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[Flávio Bittencourt]

Rússia, 1917: bengalas magníficas transferidas para o museu

Na revolução dos bolcheviques, em 1917, os bastões de marcha que (DESESPERADAMENTE!) não conseguiram fugir para o exterior, se lindos, ficaram melancolicamente para o Estado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANIMAL IMAGINÁRIO SAINDO DÁGUA:

jogo de unicórnios de saltar e voar 

(http://dallianegra00.blogspot.com.br/2012/03/unicornios.html)

 

 

 

 

HAICAI DO DIA:

 

De marfim de narval

a bengala p´ra mim.

Só se for aquela.   

 

(Flávio Bittencourt,

hoje)

 

 

 

 

narval o ballena unicornio

[A BALEIA NARVAL NÃO É

UM ANIMAL IMAGINÁRIO COM

CUJA PRESA SE FAZ BENGALA

DE ALTÍSSIMO LUXO (HOJE,

PEÇA DE MUSEU), o que

absolutamente não quer 

dizer que não exista cabo de

bengala chiquérrimo feito

com a representação escultórica

de um animal imaginário, terrível,

de mares longínquos e perigosos,

para os lados da China e do Japão

- ou  das águas frias em torno

do Círculo Polar Ártico, não sei],

Youtube:

Enviado em 08/08/2011

Ballena unicornio 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.amazon.com/Jan-Waclaw-Machajski-Intelligentsia-Socialism/dp/0822985144

 

 

 

 

"(... ) Para alguns, como o revolucionário anarco-marxista Jan Wacław Machajski, atuante naquela época, [A TOMADA DO PODER, NA RÚSSIA, EM 1917, PELO PARTIDO POLÍTICO BOLCHEVIQUE] foi um golpe de Estado e não uma revolução dos trabalhadores. Esta teoria seria defendida por várias tendências políticas de esquerda não-bolchevista e por alguns historiadores. Para outros, os adeptos e seguidores do bolchevismo, a tomada do poder significou a implantação do socialismo na Rússia (...)"

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Bolchevique)

 

 

 

17.1.2013 - Focinho de porco não é TOMADA DO PODER - E golpe de estado não é revolução. (Resta pesquisar, agora, se Jan Waclaw Machajski considera que a grande Revolução Francesa foi só um golpe de estado!)  F. A. L. Bittencourt ()

 

 

BLOG DO NOBLAT -

"Enviado por Ricardo Noblat - 29.11.2012 | 12h00m

Obra-Prima do Dia - Objetos de Arte

Família Yusupov - (Semana das Bengalas)

Depois da revolução de 1917, a coleção do Hermitage cresceu consideravelmente, já que o que pertencia aos membros da nobreza de S. Petersburgo, e que não puderam carregar com eles para fora do país, passou a ser do Estado.

Alguns dos itens mais interessantes da coleção de bengalas do Hermitage pertenceram à família dos Príncipes Yusupov – cerca de 200 bastões, dos séculos 18 e 19. Os materiais eram muito variados e a qualidade dos artesãos até hoje é inigualável.

Segundo o site do Hermitage, os detalhes são preciosos – a beleza das peças, o bom gosto, a delicadeza e a durabilidade das bengalas dos Yusupov atraem muitos visitantes para as vitrines onde estão em exibição.

 

 

Bengala da criatura fantástica
Feita de junco espanhol, essa bengala tem um furo para o cordão que facilitava a vida do usuário. Sua ponteira é em metal trabalhado. Mas é o cabo que chama a atenção: em jaspe castanho, esculpido na forma de uma criatura fantástica, cabeça de cão, cauda e asas pressionadas junto ao corpo.
Feita parte na Itália e parte na Rússia, na segunda metade do século 18, mede 103 cm.
Pertenceu ao Príncipe Nikolai Yusupov.

 

 

Bastão de ébano
O cabo tem a forma de uma sereia – uma criatura com um turbante na cabeça e a cauda voltada para baixo. Ao longo do bastão, cenas em relevo de uma caçada num campo dourado; um homem com um cachimbo na boca segura dois ursos numa corrente; um caçador senta-se sob um toldo e atira contra um cervo que passa correndo; no meio das plantas um cupido e um cachorrinho. (Atenção; não se vê tudo, eu não estou maluca e essa é a descrição do curador do Hermitage...)
Feita em Tula, Rússia, em 1760. Mede 113 cm.
Pertenceu ao Príncipe Nikolai Yusupov.

 

 

A bengala Narval
O corpo desse bastão é a presa de um narval (da família dos cetáceos, baleia rara do Ártico). Essas presas são raríissimas, mas essa então, por ser ligeiramente enviezada, é única. Seu cabo, em marfim esculpido e preso ao corpo do bastão por um anel de metal, tem a forma da mão de um homem que usa uma aliança de casado e segura com força o pescoço de um leão. A marca do fabricante, Cramer, St. Petersburgo, é bem visível.
É peça do final do século 18 ou do início do século 19. Mede 96 cm.
Pertenceu aos Príncipes Yusupov.

 

A família russa Ysupov é antiquíssima. Descendem dos Khans do século 10 e nos séculos 18 e 19 eram conhecidos por sua extraordinária fortuna, filantropia e coleções de arte. O casal Nikolai e Tatiana (fotos abaixo) foi quem deu origem à coleção de bastões de caminhada que hoje é acervo do Hermitage. O bisneto do casal, príncipe Felix, ficou muito conhecido por estar envolvido no assassinato de Rasputin. Exilou-se na Crimeia após esse crime. Quando da revolução de 17, voltou a São Petersburgo e fugiu com a família para Malta e depois para Paris levando dois Rembrandts e as joias da família. Morreu no exílio.

 

Retrato príncipe Nikolai Yusupov (1751–1830)
(Por Johann Baptist von Lampi the Elder)

 

Tatiana Vasilievna von Engelhardt Yusupova (1769-1841)
(por Cristina Robertson)

 

Acervo Museu Hermitage, São Petersburgo"

(http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/11/29/familia-yusupov-semana-das-bengalas-477032.asp)

 

 

 

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"Jan Waclav Makhaïski – Le marxisme en Russie (1900)

La force sociale dont la dissimulation constitue la première tâche du marxisme — l’intérêt de classe de la société cultivée au moment du développement de la grande industrie, l’intérêt de classe des serviteurs privilégiés, des travailleurs intellectuels dans un État capitaliste — se manifeste avec une ardeur et une force originales dans la Russie bourgeoise.

Le mouvement révolutionnaire russe est passé au cours des trente dernières années par deux extrémités, à première vue tout à fait opposées : des espérances les plus vives et des plans les plus grands de transformation sociale complète, il est parvenu aux limites extrêmes du possibilisme social-démocrate, qui repose sur la conviction que la transformation sociale complète ne se réalisera que dans «les siècles à venir».

Bien que le socialisme national russe des années 1870 soit parvenu jusqu’à la plus incroyable utopie — qu’il a d’ailleurs laissée en héritage aux rétrogrades déclarés, aux populistes russes ultérieurs — il fut néanmoins la conséquence directe de l’idée socialiste propagée auprès de la classe ouvrière en Occident. S’il se réduisait à la transformation de la commune rurale russe en une organisation socialiste, c’est qu’il avait directement emprunté son entreprise utopique à la propagande de l’Internationale, appelant la population des campagnes à former des associations communistes ; ainsi que des résolutions marxistes qui exigeaient de l’État le transfert des terres communales, du clergé et de la Couronne, aux mains des associations de travailleurs et l’interdiction de leur vente à des particuliers. (Cf. la résolution du congrès des sociaux-démocrates-marxistes de Stuttgart, en 1870 ; voir aussi Meyer, La Lutte émancipatrice du quart-État.)

Enfin le socialisme scientifique, avec Marx, reconnut directement possible et adéquate la tentative du socialisme russe de transformer la commune rurale en une association socialiste ; la tentative «que font les Russes afin de trouver pour leur patrie une voie de développement différente de celle que l’Europe occidentale a suivie et suit».159 Possibilité soulignée également dans la préface de Marx à l’édition russe du Manifeste communiste (1882) : «Le Manifeste communiste avait pour tâche de proclamer la disparition inévitable et imminente de la propriété bourgeoise moderne. En Russie cependant, à côté du bluff capitaliste en plein épanouissement, et de la propriété foncière bourgeoise, en voie de développement, nous voyons que plus de la moitié du sol est la propriété commune des paysans.

«Dès lors, la question se pose : l’obchtchina russe, forme de l’archaïque propriété commune du sol, pourra-t-elle, alors qu’elle est déjà fortement ébranlée, passer directement à la forme supérieure, à la forme communiste de la propriété collective ? ou bien devra-t-elle, au contraire, parcourir auparavant le même processus de dissolution qui caractérise le développement historique de l’Occident ?».

Si les socialistes des années 1870 rêvaient d’atteindre le régime socialiste par la voie de la lutte de la société russe d’avant-garde — l’intelligentsia russe — cette utopie s’accordait tout à fait avec la propagande de l’Internationale, appelant à la lutte prolétarienne tous les «travailleurs intellectuels», dont les curés et les officiers ; l’idée d’une république «sociale-démocrate», en tant que «but commun» des ouvriers et de la «société civile», s’accordait également avec la conception des marxistes allemands de l’époque.
Par conséquent, les péchés du socialisme national russe s’avèrent être également ceux du socialisme scientifique. C’est pourquoi le parti ouvrier social-démocrate russe, ne reconnaissant pas ce péché, mais désirant être le fidèle adepte du socialisme scientifique, déclare dans son manifeste de 1898 qu’«en tant que tendance socialiste, il poursuit les traditions de tout le mouvement révolutionnaire précédent en Russie».
[…] L’aspiration de la société cultivée russe à ne pas donner à la «poignée de capitalistes» et à leur défenseur, l’absolutisme, la possibilité de concentrer entre leurs mains le profit sans cesse croissant, a engendré l’utopie populiste et son cortège de «préjugés», qui n’ont pour but que de faire participer le «peuple russe socialiste uni» à la lutte pour les intérêts de la société cultivée. L’utopie consistait en ce que l’intérêt de l’intelligentsia, qui vit sur le compte de l’exploitation de la classe ouvrière et aspire à instituer pleinement ce droit dans une société de classes, fût reconnu comme une force socialiste voulant la disparition de cette dernière.

Le marxisme russe partage encore cette utopie, bien qu’il ait détruit les préjugés populistes. Quoique la social-démocratie soit obligée de reconnaître qu’avec le développement du régime capitaliste, l’intelligentsia tente de se démarquer de la révolution, ou bien, comme le dit Kautsky, que le prolétariat instruit devient «à la suite de sa diversité, incapable de lutter contre le capitalisme», malgré cela et sur la base de la thèse marxiste selon laquelle le savoir est une force de travail, l’intelligentsia ne participerait pas à l’exploitation. De cette façon, le marxisme lui garantit un large horizon pour faire reprendre par la classe ouvrière ses propres aspirations, sous l’aspect des axiomes infaillibles du «socialisme scientifique».

Voilà pourquoi le manifeste du parti ouvrier social-démocrate russe pouvait à bon droit revendiquer le mouvement socialiste russe antérieur. La force qui refrène la révolution sociale continue de dominer le mouvement révolutionnaire russe, tout autant qu’à l’époque du populisme. Elle refrénait alors la force révolutionnaire insurrectionnelle, le mouvement prolétarien, sous prétexte de la non-viabilité du capitalisme en Russie ; maintenant elle continue de le freiner sous prétexte du sous-développement du régime bourgeois russe.

[…] Après la reconnaissance de la force révolutionnaire effective, c’est-à-dire des intérêts prolétariens, les intérêts de la société cultivée et leur promotion ne peuvent être atteints que par l’instauration d’«étapes» dans la lutte prolétarienne. Il faut convaincre l’ouvrier de l’infaillibilité de la vérité du socialisme scientifique, ainsi que de la nécessité pour son émancipation d’un degré de développement social tel qu’il signifierait pour la société cultivée l’avènement de sa domination.

[…] Dans la même mesure qu’elle rencontrait des difficultés insurmontables avec «l’ignorance des ouvriers russes», la social-démocratie ressentait, et de plus en plus, sa victoire dans la pensée de l’intelligentsia russe. Les seuls obstacles étaient les néfastes préjugés populistes, qu’il était si difficile d’écarter des têtes de la société d’avant-garde. Cependant, la social-démocratie était persuadée qu’une fois cela accompli, sa domination sur la pensée de la société libérale serait garantie et qu’alors des masses entières de l’intelligentsia russe deviendraient complètement marxistes, et du même coup complètement «prolétariennes». La destruction des préjugés populistes apparaissait comme la première obligation, il fallait donc œuvrer dans ce sens de toutes ses forces, sans condition, avec qui que ce soit et de toutes les manières possibles. C’est pourquoi lorsque les Remarques critiques de Struve donnèrent le signal de l’offensive contre les populistes, les marxistes orthodoxes ne supposèrent même pas qu’il leur fallait se soucier de la différence entre les «intérêts prolétariens» et ceux de M. Struve. De cette façon, le publiciste qui devait bientôt sans aucune cérémonie piétiner tout le «matérialisme dialectique», la théorie de la valeur du travail, ainsi que tous les autres «enseignements doctrinaires de l’orthodoxie», fut considéré, après son passage à «un point de vue strict de classe», comme le père du marxisme russe contemporain.
Le marxisme russe, ayant évité avec bonheur toutes les formes erronées du marxisme, du genre blanquisme marxiste du parti polonais «le Prolétariat», a atteint, heureusement, son expression présente. Il s’avéra que cette expression infaillible n’était pas une doctrine révolutionnaire clandestine, mais la tendance officielle des publicistes et scientifiques russes, susceptibles de développer toutes leurs thèses fondamentales sous les yeux des censeurs tsaristes.

Selon l’analyse de Struve, le marxisme est avant tout une vérité objective, à la lumière de laquelle peuvent et doivent, comme l’a dit ensuite Novus (le même Struve) dans Novoïé Slovo, s’éclairer les différents intérêts sociaux.

«On peut être marxiste, sans être socialiste […] les prévisions de Marx ne sont pas obligatoires pour un savant marxiste […]», au contraire «le marxisme coupe les ailes aux rêves enflammés du socialisme» (Remarques critiques, de Struve).

Voilà avec quelles motivations Struve est devenu le père du marxisme russe.

[…] Il découle du marxisme strictement scientifique de Struve que tous les malheurs de la Russie viennent de son capitalisme sous-développé, de la pauvreté du pays. Les famines épidémiques sont le résultat de ce que le «paysan russe produit très peu de blé», en utilisant des instruments primitifs. Le développement de la culture agricole est indispensable, il aura des conséquences bénéfiques pour toute la paysannerie russe. En comparaison des ressources du pays, de la «capacité de son territoire», insuffisamment utilisé à cause de l’existence d’une économie naturelle, la croissance de la population est trop forte, elle ne peut mener qu’à la surpopulation ; ce serait différent avec le capitalisme. (Selon l’analyse de Struve, Marx ne contredit en rien la loi fondamentale de Malthus.)

Du fait que le progrès «social» suit inévitablement le progrès «économique», les indications fondamentales d’une «politique raisonnable» seraient les suivantes : «La Russie doit devenir un pays capitaliste riche», et l’auteur du livre oppose aux plans politiques des populistes conformes aux bases spécifiques du pays sa politique pro occidentale d’européanisation inconditionnelle de la Russie.
Le marxiste orthodoxe Touline s’est mis à démontrer dans ses Matériaux, que tous les malentendus suscités par les Remarques critiques, proviennent de ce que leur auteur n’expose pas complètement ses thèses, fondamentalement marxistes sans aucun doute possible. On peut parvenir aux conclusions essentielles de Struve sur l’avènement souhaitable et la pleine légalité du capitalisme, sans quitter un point de vue de classe conséquent. Voilà que Touline se met à «exposer jusqu’au bout», à «compléter» les pensées de Struve, afin qu’elles aboutissent à une «idéologie sûre de producteur libre». Par exemple, il convient de démontrer qu’il faut sans faute aspirer au progrès de la culture agraire. On ne peut affirmer qu’elle soit bénéfique au «paysan», car la paysannerie se divise en deux classes : la bourgeoisie rurale et les prolétaires, les exploités qui ne possèdent qu’un cheval. Ce n’est pas la peine de démontrer à la première les bienfaits du progrès capitaliste ; en ce qui concerne les seconds, il convient de dire d’un point de vue de classe ce qui suit : ce progrès leur est souhaitable, car il les rend «prolétaires libres comme un oiseau», il éveille leur intelligence (le même argument que «l’idéologue populiste»), et leur découvre les relations sociales réelles. Il serait bon que Touline examinât de plus près la situation de ceux qui sont transformés en «prolétaires libres comme un oiseau» ; d’autant plus qu’ils ne le deviennent qu’en tant que vagabonds et lumpenprolétaires, ce que Touline, en tant que marxiste, ne doit pas tellement apprécier. En ce qui concerne les «idéologues populistes», Touline n’a pas encore discerné, dans leur obstination populiste, leurs intérêts et il suppose que l’esprit noble des professeurs et publicistes russes n’est, malheureusement, assombri par les préjugés populistes que parce qu’en effet il y a, en Russie, trop peu de «prolétaires libres comme des oiseaux» ; si peu que beaucoup d’idéologues russes ne peuvent même pas remarquer leur existence.
D’une façon générale, la venue souhaitable et la pleine légalité du capitalisme doivent se démontrer non pas par elles-mêmes, continue Touline, mais uniquement parce que le capitalisme crée lui-même ses fossoyeurs et constitue les prémisses d’un régime social plus parfait.
[…] Struve a adopté un point de vue de classe, et tous les marxistes en Russie se sont mis d’accord sur les causes des famines endémiques en Russie : le régime capitaliste de classes n’y est absolument pour rien. Même dans le rapport des sociaux-démocrates russes au congrès de Londres, il a été dit, entre autres, qu’il était tout à fait réactionnaire de voir comme cause des famines russes le développement du régime capitaliste. Nous trouvons des explications circonstanciées d’un «point de vue de classe» des famines dans le numéro de septembre de la revue Novoïé Slovo.

«Les uns, comme Nicolas-On, voient la cause de la chute de l’économie paysanne dans le développement de la forme capitaliste de la production en général et dans le domaine de l’agriculture en particulier. Comme si le capitalisme avait créé les méthodes arriérées de production, comme la charrue antédiluvienne qui a été héritée du servage. Comme si le capitalisme avait été la cause de l’expropriation de la paysannerie, contenue dans l’acte d’émancipation. Comme si le capitalisme avait créé le surpeuplement, relevé dans nos études, sous un terme assez euphémique d’insuffisance de terre, qui pousse la population rurale à fuir ses foyers pour aller où elle peut, c’est-à-dire à l’usine, à la ville, en Sibérie. Nous sommes ici en présence, en partie de causes naturelles (croissance de la population), en partie de causes historiques (l’héritage du servage), tout ce qui doit être vaincu par le développement du capitalisme rural […]. Lorsque la Russie sera devenue un pays au capitalisme réellement développé et qu’elle se sera débarrassée de son image et de sa caractéristique “d’économie naturelle”, alors les famines cesseront en Russie» (p. 268-269).
[…] Pour un «véritable» marxiste, le «capitalisme», ce n’est pas le régime capitaliste contemporain, mais quelque chose d’idéal : «une grande industrie capitaliste» en soi ; toute la vie sociale qui se réalise en dehors d’elle est caractérisée en tant que relations non capitalistes. Apparemment, les populistes qui distinguaient la production capitaliste de la production populaire ont créé, par leur voie originale, une prémisse au «véritable marxiste», et leurs travaux scientifiques ont trouvé une utilisation insoupçonnée.
Cependant, les véritables marxistes ne sont pas toujours aussi naïfs lorsqu’il faut répondre à la question délicate de savoir qui est responsable des famines russes endémiques.

Il semblerait que toutes les raisons avancées par l’article de Novoïé Slovo, comme causes des famines russes : «l’insuffisance de terre, le surpeuplement, la fuite vers la ville, à l’usine ou en Sibérie», constituent des nécessités pour le capitalisme russe, non pas celui qui n’est pas encore parvenu à maturité, mais celui, idéal, que préconise Novoië Slovo. En l’absence de marchés extérieurs, ces conditions sous-développées sont pour ainsi dire le salut du progrès capitaliste. Ces conditions sont aussi une chance pour M. Struve en ce sens que sans elles, il se serait mis d’accord avec Rattner sur la nécessité d’un marché extérieur, puis reconnaissant l’insuffisance de main-d’œuvre dans l’industrie russe, il aurait alors indiqué, avec l’accord de toute la société patriotique russe, à quel endroit il faut trouver de nombreux et laborieux coolies pour l’industrie russe. Ainsi, les calamités populaires qui conduisent aux famines endémiques forment un phénomène indissociable du progrès capitaliste en Russie. «On ne peut attendre la délivrance de ces famines — écrit toujours Novoïé Slovo — uniquement du développement ultérieur du capitalisme, qui détermine à son tour le développement des forces productives, c’est-à-dire la croissance de la productivité du travail agraire, lequel ne parvient pas actuellement à nourrir l’agriculteur lui-même» (p. 270).
Les marxistes «véritables» produisent un tel brouillard à l’aide des formules du socialisme scientifique, que des phénomènes dont le sens serait évident pour un enfant se retournent en faveur du progrès capitaliste salvateur.

S’il faut considérer la question de savoir si le travail de l’«agriculteur» russe actuel peut le nourrir lui-même, il faut alors, avant tout, voir que la Russie est un pays exportateur de blé, ce qui est un fait. La Russie exporte du blé même durant les famines endémiques, c’est-à-dire que la «Russie» déclare que si des centaines de milliers d’agriculteurs russes, n’ayant pas de pain, meurent de faim, cela ne signifie nullement qu’elle produit moins de blé qu’il ne lui en faut. Tout au contraire, pendant que des centaines de milliers d’«agriculteurs» russes périssent, faute de pain, le pays possède des excédents de blé qu’il doit échanger contre d’autres biens, dont il a réellement besoin. Quels sont donc ces biens et quels en sont les consommateurs ? Voilà pourquoi le «véritable marxiste» crée la fameuse formule apaisant la conscience de l’«individualité pensante», afin que celle-ci ne se préoccupe pas trop de l’examen du sens des «catastrophes populaires» : le but de la production capitaliste n’est pas la consommation, mais la production, le développement des forces productives, qui seul peut créer pour l’avenir la possibilité d’un régime social plus juste.

Le «véritable marxiste» oublie avant tout que le régime capitaliste est un régime de classes, et qu’il ne peut y avoir que la science, appelée à justifier ce régime, qui puisse parler d’une consommation sociale nationale. Même des horreurs telles que les famines russes ne peuvent lui rappeler que la loi de la domination de classe a toujours instauré deux aspects de la «consommation sociale» : celle des exploiteurs et celle des exploités. Cette loi se résume ainsi : sous n’importe quelle forme de régime de classes, la production a pour but la consommation des classes dominantes. La forme capitaliste, amenant le régime de classes à son apogée, applique cette loi à la perfection. Là où les «contradictions capitalistes» parviennent elles-mêmes à leur apogée, c’est-à-dire en Russie, cette loi se révèle sous l’aspect des famines russes endémiques.

Conformément à cette loi, avant de sauver la vie des masses d’esclaves, la force ouvrière, il convient de satisfaire tous les caprices de ceux qui sont appelés à dominer, c’est-à-dire de toute la société bien née et bien éduquée.

Lorsqu’on compare la Russie à l’Europe, il n’est évidemment pas difficile de constater le sous-développement de la première. Cependant, le «véritable marxiste» s’est imaginé que la conscience de ce sous-développement n’est pas accessible à l’intelligence du commun des mortels ; qu’elle ne peut être que l’apanage des «idéologues prolétariens» : les marxistes. En se représentant toutes les classes dirigeantes prises dans l’étau des préjugés populistes, il s’imagine quelquefois que son slogan d’«européanisation de la Russie» est quelque chose à quoi personne n’a jamais pensé, que c’est de cela que découleraient donc toutes les catastrophes de sa «patrie». Il est sûr, pour cette raison que ce slogan est en lui-même la «résolution de la question sociale» en Russie, alors qu’il a, en fait, complètement oublié en quoi consistait cette question.

Il ne lui vient absolument pas à l’esprit que la «question sociale» russe consiste justement en ce qu’une chose aussi belle que l’«européanisation de la Russie», souhaitée évidemment par tous les patriotes russes, ne peut se réaliser que parce que des milliers de gens périssent chaque année.

«On ne pourra se délivrer des famines endémiques en Russie que par le développement de la culture occidentale», enseigne le marxisme. Regardons le «développement de la culture capitaliste» du côté où les poncifs marxistes ne nous conduisent pas. Le développement de la culture capitaliste en Russie y suppose le développement d’une science nationale, l’inventaire par cette science de toutes les richesses naturelles du pays, puis l’application de toutes les inventions techniques les plus récentes à l’exploitation de ces richesses ; par conséquent, l’acquisition par la nation russe des connaissances correspondantes.

Toutefois, la diffusion et l’acquisition des connaissances dans un régime de classes ne revient pas à les répartir entre les gens en général. La culture reste la propriété exclusive de la société dominante, ce grâce à quoi d’ailleurs elle domine. L’acquisition et la diffusion des connaissances de la science capitaliste mènent toujours, pour cette raison, à un résultat diamétralement opposé au sens que pourraient prendre la découverte et l’utilisation par l’homme des mystères de la nature. Bien au contraire, elles ne tendent qu’à développer au maximum le démembrement en classes de la nation contemporaine, laquelle se répartit en société «cultivée» et dominante, d’une part, et en une majorité condamnée à l’esclavage du travail physique, d’autre part. On peut observer que plus un pays capitaliste est développé, plus ce clivage devient évident.

Avec le développement de la production de la grande industrie capitaliste, celle-ci devient aussi mystérieuse à l’ouvrier — ramené à la fonction d’appendice de la machine — qu’ont toujours été pour lui les sciences philosophiques abstraites et tous les méandres de la politique et de l’administration. Ces mystères ne sont accessibles qu’à la minorité instruite et à sa descendance.

Le développement de la culture capitaliste détermine la croissance de l’armée des travailleurs intellectuels, mercenaires privilégiés de l’État ; puis celle de la société cultivée, laquelle dans une société de classes est impensable sous une autre forme que celle d’une classe privilégiée, dominante, et utilisant tous les fruits du développement de la productivité du travail national.

La culture capitaliste ou bien son porteur, la société cultivée dirigeante, même si elle atteint un haut degré d’évolution, ne peut mieux faire, en ce qui concerne la suppression des famines russes endémiques que trouver pour une partie de ses esclaves, périssant actuellement de faim, en masse, un emploi juste suffisant pour conserver en vie leur force de travail. L’autre partie, selon le modèle de l’Europe occidentale, sera laissée dans la situation actuelle, pour créer une «armée industrielle de réserve permanente, nécessaire au progrès capitaliste». Mais avant même de jouer ce rôle si modeste, la culture capitaliste crée au préalable le parasite : la société cultivée n’est rien d’autre qu’une couche privilégiée, et son seul «service» social consiste à consommer le profit national. Ses privilèges se retrouvent à tous les degrés de la vie nationale, à tous les rangs de son organisation hiérarchique, et doivent être inconditionnellement satisfaits à chaque instant, indépendamment du nombre de morts de faim que cela peut coûter.
La garantie de ce parasitisme de la société cultivée relève de la responsabilité fondamentale de l’État contemporain, représente sa tâche essentielle. Selon toute apparence, l’absolutisme russe a réussi à mettre au point un système assez satisfaisant de garantie des privilèges de la société cultivée et, ce qui est plus important, il promet pour l’avenir une satisfaction encore plus grande, car en tant que puissant État, il espère avec juste raison une énorme croissance du revenu national. C’est pour cela que la tendance la plus avancée et la plus radicale de l’intelligentsia russe, le marxisme contemporain, qui souhaite un perfectionnement ultérieur de ce système de garantie, recommande à tous de considérer les catastrophes populaires, les famines endémiques russes, comme des phénomènes dont personne n’est responsable et qui découlent des lois immuables du développement naturel ; de les considérer comme des phénomènes qu’aucun effort humain et par conséquent qu’aucune révolte des masses exploitées, ne pourrait supprimer.

La joyeuse sensation éprouvée par la société cultivée au vu de la croissance du revenu national, c’est-à-dire de ses moyens d’existence parasitaire, se reflète dans la tête de ses représentants d’avant-garde, les «véritables marxistes», comme le développement ultérieur si souhaité du capitalisme en Russie, malgré ces terribles famines.

De manière semblable à celle des marxistes subjectivistes, les populistes relèvent le plus soigneusement possible la plus petite phrase écrite jadis par Marx en faveur de la conception selon laquelle la société cultivée est en état de détruire les «contradictions du régime capitaliste», et que la société russe peut les conjurer. De la même façon, les «véritables marxistes» n’ont laissé passer aucune ligne du «maître», qui puisse servir à prouver la légitimité du capitalisme.

Tougan-Baranovsky apparut à côté de Struve comme un autre père fondateur des «véritables marxistes», avant d’être également accusé de «trahison du marxisme», en 1899. Lorsqu’il déclara publiquement au monde marxiste l’existence d’une plus-value qui ne provenait pas de l’exploitation des ouvriers, mais de la simple estimation, indispensable dans toute économie humaine, de la «productivité des instruments de travail», de la «productivité des forces de la nature», de l’estimation de la «rareté des biens», on aurait pu croire que les orthodoxes mèneraient une lutte acharnée contre l’hérétique. Or, malgré le nombre infini d’articles critiques sur sa «trahison», pas un orthodoxe n’indiqua, même en passant, l’atout maître de l’hérétique. Cet atout, exposé dans son fameux article de Naucnoié Obosrénié (mai 1899), provoqua la panique chez tous les marxistes. Il consistait en ce que l’enseignement de Marx sur la répartition du produit social induit tout à fait «automatiquement» une conception de la valeur qui ne serait pas créée par une dépense de travail, mais s’avérerait «utile par son emploi», «ne coûtant rien à personne» Marx). Cette valeur n’attendait que la naissance des bernsteiniens, qui affirment qu’elle est créée par les machines, par la nature ou bien par la «rareté des biens». Cet atout reste entre les mains de Tougan-Baranovsky ; l’hérétique sait bien que même les orthodoxes, ses ennemis, feront leur possible pour qu’il ne soit pas découvert et qu’il puisse continuer d’agir avec autant de succès que jusqu’à présent.
Soupçonner Marx ? Pour rien au monde ! Il vaut mieux que se réalisent tous les rêves des bernsteiniens, plutôt que d’élever un doute sur la pureté et l’infaillibilité prolétariennes de Marx. Sinon — n’est-ce pas messieurs les orthodoxes ? — qu’adviendrait-il de notre propre pureté prolétarienne, si elle était mise en doute chez Marx lui-même ?

[…] Les marxistes populistes demandent où va se fourrer la plus-value nationale sans cesse croissante. Voilà des gens peu perspicaces, s’exclame Illine avec mépris. Il a, comme tout néo-marxiste orthodoxe, une réponse déjà prête — pour chaque classe, pour tous les pays. Ce qui lui vaut, apparemment, une plus grande gratitude qu’au disciple populiste, de la part du consommateur de la plus-value nationale — la société bourgeoise cultivée russe — dont l’existence reste enveloppée d’un voile impénétrable par l’enseignement marxiste. Le néo-marxisme enseigne que le profit national en Russie se transforme en capital constant national, qu’il est consacré à l’acquisition de nouveaux moyens de production, au développement des prémisses d’un régime futur plus juste. La réponse du néo-marxiste réunit de cette manière, en soi tout à fait correcte, comme toujours, une haute impartialité et l’autorité d’une science objective, jointes à l’impétuosité débridée du «prolétaire». Le néo-marxiste répète inlassablement que, dans la production capitaliste, la contradiction entre la production croissante et la consommation, peu ou pas du tout croissante, augmente sans cesse. Cette contradiction, qui augmente donc, sert de preuve et de garant du caractère transitoire du mode de production capitaliste, et cautionne son passage inéluctable vers une forme sociale supérieure Ainsi, grâce à l’orthodoxie d’Illine, l’enseignement de Tougan-Baranovsky se trouve embelli et encouragé. Sous cet aspect, il se réduit finalement à ce qui suit : les terribles famines russes sont inévitables, parce qu’étant donné le caractère sous-développé de la Russie, et dans l’intérêt du futur régime socialiste, il est indispensable de construire le plus possible de fabriques et d’usines.

Le but de la production capitaliste consiste à développer les forces productives jusqu’à ce qu’elles atteignent une importance incompatible avec les rapports sociaux contemporains. La production capitaliste tend irrésistiblement vers ce but, vers le passage à une forme sociale supérieure. Cependant, il faut reconnaître que, parfois, elle s’éloigne capricieusement du droit chemin.

Dans sa dernière étude polémique contre Bernstein, Kautsky nous informe que le pays capitaliste le plus avancé, l’Angleterre, qui était auparavant l’atelier de la grande industrie capitaliste, et poursuivait partout dans le monde la conquête de marchés afin de réaliser sa plus-value, propageant ainsi en tout lieu la culture capitaliste, cette prémisse du régime socialiste, que l’Angleterre donc, s’est soudainement transformée en une simple maison de commerce, en un dépôt d’argent. Puis, et c’est le plus important, l’Angleterre, d’atelier qui ne trouvait pas chez elle de consommateur du profit national, s’est soudainement transformée en une sorte de Tiergartenviertel à l’égard de ses colonies, soit en consommateur de la plus-value, prélevée non pas seulement dans ses propres îles, mais aussi dans toutes ses colonies. Cette tentative de caractériser le rôle historique du capitalisme se limite bien sûr chez Kautsky,exclusivement à l’Angleterre, car son attitude lui est dictée par le patriotisme, lequel exige pour l’Allemagne une légitime participation à l’hégémonie industrielle sur le marché mondial, à égalité avec l’Angleterre.

L’Allemagne est éloignée de la situation de l’Angleterre actuelle, elle ne fait encore qu’y aspirer. Kautsky ne peut évidemment pas le reconnaître. Toutefois, un marxiste russe quelconque, disons Plékhanov, soupçonnant que le «prolétariat allemand a cessé d’être révolutionnaire» (cf. son article contre Bernstein dans Neue Zeit) reconnaît, lui, qu’il n’y a pas que l’Angleterre pour s’éloigner du droit chemin ; mais que l’Allemagne le quitte en partie elle aussi.

Tout cela sans que l’orthodoxie puisse périr : ébranlée par le développement de l’Angleterre, elle se sauve en Russie ; sinon qui oserait douter que les innombrables marxistes russes souhaitent le développement du capitalisme pour des motifs autres que socialistes, à des fins non socialistes ?
Le capitalisme est un phénomène légitime, dans la mesure où il développe les forces productives de l’humanité.

Mais précisément, comme il ne tient compte d’aucune consommation et qu’il n’a, comme but unique, que la production en tant que telle, il apparaît être la machine par excellence du développement des forces productives de l’humanité.

Les marxistes parviennent indubitablement à un état d’esprit quelque peu religieux à l’égard du mystère du progrès capitaliste, lequel même s’il se trouve dans une contradiction antinomique, doit quand même être garant d’un avenir meilleur.

Cette religion, créée par la «science nouvelle», ferait bien de prendre en considération quelques vérités que la science s’efforce de dissimuler.

La productivité du travail croit avec la découverte par l’humanité des mystères de la nature. L’humanité doit sa domination croissante sur la nature à l’activité intellectuelle, propre à l’organisme humain.
Comment se comporte à l’égard de cette activité de l’homme la «machine du développement de la productivité du travail» ?

Le régime capitaliste, bien qu’il soit une machine si mystérieuse, ne cesse pas pour autant d’être un régime de classes et n’exprime les lois de ce dernier que sous l’aspect le plus évident et accompli.
Seule une minorité héréditaire élue est appelée à utiliser son intellect. Les autres millions de personnes doivent être privées de la possibilité d’employer leur cerveau ; elles sont condamnées à servir la société par le seul mouvement de leurs organes animaux, la force physique de leurs muscles et l’aspect le plus élémentaire de leur système nerveux exigé pour le travail musculaire ; elles font un travail d’esclaves. C’est pour cette raison que toute la descendance de la minorité privilégiée, que tous ses membres, possèdent des «talents et capacités spéciales». L’intelligence humaine a, dans ce cas, non seulement pour tâche de connaître la nature mais aussi de dominer les esclaves. La domination crée la sphère d’application de l’activité intellectuelle pour toute la descendance de la société cultivée.

Si ses membres sont quelquefois peu gâtés par la nature pour ce qui concerne les «talents et capacités spéciales», on leur trouvera néanmoins un type d’activité leur permettant d’exercer leur suprématie : le soutien à l’organisation sociale «d’ordre et de paix», ou bien la «défense de la patrie», ou bien encore la création et la greffe des principes religieux et moraux nécessaires à leurs esclaves. «L’éducation de la jeunesse» doit être assumée par des personnes privilégiées devant apparaître aux yeux des esclaves comme des êtres supérieurs, doués de talents particuliers innés.

Des sections entières des sciences sociales instituées par l’État s’occupent à élaborer des formules de domination. Grâce à un tel «travail intellectuel», les classes dominantes et le régime de classes continuent à bien se porter.

[…] Tant que la pensée sociale-démocrate continue de dominer la Russie clandestine, le pouvoir d’État peut être tranquille. Il n’est pas naïf au point de voir dans les révolutionnaires russes actuels ceux pour qui ils essaient de se faire passer, c’est-à-dire les représentants de tous les prolétaires russes. Le pouvoir s’est convaincu que les socialistes russes ont abandonné l’idée de la nécessité d’une transformation radicale de la société, du renversement du pouvoir d’État ; puis dans la mesure où les catastrophes nationales ont diminué, le «profit national», qui croît toujours, devient de plus en plus important et raffiné. Le pouvoir connaît la formule sociale-démocrate selon laquelle est considéré comme prolétaire, non pas celui qui n’a pas de moyens pour vivre, mais celui qui ne possède pas les moyens de production et qui est capable de le comprendre (Kautsky dans la Question agraire). Le pouvoir voit que les révolutionnaires, conformément à cette formule, ne mettent en avant que les prétentions minimales des pauvres, dont la «justesse est évidente pour tout honnête homme», qui ne sont donc pas difficiles à satisfaire. Le pouvoir voit que, selon cette formule, le degré d’indigence que nous connaissons avec les famines endémiques n’est pas lié à la situation du prolétariat, que toutes les horreurs de ces famines ne sont pas liées à l’exploitation capitaliste et ne peuvent, par conséquent, influencer les revendications des prolétaires russes, ainsi que la marche et le caractère de la vie révolutionnaire clandestine. Avant que ces affamés n’apparaissent à l’horizon des mouvements grévistes sous l’aspect de «vagabonds», la formule sociale-démocrate les écarte — après les avoir surnommés, et cela depuis longtemps, lumpenprolétaires — afin qu’ils ne gênent pas les perspectives respectables du trade-unionisme russe. Cette formule matérialise le souci que le révolutionnaire russe ne puisse même pas penser à l’explosion du volcan sur lequel repose le régime de classes de la Russie.
Entre-temps, les ouvriers russes se mettent à lutter plus ardemment et font l’apprentissage des mouvements de grèves. La social-démocratie ne veut pas et n’est pas capable de créer consciemment une expression organisée de cette aspiration des masses en lutte. Ses formules, qui représentent l’expression des intérêts du «travailleur intellectuel», freinent cette lutte. Elles lui fixent par force des limites, en expliquant qu’avec les conditions politiques présentes, il ne peut être question que de concessions insignifiantes : les véritables conquêtes ne pourront être réalisées qu’après l’obtention de la liberté politique, au moyen des syndicats et de la lutte parlementaire. La social-démocratie met en avant, comme but de la lutte, la liberté politique, à la suite de quoi la lutte pour les intérêts réels des ouvriers devient secondaire, ne témoignant pas encore de la «conscience de classe» de la masse combattante.

Les ouvriers polonais, qui ont répondu tant de fois à l’appel du 1er Mai, défendent obstinément leurs revendications, et ont toujours clairement déclaré qu’ils veulent faire de ce jour une journée de lutte pour leurs besoins réels. Les ouvriers russes en arrivent au même point. Ce qui n’empêche pas la social-démocratie de transformer ce jour en «fête», en «manifestation», en «défilé de fête» utilisé en Pologne en faveur d’un «État indépendant», et en Russie en faveur d’une Constitution.

Par ses explosions, la masse ouvrière réclame de ses éléments conscients la création d’une organisation de combat qui unirait les différents mouvements, qui pourrait créer un mouvement de masse concerté entre les grands centres, réunis pour défendre toutes les exigences réelles des travailleurs concernant les conditions de leur travail. Une telle organisation de combat est urgente pour les ouvriers ; elle servirait leurs intérêts réels.

Des forces conscientes sortent de la masse ouvrière, entrent dans les organisations sociales-démocrates puis poussent les ouvriers vers les formules des «travailleurs intellectuels», en leur dépeignant, en Pologne, tous les délices d’une «république indépendante», et en Russie, les bienfaits d’un futur parlement.
Une organisation de combat qui servirait les intérêts réels des ouvriers ne pourra être créée que lorsque sera exclue du mouvement la force qui le freine — l’intérêt du travailleur intellectuel — lorsque le mouvement prolétarien sera proclamé non pas lutte des sociaux-démocrates contre «une poignée de capitalistes», mais lutte contre le régime bourgeois, contre la société cultivée dirigeante.

(Jan Waclav Makhaïski, Le socialisme des intellectuels, Textes choisis, traduits et présentés par Alexandre Skirda, Paris, Editions de Paris/Max Chaleil, 2001, pp. 191-208)"

 

 

 

 

===

 

 

 

 

"Narval



 



Estado de conservação
 



Dados insuficientes
 


Classificação científica
 





Reino:
 
Animalia

 


Filo:
 
Chordata

 


Classe:
 
Mammalia

 


Ordem:
 
Cetacea

 


Subordem:
 
Odontoceti

 


Família:
 
Monodontidae

 


Género:
 
Monodon
 Linnaeus, 1758
 


Espécie:
 
M. monoceros

 




Nome binomial
 


Monodon monoceros
 Linnaeus, 1758
 



Distribuição geográfica
 






O narval (do inglês narwhal, narwal; norueguês e dinamarquês narhval e sueco narval) é um mamífero cetáceo (Monodon monoceros), pertencente à família Monodontidae, que também inclui a beluga. O narval é um cetáceo característico das águas frias em torno do Círculo Polar Ártico.
 




Índice

 1 Características e comportamento
 2 Caça
 3 Curiosidades
 4 Referências
 5 Ligações externas
 
Características e comportamento
 
O narval é um cetáceo de grande porte, com 4 a 5 metros de comprimento e cerca de 1,5 toneladas de peso. Tem uma coloração branca e cinza marmórea e é desprovido de barbatana dorsal. O dimorfismo sexual na espécie é bastante pronunciado e manifesta-se no dente incisivo superior esquerdo dos machos, que se encontra enrolado em espiral e que se projeta como um chifre. Este dente é feito de marfim e pode atingir até 3 metros de comprimento, quase de metade do comprimento do animal. A presa do macho do narval é fonte de marfim de valor comercial e constitui um atractivo à caça da espécie. Cerca de um macho em 500 tem duas presas em vez de uma.
 
Uma equipe da Universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA descobriu que a presa forma um órgão sensorial de tamanho e sensibilidade excepcionais, tornando o apêndice um dos mais notáveis do planeta.
 
A descoberta aconteceu quando a equipe passou o material da presa num microscópio eletrônico e descobriu novas sutilezas da anatomia dentária do narval.
 
Os close-ups mostraram que 10 milhões de terminações nervosas saem do centro da presa em direção à sua superfície, em contato com o mundo exterior. Os cientistas dizem que os nervos são capazes de detectar mudanças sutis de temperatura, pressão, gradientes de partículas e provavelmente muito mais, dando ao animal uma percepção única.
 
Como eles têm o costume de erguer as presas no ar, os cientistas imaginam que elas poderiam servir como estações meteorológicas sofisticadas, permitindo que os bichos farejem mudanças de temperatura e pressão ligadas à chegada de frentes frias e ao congelamento de canais em meio ao gelo.
 
Os narvais vivem em pequenos grupos familiares de cerca de 5 a 10 indivíduos, que se reúnem em bandos maiores em zonas costeiras na época do Verão. Nestas alturas estabelece-se uma hierarquização social entre machos, através de lutas que envolvem a presa. Estes animais alimentam-se de bacalhau e outros peixes de águas frias, bem como de cefalópodes. O narval nada com frequência até grandes profundidades em mergulhos que duram até cerca de 15 minutos. A maior profundidade registada foi de 1164 metros e mergulhos até mil metros são comuns.
 
A população actual da espécie está estimada em cerca de 50 000 indivíduos.
Caça
 
Os narvais foram e continuam a ser caçados por causa das suas presas de marfim. Na Idade Média, a espécie foi explorada pelos vikings que colonizaram a Gronelândia e que faziam do marfim de narval uma das principais exportações da colónia para a Europa. Com o desaparecimento da colónia da Gronelândia, o narval passou a ser caçado apenas pelas tribos de inuit, que continuam com esta prática por métodos artesanais nos dias de hoje. Com a colonização do Canadá e o advento dos navios baleeiros, os narvais passaram a ser caçados em massa. Actualmente, a caça é permitida com restrições.
 
[editar] Curiosidades
 
As presas de narvais capturados nas águas do Ártico circulavam por toda a Europa medieval como prova da existência de unicórnios. Tais presas seriam dotadas de poderes mágicos e curativos. Os narvais há muito tempo serviram como principal fonte de alimento para o povo Intuit das regiões árticas. A pele do narval constitui uma importante fonte de vitamina C para esses caçadores devido a escassez de plantações nesta região.
 
Referências
 

[editar] Ligações externas
 Artigo na revista National Geographic (edição portuguesa), Agosto de 2007 (em português)
 





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