[Flávio Bittencourt]

A companhia aérea Panair do Brasil

Bons livros e um documentário cinematográfico recontam história da decolagem e do pouso forçado da velha Panair

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IMAGEM DA CAPA DO LIVRO

NAS ASAS DA HISTÓRIA:

LEMBRANÇAS DA PANAIR DO BRASIL;

autora: NAIR PALHANO BARBOSA,

Rio de Janeiro, Livraria Agir, 1996

(SÓ A IMAGEM DE CAPA

DE [EXCELENTE] LIVRO SOBRE A VELHA PANAIR:

http://www.livrariaresposta.com.br/v2/produto.php?id=113911)

 

 

 

 

 

(http://forum.aeroentusiasta.com.br/viewtopic.php?f=13&t=12628)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://j.silveirajunior.blog.uol.com.br/)

 

  

 

 

 

(http://peryserranegra.blogspot.com/2009_11_01_archive.html,

onde se pode ler:

A começar pelo Coronel Ralph O´Neil, a empresa [PANAIR DO BRASIL] era tocada pela Pan American, uma gigante do transporte aéreo nos Estados Unidos. Depois de nacionalizada teve bons Presidentes: Paulo Sampaio, Érick de Carvalho e no final de sua vida, estava sendo presidida pelo Sr. Celso Rocha Miranda. O patrimônio da empresa foi incorporada a Varig que por sua vez também teve um fim melancólico.")

 

 

 

 

 


" 'In Flight'. Panair do Brasil, registro PP-PBK (cn 2117). Ex PAN AM matricula NC34910.
Vendido para Viação Aérea Bahiana, registrado como PP-BHA. Algum tempo depois, foi matriculado como PT-AND, antes de ser repatriado para os Estados Unidos com a matricula N2881D, e depois N353H.
 

 

  

 

 

 

 

 Ficheiro:Logo Panair.png
 

 

  

 

 

 

 

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Panair_do_Brasil)

 

 

 

 

 

 

"Panair do Brasil S.A. foi uma das companhias aéreas pioneiras do Brasil. Nasceu como subsidiária de uma empresa norte-americana, a NYRBA (New York-Rio-Buenos Aires), em 1929. Incorporada pela Pan Am em 1930, teve seu nome modificado de Nyrba do Brasil para Panair do Brasil, em referência à empresa controladora (Pan American Airways).

Por décadas dominou o setor de aviação no Brasil. Encerrou suas atividades abruptamente em 1965, (...)

O fechamento total da empresa só se deu concretamente em 1968, pela ditadura militar, durante o governo Castello Branco devido a ligações de elementos da ditadura militar com seus amigos da concorrente VARIG, favorecida e beneficiada com o fim da Panair. (...)"

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Panair_do_Brasil,

SENDO QUE VOCÊ PODE CONHECER MAIS DADOS

SOBRE A HISTÓRIA DA PANAIR LENDO O ARTIGO

QUE PODE SER ACESSADO SE VOCÊ CLICAR O MOUSE

DE SEU MICROCOMPUTADOR SOBRE O SEGUINTE LINK:

http://www.fsdownload.kit.net/aviacaocomercial/panair.htm)

 

 

 

 

 

 

FESTIVAL [DE CINEMA] DO RIO 2007 

"Balanço do Cine-Encontro

 PANAIR DO BRASIL, de Marcos Altberg (doc)

Sinopse:
Um resgate da história da empresa pioneira na aviação comercial brasileira, símbolo de modernidade e eficiência, que viveu o seu auge na era JK. Ao tomar o poder, o regime militar perseguiu a Panair, resultando na cassação de suas linhas aéreas. O filme mostra como a empresa vive ainda hoje no coração e na esperança da chamada Família Panair.

Mediador: Carlos Alberto Mattos (crítico de O Globo e autor do DocBlog).
Debatedores: Marco Altberg (diretor), Rodolfo da Rocha Miranda (representante da Panair), o comandante Lucas Monteiro e o autor do livro “Pouso Forçado”, Daniel Sasaki.

 “Pouso Forçado”: título de livro sobre o caso Panair ajuda a traduzir a injustiça do golpe político cometido contra a empresa.

O debate consistiu numa apresentação da história da Panair e na lamentação das repercussões políticas após a falência da empresa. Com um padrão de qualidade técnica no nível de qualquer empresa americana ou européia da época, a Panair era uma empresa de aviação que operava na América e na Europa, onde tinha uma infra-estrutura de recursos humanos e materiais. Era concessionária de serviço público, ou seja, empresa que atua pelo governo através de um contrato de concessão.

Após o golpe militar de 1964, o governo rescindiu o contrato de concessão com a Panair (1965) e, como a rescisão foi unilateral por parte do contratante, este deveria assumir todas as despesas de indenização de empregados, o que não ocorreu com a Panair. Por ter e manter uma infra-estrutura sólida, a empresa indenizou todos os seus empregados. Em seguida, o governo faliu a Panair por decreto, confiscando seus bens e repassando-os para a Varig. Mesmo assim a Panair quitou as dívidas que o governo citou para provocar a falência, mas o governo sempre apresentava outras despesas. Foram feitas ações jurídicas no sentido de restabelecer a empresa, mas os governos atuais têm consciência de que a Panair sofreu um golpe político e econômico. Porém, enquanto a Panair luta para restabelecer seus direitos, os governos e a justiça preferem deixar a questão para depois.

O escritor Daniel Sasaki escreveu o livro "Pouso Forçado”, baseado na pesquisa de toda a documentação existente sobre o caso Panair. Ele também esteve presente e foi convidado para participar da mesa de debate.
Público presente: 27 pessoas / Percentual de presença: 21%"

(http://festivaldorio.com.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=362&itemid=152&limit=1&limitstart=2)

 

 

 

 

 

BATISMO – Primeiro vôo da Panair para a Europa, em 13/09/1947 

(http://www.togniconsultores.com.br/site/responsabilidade-civil-dao/407-lembrancas-em-poucos-livros-e-na-voz-de-elis)

  

 

 

 

 

 

 

 

 

    

 

 

 

BELEZA – Vôo para Manaus leva a miss Brasil Terezinha Morango

(http://www.togniconsultores.com.br/site/responsabilidade-civil-dao/407-lembrancas-em-poucos-livros-e-na-voz-de-elis)

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.record.com.br/livro_sinopse.asp?id_livro=19384,

imagem da capa do seguinte livro:

SASAKI, Daniel Leb. Pouso forçado: a história por trás da destruição da Panair do Brasil pelo regime militar. Rio de Janeiro: Record, 2005)

 

 

 

 

"Quinta-feira, 20 de dezembro de 2007L.049-46-26 Constellation (PCG)

 

 
Descobri, depois de muito pesquisar, que este é o Lockheed L.049-46-26 Constellation "PP-PCG" (cn 2062), ex Pan Am, matricula NC88862, destruído em Porto Alegre (POA), em 28/07/1950.

O Constellation da Panair do Brasil, de prefixo PP-PCG, pilotado por Eduardo Martins de Oliveira – o famoso Edu, chefe do Clube dos Cafajestes do Rio de Janeiro – decolou do Galeão em direção a Porto Alegre. Com 43 passageiros e sete tripulantes a bordo, quando atingiu a vertical de Porto Alegre, o comandante avisou à torre do Aerodrómo de São João que estava pronto para aterrissar. Mas a pista do futuro Aeroporto Salgado Filho era de terra e não suportava o peso de Constellations e Douglas DC-7. Por isso, o PP-PCG foi desviado para a Base Aérea de Gravataí – de pista asfaltada mas sem instumentos de aproximação. O Constellation fez duas tentativas de pouso mas em ambas arremeteu, até colidir com o Morro das Cabras. Não houve sobreviventes. Total de 50 mortos.
 
 

ouglas C-47-DL (PCU)

 
Matricula PP-PCU (cn 14827), no Aeroporto do Galeão (GIG). Registro anterior NC79001 (49011 USAF - 1943). Em 1954 comprado pela Panair do Brasil.

Modelo de fábrica: A-20G-30-DO (sn 43-9551)
 
 
 

onsolidated PBY 5A Catalina (PCZ)

 
Adquirido pela Panair do Brasil em 5 de Dezembro de 1947, registrado como PP-PCZ (cn/cv 282). Batizado de "Bandeirante Jácome Raimundo de Noronha", iniciou os serviços no Brasil em dezembro de 1947. O registro é da Base no Galeão GIG, na década de 40.
 
 
 

 

UD SE-210 Caravelle VI-R (PDU)

 
Panair do Brasil. Hangar da Panair no Rio de Janeiro. Registro PP-PDU (cn 118/117). Recebido da SUD AVIATION, com a matricula F-WJAO, em 19/07/1962. Destruído um ano depois, em 06 de setembro de 1963, sobre Recife.O PP-PDU quase colidiu em vôo com outra aeronave próximo a Recife. A manobra evasiva feita pelo comandante salvou os ocupantes, mas não a aeronave. Pousando minutos depois em Recife, constatou-se que na manobra, as tolerâncias estruturais da aeronave foram ultrapassadas. O Caravelle sofreu deformações que decretaram o fim de sua operação.
 
 

  

 

 

 

Lembranças em poucos livros e na voz de Elis

 

Jornal Valor, Domingo, 20 de Março de 2005

"Muito pouco foi escrito sobre a história da Panair, mas ex-funcionários recordam os bons tempos da empresa

BATISMO – Primeiro vôo da Panair para a Europa, em 13/09/1947 

Para as gerações que têm menos de 40 anos, a Panair se mantém viva apenas nas asas de Elis Regina, que imortalizou a canção Conversando no Bar, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Pouco se escreveu sobre aquele que é um dos mais espantosos casos de aniquilação de pessoa jurídica na história do capitalismo nacional.

“O patrimônio foi todo violado, roubado, destruído, porque os militares não gostavam dos acionistas”, escreve o ex-ministro da Justiça Saulo Ramos no prefácio do livro de Daniel Sasaki, “Pouso Forçado: a história por trás da destruição da Panair do Brasil pelo regime militar”.

Como se não bastasse o fato de os militares não gostarem dos acionistas da Panair, a medida foi deliberada para beneficiar Varig. “Os militares desejavam beneficiar o concorrente Ruben Berta, que claramente corrompeu os brigadeiros encarregados da execução do contrato de concessão de linhas aéreas”, escreve Ramos no prefácio. “Ruben Berta fora informado antes do Diário oficial.”

 

BELEZA – Vôo para Manaus leva a miss Brasil Terezinha Morango 

Além do livro de Sasaki, que permanece inédito, há o “Nas Asas da História”, um nostálgico apanhado fotográfico lançado em 1996 pela editora Agir. Documentário do cineasta Marco Altberg e sua mulher Maisa Rocha Miranda, sobrinha de Celso, deve ser lançado no segundo semestre.

Um outro livro, com “causos” da Panair, sem data de publicação, está sendo reunido por membros da “Família Panair”. A Família Panair é um grupo de ex-funcionários que se reúne toda última quarta-feira de cada mês, há 40 anos. “Nunca falhamos”, garante o comandante Lucas Monteiro de Barros Bastos, que tinha 20 anos de Panair quando a empresa parou de voar. Todo ano, no aniversário da empresa, uns 300 ex-funcionários fazem festa. “A empresa sempre nos tratou como filhos, por isso somos uma família”, diz Bastos.

Dentre os casos lembrados nas conversas que deverão ser reunidas no livro, não faltam histórias do vôo que trouxe a seleção campeã na Suécia em 1958, ou do príncipe d. João de Orleans e Bragança, que começou piloto e se tornou vice-presidente da empresa.

A família Panair tampouco se esquece dos tempos em que a Amazônia foi desbravada e integrada ao País. Nas asas da companhia, além de remédios, chegava o progresso, com suas estações de radiotelegrafia e agências flutuantes. Ou dos tempos da 2ª Guerra, quando a empresa construiu aeroportos na costa nordestina – na época tinham importância estratégia para os Estados Unidos e hoje são base do turismo na região.

Mais de 300 volumes compõem os processos da Panair , que segundo o escrivão do fórum do Rio de Janeiro, se empilhados chegariam a 10 metros de altura. Sasaki achou a papelada fora de ordem e em deterioração. 'Os documentos estavam em um banheiro úmido, apodrecendo, e foram salvos por uma funcionária que os colocou em sacos plásticos.' "

(http://www.togniconsultores.com.br/site/responsabilidade-civil-dao/407-lembrancas-em-poucos-livros-e-na-voz-de-elis)

 

 

 

 

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"HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - PIONEIROS DO AR
Nas asas da Panair...

Os estadunidenses se destacaram na aviação sulamericana com a Panair:

Propaganda/mapa de rotas da Panair: Santos era servida por dois vôos semanais
Propaganda/mapa de rotas da Panair: Santos era servida por dois vôos semanais

Considerado de mau gosto, quase nem chegou a ser adotado o nome Nyrba do Brasil, para a subsidiária da New York, Rio and Buenos Aires Line Inc. (Nyrba), que começou a operar em 1929: com a crise econômica de 1929, ela foi absorvida pela Pan American e, em 1º de outubro de 1930, esse nome foi mudado para Panair do Brasil S.A., derivado do endereço telegráfico da Pan American Airways. A empresa foi formalmente constituída em 21/12/1930. 

Já em 1930, a Nyrba realizava, com meia dúzia de aviões de linha, a ligação entre as cidades componentes de seu nome, fazendo escalas intermediárias em cidades menores situadas ao longo do trajeto. No dia 8/5/1930, era batizado, em cerimônia realizada na Ponta da Praia, um novo hidroavião dessa companhia, de prefixo P-BDAE e nome Santos, que realizou diversos vôos de demonstração em frente à Fortaleza da Barra Grande, junto à Ponta da Praia, em Santos, para o deleite de um grande número de curiosos e convidados.

A famosa empresa aérea, que operou no País até 10/2/1965 (quando foi decretada sua falência e teve suas linhas aéreas cassadas e transferidas à Varig, numa polêmica decisão governamental), logo estabeleceu Santos como uma de suas escalas regulares na rota Rio de Janeiro/Buenos Aires, parte de uma linha que circundava toda a América do Sul e chegava aos Estados Unidos.

Avião Sikorsky S-38 da Panair
Avião Sikorsky S-38 da Panair

Em 28/11/1930, a empresa transportou correspondência de Belém para Santos, com avião de matrícula brasileira, mas com tripulação estadunidense. Os escritórios da administração e de operações da Panair do Brasil eram no Rio de Janeiro, mas a oficina de manutenção era em Belém do Pará. Em 2/3/1931, a empresa inaugurou seu primeiro serviço para passageiros, entre Belém e Santos, uma vez por semana, com uma frota de três aviões Sikorsky S-38 e cinco Commodore - ampliada nos três meses seguintes para cinco Sikorsky S-38 e seis Commodore. A viagem entre Belém e Rio de Janeiro, pela costa, era efetuada em três dias.

Hidroavião Commodore, também usado pela Panair
Hidroavião Commodore, também usado pela Panair

Em 11/1931, a linha foi estendida de Santos até Buenos Aires. A rota Belém-Buenos Aires era coberta em cinco dias, com pernoites em Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Em 10/1933, a Panair do Brasil inaugurou a primeira linha entre Belém e Manaus, com os Sikorsky S-38, e ainda nesse ano iniciou o serviço de carga aérea (Expresso - pequenas cargas) que se estendeu de Manaus a Santos.

Em 3/1934, começou a operar a segunda freqüência ao longo da costa brasileira, e em 1935 os tripulantes estadunidenses entregaram o comando dos aviões a brasileiros, ao mesmo tempo em que começaram os estudos para a operação com aviões de pouso em terra, que permitissem estender as linhas para o interior do Brasil. 

Em 1943, colocou em tráfego nas linhas amazônicas os hidroaviões Catalina, além de iniciar os vôos noturnos ao longo da costa do Brasil (não só de transporte comercial, como no serviço de patrulhamento da costa contra submarinos inimigos), para atender aos problemas gerados pela Segunda Guerra Mundial.

Consolidated Commodore, hidroavião para 18 passageiros usado em 1929 pela Nyrba na linha sulamericana

Consolidated Commodore, hidroavião para 18 passageiros usado em 1929
pela Nyrba na linha sulamericana

Uma acidentada viagem inaugural

Em 24/1/1930, pelo decreto 19.079, a Nyrba do Brasil foi autorizada a efetuar tráfego aéreo no País. Nessa mesma data, inaugurou sua primeira linha aérea, ligando Rio de Janeiro e Fortaleza com escalas em Campos, Vitória, Caravelas, Ilhéus, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife e Natal, numa viagem de 34h50 em cada sentido da rota, incluindo o pernoite em Salvador. 

Em 4/2/1930, a Direção Geral dos Correios autorizou a empresa a transportar malas postais aéreas no Brasil e de escalas brasileiras para o exterior (via Nyrba Inc.). A linha aérea deveria ligar Rio Grande a Belém do Pará, numa viagem de 98 horas e 10 minutos (incluindo estadias nos portos de escala e pernoites em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza). 

O serviço se interligava com a linha internacional do Chile aos Estados Unidos, estabelecendo-se que a primeira viagem internacional deveria começar em Santiago em 18/2/1930 e alcançar New York em 26/2. Nessa viagem, deveriam ser usados dois aviões em cada um dos oito setores em que havia sido dividida a rota - um dos aparelhos levaria a mala postal e o outro o acompanharia como elemento de socorro, para que a viagem não fosse interrompida se surgisse uma emergência.

Na data prevista, partiram da capital chilena os trimotores Ford Santiago e Salta, com destino a Buenos Aires. Na madrugada do dia 19/2, alçaram vôo do Rio da Prata os hidroaviões Buenos Aires e Miami, que deveriam ser revezados em Porto Alegre pelos hidroaviões Rio de Janeiro e Tampa.

No trecho Porto Alegre/Rio de Janeiro, entretanto, surgiram desagradáveis surpresas. No momento do transbordo da mala postal para o avião Commodore Rio de Janeiro, neste foi verificado um vazamento de óleo que levaria no mínimo duas horas para corrigir. Esse incidente obrigou a transferência da mala postal e dois passageiros embarcados em Porto Alegre para o Sikorsky S-38B que deveria funcionar no trecho como aeronave de reserva. Após o carregamento da mala postal, bastante volumosa nessa primeira viagem, mal sobrava espaço na cabine do Tampa para os dois passageiros, mas ainda assim ele levantou vôo às 14h20 numa tentativa de completar no mesmo dia o percurso de Buenos Aires ao Rio de Janeiro.

A cerca de 170 km ao Norte de Florianópolis, já envolto pela escuridão noturna, o Tampa foi surpreendido por violento temporal e, quando alcançou Santos, às 21h00, a falta de visibilidade causada por forte chuva obrigou-o a efetuar um pouso de emergência no mar. Ao ser feito o pouso, a aeronave sofreu o embate de várias ondas e ficou bastante avariada com o impacto na praia, onde desembarcaram os seus ocupantes, entre eles o presidente da Nyrba, Ralph O'Neil.

Novos incidentes - Nessa mesma noite, O'Neil pediu assistência à organização no Rio de Janeiro. Na madrugada seguinte, quando se aprestava para enviar do Rio de Janeiro a Santos um avião, para receber a mala postal e prosseguir o seu transporte com destino a Salvador, a empresa encontrou a aeronave disponível detida por autoridades, em virtude de uma ação judicial movida pela empresa concorrente ETA & Cia. Ltda.

Um plano audacioso foi logo concebido: a aeronave Bahia, que deveria cobrir o setor entre Salvador e Fortaleza, foi conduzida à Baia da Guanabara, com ordem para pousar no lado de Niterói, fora da jurisdição da autoridade encarregada da ação movida pela ETA & Cia. O próprio presidente da Nyrba se incumbiu de transportar ao Bahia a mala postal que ficara retida em Santos.

Na manhã de 21/2, depois de uma noite de viagem através das trilhas que faziam a vez das estradas de rodagem naquele tempo, Ralph O'Neil chegou ao Rio de Janeiro e, nesse mesmo dia, após rápido pouso, o Bahia reiniciou a viagem para o Norte, tendo chegado a mala postal aos Estados Unidos no dia 27, com apenas algumas horas de atraso."

(http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0058a.htm)