“Recebi a Crítica da Escrita, do prof. Rogel Samuel. Li-o assim que me chegou às mãos, e achei interessantíssimo o estudo. Fiquei feliz em saber, depois, pelo próprio Rogel, que devo a você a indicação para o recebimento do trabalho. Obrigado pela lembrança amiga. O prof. Rogel parece um homem inteligente, agradável e educado. Pediu-me, por carta, que lhe mandasse endereços de escritores e intelectuais que gostariam de receber seu livro. Já o fiz, com o maior prazer. Espero corresponder-me regularmente com ele, contando, assim, com mais um bom amigo aí no Rio”.
- trecho de uma carta do professor, jornalista e escritor Edmílson Caminha ao jornalista e escritor Antonio Carlos Villaça, em 04/05/1981.
Edmilson, hoje radicado em Brasília, estava em Fortaleza, e de lá escreveu ao Villaça que residia no Rio.
A carta encontra-se no ótimo livro de Caminha, O monge do Hotel Bela Vista, ed. Thesaurus, 2008, página 49. Uma edição comemorativa dos 80 anos, caso estivesse vivo, do grande ser humano que foi Antonio Carlos Villaça.
Budisticamente falando, Villaça continua vivo ! Não apenas no âmbito da Literatura Brasileira, mas no coração e na mente de todos aqueles que tiveram a felicidade de privar de sua generosa amizade.
O livro de Edmílson Caminha tem 61 cartas que ele e Villaça trocaram, de 1980 a 1991. Mais do que um volume de memórias, O monge do Hotel Bela Vista é uma aula imperdível, um excelente passeio cultural pelos mais variados nomes de nossa Literatura.