Traduzo, livremente, um poema de Holderlin. Traduzo do inglês, sem muito compromisso com o original. O texto lembra Eliot. Fala de uma cidade, o seu lixo, o seu barulho, os seus carros (ainda eram carruagens, iluminadas por tochas, o poeta viveu de 1770 a 1843), o fim do dia, os homens voltam para casa, pensam, avaliam o dia, sinos, um apito de guarda, a lua, a noite que vem, as estrelas, um poema moderno, envolvente, forte, vivo.
Sobre o lixo da cidade. As ruas iluminadas crescem
quietas, e carros passam, adornados com tochas.
Homens vão para casa descansar, cheio dos prazeres do dia;
Suas mentes estão ocupadas avaliam lucros e perdas
Em casa. O mercado ocupado vem descansar,
Desocupado agora das flores e uvas e artes.
Mas a música de cordas em jardins distantes:
Talvez os amantes brinquem ali, ou um homem solitário pensa
Sobre amigos distantes, e sobre sua própria juventude.
Fontes apressadas fluem entre canteiros de flores fragrantes,
Sinos tocam suaves no ar do crepúsculo, e um guarda
Chama fora de hora, atento ao tempo.
Agora uma brisa sobe e toca a crista do arvoredo—
Olha a lua que, como a sombra de nossa terra,
Também sobe pura! Fantástica noite vem,
Cheia de estrelas, desinteressada provavelmente de nós—
Espantosos brilhos da noite, um estranho entre os humanos,
Tristemente sobre os topos das montanhas, em esplendor.
Poems of Friedrich Holderlin. Translations by James Mitchell