[Flávio Bittencourt]
A Revolta dos Perdidos foi o prologamento da Guerrilha do Araguaia
Em Piçarra do Pará, se houve duas guerras em momentos relativamente próximos, porém diversos, da História do Brasil, surgiram dois traidores, ao mesmo tempo, na segunda.
(http://farm4.staticflickr.com/3311/4616558043_90ea51a70a_z.jpg)
UMA TABACARIA NA CIDADE DE TIRANA (ALBÂNIA),
Tobacco Shop - Tirana, Albania:
(http://mw2.google.com/mw-panoramio/photos/medium/34775135.jpg)
Other, Tobacco Store | Facebook:
[https://www.facebook.com/pages/Tobacco-Shop/363284170452343]
"(...) The struggle the Brazilian proletariat and people under the leadership of the Communist Party of Brazil is an important component part of the great world revolutionary process of our time. It constitutes a valuable contribution to the struggle of the world working class, the working masses and freedom-loving peoples against imperialism, American imperialism and Soviet social-imperialism, in the first place. (...)"
[PROF. ENVER HOXHA, esquecendo-se de dizer, claramente, "E CONTRA O PRESTISMO DE CLASSE MÉDIA E PEQUENO-BURGUÊS", num histórico telegrama [ADIANTE REPRODUZIDO] ao Camarada João Amazonas e Delegados ao Congresso do PCB; DEIXO DE SUBLINHAR, ACIMA, A LUTA CONTRA O IMPERIALISMO ESTADUNIDENSE, HAJA VISTA QUE, CARECA DE SABER QUE OS 'IRMÃOS' DO NORTE GRAVAM TUDO [MERITÓRIO CONTROLE DOS NÓS COMUNICACIONAIS], O ATUAL GOVERNO REACIONÁRIO BRASILEIRO ESTÁ POSANDO DE INDIGNADO, DE FORMA HIPERCABOTINA (Não sabiam? Não gravam também? Não foram recentemente descobertos quatro grotescos e pequenos símios [MIQUINHOS] (arapongas da ABIN) espionando o governador Eduardo Campos? [http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/documentos-comprovam-arapongagem-da-abin-no-porto-de-suape] Ora, francamente!...) falb]
Mata!: o Major Curió e as guerrilhas no Araguaia,
DE LEONÊNCIO NOSSA
(http://s2.glbimg.com/OIeIOHhCTF7wcrI6TlTBjV5QN_OPaFZ39nzEA_X_SfhIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2012/09/17/748_livros_sebastiao.jpg)
“[...] Sob tortura, ele ["Pedro Albuquerque, preso em Fortaleza com sua mulher, Tereza"] contou que Tereza tinha engravidado e o casal resolvera sair da guerrilha. Ele estava de volta ao Araguaia para identificar pontos do grupo armado. Os militares usaram a prisão deles como referência para a descoberta do foco. A cúpula do PC do B sentenciou que Pedro e Tereza eram traidores. Os militares estavam à caça da guerrilha havia três anos, chegariam aos integrantes do movimento com ou sem o depoimento deles” (pág. 108). [...]"
(LEONÊNCIO NOSSA, Mata!: o Major Curió e as guerrilhas no Araguaia,
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed728_guerra_e_guerrilhas_do_araguaia)
DOIS HOMENS QUE JAMAIS TRAÍRAM A CAUSA QUE
ABRAÇARAM, NEM SEUS COMPANHEIROS DE LUTAS:
Joao Amazonas and Enver Hoxha:
(http://ciml.250x.com/archive/hoxha/english/to_the_congress_of_the_communist_party_of_brazil.html)
ENVER HOXHA
TO THE CONGRESS OF
THE COMMUNIST PARTY
OF BRAZIL
Dear Comrade Joao Amazonas,
Dear Comrade delegates,
It is a special joy for me to send to your Congress, to all the militants and supporters of the fraternal Communist Party of Brazil, the warmest greetings on behalf of the Party of Labour of Albania, the Albanian people and of me personally, and from my heart to wish this great assembly complete success.
Your Congress, which is being convened in the jubilee year of the 60th anniversary of the founding of the Communist Party of Brazil and the 20th anniversary of its reorganization in struggle against revisionist betrayal, opens a new period of struggle and victories for the fraternal Party of Brazil.
The Brazilian proletariat has found in the Communist Party of Brazil its revolutionary vanguard and the ardent defender of its interests, a Party which has been able to implement the teachings of Marx, Engels, Lenin and Stalin with unswerving loyalty and in a creative spirit, in compliance with the conditions of the country and the situations in the world. Heroically overcoming many difficulties, this Party has held aloft and further developed the outstanding militant traditions of the working class and the broad working masses of Brazil in their class battles against the local oligarchy and reaction, against foreign monopolies, against American imperialism and its policy of expansion and intervention, for their legitimate rights, for national sovereignty and social emancipation.
The Communist Party of Brazil has made and is making a valuable contribution to the historical struggle in defence of the purity of our revolutionary doctrine, against modern revisionism of all hues, for the defence and constant strengthening of the unity of the international Marxist-Leninist communist movement. The struggle the Brazilian proletariat and people under the leadership of the Communist Party of Brazil is an important component part of the great world revolutionary process of our time. It constitutes a valuable contribution to the struggle of the world working class, the working masses and freedom-loving peoples against imperialism, American imperialism and Soviet social-imperialism, in the first place. Between the Party of Labour of Albania and the Communist Party of Brazil close ties and a great militant friendship based on Marxism-Leninism and proletarian internationalism have been established in this common struggle.
We express our profound conviction that the fraternal Communist Party of Brazil, led by our beloved Comrade Joao Amazonas, will achieve major successes and victories in its struggle and efforts for the union and organization of the people in a broad common front, in an independent political movement of the popular front, for the achievement of political freedoms and the establishment of a popular regime, for the overthrow of the imperialist rule in the country, for its independent development and the setting out of the country on a new road, for the triumph of the cause of socialism.
The Party of Labour of Albania backs up and supports whole-heartedly the just and heroic struggle of the Communist Party of Brazil and wishes it still greater victories on its glorious road.
In sending our revolutionary greetings to your Congress, we wish the further strengthening of collaboration, friendship and fraternal relations between our two fraternal parties for the good of our common cause — Marxism-Leninism.
Long live the Communist Party of Brazil!
Long live the militant friendship between the Communist Party of Brazil and the Party of Labour of Albania!
Glory to Marxism-Leninism!
ENVER HOXHA
First Secretary of the Central Committee of the Party of Labour of Albania"
(http://ciml.250x.com/archive/hoxha/english/to_the_congress_of_the_communist_party_of_brazil.html)
CHARUTO E APETRECHOS DE FUMANTE QUE SÃO VENDIDOS EM TABACARIAS:
(http://pic.kekanto.com/pics/27/186027mg.jpg)
"O PROF. HOXHA (1908 - 1985), DA
ALBÂNIA, FOI PEQUENO-BURGUÊS (DONO
DE TABACARIA EM TIRANA), MAS ENQUANTO
ELE, COM VISÃO MAIS ABRANGENTE, NÃO
ABRAÇOU A IDEOLOGIA PEQUENO-BURGUESA
[COMO EU ABRACEI E DEFENDO, DESDE QUE
LACERDA FEZ BOM GOVERNO NA GUANABARA,
QUADROS CRIOU O PARQUE DO XINGU,
BRIZOLA CONSTRUIU OS CIEPS,
COLLOR DE MELLO JOGOU CIMENTO EM
BURACO RADIOATIVO, FECHOU SNI E A
ULTRACORRUPTA EMBRAFILME ETC.,
CESAR MAIA FEZ TUDO O QUE É INDICADO EM
http://democratasporciuncularj.wordpress.com/realizacoes-do-governo-cesar-maia/ e
BOLSONARO COMEÇOU A DEFENDER A
PENA DE MORTE, IMEDIATA, NO BRASIL (O QUE
NÃO FALTA É POLÍTICO NÃO-MALA, MAS ELE
GERALMENTE É VENCIDO POR UM centrão MUITO
CORRUPTO], EIS QUE O QUE EU GOSTARIA MESMO
SERIA VIAJAR DE FÉRIAS À ALBÂNIA E VISITAR A
TABACARIA QUE FOI DE HOXHA, MESMO QUE ELA TENHA SE
TRANSFORMADO EM MUSEU, MESMO QUE SEJA PARA
APENAS TIRAR UMA FOTO MINHA COMPRANDO UM
CORTADOR DE CHARUTOS, MESMO LEVANDO-SE EM
CONSIDERAÇÃO QUE EU NÃO FUMO NEM CHARUTOS,
NEM FUMO ALGUM (função simbólica dos souvenirs)"
FALB
Enver Hoxha
|
"Hoxha, Enver |
(1908-1985): Primeiro Chefe do Governo Comunista da Albânia, ao qual serviu por quatro décadas. Hoxha foi professor no liceu francês de Korcë até a invasão da Albânia pela Itália em 1939, quando foi demitido por recusar-se a ingressar no recém formado Partido Fascista da Albânia. Abriu, então, uma tabacaria em Tirana, que logo tornou-se o centro de uma célula comunista. Após a invasão da Albânia pela Alemanha, em 1941, Hoxha, junto com outros militantes, fundou o Partido Comunista da Albânia que posteriormente adotou a denominação de Partido do Trabalho da Albânia. Foi nomeado Secretário do Comitê Central do Partido e Comissário do Exército de Libertação Nacional, que combateu o Exército Alemão, os fascistas e as forças feudais da Albânia. De 1944 até 1954 foi Primeiro Ministro da Albânia, tendo ocupado mais tarde outros cargos no governo, mas como Secretário do Comitê Central do Partido do Trabalho da Albânia, deteve efetivamente o controle sobre o governo até a sua morte. Após libertar-se das ocupações italianas e alemãs, a Albânia, passou passou por um processo de revolução em sua sociedade e economia. As relações feudais, remanescentes da dominação otomana, foram eliminadas e a agricultura foi coletivizada o que permitiu à Albânia aproximar-se da auto-suficiência em alimentos. Simultaneamente foi implantada a industrialização, a eletrificação de todos os distritos rurais, controlado as doenças epidêmicas e erradicado o analfabetismo.
|
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Leia texto do Sec. Con. Geral da Juventude Popular da Albânia sobre Hoxha |
Leia as obras deste autor no MIA" |
[http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/h/hoxha_enver.htm,
o grifo é nosso]
TRÊS NOTÁVEIS LÍDERES DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA
BRASILEIRA DO PERÍODO HISTÓRICO ENFOCADO NESTA MATÉRIA:
DRS. JOÃO AMAZONAS, MAURÍCIO GRABOIS E PEDRO POMAR:
O ultimo encontro de João Amazonas e Henver Hoxha
À ESQUERDA: MAURÍCIO GRABOIS;
À DIREITA: nome sendo confirmado ===em edição===:
[http://coletivizando.blogspot.com.br/2011/03/fundacao-mauricio-grabois-o-tesouro-da.html]
PEDRO POMAR:
PASSANDO AOS ANTÍPODAS
DE UMA REVOLUÇÃO BRASILEIRA:
MENÇÃO AO ARAGUAIA (com ódio contra a guerrilha marxista)
DO NOBRE DEPUTADO FEDERAL CARIOCA [*]
DA ATUALIDADE JAIR BOLSONARO (É PRÓ-AUTORITARISMO
DE DIREITA, MAS NÃO É FASCISTA, NEM NAZISTA, UMA VEZ
QUE O EXÉRCITO DO BRASIL LUTOU CONTRA O NAZI-FASCISMO NA
ITÁLIA, DURANTE A II GUERRA MUNDIAL - e disso muito se envaidece -,
MAS SENTE SAUDADES DO REGIME POLÍTICO QUE ELIMINOU GRABOIS,
POMAR E AS GUERRILHAS DO ARAGUAIA [no plural]),
Youtube:
NÃO AOS MÉDICOS CUBANOS - [DEPUTADO FEDERAL CARIOCA] Jair Bolsonaro,
Youtube:
http://youtu.be/jjwHEwTogSg
Publicado em 22/05/2013
"GOVERNO PETISTA DOOU 1 BILHÃO PARA CUBA EM ATOS SECRETOS" Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional 21/05/2013 - CURTA ➨ http://www.facebook.com/CanalDaDireita
[*] - COMO O PRÓPRIO DEPUTADO PODE CONFIRMAR, EM CERTA OCASIÃO,
APROXIMOU-SE DOUTRINÁRIO-JURIDICAMENTE DE POSIÇÕES DE MEU SAUDOSO
TIO CARLOS DE ARAUJO LIMA, EM RAZÃO DE AMBOS TEREM SIDO A FAVOR DA
IMPLANTAÇÃO DA PENA DE MORTE, NO BRASIL (CABE RESSALTAR QUE
ENQUANTO O DR. ARAUJO LIMA FEZ PARTE DAS FORÇAS POLÍTICAS QUE
TRABALHAVAM PELO CRESCIMENTO DO GETULISMO [PTB], NESTE PAÍS, JAIR BOLSONARO
PERTENCE AO QUE REMANESCE DO GRUPO [ARENA] QUE DERRUBOU DUAS VEZES O
PRESIDENTE VARGAS [o pai de C. Araujo Lima, Benjamin Lima, aliás, pertencia ao
culto grupo dos servidores do ministro Gustavo Capanema, do qual fazia parte C. Drummond
de Andrade], EIS QUE PESSOAS QUE VOTAM DIFERENTEMENTE PODEM POLITICAMENTE
CAMINHAR UNIDAS NO QUE SE REFERE À LUTA PELA IMPLANTAÇÃO DA PENA DE MORTE,
NO BRASIL, QUE TAMBÉM EU CONSIDERO URGENTE (não ouso tentar discordar de direita e
esquerda brasileira unidas por causa específica, a de agir-se depois de que dois odontólogos
foram barbaramente incendiados e mortos, quando estavam trabalhando, pacificamente)
[COMO CITEI UM PARENTE, DE SANGUE - IRMÃO DE MINHA MÃE - CABE-ME ACRESCENTAR
NESTE MOMENTO QUE CONSIDERO OS DOIS DENTISTAS ASSASSINADOS COMO MEUS
IRMÃOS E QUE CONSIDERO AS ÚLTIMAS MANIFESTAÇÕES ANTIGOVERNAMENTAIS
DEMASIADAMENTE BRANDAS!]
MATÉRIA DE 12.12.2012,
nesta despretensiosa Coluna da Internet,
em dez./2012:
"Centenário do nascimento do jurista amazonense Carlos de Araujo Lima
[Flávio Bittencourt]
Centenário do nascimento do jurista amazonense Carlos de Araujo Lima
Quarta-feira, 12 de dezembro de 2012. (...)
(http://www.valgejauiga.ee/index.php?sisu=tekst&mid=7&lang=eng&valgeuiga=izvaxI2vQXZPm4dn35TOFDhrrV4)
[...]
"SEMANA DE MAIO de 1980
A Crítica, 20.5
20 - Carlos de Araujo Lima, saudoso advogado amazonense e figura de projeção na advocacia nacional, não escondia seu entusiasmo após a abertura da VIII Conferência dos Advogados do Brasil, realizada em Manaus, entre 19 e 23 de maio. Era presidente da OAB-AM, o doutor José de Paiva Filho.
Participou da citada conferência, o Dr. Almino Alvares Afonso, cassado quando deputado federal. Em entrevista ao jornal A Notícia (20.5.1980) rebateu o pronunciamento do ministro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel. Sugeria a convocação de uma Assembleia Constituinte."
(BLOG DO CORONEL ROBERTO,
http://catadordepapeis.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html)
[...]"
(http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/centenario-do-nascimento-do-jurista-amazonense-carlos-de-araujo-lima,236,8377.html)
VOLTANDO-SE ÀS AÇÕES ARMADAS DOS
REVOLTOSOS PRÓ-LÍDER-ALBANÊS-PROFESSOR-HOXHA
(mas sem estarem recebendo "ouro da Albânia"):
"NA PRIMEIRA GUERRILHA DO ARAGUAIA, 5 MIL SOLDADOS
VENCERAM POUCO MAIS DE 80 GUERRILHEIROS; NA SEGUNDA,
DOS QUASE 200 homens que se reuniram no dia 26 de outubro de 1976 para elaborar uma estratégia de ataque aos funcionários do Incra, apenas 36 se apresentaram para o combate efetivo,
mas esses números merecem ser confirmados, haja vista que esses foram os últimos enfrentamentos armados da História Pátria, DOS QUAIS SÓ SOUBEMOS [nós, os simples mortais que não tínhamos informações maiores dos movimentos anti-ditadura] DEPOIS"
(C R...)
Guerrilha do Araguaia - As Faces Ocultas da História
-
Trailer do Documentário da maior operação militar brasileira depois da segunda guerra mundial. coprodução: Doc-TV ...
-
(http://www.youtube.com/results?search_query=revolta+perdidos+araguaia)
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerrilha_do_Araguaia)
FOTO 4
FOTO 4 – Ainda estamos na festa de formatura, mas agora na mesa da esquerda, a das mulheres, arrumada com tanto ou mais capricho que a dos homens. Toalha de babados bordada, copos finos e comida farta. A senhora de óculos, de 54, é apresentada aos moradores de Porto Franco como d. Maria. Seu nome verdadeiro é Elza de Lima Monnerat. Integrante do Comitê Central do PCdoB, é ela quem costuma [COSTUMAVA] buscar os companheiros em São Paulo e levá-los até o local da guerrilha.
(http://lfigueiredo.wordpress.com/2011/03/02/exclusivo-guerrilha-do-araguaia1-as-ultimas-ceias-dos-guerrilheiros/)
A Revolta dos Perdidos, também denominada de Guerra dos Perdidos ou Segunda Guerrilha do Araguaia foi um conflito armado que ocorreu em 1976, se prolongando de maneira silenciosa até o fim da década de 1980. O acontecimento se desenvolveu na área municipal de Piçarra no Pará. Ocorreu na mesma região onde, até 1974, havia ocorrido a Guerrilha do Araguaia.
Esse conflito seria a "II Guerrilha do Araguaia", uma continuação ou prosseguimento da Guerrilha. Os mesmos moradores que assitiram o desenvolvimento do conflito ou serviram de apoio à guerrilha do PC do B organizaram uma revolta contra o Incra, que, inflamado por grileiros, decidiu refazer a ocupação na área, deslocando os posseiros locais.
"(...) dois traidores do movimento [SEGUNDA GUERRILHA DO ARAGUAIA] informaram a polícia, que logo se deslocou para o local e impediu o ataque"
(http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/revolta-dos-perdidos/)
Dra. Dina, geóloga baiana [ESPOSA DO DR. ANTÔNIO DA DINA
(Antônio Carlos Monteiro Teixeira)], a mais famosa e temida de
todas as guerrilheiras do Araguaia [QUANDO SE EVOCA A PRIMEIRA
GUERRILHA DA REGIÃO, http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerrilha_do_Araguaia]:
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinalva_Oliveira_Teixeira)
"Guerra dos Perdidos
Posseiros que deram apoio à guerrilha se levantaram contra o Incra
19 de dezembro de 2010 | 0h 00
- O Estado de S.Paulo
Documentos obtidos pelo Estado no Arquivo Nacional, em Brasília, revelam que a ditadura se assustou com a nova guerrilha no Araguaia e admitiu que o movimento tinha causas justas. Os mesmos moradores que serviram de apoio à guerrilha do PCdoB organizaram uma revolta contra o Incra, que, inflamado por grileiros, decidiu refazer a ocupação na área, deslocando posseiros. Por trás de ações de despejo estava o grileiro Luiz Erland, o Careca, que chegou aos Caianos após o extermínio da guerrilha.
O agricultor João de Deus, que tinha sido peão de um sítio de guerrilheiros, relata que a primeira reunião dos rebeldes dos Perdidos ocorreu na casa de Sebastião da Serra. Os cunhados de João de Deus, Davi e Joel dos Perdidos, assumiram a liderança do movimento, que brotava onde existiu um dos destacamentos da guerrilha.
Os posseiros se reuniram depois numa cabana de palha que abrigou a escolinha da guerrilheira Áurea Valadão, executada em 1974 pelo Exército. Pelas contas de Davi, 173 homens participaram do encontro. Eles decidiram interromper o trabalho de remarcação de lotes. À meia-noite de 26 de outubro de 1976, hora combinada para o início da marcha até a picada onde estavam os funcionários do Incra, apenas 36 posseiros apareceram. Dois traíram o movimento e avisaram à polícia do plano de ataque, que começaria pela manhã. Os posseiros mudaram a estratégia: se dividiram em três grupos de 12 e ficaram afastados do local previsto para o ataque. Lá, camuflados e agachados na mata, contaram 26 policiais e 8 pistoleiros.
Às cinco da manhã, a polícia percebeu movimentos no mato e fez os primeiros disparos. Quando cessaram os tiros, os posseiros se levantaram e atacaram. Um policial caiu morto. "Um deles levou um tiro no pé de ouvido de uma "por fora" (espingarda), que a gente carrega pela boca, aquela venenosa", relata Davi. "Morreram quatro. Outros saíram correndo, mais à frente um caiu", diz. "A turma foi devagarinho; ele estava para se levantar quando tiramos o infeliz do sofrimento, como faziam com a gente, né? O cara pegava um pedaço de pau e batia na cabeça dos caídos, para sair do sofrimento. Morreu muito pistoleiro na picada", acrescenta Davi.
Relatório militar confirma as mortes dos soldados Claudiomiro Rodrigues e Ezio Araújo. O documento "Incidente em São Geraldo do Araguaia", do extinto Serviço Nacional de Informações, destaca que o Exército reconhecia a truculência da PM e foi acusado de atuar em parceria com policiais corruptos.
Após o confronto, policiais cercaram povoados em busca dos revoltosos, retirando famílias à força. Um vizinho de Davi, Deusdeth Dantas, o Deti, e dois filhos foram amarrados dentro de casa. Os policiais bateram na mulher dele e violentaram duas filhas menores, de 12 e 13 anos.
Davi foi preso. "Fiquei um mês trancado numa cela. Me deram choques na língua, botavam fio elétrico na orelha e no cotovelo, você cai morto, não vê nada. Meus dentes quebraram tudo", lembra. "Me perguntaram de coisas que eu não sabia que existia no mundo." Diz que valeu a pena. "Foi a primeira vez que gente pobre brigou com gente rica e ganhou. Antes não tinha MST, era só a gente. Foi uma guerrilha sofrida, mas vitoriosa. Naquele momento não morreu posseiro. Balançou o governo. Eles não tinham ordem para me prender. Tinham ordem para me matar."
Veterano de dez garimpos, o cearense Jacob Silva, 80 anos, nascido no sertão dos Inhamuns, chegou aos Perdidos em 1963. Viu a guerrilha do Araguaia ser eliminada e garimpos serem abertos e entrarem em decadência. Jacob lembra que a revolta nos Perdidos começou com a chegada de grileiros. O governo abriu uma estrada e deu início a uma nova redistribuição de lotes, que não contemplaria as famílias que estavam na área. "Foi um confusãozinha até boa; a gente gosta é de um fuá", diz rindo.
A principal personagem feminina dos Perdidos tem o mesmo apelido da mais famosa integrante da guerrilha do Araguaia. Dina, como é chamada Edna Rodrigues de Souza, de 60 anos, passou pela tortura em 1976, como a guerrilheira Dinalva Teixeira, do Araguaia, dois anos antes. Militares espalharam que elas eram irmãs.
Tortura. Em três ocasiões, Edna sofreu choques elétricos e abuso sexual de agentes encapuzados. A primeira foi na beira do Araguaia, onde foi presa. Após quatro meses, foi solta. Estava grávida. O marido, João de Deus, ajudou a criar a filha dela, Eva. A relação entre Edna e João acabou. "Ele não chorou. Eu não chorei, já esperava por aquele dia", conta. "Mas ele podia ter me perdoado, porque também foi algemado. João sabe que não foi o meu querer. Arrumou um montão de mulheres, mas até hoje nenhuma igual a mim."
Se Dina do Araguaia é hoje um mito, a ponto de agricultores acreditarem que ela não morreu, a homônima dos Perdidos está bem viva. Dina dos Perdidos mora numa casa de tábua coberta de palha à beira da BR-153, na Vila Bandinha, em São Geraldo do Araguaia. Com o atual marido, Carlos, vive da venda de picolés e bebidas. A renda é de R$ 400 por mês.
Quando o Estado chegou à Vila Bandinha, Edna ou Dina dos Perdidos não estava. Tinha ido a São Geraldo para um ritual que faz há anos: tentar convencer o INSS de que tem direito à aposentadoria. Depois de desembarcar de um pau de arara, ela mostrou a carteira de trabalho, marcada por um "cancelado" em vermelho. O envolvimento na revolta foi o suficiente para perder o emprego numa escola municipal, onde dava aulas para 115 crianças.
Ela escreve as memórias dos Perdidos. Não permite imagens dos cadernos preenchidos com letra arredondada. O advogado Paulo Fonteles, que a defendeu, assassinado em 1986, terá destaque no livro. "Ele será o anjo, o ser que queria só paz na terra de pistoleiros, guerrilheiros e posseiros", adianta.
Nos cabarés e bodegas, o forró perde espaço para o pop melody e o melody. São ritmos mais rápidos que o brega da banda Calypso. Agora, o rapaz apenas segura a mão da moça, sem colar no corpo dela. Faz sucesso por aqui o cabelo moicano, no estilo do jogador Neymar, e roupas justas e coloridas. Os jovens ouvem CDs piratas das bandas Raveli, Vetron, Tupinambá, Rubi e Águia e acessam blogs e sites para ver ofertas de emprego. O sonho é conseguir vaga numa mina da Vale. A qualificação é o empecilho. Parte da garotada se esforça para ser aceita como recruta nos quartéis construídos pelo Exército no tempo da guerrilha.
Não há mais guerrilha. O mundo dos Perdidos é outro. As procissões luminosas deram espaço para rodeios e vaquejadas, o boi tomou conta da floresta, os carros da Vale acabaram com a monotonia nas estradas de chão e barracos foram construídos nos barrancos do rio para abrigar migrantes que continuam chegando do Maranhão a cada anúncio de investimentos da companhia.
Mesmo com as mudanças e influências externas, a Amazônia aqui continua tendo apenas duas estações: verão e inverno. O verão ainda é associado ao tempo de bonança, embora o Araguaia, o Tocantins e o Itacaiúnas não garantam peixes como no passado. A formação das praias e o movimento dos jovens com suas caixas de isopor e rádios para tocar melody mantêm o clima alegre na estação. O inverno continua sendo visto como o tempo sombrio, de rio cheio, sem festa."
(http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,guerra-dos-perdidos,655609,0.htm)
AO POVO DA ALBÂNIA!
AOS DENTISTAS BRASILEIROS DOUTORES
Alexandre Peçanha Gaddy e
Cinthya Magaly Moutinho de Souza, que vivem - a quem os brasileiros devem a
revolução política (não "apenas" científico-cerebral e de comportamento) em curso!
13.6.2013 - F.
"Revolta dos Perdidos
Por Antonio Gasparetto Junior
A Revolta dos Perdidos foi um conflito que se estendeu entre o final da década de 1970 e o início da década de 1980.
No final da década de 1960, formou-se um movimento guerrilheiro na região amazônica brasileira seguindo o traçado do Rio Araguaia. O movimento foi criado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que queria promover uma revolução socialista no Brasil iniciada no campo. Seguindo os exemplos ocorridos na China e em Cuba, os militantes da revolução estavam dispostos a combater as Forças Armadas brasileiras pelo ideal defendido. O confronto tornou-se direto em 1972, colocando em choque os 80 militantes da revolução e o exército nacional. O evento ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia e terminou com a vitória das forças federais, restando menos de 20 revolucionários vivos. Entre os mortos, muitos ainda são considerados desaparecidos políticos.
Alguns poucos anos mais tarde outro levante armado ocorreu. Organizado de modo silencioso, militantes se reuniram na área municipal de Piçarra do Pará, mesma região onde, até 1974, travou-se a Guerrilha do Araguaia. O novo movimento foi uma continuação do primeiro. Os moradores apoiaram o movimento organizado pelo PCdoB e contaram com a colaboração de grileiros e posseiros locais e promover uma revolta contra o Incra. Insatisfeitos com o trabalho de remarcação de lotes, eles marcharam até o acampamento dos trabalhadores do Incra para atacar pela manhã, mas dois traidores do movimento informaram a polícia, que logo se deslocou para o local e impediu o ataque. Os manifestantes foram obrigados a fugir pela mata, onde se esconderam.
Por ser uma continuação da Guerrilha do Araguaia, este novo levante é conhecido também como Segunda Guerrilha do Araguaia. No entanto, em função da desordem, das desistências e das traições no desenvolvimento do plano de ataque, o evento é mais conhecido como Guerra dos Perdidos ou Revolta dos Perdidos. Dos quase 200 homens que se reuniram no dia 26 de outubro de 1976 para elaborar uma estratégia de ataque aos funcionários do Incra, apenas 36 se apresentaram para o combate efetivo. Surpreendidos pela polícia, que havia sido informada pelos dois traidores, foram forçados a se esconder na mata, sob muitos disparos de armas de fogo. Cessados os ataques da polícia, os sobreviventes revidaram. Mas o levante foi sufocado e vencido pelas tropas oficiais. Após o confronto, a polícia cercou os povoados vizinhos em busca de mais militantes do movimento. Porém relatórios do Serviço Nacional de Informação alegam que havia muitos policiais corruptos que retiravam famílias de suas casas à força, abusavam da violência e violentavam mulheres.
A Revolta dos Perdidos se prolongou silenciosamente com opressões e algumas revoltas pontuais até o final da década de 1980.
Fontes:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,guerra-dos-perdidos,655609,0.htm
http://www.simposioproducaosocial.org.br/Trabalhos/101.pdf"
(http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/revolta-dos-perdidos/)
===
"Dinalva Oliveira Teixeira
Dinalva Conceição Oliveira Teixeira ou 'Dina' (Castro Alves, 16 de maio de 1945 — Araguaia, ? de julho de 1974) foi uma guerrilheira brasileira, integrante da Guerrilha do Araguaia, movimento guerrilheiro criado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) durante a ditadura militar brasileira.
Formada em Geologia pela Universidade Federal da Bahia em 1968, 'Dina' foi a mais famosa e temida de todas as guerrilheiras do Araguaia.1 Militante do movimento estudantil baiano em 1967 e 1968, tendo sido presa, casou com seu colega de turma Antônio Carlos Monteiro Teixeira - que na guerrilha teria o codinome 'Antônio da Dina' - e mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde trabalharam no Ministério das Minas e Energia,1 e como militantes comunistas faziam trabalho social nas favelas cariocas.2
Araguaia
Dina e Antônio chegaram ao Araguaia em maio de 1970, como integrantes do grupo montado pelo PCdoB para criar uma guerrilha de caráter revolucionário na região e iniciar a luta armada rural contra o governo militar. Como professora e parteira, Dina ganhou fama e admiração entre os humildes habitantes da região, nos anos de preparação da guerrilha, entre 1970 e 1972. Montou também um negócio de venda de cigarros e bebidas chamado "Tabacaria da Dina".3 :57
Mas sua fama maior veio da sua capacidade militar. Exímia atiradora, com grande preparo físico, espírito de liderança e personalidade decidida, foi a única mulher a ser vice-comandante de um destacamento da guerrilha. Seu nome era temido entre os recrutas convocados pelo exército para participar das operações de combate no Araguaia.4 Enfrentou tropas militares por várias vezes, ferindo soldados e oficiais, sempre conseguindo escapar dos cercos do inimigo.5 Entre os caboclos da região, corria a lenda de que era invencível, pois, se ferida, "desaparecia transformando-se numa borboleta".3 :57
Os militares tinham especial determinação em achá-la, considerando-a "perigosíssima" e uma ameaça à ação militar na região, no intuito de destruir o mito criado entre o povo do Araguaia para desmoralizar a guerrilha. Sua morte tornou-se necessária para o exército.3 :67
Execução
Em 26 de agosto de 1973, participou do julgamento e execução de um companheiro, Rosalindo de Souza, o "Mundico", acusado de trair os ideais revolucionários e de adultério durante a guerrilha.6 Depoimentos de camponeses afirmaram que foi a própria "Dina" que o executou, após julgamento e sentença do grupo, na frente de várias testemunhas.7 "Mundico", condenado pelo "Tribunal Revolucionário das Forças Guerrilheiras do Araguaia" (nome oficial dado pelos guerrilheiros), foi executado com um tiro de Taurus .38 no peito amarrado a uma árvore, após ser condenado por unanimidade num caso banal de triângulo amoroso.3 :56 "Dina" e Mundico" eram amigos desde o tempo da militância estudantil em Salvador.8 :147
Prisão e morte
Sobrevivente do ataque à comissão militar da guerrilha no dia de Natal de 1973, que matou cinco guerrilheiros, incluindo o comandante geral Maurício Grabois, Dina embrenhou-se na selva com outros companheiros e desapareceu até junho de 1974, quando foi presa, fraca, doente e desnutrida, sem comer açúcar ou sal há meses, vagando na mata perto da localidade de "Pau Preto", com a companheira de guerrilha "Tuca", a enfermeira parasitóloga paulista Luiza Augusta Garlippe.
Levada à base em Xambioá, permaneceu presa e foi torturada por duas semanas, sem prestar qualquer informação aos militares do serviço de inteligência do exército, CIEx, que sempre quiseram pegá-la viva. Foi colocada num helicóptero pelo então capitão Sebastião de Moura e levada para uma mata próxima, onde foi executada à tiros, à seu pedido de frente, pelo sargento do exército Joaquim Arthur Lopes de Souza — codinome "Ivan", um ex-seminarista e um dos muitos militares infiltrados secretamente na área da guerrilha — em julho de 1974.3 :57Dada como desaparecida política, seu corpo nunca foi encontrado.
Seu último diálogo com seu executor, antes da morte:3 :57
"Dina" — Vou morrer agora?
"Ivan" — Vai. Agora você vai ter que ir.
"Dina" — Quero morrer de frente.
"Ivan" — Então vira pra cá.
Ver também
Referências
- ↑ a b TorturaNunca Mais/RJ
- ↑ Rebellion - A Guerrilha do Araguaia e as mulheres do Brasil
- ↑ a b c d e f Studart, Hugo, Geração Editorial, A Lei Da Selva: Estratégias, Imaginário e Discurso dos Militares Sobre a Guerrilha do Araguaia, 2006. ISBN 9788575091395.
- ↑ IstoÉ - O mistério de Dina
- ↑ MORAIS, Tais de. SILVA, Eumano - Operação Araguaia: os arquivos secretos da guerrilha
- ↑ GeraçãoBooks
- ↑ O livro da ditadura. Isto É. Página visitada em 17/06/2011.
- ↑ Nossa, Leonêncio, Companhia das Letras, Mata! O Major Curió e as guerrilhas no Araguaia. ISBN 9788535921113.
Bibliografia
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