[Flávio Bittencourt]
1971: Cortázar, Garcia Márquez, Vargas Llosa, Calvino, Sartre e outros estão descontentes com o Governo Cubano
André Sekkel reconta essa estória.
PATRICE LUMUMBA, primeiro-ministro da atual
República Democrática do Congo, eleito democraticamente
em junho de 1960 e barbaramente assassinado em janeiro de 1961,
com possível colaboração dos governos belga e estadunidense
(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA ANTI-COLONIALISTA ACIMA EXARADA:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PatricelumumbaIISG.jpg)
(http://www.eritrea-chat.com/the-vision-of-patrice-lumumba-congo-interview-with-riz-khan/)
"Acima, presidente John F. Kennedy"
[ASSASSINADO EM 22.11.1963,
EM PLENA LUZ DO DIA, EM VIA PÚBLICA
REPLETA DE CIDADÃOS QUE SAUDAVAM
SEU LÍDER POLÍTICO E SIMBÓLICO, POR
ATIRADORES CUBANOS ANTI-CASTRISTAS
A SERVIÇO DA "máfia" governamental CIA (entre eles,
Eladio del Valle, mirando covardemente do solo
o alvo humano que contrariava interesses político-econômicos
do COMPLEXO INDUSTRIAL-MILITAR estadunidense e
ajudava a que direitos civis, notadamente da população
afrodescendente e hispânica, fossem consolidados, nos EUA)]
(http://www.debatesculturais.com.br/um-pacto-sinistro-que-ameaca-a-terra/)
DEPOIMENTO DO GEN. DE DIV. FABIÁN ESCALANTE,
DA REPÚBLICA DE CUBA,
YOUTUBE [EM ESPANHOL]:
http://www.youtube.com/watch?v=_A0YOh6w2f8,
onde se pode ver e ouvir:
"(...) Cada povo, cada país, tem de encontrar seu próprio caminho. Nesta luta por fazer um mundo melhor, um mundo mais humano, um mundo mais justo, um mundo mas solidário, não existem receitas. (...) estamos num momento difícil (...) estamos numa crise econômica do sistema: sistema capitalista. (...)".
A CIA NA AMÉRICA LATINA, ANOS 60 [1-6],
COM IMAGENS DE VERNON WALTERS (ex-diretor da CIA) [*},
FABIÁN ESCALANTE (oficial de inteligência cubana,
[depoimento em espanhol]) etc.,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=mxQGeHqxrOI&feature=related
[*] - ARTIGO DO JORNALISTA BRASILEIRO GENETON MORAES NETO
(nasc. na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, em jul. / 1956)
SOBRE O EMBAIXADOR CEL. V. A. WALTERS E SUA PARTICIPAÇÃO
NO GOLPE MILITAR DE 1964:
http://www.geneton.com.br/archives/000045.html
LA CIA [1-18],
Youtube
http://www.youtube.com/watch?v=UgyKx2ZDEWo&feature=related
CIA - EXPERIMENTOS SECRETOS [1 de 3],
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=5xjnRg5f6HE&feature=related
Obs. - Veja, se tiver tempo e interesse, o que são as
"JÓIAS DA FAMÍLIA" (VOCÊ CONHECIA ESSA
EXPRESSÃO?)
"(...) Documentário alemão revela novos detalhes da morte do presidente dos EUA em 1963. Em entrevista à DW-WORLD, o cineasta Wilfried Huismann, diretor do filme, garante ter comprovado que o líder cubano [Dr. Fidel Alejandro Castro Ruz] tramou o crime. (...)".
(http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1847664,00.html)
"FIDEL CASTRO NÃO MATOU KENNEDY, UMA VEZ QUE QUEM FEZ ISSO FOI O COMPLEXO
INDUSTRIAL-MILITAR, PARA QUE SE UTILIZE A EXPRESSÃO CARA AO FALECIDO
EX-PRESIDENTE AMERICANO D. D. EISENHOWER, TAMBÉM CONHECIDO COMO IKE"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
"(...) O próprio Fidel Castro também criticou o documentário [DE W. HUISMANN] na noite de domingo, qualificando-o de 'pura obra da CIA', e advertiu: 'Deve-se ver quem é esse sujeito ([O DOCUMENTARISTA] Huismann), de onde saiu e quem o paga' ".
(http://www.dopropriobolso.com.br/paginas_bolso/txt175.htm,
site brasileiro DO PRÓPRIO BOLSO, transcrevendo notícia
emanada da FRANCE PRESSE em Havana, Cuba, sendo
que, na mesma notícia, linhas acima, estava registrado:
"(...) Recentemente a CIA (Agência Central de Inteligência americana), através de um testa-de-ferro de origem alemã, lançou um documentário (...) no qual me [GENERAL FABIÁN ESCALANTE] calunia, sem prova alguma, de ter supervisionado o assassinato de Kennedy em Dallas (Texas, EUA)", disse [O GENERAL APOSENTADO] Escalante ao semanário cubano Trabajadores (...)'.
OBS. - OS DOIS TRECHOS ACIMA REPRODUZIDOS ESTÃO EM MATÉRIA JORNALÍSTICA
QUE AO FINAL CONSTA, NA ÍNTEGRA [Folha Online - da France Presse, em Havana
23 jan. / 2006].
O CEL. HUGO CHÁVEZ, PRESIDENTE DA VENEZUELA:
EM DESFILE, EXIBE O LÍDER POLÍTICO DESSE PAÍS VIZINHO E AMIGO UMA
FOTO COLORIZADA DO MÉDICO E GUERRILHEIRO REVOLUCIONÁRIO
ARGENTINO-CUBANO DR. ERNESTO CHE GUEVARA
(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA ACIMA REDIGIDA:
http://desabafopais.blogspot.com/2010/12/os-esforcos-dos-eua-para-minar.html)
O HONRADO E ULTRA-COMPETENTE
GENERAL DE DIVISÃO FABIÁN ESCALANTE, DE CUBA,
EX-CHEFE DA SEGURANÇA MILITAR CUBANA:
SALVOU A VIDA DO PRESIDENTE F. CASTRO
NÃO dezenas, MAS algumas centenas DE VEZES
(SÓ A FOTO DO GRANDE GENERAL, SEM A LEGENDA
ACIMA ENSAIADA, DESTA COLUNA "Recontando...":
http://www.cubadebate.cu/opinion/2009/04/20/los-que-protegen-hoy-a-posada-son-los-mismos-que-conspiraron-contra-kennedy/)
"(...) MÁFIA DE MIAMI
'Os mesmos que assassinaram a (John F.) Kennedy (presidente dos Estados Unidos, em 1963) quiseram assassinar a Fidel Castro e querem assassinar a Hugo Chávez', afirmou [O GENERAL APOSENTADO, REVOLUCIONÁRIO-CUBANO] Escalante [FABIÁN ESCALANTE]. 'De quem estou falando? Dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, da máfia cubano-estadunidense, os mesmos personagens', declarou.
O longa-metragem '638 Ways to Kill Castro', um documentário britânico de 2006, já tratou das denúncias de Escalante. O general cubano os relaciona por governo: Eisenhower, 39; Kennedy, 42; Johnson, 72; Nixon, 186; Carter, 64; Reagan, 198; Bush pai, 16; Clinton, 21".
(http://www.horadopovo.com.br/2010/fevereiro/2841-26-02-2010/P7/pag7f.htm,
sendo o título dessa matéria espetacular o seguinte: "Seriado mostrará 638 tentatidas fracassadas da CIA de matar Fidel - Documentário vai ao ar pela TV cubana")
"OS ADEPTOS DO REGIME DE FIDEL CASTRO QUE
NOS PERDOEM, MAS O NOME Departamento de Seguridad del Estado
É VERDADEIRAMENTE ASSUSTADOR E PRODUZ VONTADE DE
NÃO MORAR LÁ, sendo LÁ A ILHA DE CUBA, NATURALMENTE.
[ISSO, APESAR DAQUILO QUE ACIMA FOI LIDO SOBRE SEISCENTAS
E TRINTA E OITO maquinações DE ATENTADOS À VIDA DO
EX-PRESIDENTE CASTRO: é que, prosaicamente, há milhões de
pessoas que não querem absolutamente ver Fidel Castro morto e,
portanto, não vivem pensando em teorias conspiratórias anti-Cuba e
anti-Fidel.]
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
dia antes de as novas restrições dos EUA sobr
viagens a Cuba entrarem em vigor, centenas de cubanos-americanos lotaram os vôos para visitara ilha comunista.
FIDEL CASTRO
http://geraldofreire.uol.com.br/conteudoPrimeirapagina3006.3.htm)
A JULIO CORTÁZAR PERÓN (FOTO) NÃO INSPIRAVA CONFIANÇA, MUITO PELO CONTRÁRIO
(SEM A LEGENDA ACIMA INVENTADA, A FOTO DE PERÓN ESTÁ, NA WEB, EM:
http://culturafc.wordpress.com/2010/07/23/materia-futebol-%E2%80%93-politica-aula%C2%A02/)
JUAN DOMINGO PERÓN ACENA PARA O POVO
(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA QUE, DESTA COLUNA "RECONTANDO...",
LOGO ACIMA FOI APRESENTADA:
JULIO CORTÁZAR
"(...) Julio Cortázar, personagem que nos interessa nesse estudo, contou em uma entrevista a Ernesto Gonzáles Bermejo, seu amigo, que seu despertar político aconteceu quando soube da Revolução Cubana. Até então, ele “pertencia a um grupo de pequeno-burgueses que, por razões de classe social, era antiperonista”. Foi por esse motivo que o autor saiu da Argentina, instalando-se em Paris, onde viveu até o fim de sua vida em 1984 (...)".
(ANDRÉ SEKKEL, EM TRECHO DE ARTIGO ADIANTE TRANSCRITO NA ÍNTEGRA)
HEBERTO PADILLA: CARICATURA
THE NEW YORK REVIEW OF BOOKS - DAVID LEVINE GALLERY - 1983 ("HERBERTO [SIC] PADILLA - JUNE 30, 1983",
http://www.nybooks.com/galleries/david-levine-illustrator/1983/?page=3)
"Wednesday, April 15, 2009
Poem: Heberto Padilla
(finally posted)
In 1971, poet
Heberto Padilla (1932-2000, at right) became an international
cause celèbre after
Fidel Castro's regime imprisoned him and released him only after forcing him to publicly confess that he was active in counterrevolutionary activities. In the process, he denounced his wife,
Belkis Cuza Malé (1942-), also a notable writer now living in Texas, though they reconciled. What sparked this was Padilla's having won Cuba's top literary prize, the Premio Julian de Casal, for a collection of poems,
Fuera del Juego (Out of the Game), that openly critiqued Cuba's ever tightening post-Revolutionary political restraints and its emphasis on pro-government, social realist art. His imprisonment and forced self-denunciation, which followed the imprisonment, harassment or shunning of a number of prominent socially or politically dissident figures in the arts, provoked 60 highly regarded international writers and culture workers, including strong supporters of the Cuban Revolution, to protest to Castro. The incident also overshadowed Padilla's poetry, which constitutes a substantial--and in the eyes of some critics, the most important--opus in contemporary Cuban poetry. By the time he immigrated to the US, in 1980, he had completely fallen out of favor with the Castro regime, but was widely acclaimed overseas; by the time he died of natural causes in Auburn, Alabama in 2000, he was little mourned back home and merited little commentary among non-Spanish-speaking literary communities. Beside the man as political icon, symbol, tool, as I said, there is the poetry, a great deal of it, and it's very good. So let's read some. Here's one of Padilla's poems that keeps ringing in my head like a chime, from the collection
Legacies: Selected Poems (FSG, 1980).
EN LUGAR DEL AMOR
Siempre, más allá de tus hombros veo al mundo.
Chispea bajo los temporales.
Es un pedrazo de madera podrida, un farol viejo
que alguien menea como a contracorriente.
El mundo que nuestros cuerpos
(que nuestra soledad) no pueden abolir,
un siglo de zapadores y hombres ranas
debajo de tu almohada,
en el lugar en que tus hombros
se hacen más tibios y más frágiles.
Siempre, mas allá de tus hombros
(es algo que ya nunca podremos evitar)
hay una lista de desaparecidos,
hay una aldea destruida,
hay un niño que tiembla.
IN LOVE'S PLACE
Always, over your shoulder, I see the world.
It gives off sparks in storms.
It is a piece of rotten wood, an old lantern
that someone waves as though against the wind,
the world that our bodies
(our solitude) cannot blot out,
an age of sappers and frogmen
under your pillow,
in the place where your shoulders
turn cooler, more fragile.
Always, over your shoulder
(something that now we can never avoid),
there is a list of missing persons,
a village destroyed,
a child trembling.
Translated by Alaistair Reid and Andrew Hurley
Copyright © 1980, Heberto Padilla, from
Legacies: Selected Poems, New York: Farrar Straus Giroux. All rights reserved.
"(...) Os “propugnadores de la realidad en la literatura” [A QUE SE REFERE JULIO CORTÁZAR] seriam as pessoas de esquerda, com uma preocupação voltada para o político e o social, talvez até com uma certa concepção soviética de literatura – na qual o texto deve servir como uma ferramenta de intervenção e de mudança da realidade social e política do presente –, enquanto os “encaramados en la literatura de ficción” seriam os leitores da direita, que ficariam insatisfeitos com o excessivo teor de realidade, rompendo, assim, com um certo “passado glorioso” da literatura. Cortázar comenta sobre essa nota introdutória ao romance em sua conversa com Bermejo:
“Era possível prever perfeitamente o tipo de reação negativa que o livro despertaria. De um lado, por parte dos aficcionados da literatura da direita liberal ilustrada; e do outro, por parte dos meus próprios companheiros de estrada da esquerda”. E um pouco mais adiante o autor acrescenta: “É claro que os mal-entendidos da esquerda me doem. Os da direita, não levo a sério”.
Percebemos que Cortázar estava decepcionado com a esquerda antes de escrever o livro, o que é evidenciado pela nota analisada acima, e também depois, quando saíram as críticas sobre ele, como pode-se perceber no seu relato a Bermejo quando diz dos “mal-entendidos da esquerda”. (...)"
(ANDRÉ SEKKEL, TRECHO DO ARTIGO ADIANTE TRANSCRITO NA ÍNTEGRA)
HOMENAGEANDO AS MEMÓRIAS DOS POLÊMICOS ESCRITORES HEBERTO PADILLA E
JULIO CORTÁZAR, O GENERAL REVOLUCIONÁRIO FABIÁN ESCALANTE, DA REPÚBLICA DE
CUBA, A QUEM SE DESEJA SAÚDE E VIDA LONGA, ASSIM COMO O INFELIZMENTE
JÁ FALECIDO COMANDANTE REVOLUCIONÁRIO ERNESTO CHE GUEVARA - in memoriam -,
NO MOMENTO EM QUE SE AGRADECE AO ESTUDIOSO ANDRÉ SEKKEL POR
MUITO BEM TER DESCRITO UM CONTEXTO CONFUSO, EM QUE A IMPRESSÃO QUE
SE TEM É QUE "OS DOIS LADOS da briga TÊM UMA CERTA RAZÃO", contudo,
ao que tudo indica, ainda que a posição pareça um pouco "maniqueísta", SÓ UM LADO DOS
CONTENDORES EFETIVAMENTE ESTAVA CORRETO (e o LADO BOM não era, nesse caso,
o do Governo Cubano, quando se examina o quadro sob o ponto de vista ético-político,
como aqui se tenta fazer) [A CERTA RAZÃO QUE PODERIA TER O GOVERNO CUBANO
ESTÁ VINCULADO À FÚRIA NORTE-AMERICANA CONTRA A REVOLUÇÃO, COM O DETALHE
DE QUE, NO EPISÓDIO HORRÍVEL assassinato de JFK [*] (pelo complexo industrial-militar
estadunidense e agência secreta CIA, associado à Cosa Notra (máfia ítalo-americana),
com utilização de atiradores cubanos anticastristras [TIRO DE FUZIL, DO CHÃO] como
Eladio Del Valle, por ex., que disparou, matando Kennedy), A CIA, instruída pela
Casa Branca (presidente L. Johnson e seu grupo alucinado), tentou
"colocar a culpa no Governo Revolucionário de Cuba", o que foi competentemente
inibido pela Inteligência Cubana, tendo à frente o ético e hontado General,
hoje aposentado, Fabián Escalante: É ÓBVIO QUE UM REGIME POLÍTICO-MILITAR
SOB TAMANHA PRESSÃO DE UM GIGANTE DO CAPITALISMO, OS EUA, REAGE,
EM CERTAS OCASIÕES, COM INDESCULPÁVEIS EXAGEROS NA LUTA - legítima -
PELA PERMANÊNCIA NO PODER, QUE SE CONFUNDE, É CLARO, COM A
PRÓPRIA LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA DE CADA UM DOS REVOLUCIONÁRIOS,
AGORA NO PODER
[*] - VEJA, AO FINAL, POR FAVOR, MATERIAL JORNALÍSTICO MUITO INTERESSANTE
DIVULGADO NO site DO PRÓPRIO BOLSO (BRASIL) SOBRE A NUNCA ESQUECIDA
QUESTÃO ASSASSINATO DE JFK. EM NOVEMBRO DE 1963.
26.12.2010 - André Sekkel sabe recontar estórias de escritores enfrentando mandarins da política desse ou daquele país do globo terrestre - O problema é que, em 1971, o governo que teve decisão contestada, com grande alarde, foi o de Cuba, apenas 12 anos depois da instalação de um governo por assim dizer SOCIALISTA-REAL, naquela privilegiada ilha do Caribe. O movimento poderia ser considerado, então, "mais um golpe baixo da direira fascista". O problema, para o governo liderado por Castro, é que os manifestantes foram ninguém menos do que Cortázar, Garcia Márquez, Vargas Llosa, Calvino, Sartre e outros figurões da intelectualidade mundial, que resolveram não ficar mudos relativamente ao CASO PADILLA. [PADILLA: Heberto Padilla (1932 - 2000), advogado, poeta e jornalista [ALÉM DE BACHAREL EM DIREITO, PADILLA FORMOU-SE EM FILOSOFIA], nascido em Cuba e falecido nos Estados Unidos] Mas o que foi, exatamente, esse rumoroso caso Padilla?. Senão, vejamos, na descrição de André Sekkel, que escreveu, em seu excelente blog: "(...) em 1971, um grupo de intelectuais, incluindo Cortázar, García Márquez e Vargas Llosa, Ítalo Calvino, Sartre, elaboraram uma carta aberta, chamada Declaración de los 54, ao comandante Fidel Castro, mostrando seu descontentamento com o ocorrido. Algum tempo depois, Heberto Padilla fez uma autocrítica em público, sobre seu artigo publicado em El caimán barbudo. Após esse episódio, uma outra carta, a Declaración de los 62, foi endereçada ao comandante cubano expressando sua desconfiança com relação a autocrítica de Padilla, alegando que ela havia sido forçada. (...)" [TRECHO DO ARTIGO "JULIO CORTÁZAR E A REVOLUÇÃO CUBANA', adiante reproduzido integralmente]. Falta aqui apenas dizer o que houve, na "Ilha de Fidel " - ou na ilha do povo cubano, melhor dizendo... - antes do protesto dos intelectuais. Pois bem, de acordo como verbete 'Heberto Padilla', da Wikipédia (versão em espanhol), houve o seguinte:
"(...) Ese mismo año (1966) [HEBERTO PADILLA] se convirtió en centro de una polémica cultural en las páginas de Juventud Rebelde, a pesar de lo cual obtuvo el Premio Nacional de Poesía por Fuera del juego, lo que motivó las protestas de la Unión de Escritores ya que el libro era considerado contrarrevolucionario. En 1967 comienza a trabajar en la Universidad de La Habana hasta que el 20 de marzo de 1971 es detenido a raíz del recital de poesía dado en la Unión de Escritores, donde leyó Provocaciones. Padilla fue arrestado junto con la poetisa Belkis Cuza Malé, su esposa desde 1967. Ambos fueron acusados por el Departamento de Seguridad del Estado de “actividades subversivas” contra el gobierno. Su encarcelamiento provocó una reacción en todo el mundo (...)" [http://es.wikipedia.org/wiki/Heberto_Padilla].
Em resumo, H. Padilla conseguiu o extraordinário feito de jogar a intelectualidade mundial contra a Revolução apenas pouco mais de doze anos depois da vitória final dos revolucionários, que finalmente tomaram Havana do despotismo não-esclarecido de Fulgencio Batista y Zaldívar. Não nos cabe julgar nem (1) as atitudes de Padilla, nem (2) as do Governo Cubano, aqui sempre muito respeitado. Recusa-se, liminarmente, a ideia de que LIBERAIS BURGUESES (pessoas de tendência conservadoras que, no Brasil, votavam num partido de direita chamado UDN) são FASCISTAS. Não, eles não isso, nunca! O problema (teórico) é que quem assinou o manifesto contra Castro não era LIBERAL-BURGUÊS, absolutamente. Isso significa, evidentemente, que FIDEL CASTRO ESTAVA ERRADO NO CASO PADILLA (essa é apenas a modesta opinião nossa...). F. A. L. Bittencourt ([email protected])
ARTIGO "Julio Cortázar e a Revolução Cubana",
CUJO AUTOR É ANDRÉ SEKKEL
27/03/2010 por André Sekkel
O escritor e a política
Um pouco de Julio Cortázar e de Revolução Cubana
Neste trabalho vou tratar da questão dos intelectuais latino-americanos em Cuba, principalmente o papel de Julio Cortázar – um argentino exilado em Paris, que se envolveu profundamente nos debates sobre a Revolução Cubana e sobre outros movimentos de esquerda da América Latina, como a disputa chilena entre Allende e Pinochet, ou a Revolução Sandinista nicaragüense.
Inicialmente é importante deixar claro o que é um intelectual e, mais especificamente, um intelectual latino-americano. Claudia Gilman afirma em seu trabalho que o conceito de intelectual é, nessa época de meados do século XX, exclusivamente aplicado à esquerda, sendo que seria uma aberração a idéia de um “intelectual reacionário”.[1] Isso está vinculado a uma idéia de que o intelectual deve ser um agente da transformação radical da sociedade, de que ele é um representante da humanidade.[2] Nas regiões da periferia do capitalismo, como é o caso da América Latina, o intelectual é o ator social fundamental para fazer qualquer tipo de mudança. Seu papel não é o de pegar em armas, embora isso também faça parte, mas ele considera “como parte de su función la colaboración para el crecimiento de las condiciones subjetivas de la revolución”.[3]
À figura do intelectual ficou muito ligada a do escritor, por conta de uma certa politização das letras, que pode ser notada desde Zola. Na Rússia, por exemplo, os integrantes da chamada intelligentsia eram, na grande maioria, escritores politizados, como é o caso de Tchernichévski, autor de O que fazer? (obra que inspirou Lênin a escrever seu texto com o mesmo nome). No período que nos interessa aqui, meados do século XX, as referências intelectuais eram Sartre, Russell, entre alguns outros:
“Qué es la literatura? acercó las aspiraciones políticas de los intelectuales con sus preocupaciones proficionales. Fue Sartre quien forjó la noción de compromiso (engagement), que sirvió de fundamento a la conversión del escritor en intelectual”.[4]
Julio Cortázar, personagem que nos interessa nesse estudo, contou em uma entrevista a Ernesto Gonzáles Bermejo, seu amigo, que seu despertar político aconteceu quando soube da Revolução Cubana. Até então, ele “pertencia a um grupo de pequeno-burgueses que, por razões de classe social, era antiperonista”.[5] Foi por esse motivo que o autor saiu da Argentina, instalando-se em Paris, onde viveu até o fim de sua vida em 1984. Cortázar conta a Bermejo:
“Mas a história é muito paradoxal. Observe você que o fato de termos ido embora [muitas pessoas deixaram a Argentina nesse período] foi, em alguns casos, bastante útil. Se eu tivesse ficado na Argentina, provavelmente não teria entendido nunca o que acontecia em meu próprio país.
“Coloquei um oceano entre mim e a Argentina e logo depois chegou a Revolução Cubana. Já disse muitas vezes, e também disse a você, que, na verdade, o que me despertou para a realidade latino-americana foi Cuba”.[6]
A ilha caribenha foi, na década de 1960, um grande centro de circulação das idéias, não só da América Latina, mas também da Europa e da Rússia. Sartre chegou a visitar Cuba, assim como o próprio Cortázar. Além deles, García Márquez também foi à ilha, como Vargas Llosa e outros. Um ponto a ser pensado, por nós brasileiros, é a questão de não termos participado, como os intelectuais dos outros países de nosso continente, da Revolução Cubana. Nesse momento tínhamos Guimarães Rosa e Clarice Lispector, que foram dois grandes nomes da literatura não só brasileira mas mundial, que não chegaram a escrever uma única linha sobre Cuba. Aliás, não há entre nós uma produção literária sobre a ilha, ou mesmo alguma forma de manifestação pública por parte de nossos escritores/intelectuais.[7]
Como Cortázar afirmou, foi Cuba quem o despertou para o que estava acontecendo no mundo e principalmente na América Latina. Depois disso, ele se interessou pelo caso da disputa entre Allende e Pinochet, no Chile, com a qual estava muito envolvido durante a entrevista que concedeu a Bermejo; outro caso que o ocupou bastante foi o da Revolução Sandinista, na Nicarágua. Cortázar estava tão envolvido com essas questões que acabou se decepcionando com o rumo das políticas de esquerda em geral. Seu descontentamento o levou a publicar, em 1973, Libro de Manuel, que em 1974 já estava em sua quarta edição.
Adriane Vidal Costa[8], em seu artigo, conta que já em 1968 Cortázar e outros escritores/intelectuais começaram a repensar as políticas adotadas por Fidel Castro, por conta de uma aproximação ao realismo soviético como a única forma artística permitida. Em 1961 Fidel Castro já havia exposto seu texto “Palabras a los intelectuales”, no qual fica ambígua a forma como deve ser dirigida a arte na ilha, deixando margem para o endurecimento posterior. Sílvia Miskulin, em seu estudo[9], mostra algumas das medidas tomadas pelo governo revolucionário cubano, de perseguição aos homossexuais e aos órgãos que criticavam as políticas adotadas. A autora fala principalmente dos intelectuais cubanos e um dos que mais chamam a atenção em sua narrativa é José Mário, membro da editora El Puente, perseguida e fechada pelo governo.
A editora ficou conhecida por publicar textos de jovens artistas, contando com um grande número de autores homossexuais que não tinham espaço na “grande imprensa” cubana. Miskulin entende que El Puente formou um grupo de intelectuais, assim como a revista Casa de las Américas formou um outro grupo, o que também aconteceu com o periódico El caimán barbudo, ligado ao governo, mas que teve complicações no famoso “caso Padilla”, ocorrido em 1971. Toda a direção do periódico foi substituída, por conta de um artigo publicado pelo poeta Heberto Padilla, no qual havia duras críticas às medidas culturais adotadas pelo governo cubano.
Apesar de toda a história da imprensa em Cuba ser questionável no que toca à liberdade de expressão, foi em 1968 que houve uma aproximação explícita com as doutrinas culturais da URSS. A partir daí, como mostra Adriane Vidal Costa, muitos intelectuais que apoiavam a Revolução passaram a vê-la com desconfiança, como foi o caso de Cortázar, que “nunca deixou de apoiar o regime cubano, mas, em um contexto de decepção com o processo revolucionário e, em geral, com as esquerdas na América Latina, publica, em 1973, uma de suas obras mais polêmicas: Libro de Manuel”.[10]
Este foi considerado o melhor livro estrangeiro publicado na França, dando a seu autor um prêmio em dinheiro, doado por ele ao movimento chileno Frente Unificada, que foi um grupo contra a ditadura de Pinochet.[11] O Libro de Manuel traz no início uma nota prevendo as críticas que receberia, tanto por parte dos leitores da direita, quanto por parte dos da esquerda:
“Por razones obvias habré sido el primero en descubrir que este libro no solamente no parece lo que quiere ser sino que con frecuencia parece lo que no quiere, y así los propugnadores de la realidad en la literatura lo van a encontrar más bien fantástico mientras que los encaramados en la literatura de ficción deplorarán su deliberado contubernio com la historia de nuestros días (…); si durante años he escrito textos vinculados com problemas latinoamericanos, a la vez que novelas y relatos en que esos problemas estaban ausentes o solo asomaban tangencialmente, hoy y aquí las aguas se han juntado (…)”.[12]
Os “propugnadores de la realidad en la literatura” seriam as pessoas de esquerda, com uma preocupação voltada para o político e o social, talvez até com uma certa concepção soviética de literatura – na qual o texto deve servir como uma ferramenta de intervenção e de mudança da realidade social e política do presente[13] –, enquanto os “encaramados en la literatura de ficción” seriam os leitores da direita, que ficariam insatisfeitos com o excessivo teor de realidade, rompendo, assim, com um certo “passado glorioso” da literatura. Cortázar comenta sobre essa nota introdutória ao romance em sua conversa com Bermejo:
“Era possível prever perfeitamente o tipo de reação negativa que o livro despertaria. De um lado, por parte dos aficcionados da literatura da direita liberal ilustrada; e do outro, por parte dos meus próprios companheiros de estrada da esquerda”. E um pouco mais adiante o autor acrescenta: “É claro que os mal-entendidos da esquerda me doem. Os da direita, não levo a sério”.[14]
Percebemos que Cortázar estava decepcionado com a esquerda antes de escrever o livro, o que é evidenciado pela nota analisada acima, e também depois, quando saíram as críticas sobre ele, como pode-se perceber no seu relato a Bermejo quando diz dos “mal-entendidos da esquerda”.
Sabe-se que ele não foi o único escritor desiludido com a esquerda da América Latina e de Cuba, mais especificamente. Quando aconteceu o “caso Padilla”, em 1971, um grupo de intelectuais, incluindo Cortázar, García Márquez e Vargas Llosa, Ítalo Calvino, Sartre, elaboraram uma carta aberta, chamada Declaración de los 54, ao comandante Fidel Castro, mostrando seu descontentamento com o ocorrido. Algum tempo depois, Heberto Padilla fez uma autocrítica em público, sobre seu artigo publicado em El caimán barbudo. Após esse episódio, uma outra carta, a Declaración de los 62, foi endereçada ao comandante cubano expressando sua desconfiança com relação a autocrítica de Padilla, alegando que ela havia sido forçada.
Essa segunda carta, elaborada pelo mesmo grupo de intelectuais, não contou com a assinatura de Cortázar, descontente com seu conteúdo. O autor argentino nunca deixou de apoiar a Revolução Cubana, mas dentro de um contexto geral da esquerda latino-americana ele expressou todo o seu descontentamento, e a exclusão de sua assinatura na Declaración de los 62 pode ser considerada um dos marcos disso.[15]
Lendo os textos de Cortázar, a impressão que fica é a de um autor extremamente preocupado com questões sociais e políticas de seu tempo, de seu país, de seu continente, e, ao mesmo tempo, muito preocupado também com a estética de seus escritos. Cortázar estava procurando, ao que parece, uma forma na qual fosse possível falar da realidade com uma riqueza estética cada vez mais elaborada, propondo, assim, a união entre forma e conteúdo dos textos. Seus escritos sobre política são tão numerosos quanto seus escritos sobre teoria literária.
Bibliografia
BERLIN, Isaiah. “Introduction”, In: VENTURI, Franco. The roots of revolution: a history of the populist and socialist movements in nineteenth century Russia. New York: Universal Library Edition, 1966.
BERMEJO, Ernesto G. Conversas com Cortázar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.
COSTA, Adriane Vidal. “Literatura e política: o Libro de Manuel de Julio Cartázar”, In: História Revista. Goiânia, v. 13, nº 2, p.295-313, jul./dez. 2008.
GILMAN, Claudia. Entre la pluma y el fusil: debates y dilemas Del escritor revolucionario en América Latina. Buenos Aires: Siglo XXI, 2003.
MISKULIN, Sílvia C. Os intelectuais cubanos e a política cultural da Revolução – 1961-1975. São Paulo: Alameda, 2009.
VERDÈS-LEROUX, Jeannine. La lune et la caudillo: le revê des intellectueles et le regime cubain (1959-1971). Paris: Gallimard, 1989.
WOLF, Jorge H. Julio Cortázar: a viagem como metáfora produtiva. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1998 (coleção Pequenas Biografias Insólitas).
Textos e entrevistas de Julio Cortázar
CORTÁZAR, Julio; WOHLFEILER, Dan. “Interview with Julio Cortázar”, In: The Threepenny Review, nº 5, spring, 1981, p.12-13. (artigo disponível no site http://www.jsotr.org/stable/4383015)
__________; KERR, Lucille; ECHEVARRIA, Roberto G.; GROSSVOGEL, David I.; TITTLER, Jonathan. “Interview: Julio Cortázar”, In: Diacritics, nº 4, winter, 1974, p.35-40. (artigo disponível no site http://www.jstor.org/stable/465122)
__________. Libro de Manuel. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1974.
[1] Claudia Gilman. Entre la pluma y el fusil, p.57.
[2] A idéia encontra-se em Gilman: “Los intelectuales elaboraron la hipótesis de que debían hacerse cargo de una delegación o mandato social que los volvia representantes de la humanidad, entendida indistintamente por entonces en términos de público, nación, clase, pueblo o continente, Tercer Mundo u otros colectivos posibles y pensables”. A referência está na p.59.
[3] Claudia Gilman. Op. Cit. p.62.
[4] Claudia Gilman. Op. Cit. p.72.
[5] Ernesto Gonzáles Bermejo. Conversas com Cortázar. p. 102.
[6] Ernesto Gonzáles Bermejo. Op. Cit. p.102.
[7] Essa denominação “escritores/intelectuais” é definida no livro de Gilman, já citado.
[8] Adriane Vidal Costa. “Literatura e política: o Libro de Manuel de Julio Cortázar”, In: História Revista, Goiânia, v. 13, nº 2, p.295-313, jul./dez. 2008.
[9] Sílvia Miskulin. Os intelectuais cubanos e a política cultural da Revolução (1961-1975).
[10] Adriane Vidal Costa. Op. Cit. p.302.
[11] Adriane Vidal Costa. Op. Cit. p.303.
[12] Julio Cortázar. Libro de Manuel, p.7.
[13] Para se ter uma noção um pouco melhor, mas ainda assim não muito detalhada, sobre o realismo soviético Cf.: BERLIN, Isaiah. “Introduction”, In: VENTURI, Franco. The roots of revolution. New York: Universal Library Edition, 1966.
[14] Ernesto Gonzáles Bermejo. Op. Cit. p.106-107.
[15] Cf.: Adriane Vidal Costa. Op. Cit. p.302.
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DO PRÓPRIO BOLSO (BRASIL)
TRANSCREVE TRÊS MATÉRIAS
(ILUSTRADAS) SOBRE O CASO
ASSASSINATO DE JOHN F. KENNEDY
(MATÉRIAS JORNALÍSTICAS DE FEV. / 2007,
SET. / 2006 E JAN. / 2006, RESPECTIVAMENTE):
"Revelada nova filmagem do desfile em que JFK foi morto
O Estado de S. Paulo - Associated Press
O autor do filme, George Jefferies, manteve as imagens guardadas por 40 anos
19 fev. / 2007 - DALLAS, EUA - Um filme doméstico recém-descoberto, que mostra o desfile de John F. Kennedy pelas ruas da cidade de Dallas e termina cerca de 90 segundos antes do assassinato do então presidente americano, foi apresentado nesta segunda-feira, 19, no website de um museu. O filme mudo, a cores e em 8 mm, traz as imagens "melhores e mais claras" da primeira-dama, Jacqueline Kennedy, no desfile, afirma o curador do Museu Sexto Andar, Gary Mack, que focaliza a vida e o assassinato do presidente.
A filmagem traz imagens breves, mas claras, do presidente e da mulher, a poucas quadras da Praça Dealey. Também são visíveis o agente do serviço secreto Clint Hill, que ia atrás do carro. Depois dos tiros, Hill saltou no automóvel, que correu para um hospital.
O filme termina com imagens da fachada do Depósito de Livros Escolares do Texas, o edifício da onde o assassino Lee Harvey Oswald fez os disparos contra o presidente, em 1963.
O autor do filme, o fotógrafo George Jefferies, fez as imagens e as manteve guardadas por 40 anos. Após discutir o assunto com o genro, Jefferies decidiu doar o material ao museu.
Pelo menos 150.000 pessoas assistiram ao desfile, e Mack acredita que existam mais imagens perdidas em arquivos pessoais.
Morre última passageira do carro em que Kennedy foi assassinado
O Estado de S. Paulo com Agências Internacionais
Nellie Connally morreu aos 87 anos de idade, enquanto dormia, em sua cidade natal, Austin, no Texas
3 set. / 2006 - WASHINGTON - Morreu neste domingo Nellie Connally, a última passageira viva que estava no automóvel em que foi assassinado o presidente dos EUA John Kennedy, em 1963 em Dallas.
Viúva do governador do Texas à época, John Connally, ela faleceu aos 87 anos, segundo a imprensa do estado do Texas. No dia em que Kennedy foi baleado, John Connally também foi alvejado por tiros, mas sobreviveu, falecendo em 1993 aos 75 anos.
Nellie Connally faleceu enquanto dormia, na cidade de Austin, também no Texas, cidade onde nasceu, em 24 de fevereiro de 1919. Ela conheceu o futuro marido na Universidade de Texas, se casando em 1940. Os dois tiveram quatro filhos. John Connally governou o estado do Texas entre 1962 e 1969.
No dia 22 de setembro, quando a limusine que transportava os casais entrou por uma avenida em Dallas, a multidão começou a saudar o presidente Kennedy. Nellie, então, se virou para o presidente, que estava no assento traseiro e afirmou: "Senhor presidente, não se pode dizer que Dallas não o queira bem."
Logo em seguida, a esposa do governador ouviu o primeiro disparo. Em seus relatos sobre o acontecido, Connally afirmou ter ouvido pelo menos três disparos. Seu marido, o governador, ficou ferido depois do segundo tiro. "Não voltei a olhar para trás", afirmou.
General desmente filme sobre morte de Kennedy
Folha Online - da France Presse, em Havana
23 jan. / 2006 - O general reformado Fabián Escalante, ex-chefe de Segurança do Estado cubano, desmentiu nesta segunda-feira as afirmações de um recente documentário do cineasta alemão Wilfried Huismann, segundo o qual foi ele quem supervisionou o assassinato do presidente americano, Jonh F. Kennedy, em 1963.
"Recentemente a CIA (Agência Central de Inteligência americana), através de um testa-de-ferro de origem alemã, lançou um documentário (...) no qual me calunia, sem prova alguma, de ter supervisionado o assassinato de Kennedy em Dallas (Texas, EUA)", disse Escalante ao semanário cubano Trabajadores.
No documentário de 90 minutos, intitulado "Encontro com a Morte", exibido neste mês na televisão alemã, Wilfred Huismann, que diz se basear em informações de fontes cubanas, russas e americanas, afirma que Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas, por Lee Harvey Oswald, seguindo ordens dos serviços secretos cubanos.
Aos 65 anos, 36 deles nos serviços de contra-inteligência cubana, Escalante, filho do líder comunista César Escalante, foi o principal opositor cubano da CIA durante várias décadas. Reformado desde 1996, o general se dedica a pesquisar e escrever. Ele já publicou seis livros, um deles intitulado "1963: o complô", sobre o assassinato de Kennedy.
Quanto à acusação de ter supervisionado o crime, Escalante afirma que "é uma teoria nova. Não restam dúvidas de que os seis livros que publiquei incomodam, particularmente o dedicado ao assassinato de Kennedy".
No livro, "demonstro que o assassinato foi o resultado de um complô que pretendia acusar Cuba, assassinar Fidel [Castro] e invadir militarmente o nosso país", disse o general.
O próprio Fidel Castro também criticou o documentário na noite de domingo, qualificando-o de "pura obra da CIA", e advertiu: "Deve-se ver quem é esse sujeito (Huismann), de onde saiu e quem o paga".
(http://www.dopropriobolso.com.br/paginas_bolso/txt175.htm)
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