OS BARNABÉS

CUNHA E SILVA FILHO
(Da Academia Brasileira de Filologia, ABRAFIL. Atualmente, escreve também para a Revista romena ORIZONT LITERAR CONTEMPORAN (OLC)  

          Segundo  o Dicionário  etimológico    de Antônio Geraldo Cunha  2 ed. 2ª impressão (Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1982, p.100),  a palavra   "barnabé é um  brasileirismo e significa  "funcionário  público  de categiria  modesta. Provém do antropônimo Barnabé, "nome de um samba  lançado em  1947". 
         O que me  leva a esta  consideração de  cunho filológico  é um  problema  que diz  muito  de perto  da situação  aflitiva em  que vive  o funcionalismo público federal há longos anos. Eu diria, aproximadamente, desde  o início do governo  FHC  que teve  boa  atuação em  alguns setores de sua  adminstração, como foi exemplo, no setor econômic-financeiro, o advento do  plano real. FHC, entretanto,    uma vez,  revelou um lado  pouco  elegante  de  o  presidente se dirigir aos funcionários  ou trabalhadores, chamando a estes  de "vagabundos." logo  ele que  se aposentou  cedo.
         Ora,  leitor,  esse não é um comportamento de um  presidente diante  dos servidores,  mais  humildes  ou,  por extensão do sentido  do termo  "barnabé,"  pelos  funcionáios  públicos  de nívil   um pouco mais  alto,  mas  não dos altos escalões  do governo federal que sempre  foram  aquinhoados  com  aumentos salariais  alguns  em funcções que se dão  os próprios aumentros e,  outros   por aumentos  concedidos   pelo  governo federal. Essa  discriminação   só pode gerar    indignação  entre o funcionalismo  federal que,   no não teve aumento  ou reajuste  algum    há aproximadamente   dez anos. 
      Ora,   issso  é uma  ausência   absoluta  e um desprezo  gritante  por parte dos sucessivos   governos  federais,  com exceção,  se não  incorro em erro,   do segundo mandato do  presidente Lula. Por  outoro lado,   os governos de Dilma,  Temer e o atual   jamais  manifestaram ou concretizaram    o desejo de reajustar   os  proventos  dos servidores  mais modestos,  como, por exemplo,   a classe dos  professores  federais, ainda que estes  tenham  um  plano de   carreira  que ocorreu  no  governo   do  segundo mandato  do Lula, porém corroído  por  não  ter havido,  reito,  durante  tanto tempo,  os  necessários  reajustes   do governo federal.
    Os sindicatos  representantes dos direitos  das diversas classes de servidores pouco  remunerados  não fazem nada a não ser   recolher   o imposto  sindical da folha de  pagamento  do servidor. Diante dessa situação   de descas  como servidores,  me pergunto   por que  as diversas  classes  prejudicadas  pela longa aausência de reajsuste  não   se manifestam  cntra todo eses governos. Ou sou eu apenas que estou sofrendo   com  esse verdadeiro  arrocho salarial  diante da atual   situação  de altíssimo custo de vida  que só  prejudica  mais os  mais pobres e  mais vulneráveis funcionanários  públicos.
  Enqanto os altos escalões   aqui inluindo  os deputadores federais  e os senadores, as Forças Armadas, a Polícia Federal,   o  poder  judiciário, à  frente  o  STF e outros   setores  do governo   são  privilegiados  regiamente com aumentos  polpudos e com  outras privilpégios decorrentes das suas funções,  o "barnabé,  calado, afásico,   tímido, como se estivesse napele de Fabiano diante   do "soldado amarelo" de Vidas secas, de Graciliano Ramos,   sem voz  própria, porque  foi secularmente "sequestrada" ( Donald Schüller)  e sem  poder de barganha   ainda reelege   "representantes"  do povo que nada  fizeram   nem  hão de fazer por ele nem   pelos  desfavorecidos massacrados     pelo crônico  estado  de   aperturas  e limitações  financeiras, chegando, agora,   à "fome"  literalmente   definida e vista a olho nu por esses brasis  afora e com  contingentes abaixo da linha  de pobreza.   Ou sejam  um  Brasil assimetricamente  dividido como  causa  pétrea.Que vergonha  para  esses políticos da terra  brasílica com discursos   hipócritas   em tempos de campanhas milionárias ! 
   Enquanto  isso,  tudo  sobe (remédios,   alimentos, aluguel,  transporte,  impostos  públicos,  planos de saúde  com aumentos anuais e outros itens determinados  pelo  próprio governo federal em flagrante  desproporção  ao custo de vida e  e à perda crescenete do poder de compra dos "barnabés," cjos  proventos estagnados  ficam cada vez menores e arrochados comose  fossem um confisco   oficial  contra  essa  sofrida  classe  de servidores.  
   O governo  federal,    todavia,   ainda  as   polpudas   verbas  aos partidos  bilionárias, notadmente aos partidos  que  se alinham  ao governo  federal de  plantão.  À vista de todas  essas  considerações  tecidas,   um só  conclusão  me parece  bastante    definida do  ponto de vista  do governo federal: que os barnabés se lixem e continuem votando  nos lobos  vestidos  em pele de cordeiros.  Pobre  Brasil!