O "camelo" da marca Camel é um dromedário

Muitas pessoas não percebem isso, tão grande é a força da imagem publicitária, principalmente quando há totemismo envolvido.

4.12.2009 - Mesmo sabendo que os zoólogos e até as crianças repetem que "o camelo tem duas corcovas, enquanto o dromedário tem apenas uma", mesmo estando evidente que o "camelo" da famosíssima marca de cigarros Camel tem apenas uma corcova, quase ninguém comenta que aquele camelídeo é, graficamente representado, um dromedário. Isso acontece em razão da força da propaganda contemporânea, com presença de traços de totemismo e resíduos simbólico-heráldicos, o que faz dessa marca, também pela qualidade do desenho e de suas cores, um dos mais expressivos zooemblemas da atualidade.

O material informativo (excelente!) a seguir apresentado foi generosamente colocado no portal Mundo das Marcas [quando o histórico de certa marca é ali apresentado, sempre as fontes da pesquisa, consultadas, são mencionadas (característica das pesquisas sérias), como se verá adiante]. Esse é um dos sites que sempre consulto em minhas pesquisas emblemático-marcárias. Divirtam-se, por conseguinte!

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Ezio Flavio Bazzo (VI)

Transcrevo linhas magistrais do Mestre Bazzo, ressaltando o seguinte:

AS PALAVRAS QUE NÃO SÃO PRONUNCIADAS E CONVENTOS, ABAIXO SUBSTUÍDAS POR SINÔNIMOS MENOS "pesados" NÃO SÃO SINTOMA DE PUDICÍCIA DO RESPONSÁVEL PELA COLUNA. O PROBLEMA É QUE MUITAS CRIANÇAS, ADOLESCENTES, ADULTOS E IDOSOS VISITAM ESTE ESPAÇO DEMOCRÁTICO DE CRÍTICA E DISCUSSÃO EM BUSCA DE CONTOS MUITO CONHECIDOS [como, por exemplo, a estória D. TEXUGO E AS FUINHAS, a fábula da atualidade DONA BARATINHA VAI CASAR e assim por diante: como se sabe, tais relatos não contém vocábulos que Madre Teresa de Calcutá não usaria].

 

Poeira de cocaína, pedregulhos de crack e sementes de arruda III

                                                                                    Ezio Flavio Bazzo

 
"Brasília não é e nunca será uma cidade como as outras. Extremamente jovem, completando cinqüenta anos em abril, tem origem e história bizarras. Imagine, qual poderá ser o porvir de uma cidade com apenas cinqüenta anos e já com trezentos e tantos pastores! O escândalo que está em curso é apenas uma das patas da aranha caranguejeira que é. Aqui, mais do que em qualquer outro lugar, como diria Freud, se lida com as questões de dinheiro, sexo e excrementos com a mesma hipocrisia. As religiões que infestam as esquinas e os cérebros são apenas o lero-lero hipnótico para todo tipo de licenciosidades. E depois, é mais do que sabido que freudianamente falando o dinheiro está intimamente ligado e relacionado aos nossos dejetos, ao penico e às misérias secretas de cada um. Todo mundo sabe que dinheiro e fezes estão inseridos no universo da pulsão erótica anal. Em outras palavras: simbolicamente o dinheiro é, por um lado, como [cocô] e por outro equivalente fálico. Por aí a fora e pelos labirintos da neurose, talvez, se possa até chegar a ver o corrupto com outros olhos e a corrupção como um simples sintoma de uma desgraça ainda muito mais profunda. A grande frustração do corrupto é ele não poder enfiar o dinheiro goela abaixo, ele não poder enfiar-se o dinheiro pelo [traseiro]. Tem que enterrá-lo em casa, nas paredes de fundo falso, ou então nos porões dos bancos suíços e caribenhos. Vive simultaneamente eufórico e angustiado pela possibilidade de morrer ou ficar demente e seu dinheiro apodrecer lá, como [seu cocô] e manchado por sua miséria.

Ah! Há muita gente no mundo! Há muita gente nesta cidade! Os shoppings e as ruas estão entulhados. Muitas mães, com caras de retardadas, querendo a todo custo levar seus filhinhos e filhinhas para sentarem ingenuamente no “colo” do Papai Noel. Hooooohoooooohooooooooo!!!!! Hoooo! HOOOOooohooooo!

Ezio Flavio Bazzo". (REPRODUÇÃO AUTORIZADA NA COLUNA "Recontando" - e por isso eu agradeço ao pensador Bazzo -, citada a fonte: http://eziobazzo.blogspot.com/)
 
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