OFICINAS E CONCEITUAÇÕES
Por Rosidelma Fraga Em: 21/02/2016, às 15H07
o que é, Como, por que, para quê uma Oficina
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (Paulo Freire, grifos meus).
O que é oficina? Em linhas preliminares, pode-se dizer que oficina se refere a uma metodologia de trabalho que deve ser capaz de prever uma formação coletiva, interativa do saber a ser partilhado e, sobretudo inacabado.
Por que uma oficina? Porque elas permitem ao aluno aprender enquanto produzem. Além disso, permitem utilizar diversos níveis de aprendizado e trabalho com inteligências variadas em todas as áreas do conhecimento.
Para que ou qual a utilidade de uma oficina? Torna-se mister que tenhamos clareza dos objetivos, a fim de fazer uma oficina útil. Para isso, precisa-se provocar um assunto relevante, nem sempre novo, mas o tema deve ser interessante e a proposta deve ser interdisciplinar.
A temática deve ser previamente definida com clareza e ser concisa, tendo em vista que a oficina escolar se direciona para crianças e adolescentes. Deve ser breve e significativa, com duração de duas horas, no máximo para evitar a dispersão.
A Carga Horária de cada oficina depende do tema, das atividades propostas, da faixa etária e do número de inscritos.
As atividades propostas devem ser limitadas ao tempo proposto e hábil, de modo que os participantes se sensibilizem, questionem e sejam capazes de analisar e sintetizar.
A avaliação: há muitas maneiras qualitativas ou quantitativas, oral ou escrita. O avaliador poderá utilizar uma planilha, ou cartaz com tópicos a serem avaliados, ou outros instrumentos: tabela, gráficos, desenhos. No entanto, a avaliação deve ser interativa entre o educador e o educando.
Fechamento da oficina: Torna-se imprescindível que o grupo a ministrar a oficina faça uma reflexão antes e depois e demonstrar como o grupo pensava antes e no final. Para tanto, torna-se interessante convidar os participantes coletivamente a analisar sua própria postura em forma de depoimentos.
Em suma, toda oficina deve ser prazerosa e envolvente, com atividades capazes de contemplar os participantes sem excluir ninguém, dos introvertidos aos extrovertidos. E elas devem necessariamente abranger as etapas, a saber:
1- Definição do trabalho e público-alvo e elaboração
2- Apresentação do grupo e do tema
3- Sensibilização
4- Provocação
5- Atividades coletivas – produção
6- Apresentação das atividades
7- Comentários ou depoimentos
8- Síntese e Avaliação.
Relatando a experiência - Ao final das oficinas, percebe-se que sua relevância deve ser transformada em relatos de experiências, intercalando teoria e prática. Por conseguinte, sugere-se a produção de artigos ou a apresentação de palestras ou comunicação em seminários.
Para o relato de experiência, ler os textos abaixo:
REFERÊNCIAS
ALVES, Magda . Trabalhos científicos usuais. In: Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2007.
FRAGA, Rosidelma. Elaboração de oficinas. Coluna Poiesis. Disponível em: <http:www.portalentretextos.com.br>Teresina Piauí. Acesso em: Fev, 2016.
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Divisão de grupos para produção de oficinas:
Sugiro dois relatos de experiências com oficinas, disponíveis em cópias.
1- OFICINAS DE LITERATURA: VIVENDO O TEXTO POÉTICO NA ESCOLA, de Deusa Castro Ramos.
2- OFICINA DE LEITURA DE POESIA EM CORPO DE VOZ, de Jamesson Buarque.