A criação Universal lançada em Esperantina-PI

Após lançamento pela Academia Piauiense de Letras em Teresina no último (09/06), como parte das comemorações pelo centenário daquele Sodalício, o livro A Criação Universal (Coleção Centenário) , de Leonardo da Senhora Dores Castelo Branco, poeta e escritor esperantinense, revolucionário que combateu nas lutas pela a Independência do Brasil, na primeira metade do século XIX, foi apresentado à sociedade esperantinense, em solenidade ocorrida na manhã desta quinta-feira, dia 12 de julho, dia em que se comemora o 145º aniversário de sua morte ocorrida, a 12 de julho de 1873.

 
O evento literário reuniu estudantes, professores e autoridades militares. Participaram também do evento o poeta e romancista Dilson Lages Monteiro, acadêmico da APL, o qual representou o presidente da Academia Piauiense de Letras Dr. Nelson Nery Costa; o escritor parnaibano, o historiador Diderot Mavignier, o professor Naudiney Gonçalves – Coordenador do curso de história da Faculdade do Delta de Parnaíba, professora Elisaldete de Carvalho Barros – Diretora do CEEP Leonardo das Dores, Professor Edmilson Araújo – Supervisor da Rede Estadual de Ensino, as professoras Maria Barros e Josélia Veras, e a equipe de Coordenadores Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Esperantina, dentre outros convidados.
 
No início da solenidade, ocorrida no auditório do CEEP Leonardo das Dores, a banda de música Mestre Chico executou o Hino de Esperantina. Em seguida, o poeta e professor Dilson Lages, ocupante da cadeira 21 da  Academia Piauiense de Letras, representando a instituição, fez um relato sobre a biografia do autor do livro, destacando a sua importância no mundo literário. Segundo o professor Dílson, Leonardo tinha consciência que estava adiante do seu tempo não apenas como ativista político, mas principalmente como literato. "Sua poesia é de dificil classificação. Embora tenha escrito sobre influência romântica, como se nota em A criação universal, um longo poema de exaltação às belezas infinitas da vida, expressas pela natureza, produz uma poesia em que de modo subliminar já se enuncia preocupação ecológica", explica, afirmando que "Leonardo seria o primeiro poeta piauiense a inserir a ecologia como tema na literatura local" .
 
A seguir, quem usou a palavra foi o poeta e escritor esperantinense professor Valdemir Miranda de Castro, idealizador do evento, que apresentou ao público presente o livro “A criação Universal” destacando a identidade e a história de vida do poeta Leonardo Castelo Branco. Após a apresentação do livro, o escritor parnaibano, Diderot Mavigner também fez um relato sobre o livro, que é a principal obra de Leonardo das Dores e destacou sua bravura enquanto combatente nas lutas pela a Independência do Brasil.
 
Em seguida, o professor de história de Parnaíba, Naudiney Gonçalves enalteceu a importância das obras do poeta homenageado e destacou a presença dos militares na solenidade.  Também fizeram o uso da palavra os professores Edmilson Araújo e a diretora Elisaldete Barros que na oportunidade destacaram a importância do momento educativo para os alunos presentes, principalmente por se tratar do patrono da escola onde estudam. Destacaram ainda a bravura de Leonardo das Dores na Batalha do Jenipapo, ocorrida em 1823, quando combateu ao lado dos piauienses contra as tropas comandadas por Fidié.
 
Ao encerrar a solenidade, o professor Valdemir Miranda, realizou o sorteio de vários livros, para os alunos, professores e fez tambem a doação de livros para as Bibliotecas Dulcelene Chaves, da Escola Leonardo das Dores e para a Biblioteca Municipal Antônio Otávio Melo.
 
Leonardo das Dores Castelo Branco lançou A Criação Universal, no Rio de Janeiro em 1856. Depois de 162 anos o livro foi reeditado pela Academia e lançado no Piauí. Filho de Esperantina, Leonardo da Senhora das Dores Castelo Branco, é a maior personalidade histórica do Piauí, de nosso município, pois, combateu na Guerra da Independência, inclusive sendo o único brasileiro preso e deportado para Portugal, como preso político. Participou da Confederação do Equador sendo preso em Oeiras por mais de um ano. Foi inventor, além de escritor de poemas científicos, entre eles a A Criação Universal, que narrada à criação de todas as coisas do universo, de acordo com as lições bíblicas do livro de Genesis.
 
Por Carlos Araújo