A cidade perdida dos meninos-peixes, de Zemaria Pinto
Por Flávio Bittencourt Em: 19/10/2011, às 13H41
[Flávio Bittencourt]
A cidade perdida dos meninos-peixes, de Zemaria Pinto
Rogel Samuel escreveu brilhante resenha concernente e Miguel Carqueija, também colunista deste Entretextos, apresentou um comentário em que Thales Andrade e Roberto Causo são citados
1001 COISAS FEITAS DE LEGO
BY ADMIN - 27 de outubro de 2010
POSTED IN: FOTOS, VIDEO:
(http://www.oquerolananet.com/1001-coisas-feita-de-lego/)
"(...) O livro [A CIDADE PERDIDA DOS MENINOS-PEIXES] supera a literatura infantil, todo grande livro infantil faz essa superação, para compor a parábola dos nossos dias, das nossas mazelas e misérias.
O universo mágico daqueles seres fantásticos revela-se muito mais humano do que o nosso mundo selvagem. (...)"
(ROGEL SAMUEL, trecho da resenha adiante transcrita, na íntegra)
(http://blogdaaudiodescricao.blogspot.com/2010_07_01_archive.html)
TEATRO AMAZONAS EM MINIATURA,
CONSTRUÍDO COM PEÇAS DO BRINQUEDO DE MONTAR
DENOMINADO LEGO: os visitantes podem ver essa
maquete maravilhosa no interior do próprio Teatro Amazonas
(o grande):
[http://www.panoramio.com/photo/28252800,
tendo sido essa foto espantosa captada por Romão
("Menina na canoa - Lago Janauari - R.M. Manaus/AM - BRASIL")]
MANAUS À NOITE: CÚPULA DO TEATRO AMAZONAS
(que, vista dessa dessa distância, parece ter sido
construída com peças do brinquedo-de-montar Lego), ILUMINADA
[foto: Chico Batata,
http://chicobatata.blogspot.com/2009/10/cupula-de-um-dos-mais-importantes.html]
ABRAÇANDO FRATERNALMENTE O AMIGO ZEMARIA PINTO e
todos os trabalhadores e trabalhadoras das indústrias de brinquedos LEGO;
OBRIGADO, ROMÃO;
OBRIGADO, CHICO BATATA;
OBRIGADO, ROGEL SAMUEL; E
OBRIGADO, MIGUEL CARQUEIJA!
19.10.2011 - Escreveu R. Samuel sobre o o livro A CIDADE PERDIDA DOS MENINOS-PEIXES, DE ZEMARIA PINTO: "(...) O ambiente aquático onde se desenvolve faz a exposição do que temos de melhor na nossa natureza. Mito amazônico, moderno, ou pós-morderno, nele se podem ouvir as referências a Manaus, a São Paulo, seus Shoppings, suas Tvs, videogames. Tudo isso no meio dos seres do reino puro dos fantasmas aquáticos da mitologia selvagem. (...)", tendo comentado M. Carqueija, em agosto de 2011, depois de ter lido a brilhante resenha do Prof. Rogel Samuel: "Muito interessante, um romance fantástico e ligado ao folclore brasileiro, algo relativamente raro. Está na companhia de Thales Andrade (Itaí, o menino da selva) e Roberto Causo (A sombra dos homens)." - A cidade perdida dos meninos-peixes, de Zemaria Pinto. F. A. L. Bittencourt ([email protected])
RESENHA DE R. SAMUEL:
"A cidade perdida nas águas
A cidade perdida nas águas
A cidade perdida nas águas
(“A cidade perdida dos meninos-peixes”, de Zemaria Pinto)
Rogel Samuel
O livro é mágico, depois de sua leitura sonhei com ele, sonho muito nítido, simbólico, e antes ele desaparecera na minha casa, misteriosamente escondido, até que reapareceu entre alguns papéis velhos, mas no sonho estava numa estranha casa onde havia uma estranha festa com pessoas desconhecidas, mas num autêntico prédio de madeira amazônico, passava um igarapé por trás, que podia ser avistado de uma varanda, onde o livro estava, livro-portal, que fez autêntico contato com os seres que vivem sob as águas, os misteriosos seres dos lagos e dos rios, habitantes das cidades fantásticas existentes nas lendas dos rios, dos mares, as uiaras, os nagas, os botos, colecionadores de narrativas, de fatos fantásticos.
“A cidade perdida dos meninos-peixes”, de Zemaria Pinto, é um romance, um autêntico romance, porque cria um mundo e nele se desenvolve, tece uma extraordinária estória, um mundo fantástico, o mundo submerso, e aponta para um desenlace inesperado, mas por isso mesmo parece uma fábula, um romance-fábula, um relato educativo – será um livro juvenil? – ou seu leitor somos nós mesmos, os velhos leitores, os calejados leitores, os viciados leitores dessa literatura amazônica?
“A cidade perdida dos meninos-peixes”, de Zemaria Pinto, é um espelho, reflete a nossa sociedade corrompida por nossas ambições, por nossas contradições, por nossas competições, inimizades.
O ambiente aquático onde se desenvolve faz a exposição do que temos de melhor na nossa natureza. Mito amazônico, moderno, ou pós-morderno, nele se podem ouvir as referências a Manaus, a São Paulo, seus Shoppings, suas Tvs, videogames. Tudo isso no meio dos seres do reino puro dos fantasmas aquáticos da mitologia selvagem.
O enredo é clássico e perfeito: introdução, complicação, clímax e desenlace. Zemaria Pinto domina a técnica narrativa, os diálogos são vivos, verossímeis, a prosa tem um estilo suave, a visibilidade é de mundo submerso, fosco. O narrador contorna e supera os temas que vão aparecendo, a guerra, a maldade, a esperteza, a “civilização”.
Zemaria Pinto se revela um mestre na crítica social. Na comparação desses dois mundos, o mundo mítico, o mundo utópico, e o nosso mundo cotidiano corrompido.
Seu personagem é a sociedade inteira dos seres aquáticos, seres abençoados por uma Mãe Velha que pode ser a Alma da Terra, a Mãe da Terra, dos índios, dos caboclos e dos meninos-peixes.
O livro supera a literatura infantil, todo grande livro infantil faz essa superação, para compor a parábola dos nossos dias, das nossas mazelas e misérias.
O universo mágico daqueles seres fantásticos revela-se muito mais humano do que o nosso mundo selvagem.
A literatura amazonense e brasileira ganha com “A cidade perdida dos meninos-peixes”, de Zemaria Pinto o seu livro clássico, que deve vencer o tempo, e entrará para a estante da nossa história literária como um marco.
- Comentários
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Muito interessante, um romance fantástico e ligado ao folclore brasileiro, algo relativamente raro. Está na companhia de Thales Andrade (Itaí, o menino da selva) e Roberto Causo (A sombra dos homens).
Miguel Carqueija
postado:
05-08-2011 14:50:58"==="1001 COISAS FEITAS DE LEGOLego hoje em dia não é mais brinquedo para criança.
Vamos começar o post com algumas fotos.
Agora vamos aos videos, muitos estudantes que fazem cursos como engenharia da computação entre outros usam legos para fazer testes etc… Outros usam como Hobbie mesmo. (...)"