[Flávio Bittencourt]

A mãe de Rogel Samuel

E (notícia recente): o novo diretor-geral da OMC é um diplomata baiano!

 

 

 

 

 

 

 

 


O desenvolvimento das trocas naturais foi o primeiro passo para que a atividade comercial se firmasse.

(http://www.brasilescola.com/historia/historia-do-comercio.htm)

 

 

 

 

 

 
UMA GRANDE DAMA DE MANAUS
(ESPOSA DE COMERCIANTE QUE
ERA UM CONHECEDOR DE IDIOMAS
EUROPEUS E QUE TRAÇAVA BANANAS
COM TALHERES DE PRATA):
 
 
MINHA M€ ¦ÃE

 

(foto de R. Samuel)
 
"MINHA MÃE
 
ROGEL SAMUEL
 
 
Gosto de lembrar-me de minha mãe mas quando ela era ainda jovem e bela. Minha mãe, a incompreendida.  Poderia ter sido mais feliz. Se não fosse tão intransigente com os outros, sempre preocupada com os conceitos dos outros, sempre sofrendo o julgamento de uma sociedade de classe-média decadente que só ainda existia na sua mente, na sua lembrança.
 
Minha mãe era belíssima quando jovem, mas foi infeliz no casamento e mesmo com seus dois filhos. Nunca se separou de meu pai, mesmo depois de saber que ele tinha outra família.
 
Era apaixonada por ele? Talvez fosse.
 
Meu pai era tudo com que ela sonhou na juventude: francês atlético, educado, cultíssimo, elegante, de boas maneiras (meu pai só comia uma banana de garfo e faca), falando inglês, francês, alemão (foi alfabetizado em alemão, em Estrasburgo), conhecedor do mundo, da guerra, tocando piano e violino, na juventude era rico, etc.
 
Sim, quando se casou meu pai, ele era rico comerciante em Manaus. Minha mãe foi a primeira mulher a dirigir automóvel em Manaus, quando saía de carro as pessoas exclamavam, admiradas:
 
- Olha uma mulher dirigindo um carro!
 
Chegou a ser uma das dez mais elegantes da cidade segundo um cronista social famoso.
 
Minha mãe lia muito, era bibliotecária e professora. Foi infeliz, foi feliz? Não sei, mas como todos nós teve as suas fases.
 
Sua casa era imponente, para os conceitos da época. Ela mesmo arrumou o financiamento, escolheu a casa numa revista americana: um bangalô americano de dois andares num terreno alto. Imponente, sim.
 
Por que tudo veio abaixo?
 
Primeiro eu me separei da família aos 18 anos, vindo estudar no Rio de Janeiro e nunca mais voltei (senão como visita). Tornei-me um verdadeiro estranho dentro de casa. Depois meu pai faliu, saiu de casa etc.
 
Sim, eu era um estranho naquela casa, e a minha independência nunca foi "perdoada".
 
Nós, seus filhos, não fomos modelos de bons filhos. Eu, principalmente. Que naquela época hippie tinha um comportamento exótico, pouco sociável: cabelos compridos (um escândalo!), sandálias e roupas indianas, vivia metido em comunidades budistas (suspeitíssimas para os padrões vigentes), sempre no meio de artistas plásticos e poetas (que para minha mãe significavam desocupados e viciados).
 
Eu mesmo era um artista plástico, estudava no Parque Lage, pintava grandes quadros abstratos, escrevia poemas, fazia fotografia etc.
 
Para minha família, um marginal!
 
Mesmo depois de formado, de ter feito mestrado e doutorado, de ter virado professor universitário, nunca minha imagem na família mudou: eu estava marcado para sempre como "comunista" etc. Por isso, quando ia a Manaus, passava 3 dias, logo voltava.
 
Mas a imagem que gosto de sempre lembrar era ela com o marido dançando uma valsa triste no salão de nossa casa.
 
Hoje, lastimo não ter podido fazê-la feliz.
 
Lastimo.
 
Mas estava além de minha natureza."
 
 

 

 

 

 

 

 

 
 
 
 
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7.5.2013 -   F.

 
"O baiano Roberto Azevedo será diretor-geral da OMC

Por: Redação Bocão News (@bocaonews) - 07 de Maio de 2013 - 15h56 

 


O embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo será o novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). É o cargo mais importante já conquistado por um diplomata brasileiro em organismo internacional. O OMC é uma entidade da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o colunista Claudio Humberto, a posse de Azevêdo, que substituirá o francês Pascal Lamy, está marcada para 31 de agosto. Ele disputou o cargo com o mexicano Enrico Bianco, que contava com o apoio de países ricos, enquanto a candidatura de Azevedo teve o suporte de países em desenvolvimento. O anúncio oficial do nome do vencedor só será feito somente amanhã (8) pela entidade, mas é certo que o embaixador obteve mais de 80 votos e o consenso das nações. Negociador hábil, Azevêdo é diplomata de carreira, foi chefe do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores e responsável pela delegação do país nas negociações da Rodada Doha da OMC, sobre liberalização de mercados."

(http://www.seligabocao.com/noticias/principal/politica/59838,o-baiano-roberto-azevedo-sera-diretor-geral-da-omc.html)

 

 

 

 

 

 

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HISTÓRIA DO COMÉRCIO



O desenvolvimento das trocas naturais foi o primeiro passo para que a atividade comercial se firmasse.

"Precisar o período em que as atividades comerciais foram inventadas é um tipo de tarefa praticamente impossível de ser cumprida. Contudo, podemos realizar uma breve projeção sobre como as primeiras trocas comerciais apareceram no cotidiano de certas civilizações. Inicialmente, devemos imaginar que nas primeiras comunidades cada indivíduo ou chefe familiar detinha um tipo especifico de habilidade de trabalho.

Para que a produtividade desse trabalhador se ampliasse, era necessário que ele gastasse um número maior de tempo na realização de suas atividades. Desse modo, garantiria o sustento de sua família com a coleta ou produção necessária para certo intervalo de tempo. Apesar de ser uma solução eficiente, esses trabalhadores não teriam condições suficientes para dedicar seu tempo à realização de outras atividades que também integravam seu universo de necessidades essenciais.

Dessa forma, um trabalhador poderia recorrer aos produtos de um outro para que então pudesse satisfazer as suas necessidades. Por exemplo, um pescador poderia trocar parte de sua mercadoria com um agricultor que tivesse batatas disponíveis para a troca. Assim, as primeiras atividades comerciais se baseavam em trocas naturais em que as partes estipulavam livremente a quantidade e os produtos que poderiam envolver as suas negociações.

Com o passar do tempo, vemos que essas trocas comerciais se tornaram cada vez mais complexas e envolviam uma gama cada vez maior de produtores. Em algumas situações, o produto de troca oferecido por um trabalhador não era aquele que atendia às demandas de outro. Além disso, a comercialização de determinadas mercadorias de grande porte e de difícil transporte poderia tornar as trocas diretas muito complicadas para as partes envolvidas.

Foi daí então que as primeiras moedas apareceram como um meio de dinamizar as atividades comerciais entre os povos. Além de serem aceitas como meio de troca, as moedas deveriam ser de fácil transporte, possuir valores fracionados, ter grande durabilidade e não deveriam ser feitas de um material mais importante para outro tipo de atividade. Naturalmente, todas essas qualidades para uma moeda foram definidas por um longo processo, até que as ligas de metal fossem empregadas como forma de pagamento.

Desde os primórdios das atividades comerciais, a quantidade de trabalho empregada para a fabricação de uma riqueza ou mercadoria era um pressuposto fundamental para que o preço dela fosse determinado. Assim sendo, a dificuldade de produção de uma riqueza ou a raridade da mesma seriam fatores essenciais que indicariam o seu preço elevado. Em contrapartida, outra mercadoria de fácil obtenção ou de fabricação simples teria uma valoração bem menor.

Progressivamente, vemos que o desenvolvimento do comércio estipulou uma valoração não limitada ao custo natural da mercadoria. Transporte, impostos, salários e outros gastos foram incorporados paulatinamente ao processo de fabricação de tais riquezas. Foi dessa forma que a atividade comercial passou a ganhar ainda mais complexidade entre seus envolvidos. No mundo atual, vemos que a compreensão das atividades comerciais abarca um universo cada vez maior de fatores e variantes.

Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola"

(http://www.brasilescola.com/historia/historia-do-comercio.htm)