ALBERTO CESAR ARAUJO
ALBERTO CESAR ARAUJO

Mas aos poucos os Numas se infiltravam, avançavam, atravessavam. Passavam além de si mesmos, não respeitando seus próprios limites. Atravessando o rio e a ordem que o rio exercia na floresta. A conduta, o êxtase, acima da curva onde moro, que se faz mediante o perfeito domínio que os Numas exercem sobre os múltiplos lados do rio em “S”, o domínio invisível (não se pode vê-los), e secreto, em torno do qual se distribuem os seringueiros, naquela parte alta, em terra-firme, no cuidadoso controle quase cordial. O Seringal todas as noites invadido por fantasmas. (ROGEL SAMUEL: O AMANTE DAS AMAZONAS).