[Flávio Bittencourt]

A Casa Stefan Zweig, em Petrópolis: memorial de um exílio

Na noite de 22 para 23 de fevereiro de 1942, ele e sua senhora resolveram desaparecer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Chávez foi recebido com um aperto de mão caloroso no palácio Marivent 

 

 

 

 

 

 

 

 

O PRESIDENTE DA VENEZUELA E O REI DA ESPANHA

(http://www.publico.pt/Mundo/hugo-chavez-e-rei-juan-carlos-ja-fizeram-as-pazes_1336553,

onde consta a seguinte legenda / crédito da fotografia:

"Chávez foi recebido com um aperto de mão caloroso no palácio Marivent 

[Dani Cardona/Reuters]")

 

 

 

 

 

 

"Por que não te calas Mainardi?

Se tu não és brasileiro e não gostas dos brasileiros por que não vais procurar a tua turma?"

(PERTINENTE COMENTÁRIO DE LEITORA DO BLOG A VARANDA [Célia Melo],

http://avaranda.blogspot.com/2010/11/diogo-mainardi.html)

 

 

 

 

 

"Segunda-feira, 3 de Agosto de 2009 

Mário Zagallo, a ‘Formiguinha’ 

.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mário Jorge Lobo Zagallo, nasceu em Maceió [ESTADO DE ALAGOAS, BRASIL], a 9 de agosto de 1931, e mudou-se para o Rio de Janeiro aos 8 meses de idade. Foi um consagrado ponta-esquerda de uma linha de ataque com os míticos Didi, Mané Garrincha e Amarildo, sagrando-se bicampeão do mundo e bicampeão do Botafogo entre 1958 e 1962. (...)".
 
 

 

 

 

 

 

"VOCÊS VÃO TER QUE ME ENGOLIR! "

Mário Jorge Lobo Zagallo, ex-ponta-esquerda do time principal de futebol do Brasil (sua Seleção Nacional)

e ex-treinador da Seleção Brasileira, hoje pentacampeã mundial

 

 

 

 

"NO MOMENTO EM QUE O COLUNISTA DE EXTRAÇÃO [DE ACORDO COM ISMAR C. DE SOUZA; veja artigo transcrito ao final] 'NEO-RACISTA' [nada escreveu Mainardi contra judeus (e nem mesmo contra ameríndios, mestiços afrodescendentes, negros, cafuzos, nisseis, sanseis etc.), tendo, entretanto, colocado uma foto da orelha de Chico Buarque, como exemplo de pessoa do Brasil, logo em seguida apresentando considerações abertamente racistas do falecido escritor EUCLIDES DA CUNHA] DIOGO MAINARDI (continuador, logo se percebe, da obra do desafortunado Euclides da Cunha [*]), NA REVISTA VEJA (tradicional semanário brasileiro de grande circulação), FAZ UM TEXTO OFENSIVO (também) CONTRA UM ARTISTA GENIAL DO BRASIL, COMO CHICO BUARQUE - agressivamente mostrando a forma de uma de suas orelhas (mestiço-caboclas?) -, VALE A PENA LER O QUE STEFAN ZWEIG, UM AMIGO DO BRASIL, ESCREVEU GENEROSAMENTE SOBRE A MISTURA DE RAÇAS NO PAÍS DO MESTIÇO MACHADO DE ASSIS. Bem, o velho Victor Civita, que era um benemérito de São Paulo (como o Conde Matarazzo e tantos outros), não permitiria que semelhante agressão a nós, mulatos e caboclos brasileiros - cafuzos um tanto esbranquiçados... - fosse publicado em Revistas Semanais por eles (com carinho e competência profissional e empresarial) criadas, não por "autocensura", mas por simples SENTIMENTO DE CABOCLITUDE E AMOR À PÁTRIA.

O SR. VÁ DESCULPANDO AÍ, SEU "NEO-RACISTA" [COMO O CLASSIFICOU ISMAR C. DE SOUZA] MAINARDI, PORQUE A DRA. DILMA VENCEU AS ELEIÇÕES.

ENGULA-A, COM A HUMILDADE DOS BONS PERDEDORES!".

(COLUNA "Recontando...",

SENDO QUE O TÍTULO DO ARTIGO MEDONHO DE MAINARDI É

"Com Dilma, o PT chega em quinto" e foi publicado na edição de Veja que está [17.11.2010]

nas bancas: REVISTA VEJA, EDITORA ABRIL, edição nº 2.191, ano 43, 

nº 46, pág. 131, coluna de Diogo Mainardi)

 

 

[*] - IRRITADO PORQUE AS POPULAÇÕES DAS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO BRASIL AJUDARAM, DE FORMA DECISIVA, A QUE DILMA ROUSSEFF FOSSE ELEITA PRESIDENTE NAS ÚLTIMA ELEIÇÕES, O "NEO-RACISTA" [SEMPRE DE ACORDO COM ISMAR C. DE SOUZA, COM QUEM AQUI SE CONCORDA "EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU"]  MAINARDI RECORREU, NATURALMENTE, ÀS INFELIZES IDÉIAS "PRÉ-NAZIS" DO DR. EUCLIDES DA CUNHA ('PRÉ-NAZIS': de acordo com o Prof. Dr. Flávio René Kothe, da UnB, que, sabiamente, não se sacia de tanto mostrar o atraso que TANTO AS FORMAS PEDANTES (estilo dos textos), QUANTO OS "CONTEÚDOS" [sempre racistas] divulgados pelo pobre Cunha, TROUXERAM PARA O SETOR CULTO DA NAÇÃO BRASILEIRA).

 

 

 

 

 


 

A HONESTA, COMPETENTE E ELEGANTE FUTURA PRESIDENTE - por vontade da maioria do povo - DO BRASIL Dilma Roussef E O ESTADISTA BRASILEIRO QUE ESTÁ AJUDANDO OS POVOS DA HUMANIDADE NO SENTIDO DE QUE ENCONTREM UM CAMINHO DE CONCÓRDIA UNIVERSAL E DESENVOLVIMENTO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL: Lula da Silva

(SÓ A FOTO, PUBLICADA, ALIÁS, PELA EDITORA ABRIL, DE VICTOR CIVITA, SEM A LEGENDA ACIMA ENGENDRADA:

http://www.abril.com.br/blog/famosos-moda/2009/02/chefes-estado-contra-dilma-roussef-quem-se-melhor-no-quesito-estilo/

 

 

 

 

 

ESCREVEU O IMORTAL ZWEIG, em Brasil, país do futuro:

"(...) O Brasil, pela sua estrutura etnológica, se tivesse aceito o delírio europeu de nacionalidades e de raças, seria o país mais desunido, menos pacífico e mais intranquilo do mundo. Nele ainda são nitidamente reconhecíveis, já nas ruas, as diversas raças e sub-raças, de que é constituída a sua população. Aqui vivem os descendentes dos portugueses que conquistaram e colonizaram o Brasil, aqui vive a descendência aborígene dos que habitam o interior do país desde épocas imemoráveis, aqui vivem milhões provindos dos negros que nos tempos da escravatura foram trazidos da África, e milhões de estrangeiros, portugueses, italianos, alemães e até japoneses. Segundo o modo de pensar europeu, seria de esperar que cada, um desses grupos assumisse atitude hostil contra os outros, os que haviam chegado primeiro contra os que chegaram mais tarde, os brancos contra os negros, os brasileiros contra os europeus, os de cor branca, parda ou vermelha, contra os da raça amarela, e que as maiorias e as minorias em luta constante pelos seus direitos e prerrogativas se hostilizassem. Com a maior admiração verifica-se que todas essas raças, que já pela cor evidentemente se distinguem umas das outras, vivem em perfeito acordo entre si e, apesar de sua origem diferente, porfiam apenas no empenho de anular as diversidades de outrora, a fim de o mais depressa e o mais completamente se tornarem brasileiras, constituindo nação nova e homogênea. Da maneira mais simples o Brasil tornou absurdo — e a importância desse experimento parece-me modelar — o problema racial que perturba o mundo europeu, ignorando simplesmente o presumido valor de tal problema. Ao passo que na Europa agora mais do que nunca domina a quimera de quererem criar seres humanos “puros”, quanto à raça, como cavalos de corrida ou cães de exposição, a nação brasileira há séculos assenta no princípio da mescla livre e sem estorvo, da completa equiparação de preto, branco, vermelho e amarelo. O que em outros países está teoricamente estabelecido apenas no papel e no pergaminho, a absoluta igualdade dos cidadãos na vida pública, bem como na vida privada, aqui existe de fato, na escola, nos empregos, nas igrejas, nas profissões e na vida militar, nas universidades, nas cátedras. É tocante ver já as crianças que apresentam todos os matizes de cor da pele humana, voltarem da escola de braço dado, e essa união de corpo e de alma se estende até as classes mais elevadas, nas academias e nos empregos públicos. Não há distinções de cores, exclusões, separações presunçosas. Ao passo que entre nós cada nação inventou uma palavra de ódio ou de motejo para aplicar à outra, como sejam, “Katzelmacher”, ou “Boche”, o vocabulário brasileiro absolutamente não encerra um termo depreciativo para o preto ou para o crioulo, pois quem poderia, quem quereria aqui jactar-se de ser de presumida raça pura? Se a afirmativa de Gobineau, de haver encontrado em todo o Brasil apenas um indivíduo de raça pura, o imperador D. Pedro II, pode ser exagero, o legitimo, o verdadeiro brasileiro tem certeza de ter no seu sangue algumas gotas de sangue indígena. (...)". (STEFAN ZWEIG,

http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/paisdofuturo.html)

 

 

 

 

 

Stefan Zweig

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

HOJE, STEFAN ZWEIG ESCREVERIA BRASIL, PAÍS DO PRESENTE?

NINGUÉM PODE SABER, MAS PRESUME-SE QUE SIM, COM BASE NOS

AVANÇOS ECONÕMICOS, POLÍTICOS, SOCIAIS E MORAIS ALCANÇADOS

PELO GOVERNO DE LULA DA SILVA -  seja incluída em suas

formidáveis vitórias a prisão do banqueiro Daniel Dantas, com a

colaboração da POLÍCIA FEDERAL [Ministério da Justiça do Brasil]

e da ABIN [Agência Brasileira de Inteligência, o serviço secreto

da Presidência], operação sob o comando de (atualmente)

Deputado Federal Protógenes Queiroz (PC do B), EM APENAS

OITO ANOS (DOIS MANDATOS PRESIDENCIAIS)

(SEM A LEGENDA OTIMISTA ACIMA REDIGIDA, AS FOTOS DE ZWEIG ESTÃO

NA WEB EM:

http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/paisdofuturo.html)

 

 

 

 

"ELE ESTÁ DE VOLTA A PETRÓPOLIS -

CASA STEFAN ZWEIG" (dizeres na placa da Casa) -

O DIRETOR DA CASA STEFAN ZWEIG

CONCEDE DEPOIMENTO SOBRE O

GRANDE ESCRITOR AUSTRÍACO E A

INSTITUIÇÃO MUSEOLÓGICA POR ELE,

DR. ALBERTO DINES, ADMINISTRADA,

YOUTUBE (em inglês, com partes de

fala do Dr. Dines em português):

http://www.youtube.com/watch?v=5Dc_ZSEl_Uw

 

 

 

 

 

 
"LOST ZWEIG

"Baseado no livro Morte no Paraiso de Alberto Dines"- O filme mostra como foi a última semana de vida do escritor judeu austríaco Stefan Zweig, autor do livro "Brasil, País do Futuro", e de sua jovem mulher, Lotte que, num pacto cercado de mistério, se suicidam em Petrópolis após o Carnaval de 1942, ao qual haviam assistido.

Gênero:CINEMA NACIONAL
Vídeo: DVD leterbox 4x3 - color - 114 min - dolby digital
Legenda: portugues, ingles, frances, espanhol
Produção:NF
Idioma: ingles


1593
RUDIGER VOGLER
RUTH RIESER

SYLVIO BACK".
 
 
 
 
 
 
 

"Publicado em 20/08/2010 - 11h42 • Atualizado em 20/08/2010 - 11h42

Lost Zweig – Sábado (28/08), à 0h

Programa de Cinema

Lost Zweig

Baseado em fatos reais, a partir do livro “Morte no Paraíso”, do jornalista Alberto Dines, Lost Zweig relata a vinda do escritor judeu Stefan Zweig com sua esposa ao Brasil, até seu suicídio em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Última semana de vida do austríaco Stefan Zweig, autor do livro “Brasil, País do Futuro” e de sua jovem mulher Lotte que, num pacto cercado de mistério, se suicidam após o carnaval de 1942, ao qual haviam assistido. Um gesto que ainda hoje, passados mais de sessenta anos, desperta incógnitas e assombro pela sua premeditação e caráter emblemático.

O filme ganhou vários prêmios em festivais e só depois estreou nos cinemas brasileiros. Dentre as principais premiações estâo: Melhor Atriz (Ruth Rieser), Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte, no Festival de Brasília/2003;Melhor Fotografia, no Festival de Cinema de Cuiabá/2004;Melhor Filme, Melhor Diretor,Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora, no Cine-Ceará/2004.

Ano: 2003.Gênero: Drama. Diretor: Sylvio Back. Elenco: Rüdiger Vogler, Ruth Rieser, Renato Borghi, Daniel Dantas, Ney Piacentini, Claudia Netto, Juan Alba, Ana Carbatti, Odilon Wagner, Kiko Mascarenhas, Katia Bronstein, Denise Weinberg, Thelmo Fernandes, Felipe Wagner, Carina Cooper, Silvia Chame­cki, Isaac Bernat, Alexandre Ackerman, Garcia Júnior, Mi­chael Berkovich, Jorge Eduardo, Marcela Moura e Waldir Onofre".

(http://www.tvbrasil.org.br/novidades/?p=2500)

 

 

 

 
   
 
 
 
 

 

 

Fotos de  Stefan Zweig: A Embriaguez da Metamorfose  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

CAPA DE UMA DAS TRADUÇÕES, FEITAS EM PORTUGAL, DE OBRA

DO ESCRITOR AUSTRÍACO, FALECIDO EM 1942, NO BRASIL,

STEFAN ZWEIG

(SÓ A CAPA:

http://bragacity.olx.pt/stefan-zweig-a-embriaguez-da-metamorfose-iid-22113357#pics)

 

 

 

 

 

"Momentos Decisivos da Humanidade
 
Léo Araújo 17/05/2010

Grandes histórias!


Stefan Zweig supera-se na narrativa dos onze momentos que fizeram a humanidade se desenvolver até os dias atuais. Diga-se de passagem, histórias supreendentes. Sem mais delongas, seguem-nas:



1 - A descoberta do Mar do Sul pelos Espanhóis e o início da descoberta do Eldorado por Pizarro, que aliás, iniciou-se por outra pessoa (não posso falar senão perde a graça);



2 - A conquista de Bizâncio e a ousadia para sua tomada. Um estrategista fenomenal consegue feitos dignos de Napoleão em Austerlitz;



3 - A genialidade, inspiração e dedicação de Händel na composição de belas músicas eruditas. A sua maior criação, O Messias, se origina de momentos difíceis. Sugestão: escutem O Messias;



4 - A criação da Marselhesa na declaração de guerra entre a França e a Prússia. Uma criatura nunca será dependente de seu criador. Escutem a Marselhesa antes de devorarem esta parte do livro;



5 - A guerra de Waterloo que definiu a história política da Europa. Napoleão cai... e a culpa é sentido por outros;



6 - A criação da Elegia de Marienbad, que reflete a devastadora tristeza que o poeta Goethe sentiu quando foi recusado por Ulrike von Levetzow (Ainda que não o fez pessoalmente, senão mediante seu amigo, Carlos Augusto de Sajonia-Weimar-Eisenach). Começou a escrever o poema em 5 de setembro de 1823 em um carruajem que lhe levava de

Cheb a Weimar, e o concluiu a sua chegada o 12 de setembro. Mostrou-lho só a seus mais próximos amigos;



7 - A descoberta e criação da Califórnia e a destruição da vida de Suter, seu criador;



8 - A absolvição dos Karamazov na hora da execução de suas penas;



9 - A ousadia de um homem em ligar dois continentes através de um cabo elétrico em um projeto que ninguém acreditava;



10 - A conquista da última região do globo terrestre por homens corajosos – pólo sul. Uma aventura cheia de altos e baixos, onde homens que fazem história conseguem fazer mais histórias;



11 - O grande retorno para a revolução Russa. Como tudo aconteceu.



Eu posso garantir que quem lê algum livro de Stefan Zweig não consegue deixar de lê-lo. Narrativas envolventes e histórias supreendentes descritas por este filósofo demonstram um pedaço da alma humana. Livro de fácil leitura e esclarecedor para quem viveu momentos decisivos da humanidade.



Recomendadíssimo!". (LÉO ARAUJO)

 

http://www.skoob.com.br/estante/resenhas/41023

 

 

 

 

"(...) O escritor [STEFAN ZWEIG], nascido em 1881, em Viena, começou a escrever desde muito cedo. Aos vinte anos escolhe a poesia como 'estilo' de estréia na literatura. Logo mostra-se igualmente competente na prosa. Com uma obra variada que vai dos romances ao ensaio e à biografia, Zweig conseguiu enorme popularidade destacando-se como escritor no período de ascensão do totalitarismo e da intolerância nazista. No entanto, não tardou para que seus livros fossem queimados e entrassem para a lista de publicações proibidas, por serem de autoria de um judeu. Em 1934, Zweig inicia sua peregrinação pelo mundo e, nas viagens, pesquisa material para as futuras biografias como a de Maria Stuart e de Fernão de Magalhães. Descobrindo finalmente a América a pretexto de conferências e negociações com editores, o escritor encontra um novo paradeiro: Brasil. Deste encantamento pelo país resulta o livro Brasil, país do futuro e a decisão de morar em terras tropicais. Após ter se radicado em solo inglês, é somente em 1941, na serra fluminense, que o pacifista Zweig encontra tranquilidade para finalizar sua autobiografia O mundo que eu vi. Em 1942 Zweig e sua mulher, Elisabet Charlotte Altmann, são encontrados mortos, por ingestão de uma alta dose de soníferos, em sua casa em Petrópolis [ESTADO DO RIO, BRASIL]. (...)".

(http://br.gojaba.com/book/4692093/Momentos-Decisivos-da-Humanidade-Stefan-Zweig)

 

 

 

 

 

 "UM DOS MAIORES CONTADORES DE ESTÓRIAS DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE,

O ESCRITOR ISRAELITA AUSTRÍACO STEFAN ZWEIG APRESENTOU UM

RELATO MONUMENTAL-"PEQUENO" (pequeno, só em tamanho, ou seja,

de poucas páginas [NO LIVRO Momentos decisivos da humanidade]) SOBRE O

COMPOSITOR FRANCÊS EM SUA ÉPOCA CONSIDERADO INEXPRESSIVO

QUE FOI PARA CASA DORMIR  E VOLTOU NO DIA SEGUINTE COM A

MARSELHESA JÁ MUSICALMENTE COMPOSTA"

 

Coluna "Recontando estórias do domínio público"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://allezlafrance.blog.hu/2010/09/02/marseillaise_2010)

 

 

 

 

"Seis meses antes de se suicidar no Brasil, Stefan Zweig lançou ''Brasil, país do futuro', sua obra mais controversa, onde retrata sua visão de um país diferente dos que já havia conhecido anteriormente. Quinze meses se passaram entre a chegada do escritor austríaco Stefan Zweig ao Brasil, fugindo do nazismo na Europa, e seu suicídio em Petrópolis. Ao deixar a Inglaterra em junho de 1940, assustado com o avanço das tropas de Hitler na França, ele mandou um telegrama de Nova York ao seu editor no Brasil, Abrahão Koogan, avisando que estava se preparando para uma viagem sul-americana e ficaria um tempo no Rio para terminar o livro brasileiro. (...)"

(http://br.gojaba.com/book/9784273)

 

 

 

 

 

Download Elvis Presley - Old Times They Are Not Forgotten
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

Elvis Presley - Old Times They Are Not Forgotten

(http://zeesoftwares.com/music-download/19468-download-elvis-presley-old-times-they-are-not-forgotten.html)

 

 

 

 

 

Foto dos Beatles na Abbey Road faz 40 anos

LONDRES - AFP

"Dezenas de fãs se aglomeram todos os dias em uma das faixas de pedestres mais famosas do mundo, em frente aos estúdios da Abbey Road em Londres, para tirar a lendária foto dos Beatles atravessando a rua de mesmo nome, há 40 anos". [NOTÍCIA DE 7.8.2009 SOBRE EVENTO - 40 anos da fotografia do QUATRO RAPAZES DE LIVERPOOL atravessando a lendária Abbey Road - A ACONTECER NO DIA SEGUINTE, 8.8.2009]

(http://contigo.abril.com.br/noticias/foto-beatles-abbey-road-faz-40-anos-490521)

 

"A lenda da rua Abbey08/02/2009

 

Uma foto. É claro que era pra ser algo importante. Eles [O CONJUNTO MUSICAL INGLÊS The Beatles] estavam produzindo a foto que seria a capa do Abbey Road, o novo – e último a ser gravado – álbum da banda mais badalada de todos os tempos (também é a melhor, mas aí já é opinião minha).

Qual a idéia? Sair do estúdio e atravessar a rua. Fotografar os quatro enquanto caminham pela faixa de pedestres. Simples, não?

 

Sim. Mas foi uma capa histórica. Não apenas por ser o novo e tão esperado disco dos Beatles, mas pela série de detalhes que ela tem:

1) Alguém reparou que entre a cabeça do John e o “carro funerário” tem uma pessoa? Pois é, e ela se chama Paul Cole. Acontece que o próprio Cole só descobriu que estava na foto quando viu o disco nas lojas.. já imaginaram?

2) Alguém já ouviu falar na lenda da morte do Paul? Pois esta é a capa com o maior número de “evidências”, segundo os fãs da teoria. Vejamos 3 delas:

- Reparem nos 4. Paul, o suposto falecido, é o único com o pé direito à frente, além de estar descalço; John, de branco, seria o médico; Ringo, de preto, o padre; George, de jeans, o coveiro.

- Estão vendo o fusca branco à esquerda? Não dá pra ler nesta foto, mas a placa é: “28 IF”. Paul tinha 28 anos no dia da foto. Contudo, a lenda diz que ele “teria” 28 se (IF) estivesse vivo…

- à direita, um suposto carro funerário.

A lenda da morte do Paul McCartney foi tão forte que ele teve que ir a TV na época dizer que não estava morto. (...)".

(http://impressaodigital2.wordpress.com/2009/02/08/a-lenda-da-rua-abbey/)

 

 

 

 

 

 

"Essa [A INTRIGANTE, mas não se sabe se verdadeira ou enganosa, ESTÓRIA DE HITLER VIVO, EXILADO NA ARGENTINA] é a história mais absurda que ouvi nos últimos anos. Será que na cabeça do jornalista que escreveu o livro, Elvis Presley também continua vivo e Paul McCartney está morto desde o início dos anos 70? "

 

(COMENTÁRIO DE LEITOR [MARCOS PRADO] DA RESENHA DE LIVRO CUJO TRECHO INICIAL - da resenha, não do livro.... - ESTÁ A SEGUIR TRANSCRITO)

 

 

 

 

 

REVISTA BULA

"Jornalista garante que Hitler morou e morreu na Argentina

O livro “El Exilio de Hitler” (Ediciones Absalón, 493 páginas), do jornalista argentino Abel Basti, de 54 anos, sustenta que o líder nazista e sua mulher, Eva Braun, não se mataram. “Fugiram” para Barcelona, onde passaram alguns dias, e depois foram para a Argentina, onde Hitler "morreu", nos anos 60.

Dezenas de livros mais equilibrados sustentam que a polícia secreta comunista levou os restos mortais (queimados) de Hitler e Eva Braun para a União Soviética. Basti afirma, sem apresentar documentação confiável, que a informação não é verdadeira e que os nazistas, como Hitler, o chefe da Gestapo, Heinrich Müller, e Martin Bormann plantaram pistas falsas. Entrevistado pelo jornal “ABC”, da Espanha, sustenta que “existem três documentos” que comprovam que o nazista não se matou: “Do serviço secreto alemão, que dá conta de que chegou a Barcelona, procedente de um voo da Áustria; do FBI, que indica que ‘o exército dos Estados Unidos está gastando a maior parte de seus esforços para localizar Hitler na Espanha’; e um terceiro do serviço secreto inglês, que fala de um comboio de submarinos com líderes nazistas e ouro saindo rumo a Argentina, fazendo uma escala nas Ilhas Canárias”. O livro, publicado em maio deste ano (sem edição brasileira), provoca sensação na Espanha, pelas revelações “surpreendentes” e, no geral, contestadas por historiadores profissionais. Mas as informações de Basti não deixam de ser curiosas, principalmente por ser correta mas óbvia a informação de que vários nazistas escaparam para a Argentina de Juan Domingo Perón. (...)"

(http://www.revistabula.com/posts/livros/jornalista-garante-que-hitler-morou-e-morreu-na-argentina

 

 

 

 

 

 

ALBERTO DINES:

UM DOS BIÓGRAFOS DE S. ZWEIG

 

"Terça-feira, 30 de março de 2010 às 12:39   (Última atualização: 30/03/2010 às 12:03:03)

Um grande observador da imprensa

 

 

O jornalista Alberto Dines, homenageado com a Ordem do Mérito do Ministério das Comunicações, pelo presidente Lula, contou em discurso que se lançou, em 1975, quando foi contratado para trabalhar na Folha de S. Paulo, a escrever uma coluna semanal de “acompanhamento da imprensa”. Ele lembrou que, naquela época, Octavio Frias de Oliveira, dono do jornal, “colocou a mão no meu ombro e disse: você vai ganhar muitos inimigos. Nem ele e nem eu poderíamos imaginar o quanto ele estava certo.”

Dines explicou que, em 2007, quando o jornalista Armando Nogueira recebeu a mesma homenagem, fora alertado pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, que seria um dos próximos a receber a comenda. “Preferi não acreditar porque jornalistas não gostam de ser criticados e o governo não cometeria a gafe de homenagear a quem se dedica, principalmente, a criticar os meios de comunicação. Errei na previsão e estou aqui hoje”, afirmou.

Ele recebeu a comenda do presidente Lula em cerimônia que aconteceu no gabinete provisório da Presidência da República no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Na ocasião, Maria Cristina Frias, em nome de seu pai Octavio Frias de Oliveira (homenagem póstuma), recebeu a mesma honraria".

(http://blog.planalto.gov.br/2010/03/page/2/)

 

 

 

 

 

O AUTOR DA OBRA CLÁSSICA SOBRE A

HISTÓRIA DA CONQUISTA DO ACRE,

CLÁUDIO DE ARAUJO LIMA,

DA ACADEMIA AMAZONENSE DE LETRAS:

ESCREVEU UM LIVRO SOBRE VIDA

E OBRA LITERÁRIA DE STEFAN ZWEIG

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IMAGEM DA CAPA DE UMA DAS EDIÇÕES

DE Plácio de Castro: um caudilho contra o imperialismo,

DE CLÁUDIO DE ARAUJO LIMA

(http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-160453972-claudio-de-araujo-lima-placido-de-castro-um-caudilho-contr-_JM)

 

 

 

 

 

 

"MORTE NO PARAISO - A TRAGEDIA DE STEFAN ZWEIG
DINES, ALBERTO
"
 

CAPA DA TRADUÇAO ALEMÃ DO LIVRO DE ALBERTO DINES

SOBRE STEFAN ZWEIG

(http://www.caiman.de/05_08/art_1/index_pt.shtml)

 

 

 

 

 

                 Homenageando as memórias de Stefan Zweig e sua esposa 

                 Elisabet Charlotte Altmann,

                 como a de Claudio de Araujo Lima

                 e abraçando Chico Buarque de Holanda,  

                 Alberto Dines,

                 Mário Jorge Lobo Zagallo,

                 Luiz Inácio Lula da Silva e

                 Dilma Vana Rousseff,

                 a quem se deseja

                 saúde e vida longa

 

 

 

 

 

17.11.2010 - Ao grande escritor vienense Stefan Zweig e sua esposa, lastimavelmente, faltou um pouco de paciência - Afinal, Hitler derrotado foi, pouco mais de três anos depois de Stefan e Lotte fazerem um pacto de morte, na serrana, aristocrática e agradável cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Eles se mataram pela via da ingestão de veneno porque pensavam que Hitler fosse vencer a II Guerra Mundial. MAS POR QUE NÃO LEVARAM EM CONSIDERAÇÃO A POSSIBILIDADE DE A ALEMANHA SER DERROTADA? Se o que eles pensavam que iria acontecer - a vitória hitlerista - acontecesse, muitas outras pessoas acabariam, por vontade própria, com as suas vidas, porque - é o que consta, a partir de descobertas de documentos secretos de Buenos Aires - a Argentina, que tinha um pacto com a Alemanha Nazista, iria dominar o Brasil. Aí, sim, seria o fim, mesmo - E EU SÓ NÃO ME MATARIA PORQUE AINDA NÃO TINHA NASCIDO.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

  

 

 

PORTAL DA CASA STEFAN ZWEIG,

EM PETRÓPOLIS

 

"A CASA

Hoje nos mudamos, felizes. É uma casa minúscula, mas com um amplo terraço coberto e uma bela vista, um pouco fresca agora no inverno, e o local é tão maravilhosamente deserto como Ischl em outubro e novembro. Finalmente, um lugar para descansar durante alguns meses, e as malas serão guardados para não serem mais vistas durante longo tempo.

STEFAN ZWEIG em carta para Friderike, 17 de setembro de 1941

 
Clique nas fotos para ampliar...    

Na serra de Petrópolis, cercada por vales, a 813 metros acima do nível do mar, fica a casa onde o escritor Stefan Zweig e sua segunda mulher, Lotte, moraram durante cinco meses até consumarem o seu pacto de morte, na noite de 22 para 23 de fevereiro de 1942.

O gesto do escritor bem-sucedido, austríaco de nascimento, cidadão inglês, mas sem pátria, projetou a pequena cidade imperial para o mundo e eternizou a ansiedade e o desespero de um mundo em guerra e sem esperança.

Agora, a casa onde Zweig completou sua autobiografia O mundo que eu vi, escreveu o conto Uma partida de xadrez, retocou algumas obras inacabadas como Clarissa, além de esboçar o Montaigne, finalmente se torna um museu em sua memória. Ao mesmo tempo, a CASA STEFAN ZWEIG será também um MEMORIAL DO EXÍLIO, um lugar para lembrar e homenagear centenas de outros exilados e emigrados que deixaram suas marcas nas artes, na ciência e na cultura do Brasil".

(http://www.casastefanzweig.com.br/sec_casa.php)

 

 

 

 

 

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CAIMAN PONTO DE, MAIO DE 2008

caiman.de - KULTUR UND REISEMAGAZIN FÜR LATEINAMERIKA, SPANIEN UND PORTUGAL

(CAIMAN: Revista de Cultura e Viagem para a América Latina, Espanha e Portugal)

 

 

"Brasil: Perdido no paraíso - (parte 2) (parte 1)


Stefan Zweig no Brasil - uma entrevista com Alberto Dines

Alberto Dines luta há anos para transformar a casa de Stefan Zweig em Petrópolis num centro de memória dos exilados europeus que fugiram do nazismo.

O consagrado jornalista brasileiro e autor de vários livros, entre eles uma excelente biografia sobre o tempo de Stefan Zweig no Brasil, fala ao Caiman sobre a relação do escritor austríaco e seu ultimo exílio - "O País do futuro".


O que significa Stefan Zweig para os brasileiros?
Antigamente ele era considerado o escritor estrangeiro mais traduzido e mais conhecido aqui. Estou me referindo aos anos quarenta e cinquenta, talvez até sessenta. Em parte porque seu editor brasileiro era muito dinâmico, era um jovem que criou um sistema de venda de porta em porta, vendendo muito. Hoje você ainda encontra, nos sebos, as coleções completas em vinte volumes.

Zweig era muito querido, principalmente pelas mulheres por causa de livros como "Maria Antonieta", "24 horas na vida de uma mulher" ou "Carta de uma desconhecida". Era o autor feminista, falando sobre a psicologia feminina.

E ele teve uma grande ligação com o Brasil, principalmente por causa do livro que escreveu: "Brasil, país do futuro". O livro foi muito mal recebido aqui no Brasil, em 1941, até odiado pelos intelectuais. Achavam que ele estava elogiando a ditadura, mas, na verdade, ele estava elogiando o povo brasileiro, e o país. Mas os intelectuais confundiram isso.

Zweig ficou muito ferido com essa reação. Ele era um homem rico, não precisava se vender por causa de um livro. É verdade que o governo brasileiro deu a ele e a sua esposa o visto de permanência, que era um privilegio. Naquela época, no Brasil e na Argentina, não era muito fácil para um judeu conseguir um visto. Isso sim foi um "negocio" entre ele e o governo brasileiro.

Mas mesmo assim, o livro fez muito sucesso aqui no Brasil. Hoje, qualquer pessoa na rua conhece o slogan "Brasil, país do futuro", que virou uma expressão coloquial, que as pessoas repetem até sem saber que é dele. Incorporou-se ao imaginário brasileiro de que o Brasil é o país do futuro. Então, Zweig teve uma grande importância.

Depois ocorreu o suicídio dele. Um mês antes da sua morte, em janeiro de 1942, o Brasil rompeu as relações com "o eixo", a Alemanha, Itália e o Japão. Zweig percebeu que a guerra tinha chegado ao Brasil.

E sua morte teve uma repercussão grande na opinião publica brasileira, no pensamento do homem médio brasileiro. Ele foi visto como uma vitima do nazismo, e isso pressionou o governo de Getulio Vargas para declarar guerra ao eixo em Agosto, poucos meses depois.

Sua morte foi visto como um protesto contra o nazismo?
Sim, foi visto assim. Zweig nunca foi um militante, um panfletário. Mas você pode entender que a "Declaração" final dele foi um protesto contra o mundo que não era mais o dele. E um reconhecimento de que tudo ia mudar, que o que aconteceria depois seria completamente diferente. Certamente não foi um protesto direto, mas ele teve uma imagem de vitima, do homem que resistiu primeiro mas acabou se matando.

Revelei um fato muito importante que ninguém tinha contado antes: apesar de ele ter se suicidado, o rabino do Rio de Janeiro não considerou sua morte como suicídio e admitiu que ele fosse enterrado no cemitério judeu no Rio de Janeiro. O rabino não o discriminava como suicida. Claro que o governo brasileiro não permitiu isso e ele foi enterrado em Petrópolis. Mas a morte dele, mesmo para um judeu ortodoxo, não foi considerada um suicídio, mas como a de uma vitima de guerra.

Porque ele escolheu Petrópolis para morar?
Na época, o Rio de Janeiro era muito mais cosmopolita do que São Paulo. Hoje é o contrario. Por isso, ele queria ficar perto do Rio, mas um pouco afastado do movimento da capital federal. Por outro lado, ele estava um pouco ferido com as criticas que saíram ao "Brasil, país do futuro", que foram criticas muito rigorosas. Então, queria se afastar. Pensou em morar em Teresópolis, mas Teresópolis não era uma cidade muito simpática.

Assim, acabou indo para Petrópolis, porque era uma cidade imperial, fundada pelo Dom Pedro II, que era um descendente dos Habsburgos. Isso é importante - ele tinha uma grande admiração por Dom Pedro II. Zweig achava que o Brasil havia herdado um pouco da herança austríaca. E isso dava a ele animo para vir para cá. Ele não gostava dos Estados Unidos, não porque ele fosse anti-capitalista - ele era anti-materialista, e como homem rico, ele podia ser um anti-materialista.

Mas não sabia que Petrópolis era tão longe. Não fisicamente, noventa quilômetros apenas, mas longe porque ninguém ia a Petrópolis.


A biblioteca de Petrópolis era nada, mas a Biblioteca Nacional no Rio era uma instituição. Ele sentia falta de livros e amigos, de conversas intelectuais.

Depois escolheu uma casa muito simples, onde eles moravam de uma forma pobre. E isso sem necessidade, porque Zweig era um homem rico. Para quem viveu, durante vinte anos, em Salzburg, na Áustria, num pequeno castelo e já estava deprimido, estas condições de vida "pobre" certamente aumentavam a depressão. Alem disso, chegavam as noticias da guerra e isso contribuiu muito.

Assim, Petrópolis não foi boa para ele. E ainda menos para sua mulher, a segunda esposa, que era mais jovem do que ele, e asmática. Antigamente, Petrópolis era muito úmida, e perto da casa dos Zweig fica a passagem das nuvens, que vêm do Rio, do mar. A umidade faz muito mal para um asmático, e ela sofreu nestas condições. Além disso, ela não falava português, as empregadas não sabiam cozinhar, gerando dificuldades cotidianas serias.

Zweig fez uma escolha errada, ele quis fugir da capital, mas foi longe demais.

Como a pessoa Zweig combinava com a mentalidade brasileira?
Zweig tinha muito carinho pelo povo brasileiro, pelos brasileiros simples. Isso é uma coisa muito interessante. Ele viu no brasileiro um homem triste, e não são muitos estudiosos que escreverem sobre isso. Paulo Prado, um famoso estudioso da antropologia brasileira, deu um retrato do Brasil como um "retrato da tristeza". Naquela época, Stefan Zweig conseguiu enxergar a tristeza brasileira, e isso o tocou.

Ele se dava bem com os intelectuais, pois todo mundo falava francês. Mas ele foi levado a se aproximar de intelectuais da Academia Brasileira de Letras, que era, e hoje ainda é, uma instituição muito oficial. Eram intelectuais ligados ao governo do ditador Getulio Vargas. Isso o deixava longe dos verdadeiros escritores, como Jorge Amado ou outros que estavam aparecendo naquela época. Ele fez uma opção sem imaginar que seria uma opção tão radical.

Mas Zweig gostava muito do Brasil e queria fazer coisas ligadas ao país. Queria realizar um bale com musicas de Villa-Lobos. Alem disso, planejava fazer um filme sobre a Marquesa de Santos, amante oficial do primeiro imperador brasileiro, Dom Pedro I. Outro dado interessante é que, em 1940, ele foi à Argentina onde vendeu os direitos de dois filmes inspirados na sua obra, que nunca foram realizados. Zweig era muito interessado em criar condições aqui na América do Sul de se realizarem trabalhos ligados à cultura.

Por influencia do escritor Hermann Graf Keyserling, que escreveu "Südamerikanische Meditationen" (meditações sul-americanas), ele percebeu que a América do Sul não tinha nada a ver com a América do Norte. Desde a leitura deste livro Zweig estava interessado em fazer coisas ligadas à América do Sul.

Ele fez duas conferencias, no Brasil e na Argentina, com o titulo "A unidade espiritual do mundo", onde falou muito que a América Latina é o continente do futuro. Pois a Europa estava acabada pelo ódio, e os Estados Unidos eram materialistas demais. Mas a América Latina tinha herdado o humanismo europeu. Hoje, isso é uma fantasia. Mas naquela época, nos anos trinta e quarenta, realmente existia essa possibilidade.

Você se lembra do encontro com ele?
Eu tinha oito anos, quando, em 1940, durante sua segunda visita ao Brasil, ele resolveu fazer uma visita à minha escola. Depois, no escritório do meu pai, tinha uma fotografia do Stefan Zweig dedicada a ele. Assim, aquele escritor famoso que me visitou e que deu um autografo para meu pai e que, dois anos depois, se suicidou - e meu pai inclusive foi ao enterro - entrou na minha vida. Depois, como adolescente, li seus livros.

Em 1979, durante a ditadura militar, escrevi uma sátira sobre o Brasil, e no meio do texto escrevi: o homem que inventou o paraíso, Stefan Zweig, matou-se no paraíso. Pensei: aqui tem um ponto! Como sempre quis escrever uma coisa sobre Stefan Zweig, pensei: isso é o angulo: Morte no paraíso.

Comecei já com o titulo pronto, que, na verdade, não é só um titulo. É toda uma visão. E comecei a escrever a biografia dele no Brasil, coisa que até então nenhum outro biografo tinha feito. Mas Zweig visitou o Brasil três vezes, escreveu um livro importantíssimo sobre o Brasil, e escolheu se suicidar aqui - você não pode simplesmente ignorar a importância do Brasil na vida dele.

Texto + Fotos : Thomas Milz

Agradeço ao Alberto Dines, o qual escreveu uma biografia maravilhosa sobre Stefan Zweig.

 

 

MORTE NO PARAISO - A TRAGÉDIA DE STEFAN ZWEIG
DINES, ALBERTO
ROCCO
ISBN: 8532516912

A Casa Stefan Zweig em Petrópolis: www.casastefanzweig.org.br
Na edição de Maio você encontrará aqui uma entrevista com Alberto Dines!".
 

(http://www.caiman.de/05_08/art_1/index_pt.shtml)

 

 

 

 

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OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

 [Editor: Alberto Dines, o diretor

da Casa Stefan Zweig, em Petrópolis-RJ] -

ARTIGO DE ISMAR C. DE SOUZA (ABRIL / 2008)

 
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Jornal de Debates

"LEITURAS DE VEJA


Colunista encampa discurso neo-racista brasileiro

Por Ismar C. de Souza em 29/4/2008

"O negro que lute/ pra poder sonhar/ em mudar isso aqui,/ o poder tem tantas mãos/ e só sabe mentir" (Djavan, Soweto)

Com ataques cuidadosamente dosados contra a política de cotas universitárias implantada no Brasil – que está sob julgamento no Supremo Tribunal Federal – e, na verdade, querendo atingir todas as lutas do negro brasileiro, o colunista da revista Veja Diogo Mainardi encampou de vez o discurso neo-racista brasileiro. "É uma chance para acabar de vez com o quilombolismo retardatário que se entrincheirou no matagal ideológico das universidades brasileiras", afirma ele em "O quilombo do mundo" (edição 2057, 23/04/2008).

Mainardi se soma a outros jornalistas de Veja (impressa e online) e a demais pessoas que recebem espaço na maior revista de circulação nacional para mover um combate sem tréguas à aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, à política de cotas universitárias, à figura de Zumbi dos Palmares, ao Dia da Consciência Negra e, enfim, à causa da reparação das injustiças cometidas contra a comunidade negra ao longo da História brasileira.

A democracia mais importante

Entremeando afirmações tendenciosas e citações do livro Não Somos Racistas (acredite quem quiser...) do guru do combate ao movimento negro brasileiro, o diretor de jornalismo da Rede Globo Ali Kamel, Mainardi mostra-se ainda mais parcial quando tenta apoiar sua tortuosa racionália numa frase do senador de ascendência africana Barak Obama:

"Se olharem minhas filhas, Malia e Sasha, e disserem que elas estão numa situação bastante confortável, então (raça) não deveria ser um fator. Por outro lado, se houver um jovem branco que trabalhe, que se esforce, e que tenha superado grandes dificuldades, isso é algo que deveria ser levado em consideração."

Tratou-se de um comentário superficial e meio confuso, proferido durante um debate eleitoral. A conclusão de que Obama "quebrou um tabu e defendeu abertamente o fim das cotas raciais" é uma óbvia forçação de barra. Mainardi subestima a inteligência dos seus leitores.

Agora, vejamos o que a Veja, preconceituosamente, em sua página de internet, via outro jornalista da turma do Mainardi (Reinaldo Azevedo, postado no dia 07/01/2008, 15h51), opinou sobre o mesmo senador e candidato a candidato do Partido Democrata:

"Que diabo se passa com o Partido Democrata americano, que tem como favoritos uma mulher e um negro com sobrenome islâmico e nenhum homem branco para enfrentá-los? (...) Para bom entendedor: tomo o par ‘homem branco’ como apelo simbólico à tradição e à conservação de um modelo que, inegavelmente, deu certo e fez a maior, mais importante e mais rica democracia do mundo, que venceu, por exemplo, o embate civilizatório com o comunismo."

Manifestações de ressentimentos

Como esse preconceito mal dissimulado ofende a qualquer ser humano digno desse nome, só restou à tropa de elite da Veja buscar o apoio da trupe dos conservadores raivosos, dos reacionários empedernidos e de alguns parlamentares influenciáveis que estão tentando barrar a implantação do Estatuto da Igualdade Racial.

Foi apenas em junho de 1998 que o Brasil empossou seu primeiro ministro de Estado negro, o mineiro Carlos Alberto Reis de Paula. Num país de aproximadamente 183 milhões de habitantes, com 11,5 milhões (6,3%) de negros, isto comprova que o Brasil é, sim, um país racista, ainda que de uma forma dissimulada.

O certo é que só recentemente o problema da integração e participação digna do negro na sociedade passou a ter visibilidade nacional como política de Estado. E já produziu efeitos, pois agora são cinco os negros que participam como ministros do governo federal. Antes, só entravam como empregados subalternos.

Os interesses e idiossincrasias de nossa elite conservadora produziram convicções escravocratas que se tornaram estereótipos, ultrapassando os limites do simbólico e incidindo sobre os demais aspectos das relações sociais. Por isso, talvez ironicamente, a ascensão dos negros na escala social, por menor que seja, sempre deu lugar a manifestações veladas ou ostensivas de ressentimentos.

Grande debate nacional

Ao mesmo tempo, a opinião pública foi, por muito tempo, treinada para desdenhar e mesmo não tolerar a inconformidade, vista como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolheu a discriminação ou preconceito.

A campanha pelos direitos civis nos Estados Unidos, que ganhou notoriedade internacional com a marcha de quase meio milhão de pessoas até Washington em 1963, foi o embrião da política oficial de cotas raciais, implementada a partir de 1970.

Em 1965, quando foi assinada a lei permitindo o voto e a eleição de negros nos EUA, a esmagadora maioria era pobre; assim, na primeira eleição, pouco mais de uma centena deles conquistou mandatos públicos. Hoje são mais de 8 mil.

Primeiro país a implantar o sistema de cotas, os EUA contam (abril/2008) com uma candidata negra, Cynthia Mckinney, candidata pelo Green Party (Partido Verde estadunidense) à Presidência da República e com Obama tendo grande chance de se tornar o postulante do Partido Democrata.

Se lá, como aqui, o sistema de cotas possui falhas e não resolveu todos os problemas raciais da nação, com certeza motivou um grande debate nacional e alavancou uma melhor participação dos negros em sua sociedade, tanto que estes já têm presença marcante na classe média, ao contrário do Brasil.

Arbitrariedade policial

Na contramão dos grandes pesquisadores e educadores brasileiros, o colunista da Veja Diogo Mainardi chegou ao cúmulo de propor que o Brasil siga o exemplo dos EUA, extinguindo totalmente a gratuidade no ensino superior:

"Se é para macaquear os Estados Unidos, temos de macaqueá-los por inteiro. A universidade pública americana cobra mensalidade dos alunos. Quem pode pagar, paga. Os outros se arranjam com bolsas, empréstimos ou bicos."

Como se fosse possível equiparar dois países em estágios de desenvolvimento econômico tão diferentes! E como se os estudantes daqui tivessem a mesma facilidade em levantar recursos por meio de "bolsas, empréstimos ou bicos"!

Bem se vê que Mainardi, habitando ou não no Brasil, estará sempre a anos-luz de distância de nossa sofrida realidade... o que não o impede de tentar, arrogantemente, ensinar a nós, nativos, como devemos viver, segundo o figurino da metrópole.

Negros de qualquer classe social, no Brasil, são tratados da forma mais preconceituosa e arbitrária pelas autoridades policiais – vide o caso do dentista Flávio Ferreira Sant’Ana, assassinado em 2004 na zona norte paulistana apenas por suspeitarem que tivesse roubado o luxuoso carro que dirigia.

Violência seletiva

É nas estatísticas da violência policial contra os negros que as contradições da sociedade brasileira se mostram mais agudas, como se depreende, por exemplo, de uma pesquisa que o Datafolha realizou em 1997 na cidade de São Paulo: 

** a escolaridade e condição financeira têm pouca influência sobre a freqüência e incidência das revistas policiais e da violência praticada pela polícia; 

** entre os da raça negra, quase metade (48%) já foi revistada alguma vez. Desses, 21% já foram ofendidos verbalmente e 14%, agredidos fisicamente por policiais; 

** os pardos superam os negros em ofensas: 27% deles foram ofendidos verbalmente e 12% agredidos fisicamente. Ao todo, 46% já foram revistados alguma vez; 

** a população branca é menos visada pela polícia. Entre estes, 34% já passaram por uma revista, 17% ouviram ofensas e 6% já foram agredidos, menos da metade da incidência entre negros.

Sobre a violência seletiva aplicada em muito maior escala e intensidade contra a população negra pelas polícias estaduais, os neo-racistas se calam, não escrevendo uma palavra sequer. Tais fatos não entram nas elucubrações deles, as vidas ou direitos destas pessoas não lhes interessam, pois na verdade não têm o que dizer sobre este assunto. Nem mesmo o guru Ali Kamel, que parece ter fixação por estatísticas, encontrou justificativa para estas.

Indignação e asco

Como já fizera no título, Mainardi termina seu artigo dando uma conotação pejorativa à palavra quilombo:

"O Brasil se refugiou no passado. O Brasil é o quilombo do mundo."

Quilombo, segundo o dicionário Aurélio, é "estado de tipo africano formado, nos sertões brasileiros, por escravos fugidos". Para nós, quilombo simboliza toda uma luta por liberdade e justiça. Ademais, como em alguns quilombos também viviam índios e brancos simpatizantes, pode ter sido o primeiro lugar no Brasil onde pessoas de raças diferentes conviveram harmoniosamente. 

Destruidor de quilombos foi o bandeirante Domingos Jorge Velho, matador de negros do século 17, até hoje relacionado entre os maiores assassinos de nossa História. Seus seguidores, como Mainardi, Reinaldo de Azevedo e Ali Kamel, atiram-se com o mesmo furor homicida contra a imagem dos quilombos. Só que, em vez de apertar gatilhos, comprimem teclas.

Não percebem, entretanto, que jamais conseguirão deletar as páginas de heroísmo escritas pelos negros, nem sua possibilidade de obterem agora o que lhes foi negado durante séculos.

Mas estão deletando a si próprios da civilização, eles sim, refugiados num passado vergonhoso: aquele em que os preconceitos raciais ainda podiam ser expressos impunemente. Hoje, pelo contrário, só despertam perplexidade, indignação e asco".

(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=483JDB010)