0

As aventuras de Circe Irinéia, 16



IX

E CIRCE SE DEPARA COM A SEGUNDA AVENTURA

E sem resposta condizente
para uma pergunta real,
a Circe se levantou, diligente,
daquela caminh’astral,
tratou de escovar os dentes
com dentifrício bucal,
despiu-se da camisola florida,
a promotora querida
de sonho transcendental,
e se lavou, bem contente,
com sabonete floral
transparente,
na banheira de água quente
do Palácio divinal
de sua madrinha influente,
a Vênus Fenomenal,
vestiu novas vestes de sonhos
de natureza irreal,
sonhos dentro de sonhos em sentido vertical,
pois estava, certamente,
longe do plano vital,
o da massa consistente
de exigência formal,
do tempo que vai passando
numa linha horizontal,
e os humanos, todos, levando
para um momento final,
sem sonhos, sem esperança
de vida com muita bonança
e sem Paz Universal.

E com os signos rolando
em seu repouso ativado,
a Circe foi caminhando
ao longo de um corredor brilhante,
corredor todo enfeitado,
para o café confortante,
que fora bem preparado
pelo Cozinheiro Gigante
do Castelinho da Fada,
aquela Vênus-Madrinha
do princípio da jornada,
que a abrigara com desvelo
de Mãe Muito Preocupada
com o bem-estar da Filhinha
em sua Nova Passada.