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As aventuras de Circe Irinéia, 10

Foto: R. Samuel


A tal Estrada Catita,
InterInfinita,
era uma Estrada Bendita,
e uma Aventura Bonita
esperava pela Circe Irinéia,
a Andante Esquisita,
numa Mata Fechada,
cheiííínha de árvores e muita florada,
com uma paisagem incomum de tonalidade mesclada,
onde os pássaros cantavam
e os animais se amavam
e um tapete de flores cobria a Estrada
com agradáveis odores.
E a luz refletida nos pingos de orvalho,
orvalho da noite que o dia precede,
sobre as folhas tão verdes da Mata Sagrada parecia,
aos olhos de Circe Irinéia DeMente da Idéia,
a outra face persona de Odisséia Maria,
pedrinhas preciosas
em rede, fermosas,
ditosas,
aplicadas nas folhas brilhosas,
airosas,
das flores-amores da chamada ninféia,
e nas árvores singelas,
tão belas,
da flor azaléia;
e caminhando
e cantando,
às vezes chorando,
a Circe Irinéia da DeMente Idéia
se viu bem defronte ao Castelo da Fada Meméia,
ou Vênus Madrinha da Poderosa Via,
a Suprema Consorte do Rei Sol Quirón Malaquia,
o qual, àquela hora do dia,
mineral,
sideral,
estava viajando pelo Espaço Estelar
Sem-Igual,
fermoso e garboso,
com um manto vistoso,
um manto real
costurado em Dakar,
de Yves Laurent Costureiro Famoso,
montado nas costas cheias de magia
de uma Estrela-Guia,
em direção à Montanha Sagrada de Santa Luzia,
acompanhado e escoltado por Joãozinho e Maria,
os meninos andantes da estória-magia,
fugidos que foram da Velha Sandia,
agora, felizes,
sem grades ou crises,
viviam na Estrada
Praláde Dourada,
protegendo os viajores
da razão desertores
de qualquer enrascada,
vivendo os dois, o Joãozinho e a Maria,
de brisa nortada
e muita alegria,
repletos de amores.