O "camelo" da marca Camel é um dromedário
Muitas pessoas não percebem isso, tão grande é a força da imagem publicitária, principalmente quando há totemismo envolvido.
4.12.2009 - Mesmo sabendo que os zoólogos e até as crianças repetem que "o camelo tem duas corcovas, enquanto o dromedário tem apenas uma", mesmo estando evidente que o "camelo" da famosíssima marca de cigarros Camel tem apenas uma corcova, quase ninguém comenta que aquele camelídeo é, graficamente representado, um dromedário. Isso acontece em razão da força da propaganda contemporânea, com presença de traços de totemismo e resíduos simbólico-heráldicos, o que faz dessa marca, também pela qualidade do desenho e de suas cores, um dos mais expressivos zooemblemas da atualidade.
O material informativo (excelente!) a seguir apresentado foi generosamente colocado no portal Mundo das Marcas [quando o histórico de certa marca é ali apresentado, sempre as fontes da pesquisa, consultadas, são mencionadas (característica das pesquisas sérias), como se verá adiante]. Esse é um dos sites que sempre consulto em minhas pesquisas emblemático-marcárias. Divirtam-se, por conseguinte!
"Camel
Uma mistura perfeita entre o tabaco turco e americano resultando em um sabor único e um aroma diferente. Assim pode ser definido o tradicional cigarro CAMEL, uma das marcas ícones no setor de tabacaria no mundo.
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A história
Tudo começou no verão de 1913, quando surgiu nos principais jornais dos Estados Unidos uma manchete misteriosa que faria famosa a marca de cigarros CAMEL: “Os Camelos Estão Chegando” (The Camels are Coming). Era a campanha de lançamento de um novo e moderno cigarro no mercado americano. A idéia foi da empresa R.J. Reynolds Tobacco (conhecida como RJR e de propriedade de Richard Joshua Reynold), que aproveitando o êxito e o sabor do tabaco para cachimbos “Prince Albert”, resolveu lançar no mercado os cigarros CAMEL, custando apenas 10 cents de dólares o maço, sendo o primeiro a adotar o método do tabaco “American blend” (algo como mistura americana). Um dromedário (chamado “OLD JOE”), e não um camelo como muitos pensam, pertencente ao circo Barnum & Bailey, foi usado para divulgar o novo cigarro, através de ações ousadas como eventos em muitas cidades americanas, onde amostras grátis do cigarro eram distribuídas acompanhadas da presença animal. A figura do animal também foi utilizada na embalagem do produto, passando a idéia de exotismo à mistura de tabaco turco e americano do cigarro.
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Apesar de ser um dromedário, a fábrica lançou o cigarro no mercado sem alterar o nome CAMEL. Isto porque, por ser um nome de fácil pronúncia, e de fonética semelhante em vários idiomas - camelo (português), cammello (italiano), camel (inglês), kameel (alemão), a marca CAMEL teria um apelo muito maior. Segundo uma outra história, a foto do camelo foi retirada da enciclopédia Britânica. O sucesso do produto, primeiro cigarro lançado nacionalmente nos Estados Unidos, foi tão instantâneo, que no ano seguinte CAMEL venderia 425 milhões de unidades. A marca CAMEL ficou extremamente famosa em 1921, quando a empresa introduziu a popular campanha publicitária com o slogan “I’d walk a mile for a Camel” (Eu andaria uma milha por um CAMEL). Dois anos mais tarde, CAMEL tinha conquistado 45% do mercado americano de cigarros.
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Depois de pesados investimentos em propaganda no ano de 1934, a marca se tornaria líder de mercado no ano seguinte. No começo da década de 50, a marca resolveu apostar em uma novidade, os cigarros com filtros, que popularizaram ainda mais os cigarros CAMEL. Nos anos seguintes, há medida em que iam sendo publicadas notícias sobre os malefícios do tabaco, era necessário promover uma imagem saudável do produto. Para tal, a CAMEL convidava atletas e pretensos médicos para afirmar em suas campanhas que, além de calmantes, os cigarros auxiliavam a digestão, não irritavam a garganta e eram um hábito não prejudicial a saúde. A partir da década de 90 foram lançadas inúmeras variações do cigarro como CAMEL MENTHOL (1996) e o CAMEL SUPER LIGHTS.
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A empresa Japan Tabacco possui o direito da marca CAMEL fora dos Estados Unidos desde que assumiu o controle da RJR Internacional em 1999. A nova proprietária da marca no mercado internacional achou que CAMEL precisava de uma imagem mais moderna e provocou alterações, em 2002, nos visuais das embalagens e no logotipo, que ganhou uma cor de ouro com a inscrição “Desde 1913” (“Since 1913”).
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O personagem
Em 1974 foi criado o famoso personagem JOE CAMEL, pelo artista inglês Nicholas Price, para uma campanha de publicidade francesa. Somente no ano de 1987, o personagem foi introduzido nos Estados Unidos para comemorar 75 anos de existência da marca. Quatros anos depois, uma pesquisa apontou que o personagem era reconhecido por 91% das crianças de 5 e 6 anos, percentual similar ao do Mickey Mouse, e mais popular que Fred Flintstone e a boneca Barbie. E mais: Pesquisas mostravam que a participação do cigarro entre consumidores com menos de 18 anos havia saltado de 0.5% para 32.8%. Foi justamente essa popularidade entre as crianças que levou a empresa retirar o personagem de suas campanha publicitárias no dia 10 de julho de 1997. A partir deste momento a marca lançou campanhas voltadas para jovens com mais de 20 anos utilizando conceitos mais adultos.
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A ligação com o esporte
A ligação da marca CAMEL com o automobilismo foi um dos fatores de maior importância para a consolidação e popularidade no mercado. A marca patrocinou várias competições importantes como IMS, que de 1972 a 1983 era conhecida como CAMEL GT; o famoso rali CAMEL TROPHY entre 1980 e 2000; a escuderia de Fórmula 1 Lotus entre 1987 e 1991; e a equipe Honda no campeonato mundial de Superbike na década de 90.
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As embalagens
As embalagens dos cigarros CAMEL pouco mudaram em toda sua história. Isto até 2007, quando a linha de produtos da marca passou por uma enorme revolução em seu visual, quando ares modernos e mais sóbrios.
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Os slogans
Pleasure to burn. (2004)
Genuine taste since 1913. (1995)
Genuine taste. (1994)
Taste Camel in a whole new light. (1993, CAMEL LIGHT)
Discover the world's most satisfying cigarette. (1986)
The world's fastest growing international brand. It's a whole new world. (1985)
Camel leads all other brands - by billions! (1951)
Not one single case of throat irritation due to smoking Camels! (1951)
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Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1913
● Criador: Richard Joshua Reynold
● Sede mundial: Winston-Salem, North Carolina
● Proprietário da marca: R.J. Reynolds Tobacco Company
● Capital aberto: Não
● CEO & Presidente: Daniel Delen
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: + 100 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 6.800
● Segmento: Tabaco
● Principais produtos: Cigarros
● Mascote: Joe Camel
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A marca no mundo
A CAMEL é comercializada atualmente em mais de 100 países ao redor do mundo, sendo a quinta marca de cigarro mais consumida do mercado global e terceira no mercado americano.
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Você sabia?
● A cidade de Winston-Salem, no estado da Carolina do Norte, onde a empresa R.J.R. foi fundada, tem o apelido de “Camel City” em virtude da popularidade do cigarro. Atualmente são comercializadas no mundo cerca de 30 versões diferentes do cigarro CAMEL.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers)". (http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/06/camel-genuine-taste.html)
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Ezio Flavio Bazzo (VI)
Transcrevo linhas magistrais do Mestre Bazzo, ressaltando o seguinte:
AS PALAVRAS QUE NÃO SÃO PRONUNCIADAS E CONVENTOS, ABAIXO SUBSTUÍDAS POR SINÔNIMOS MENOS "pesados" NÃO SÃO SINTOMA DE PUDICÍCIA DO RESPONSÁVEL PELA COLUNA. O PROBLEMA É QUE MUITAS CRIANÇAS, ADOLESCENTES, ADULTOS E IDOSOS VISITAM ESTE ESPAÇO DEMOCRÁTICO DE CRÍTICA E DISCUSSÃO EM BUSCA DE CONTOS MUITO CONHECIDOS [como, por exemplo, a estória D. TEXUGO E AS FUINHAS, a fábula da atualidade DONA BARATINHA VAI CASAR e assim por diante: como se sabe, tais relatos não contém vocábulos que Madre Teresa de Calcutá não usaria].
Poeira de cocaína, pedregulhos de crack e sementes de arruda III
Ezio Flavio Bazzo
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Brasília não é e nunca será uma cidade como as outras. Extremamente jovem, completando cinqüenta anos em abril, tem origem e história bizarras. Imagine, qual poderá ser o porvir de uma cidade com apenas cinqüenta anos e já com trezentos e tantos pastores! O escândalo que está em curso é apenas uma das patas da aranha caranguejeira que é. Aqui, mais do que em qualquer outro lugar, como diria Freud, se lida com as questões de dinheiro, sexo e excrementos com a mesma hipocrisia. As religiões que infestam as esquinas e os cérebros são apenas o lero-lero hipnótico para todo tipo de licenciosidades. E depois, é mais do que sabido que freudianamente falando o dinheiro está intimamente ligado e relacionado aos nossos dejetos, ao penico e às misérias secretas de cada um. Todo mundo sabe que dinheiro e fezes estão inseridos no universo da pulsão erótica anal. Em outras palavras: simbolicamente o dinheiro é, por um lado, como [cocô] e por outro equivalente fálico. Por aí a fora e pelos labirintos da neurose, talvez, se possa até chegar a ver o corrupto com outros olhos e a corrupção como um simples sintoma de uma desgraça ainda muito mais profunda. A grande frustração do corrupto é ele não poder enfiar o dinheiro goela abaixo, ele não poder enfiar-se o dinheiro pelo [traseiro]. Tem que enterrá-lo em casa, nas paredes de fundo falso, ou então nos porões dos bancos suíços e caribenhos. Vive simultaneamente eufórico e angustiado pela possibilidade de morrer ou ficar demente e seu dinheiro apodrecer lá, como [seu cocô] e manchado por sua miséria.
Ah! Há muita gente no mundo! Há muita gente nesta cidade! Os shoppings e as ruas estão entulhados. Muitas mães, com caras de retardadas, querendo a todo custo levar seus filhinhos e filhinhas para sentarem ingenuamente no “colo” do Papai Noel. Hooooohoooooohooooooooo!!!!! Hoooo! HOOOOooohooooo!
Ezio Flavio Bazzo". (REPRODUÇÃO AUTORIZADA NA COLUNA "Recontando" - e por isso eu agradeço ao pensador Bazzo -, citada a fonte: http://eziobazzo.blogspot.com/)
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