Disse Leonardo da Vinci: “Quem está preso a uma estrela não anda para trás”, no sentido de que não entra em decadência, no sentido de que consegue completar e triunfar com toda a glória em tudo o que começou, todos os seus projetos, todas as belas coisas por que se inflamou. Significa que consegue trazer à tona, “trazer à luz do dia, de modo puro e formulado, os contornos do conteúdo vislumbrado” (Bloch).
Isso se aplica aos gênios como Leonardo e aos povos. Mas também se aplica aos mortais como nós, aos nossos desejos, como escreveu o jovem Goethe: “Desejos são pressentimentos das capacidades que estão dentro de nós, prenúncios do que seremos capazes de realizar”.
É quando esses atos prospectivos trabalham em nosso favor e obtém êxito “a partir da tremenda expectativa que deles se apoderou, a partir da afinidade com a estrela que ainda se encontra abaixo da linha do horizonte". A partir do futuro. É quando “a água que eu toco jamais foi navegada” de Dante. Citações todas do princípio esperança de Bloch, que reúnem juventude, mudança, produtividade, não com arrogância, mas com a visão do que deve ocorrer nas ocasiões da criação.