Quem tem medo de Roniquito de Chevalier?
Por Flávio Bittencourt Em: 11/02/2010, às 14H55
Quem tem medo de Roniquito de Chevalier?
O jornalista Marcelo Bortoloti também escreveu sobre o saudoso Roniquito.
DR. RONALD DE CHEVALIER, ECONOMISTA
AMAZONENSE RADICADO NO RIO:
previu em monografia científica a falência
do BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO,
ONDE TRABALHAVA
O PAI DE RONIQUITO, DR. RAMAYANA DE CHEVALIER, QUE
ERA MÉDICO E ESCRITOR, PRODUZIU LIVROS SOBRE A AMAZÔNIA
E DISCURSOU PARA GETÚLIO VARGAS QUANDO ESSE PRESIDENTE
BRASILEIRO VISITOU MANAUS
"Capa da 2ª edição do festejado livro de Ramayana
de Chevalier (1909-1972)"
RONIQUITO NO TRAÇO DO
CARTUNISTA JAGUAR
(http://optremdastreze.blogspot.com/2008_11_01_archive.html)
O SAUDOSO RONIQUITO, já um pouco alterado
(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA APOSTA ACIMA,
está, na Web, em:
http://claudiomarm.blogspot.com/2009/11/roniquito-distribuia-sinceridade-e.html)
SCARLET MOON DE CHEVALIER, IRMÃ DO
ECONOMISTA, SOBRE ELE ESCREVEU O
LIVRO CUJA CAPA ADIANTE ESTÁ REPRODUZIDA
(Foto de Scarlet e seu livro
sobre Roniquito de Chevalier:
http://www.terra.com.br/istoegente/371/estilo/estilo_pessoal.htm);
SOBRE ESSA BIOGRAFIA, PODE-SE LER, NA WEB:
"Na virada do século 21 SCARLET lançou pela Editora Rocco “Areias Escaldantes – Inventário de uma Praia”, que considera livro de memórias emotivas, com jeito de crônica à beira-mar. Do Arpoador ao Posto Nove, passando pelo Píer (Dunas da Gal) e Sol de Ipanema, ela dá uma geral no universo praiano do pedaço mais in do nosso balneário. A tanga do Gabeira, o verão da lata, o apitadaço, musas e musos, está tudo lá registrado sob sua ótica leve e solta.
Em 2006, lançou a biografia do seu irmão, o economista Ronald Russel Wallace de Chevalier (1936-1986 ), o Roniquito: 'Dr. Roni e Mr Quito - A vida do amado e temido boêmio de Ipanema' (Ediouro)".
(http://obucaneiroprateado.blogspot.com/2009/06/lua-que-abala.html)
(http://fiteiro.zip.net/arch2007-06-01_2007-06-30.html,
onde consta:
"Foi assim certa noite em 1964, quando bebia com Paulo César Saraceni e Armando Costa num bar de Copacabana. Os três esculhambavam o golpe e as Forças Armadas em altos brados. Numa das mesas próximas havia um grupo de militares que se sentiu ofendido. Estes foram à 13ª Delegacia e convocaram a polícia para prender os difamantes. Armando Costa estava no banheiro quando os policiais chegaram. Ao se aproximarem da mesa, foram desacatados por Roniquito. Levaram Saraceni e ele presos. Armando, saindo do lavabo, tentou ser preso também mas não conseguiu. Na delegacia, embora Saraceni e o delegado tentassem, não conseguiam aplacar a ira roniquitiana. Paulo César ligou para tio Pandiá, que chegou prontamente, conversou com o delegado e convenceu-o a liberar os dois. Conseguiu porque o delegado não agüentava mais o discurso irado de Ronald. Num determinado momento, Paulo César disse que ia embora e levaria o tio Pandiá com ele, para ver se Ronald se acalmava e ia junto. Mas Roni estava tomado de ódio dos militares e continuava sua peroração. Tio Pandiá e Saraceni fizeram menção de partir. Desta vez foi o delegado que estrilou:
- Pelo amor de Deus! Não deixa esse cara aqui não!
PÁGINA 90
Esta história Luiz Carlos Miéle incluiu no repertório dos seus shows.
Roniquito estava no Antonio's, quando chegou uma freqüentadora toda bem-vestida.
Ele perguntou de onde ela estava vindo assim tão chique.
A moça respondeu toda feliz:
- Do Theatro Municipal - e emendou: - Você gosta de Béjart?
Roniquito respondeu:
- Não, eu prefiro Foudet.
A moça ficou rubra de indignação:
- Que grossura! Estou falando do coreógrafo Maurice Béhart!
E Roniquito na maior candura:
- E eu do bailarino Pierre Foudet!
Evidentemente só ele conhecia este profissional da dança.
PÁGINAS 232 E 233"
11.2.2010 - Roniquito era louco? Não, não era, mas ficava alterado quando ingeria bebidas alcoólicas - Ruy Castro escreveu sobre Roniquito (texto contido em ELA É CARIOCA) e Scarlet, a irmã do economista da Tv Globo (ex-BNH) Dr. Ronald de Chevalier - filho do médico e escritor amazonense Dr. Ramayana de Chevalier - produziu uma biografia sobre ele. Episódios de sua atribulada vida vão sendo cada vez mais recontadas. O jornalista Marcelo Bortoloti, por exemplo, não resistiu e também escreveu um artigo sobre Roniquito, a lenda ipanemense que andava. A seguir está o texto "O monstro do botequim", de Bortoloti. [Meu pai, Ulysses Bittencourt, era amigo de infância do pai do Roniquito; ambos mudaram-se para o Rio, onde constituíram famílias; suas respectivas esposas também são amazonenses (Dª Fernanda e Dª Neuza - a primeira ainda vive, a última infelizmente não está mais entre nós); assim é que eu chamava o Dr. Ramayana de TIO RAMAYANA e o Roniquito, ainda pequeno, chamava o meu pai de TIO ULYSSES: isso não é suficiente, contudo, para que eu possa reivindicar a honraria de ser primo de Roniquito, mas, imagino, vale a intenção - e a reverência àquele cientista social, o Dr. Ronald de Chevalier, formado pela Escola de Economia da Universidade do Brasil (depois, UFRJ), cuja monografia de pós-graduação em Economia foi recusada por ser rigorosamente científica: RONIQUITO CONCLUÍU QUE O BNH IRIA FALIR... e, anos depois, o BNH faliu. hahahah] F. A. L. B. ([email protected])
"O MONSTRO DO BOTEQUIM - Marcelo Bortoloti |
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Tudo ia bem naquela mesa do bar Antônio’s, na antiga Ipanema dos anos 60, até Ronald de Chevalier, o Roniquito, começar a se estranhar com o amigo e cartunista Otelo Caçador. |
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Briga de bêbados, e como tal, sem motivo aparente nem conseqüências para o dia seguinte. A gota d’água foi quando Roniquito chamou o colega de imbecil. O outro partiu para a agressão. “Os dois caíram no chão, mas era uma briga em câmera lenta, um tédio”, lembra o jornalista e escritor Fausto Wolff, testemunha ocular do ocorrido. Otelo, mais forte, levou a melhor e encheu o adversário de pancadas. Subiu em cima dele, e com o pé na sua garganta, perguntou: “E aí, chega ou quer mais?”. E Roniquito, atrevido: “Mas é claro que chega seu imbecil”. |