A construção do Teatro do Amazonas
Em: 25/10/2008, às 18H43
Por Clarisse de Oliveira
Hoje, li o ultimo capítulo da história do Teatro Amazonas, em Manaus.
Fascinante e retém nossa atenção o tempo todo, pois Rogel Samuel intercala a narração com a descrição das personagens, sempre focalizando sua mixagem racial dos primeiros séculos de vida do Brasil.
Afora a mixagem racial, os atritos, livres das personalidades em seu desempenho na politica do Estado de Amazonas, surgindo da periferia da Mata Amazônica e se baseando nos reflexos que chegavam no Brasil, da Europa, principalmente de Paris, onde até a roupa mais fina era enviada para ser lavada lá.
A pintura ornamental de teto e paredes, de que herdei umas quatro aquarelas, me levavam a imaginar a beleza barroca da moldura do palco do Teatro.
Na minha infância, a mãe de meu padrinho Gaspare Cornazzani, que se chamava "Altiniana", mulher belíssima, sobre quem muitos diziam: "É um cromo", eu ouvia falar sempre:
- Ela chamava a atenção no Teatro Amazonas, em seu camarote, exibindo beleza física e luxo em vestimenta e jóias.
Assim, na embocadura de uma selva tropical, uma construção meio Paris e barroco italiano tem agora um livro com a história de sua construção narrada de maneira fascinante pelo escritor Rogel Samuel, natural de Manaus.