O BRASIL POLÍTICO NUMA ENCRUZILHADA

CUNHA E SILVA FILHO

No intrincado xadrez de tantos partidos políticos nacionais, é bem difícil entender o que sejam programas de um novo governo federal. Todos os candidatos, já oficializados, prometem um país melhor, com justiça social e todas as promessas já consolidadades no jargão da política. O que importa é obter votos dos eleitores até de eleitores ainda em formação, como adolescentes. O que pode dar tantas configurações nuanças político-ideológica?. Coligações de partidos que formam o Centrão ( que nome horrível !) já mostraram a que vieram: vencer a todo custo e com muita grana distribuída por verbas governmentais aos deputados e senadores sem, ao menos, declinar quais são os congressistas beneficiados.

Até podemos inferir alguns deles, a começar da presença do presidente da Câmara Federal, já em palanque apoiando o governo de plantão, segundo vi na TV a confirmação do Sr. Jair Messias Bolsanaro como candidato à reeleição. Fato curioso, para vice-presidente, teremos o general Braga Neto, aquele mesmo que foi designado para melhorar a segurança dos fluminenses e cariocas contra a criminalidadade em larga e crescente escalada, a se ver pelos frequentes confrontos entre policias e criminosos em operações desastrosas que maculam a imagem da polícia militar devido aos excessos de brutalidade e ao saldo de mortes, inclusive de militares. O candidato- general pouco resolveu acerca dessa questão crucial cada vez mais angustiante para a população do Rio de Janeiro.

Como entender que o Tribunal Eleitoral não interfira nesses privilégios, no meu entender, ao arrepio das leis eleitorais ou não? É que estamamos no Brasil, um país que jamais se consolidou como nação bem organizada que tenha políticos sérios e comprometidos com o bem-estar da nossa sociedade tão diversificada e sobretudo desigual e cronicamente injusta.

Ora, um política como a nossa composta de excessos de partidos sem nenhuma identidade ideológica a não ser os interesses de obterem vitórias eleitorais e se apoderarem dos votos de pessoas sem consciência política firme. Até quando o Brasil vai dar mostras de maior visão geral e mais aprofundada de seus próprios defeitos, indiferenças, ignorância crônica e irresponsabilidade de escolher seus candidatos pelo que valham como homens públicos dedicados às causas sociais?

Não creio que do resultado da polarização extrema-direita versus esquerda, centro, ou outras variantes dos dois maiores extemos ideológicos mais realizados na teoria do que na práxis política não viciada de populismos e de patriotadas verde-amarela de mistura com religiosidades, muitas delas verdadeiros centros de enriquecimento capitalista graças ao brainwash a que são submetidos seus adeptos seus seguidores, principalmente os mais vulneráveis e alienados culturalmente.

Pois será em meio ao vasto cipoal de partidos e coligações que a sociedade vai às urnas de forma antecipadamente cindida e com toda a ferocidade de contradições e ignorância dos dois lados mais extremos. Da mesma forma, será imprevisível o encontro dos dois candidatos que estão à frente da refrega que já se aproxima e com o seus dois candidatos de unhas afiadas no debate que terão certamente na TV. Todos os defeitos de ambos serão postos em evidência na arena dos debates.

Espero que esses dois opositores se respeitem e realizem debates fecundos quanto às propostas de um novo governo escoimadas de mentiras face ao que já demonstraram como mandatários de um país que se encontra atualmente em gravíssima fase sem precedente de pobreza, de autoritarismos, de injustiças sociais e desmandos administrativos. As migalhas de paliativos para diminuírem nosso escabrosos problemas, nos vários setores vitais da infraestrutura do Estado Brasileiro têm o sinete inegavelmente eleitoreiro e não vão engabelar as pessoas de bem do país. Os brasileiros de bem estaremos atentos às maquinações maquiavélicas dos politiqueiros de plantão, cujo desejo maior - todos sabem - é reeleger-se e perpetuar as mesmas felonias de um política minúscula que não quer se reformar . Atentos estejam os eleitores porque, mais uma vez, os lobos estarão em pele de cordeiros. E haja cordeiros para um povo cordeiro.

 

 

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