Não, não sou um mestre da arte de escrever. Mas sei com arte fazer um bom café. Não. Não se trata da arte da fuga. Nem do cravo bem temperado. Mas da arte de fazer um bom café. Que só o faz quem o ama. Que só o ama quem o bem bebe regularmente. Perfumado. Levemente perfumado. Em troca o café oferece um leve despertar, uma excitação sutil. É uma troca. E a água deve ser bem fervida. Longamente fervida. A água. Água de boa qualidade. Em Manaus antigo se importava água. Imagine: Ao lado do maior rio do mundo, os milionário bebiam água francesa. Água de Vichy. O mundo das águas está lá, entre as mais belas árvores do mundo. As águas do mundo primordial. Depois de um bom café eu começo a delirar. O Parque das Águas de São Lourenço agora é de propriedade do grupo francês Perrier. Lá a água brasileira é francesa. Não consigo entender. Lá está a famosa água de Vichy. Sim. Não faço meu café com a água da torneira, mas com água mineral. É uma homenagem.

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