Para meus leitores, lhes trago um intermezzo de lirismo, uma tradução bilíngüe que lhes preparei de um soneto de Joséphin Soulary, poeta francês, célebre pelos seus sonetos, segundo a crítica, permeados de suavidade e perfeição de formas. (1815-1891). Segue abaixo:


Les deux cortèges


Deux cortèges se sont rencontrés à l’église.
L’un est morne: - il conduit le cercueil d1un enfant;
Une femme le suit, presque folle, étouffant
Dans sa poitrine en feu le sanglot que la brise.

L’autre, c’est un baptême: - au bras que le défend,
Un nourrissson gazouille un e noçte inedécise,
Sa mère, lui tendant le dux sesin qu’il épuise,
L’embrasse tout entier d’un reard triomphant.

On baptise, on absuot, e le temple se vide,
Les deux femmes alors, se croisent sous l’abside,
Échangent um coup d’oeil aussitôt détourné

Et, merveilleux retour qu’inspire la prièrer,
La jeune mère pleure e regardant la bière,
La femme que pleurait sourit au nouveau-né!

Os dois cortejos


Na igreja. se encontram dois cortejos
Um é triste: - leva de um criança. o pequeno caixão;
Segue-o, quase louca, uma mulher
No peito em fogo abafando o soluço que a quebranta.

O outro é um batismo: - apoiada ao braço materno
Balbucia uma criancinha uma nota indecisa.
A mãe, estendendo o doce seio que a criancinha esvazia,
Com um olhar triunfante envolve-a por inteiro.

Batizam-na, absolvem-na, e o templo se esvazia.
As duas mulheres, logo após, se cruzam sob o ábside,
Um olhar trocando e logo desviado;

Maravilhosa recompensa é aquela que prece inspira,
Chora a jovem mãe ao olhar para o pequeno caixão,
Para a criancinha que ao mundo vinha, sorri a mulher que chorava!