(Miguel Carqueija)

 

Não devemos esquecer o verdadeiro significado do Natal

O GRANDE ESQUECIDO



    Às vezes, parece-me que as pessoas, no mês de dezembro, comemoram o Carnaval em vez do Natal. Isto se percebe nas festas de pagode ou “funk”, nas bebedeiras e comedorias, transformando-se Natal em orgia.
    O menos que acontece é o consumismo, simbolizado na figura absurda do Papai Noel, que os pais não se pejam de impingir às crianças como se ele realmente existisse (e depois, ao constatar que seus pais mentiram, não irão as crianças duvidar também da existência de Jesus Cristo?). Ora, se realmente o velhinho da barba branca e das renas existisse, haveria de vestir roupas mais leves quando viesse a um país tropical como o Brasil...
    Natal é a comemoração da Encarnação do Verbo, que veio ao mundo para nos salvar. É hora de pensar no Menino Jesus, a criança divina, de pensar na Sagrada Família, no Presépio. Ouvir as canções natalinas, que são tão belas.
    Dar e receber presentes é secundário. O Papai Noel poderia até ser tolerado, como uma fábula ingênua, mas em sua concepção histórica já existe o mercantilismo norte-americano, a doutrina da prosperidade...
    É sintomático aquele episódio especial dos Flintstones no Natal, que não poderiam conhecer já que eram pré-históricos. Mas a visão materialista de Hanna-Barbera excluiu totalmente o Cristianismo daquele desenho, só existe o Papai Noel...
    Felizmente, sempre existem pessoas que mantém o essencial, que enxergam o verdadeiro sentido do Natal, totalmente oposto ao hedonismo-consumismo que a mídia propaga.