A morte do papel

 



A morte do papel

Rogel Samuel

Ziraldo escreveu no JB que o jornal de papel morrerá. Creio que sim. Em alguns países, o jornal impresso já perdeu a capacidade de influenciar os leitores, que já lêem o jornal ao contrário, buscando saber o que ele esconde, quais suas intenções secretas. Não, não há notícia isenta, desinteressada. Há sempre uma sutil mensagem política escondida no texto. E uma ciência da linguagem se especializou em desmascará-lo.

O texto do Ziraldo está reproduzido em “ENTRE-TEXTOS”. Ele diz que o livro impresso não morrerá. Tenho minhas dúvidas. As novas mídias do livro estão cada vez mais sofisticadas. Mesmo no Brasil já existem editoras online, como as seguintes:


http://www.livrofalante.com.br/

http://www.audiolivro.com.br/sistema/home.asp?IDLoja=6491&1ST=1&Y=3887645298176


Eu, modesto escritor, agora só escrevo pela Internet. Vários livros meus estão completamente on-line.

Há tempos escrevi que o futuro da poesia está no celular. Imagine a maravilha: seus pequenos poemas serem lidos por milhões de leitores no celular...

 

NOVO MANUAL DE TEORIA LITERÁRIA 4a EDIÇÃO - EDITORA VOZES