0

AS AVENTURAS DE CIRCE IRINÉIA, 2


No Anno da Graça de 2005,
início de noite de uma sexta-feira sem-par,
uma noite de arrepiar!,
uma noite de luar,
a Lua Cheia no Céu a passear,
fazia um calor de suar,
e o Sagitário Centauro estava a comandar
o horóscopo solar
de Circe Irinéia,
a Pensante Plebéia.

E foi nesse dia,
de muita magia,
de Estrela-Guia,
que a Circe Maria
viu uma porta ondeante
ante seus olhos, brilhante!,
uma porta de espantar!,
de muito sarapintar!,
e, sem pestanejar,
sem imaginar
o provável poder do azar,
a Circe Esquisita
quis por ela passar,
pois era uma porta bendita,
meio interdita,
localizada no cogito infinito do repensar,
e Circe Aquarela
Muito Amarela,
às vezes, Barrela,
de cor simples, singela,
corzinha aguada,
cenrada,
coada,
um tanto decoada,
querendo, animada,
ser Dourad’Afamada,
quis através dela
o outro extremo alcançar,
de certo, airosa!,
garbosa e honrosa,
mui curiosa,
imaginosa,
por ver, ansiosa,
desejosa,
o lado oculto,
jamais estulto!,
do Bom Sonhar.
No Anno da Graça de 2005,
um final de novembro estelar,
naquela noite de arrepiar,
Circe Irinéia viu a Grande Porta Inter-Infinita
do Bello Narrar
flutuar
ante seus olhos do Imaginar,
e quis por ela passar!