposas tontas ou bêbados de fim de festa - de subterfúgios hipócritas, em que o mais simples é a crítica pela crítica, irresponsável, imediatista, inconseqüente, maniqueísta. Os conhecidos canastrões fazem questão de parecer grandes e imaculados atores; os neófitos, maria-vai-com-as-outras, postam-se diante da mídia, atrás de espaço, posando de vítimas, mas agindo como parasitas. Nem sempre fazem um sumário exame de consciência e, portanto, falta-lhes base para os discursos propostos. Assim, por envolver técnicas que conhecem bem, preferem lançar falácias no sentido de confundir. Como a mentira não subsiste aos argumentos, o tempo se encarrega de transformá-los em amplificadores de ecos vazios.
Teimam em aceitar uma sábia lição: a despeito do homem e da ideologia de quem esteja, momentaneamente, à frente do poder, todos somos co-responsáveis pela serena condução do barco.
Não são poucos os que desconhecem, por exemplo, virtudes nos governantes que, ao assumirem, defenestram “antigos padrinhos ou seus afilhados”. Como vingança, esses passam a exigir deles infalibilidade. Esquecem-se de que todo administrador, incluindo-se os substituídos, teve que consertar equívocos passados e redirecionar metas futuras. Normalmente, os cenários decepcionam quem chega: a realidade muda pré-conceitos.
Na verdade, o montante de críticas e cobranças avalia a grita dos descontentes: quanto maior, mais significativa a insatisfação pela perda de facilidades e tradicionais benesses.
Paciência é bom antes de toda decisão, ainda que seja ela uma advertência. Somente os idiotas são incapazes de admitir que avanços e progressos não estão sujeitos a correção de curso.
Os arautos do imediatismo, demagogos contumazes; falaciosos por excelência, eis que, usualmente, limitam país, nação e povo ao perímetro familiar, para o próprio bem, têm que ponderar opiniões a fim de evitarem acusações imaturas e inoportunas ou, possivelmente, mais tarde, terão que engolir a seco asnices manifestadas ou imaginadas.
Convém ficarmos em permanente vigília. Desconfiemos dos falsos patriotas e dos eternos satisfeitos. Quem pretende continuar ocupando nichos de poder precisa cumprir com prudência, bom senso e moderação seu dever institucional e político, nunca esquecendo de que o mais importante é que a ideologia defendida não se sobreponha ao bem comum e à justiça. Antônio Francisco Sousa – Auditor Fiscal e escritor piauiense
Também assim agem os que crêem ser o Erário uma cornucópia sempre pronta a abastecê-los. Nunca servem de lume ou bússola nem auxiliam seus protetores na condução do barco a ancoradouros seguros; raramente se preocupam com os outros. Como conseqüência do descaso, perdem o bonde da história e sucumbem à vontade da maioria. Os sucessores , com muita freqüência, constatam que, por pouco, não herdaram um a bancarrota inadministrável.
Valem-se esses indivíduos – como é comum vê-los a bailar feito mariposas tontas ou bêbados de fim de festa - de subterfúgios hipócritas, em que o mais simples é a crítica pela crítica, irresponsável, imediatista, inconseqüente, maniqueísta. Os conhecidos canastrões fazem questão de parecer grandes e imaculados atores; os neófitos, maria-vai-com-as-outras, postam-se diante da mídia, atrás de espaço, posando de vítimas, mas agindo como parasitas. Nem sempre fazem um sumário exame de consciência e, portanto, falta-lhes base para os discursos propostos. Assim, por envolver técnicas que conhecem bem, preferem lançar falácias no sentido de confundir. Como a mentira não subsiste aos argumentos, o tempo se encarrega de transformá-los em amplificadores de ecos vazios.
Teimam em aceitar uma sábia lição: a despeito do homem e da ideologia de quem esteja, momentaneamente, à frente do poder, todos somos co-responsáveis pela serena condução do barco.
Não são poucos os que desconhecem, por exemplo, virtudes nos governantes que, ao assumirem, defenestram “antigos padrinhos ou seus afilhados”. Como vingança, esses passam a exigir deles infalibilidade. Esquecem-se de que todo administrador, incluindo-se os substituídos, teve que consertar equívocos passados e redirecionar metas futuras. Normalmente, os cenários decepcionam quem chega: a realidade muda pré-conceitos.
Na verdade, o montante de críticas e cobranças avalia a grita dos descontentes: quanto maior, mais significativa a insatisfação pela perda de facilidades e tradicionais benesses.
Paciência é bom antes de toda decisão, ainda que seja ela uma advertência. Somente os idiotas são incapazes de admitir que avanços e progressos não estão sujeitos a correção de curso.
Os arautos do imediatismo, demagogos contumazes; falaciosos por excelência, eis que, usualmente, limitam país, nação e povo ao perímetro familiar, para o próprio bem, têm que ponderar opiniões a fim de evitarem acusações imaturas e inoportunas ou, possivelmente, mais tarde, terão que engolir a seco asnices manifestadas ou imaginadas.
Convém ficarmos em permanente vigília. Desconfiemos dos falsos patriotas e dos eternos satisfeitos. Quem pretende continuar ocupando nichos de poder precisa cumprir com prudência, bom senso e moderação seu dever institucional e político, nunca esquecendo de que o mais importante é que a ideologia defendida não se sobreponha ao bem comum e à justiça. Antônio Francisco Sousa – Auditor Fiscal e escritor piauiense