[Flávio Bittencourt]

Itamaraty defende o fim dos ataques aéreos na Líbia

O governo brasileiro destacará, em nota, a necessidade de buscar a paz e o diálogo, evitando o acirramento do conflito.

 

 

 

 

 

 

 

 

PALÁCIO DO ITAMARATY

(MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO BRASIL)

ILUMINADO, À NOITE

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

Foto: Divulgação

 

 

 

21.3.2011 (Brasília) - Prudência, sensatez e espírito de concórdia caracterizam a política externa do Brasil em momentos de grave crise internacional - De acordo com informações divulgadas agora à tarde pela Agência Brasil, "(...) [O ITAMARATY] defende o fim dos ataques aéreos na Líbia e das hostilidades no país. No documento [NOTA OFICIAL A SER DIVULGADA], o governo brasileiro deve destacar a necessidade de buscar a paz e o diálogo, evitando o acirramento do conflito (...)".  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

"21/03/2011 às 18:11 Atualizado em 21/03/2011 às 18:18

Itamaraty prepara nota em que apela pelo fim dos ataques aéreos na Líbia em nome da paz 

Agência Brasil
 

Brasília – O Ministério das Relações Exteriores prepara, nesta tarde, nota à imprensa em que defende o fim dos ataques aéreos na Líbia e das hostilidades no país. No documento, o governo brasileiro deve destacar a necessidade de buscar a paz e o diálogo, evitando o acirramento do conflito.

De acordo com diplomatas, a nota deve ser divulgada até o começo da noite. O comunicado ocorre no momento em que, alegando proteção de civis, as forças de coalizão internacional completam o terceiro dia de lançamento de mísseis sobre a Líbia.

A iniciativa brasileira segue o exemplo da Turquia e da Índia, que defenderam que o líder líbio, Muamar Kadafi, entregue o poder como forma de acabar com o impasse e os confrontos na região. Há mais de um mês, a Líbia vive em clima de guerra, com forças leais a Kadafi enfrentando rebeldes oposicionistas.

Conselho de Segurança realiza reunião de emergência nesta segunda

A crise se agravou na semana passada, com a decisão do Conselho de Segurança da ONU de autorizar a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e uso da força, em caso de necessidade. A decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi aprovada por dez países, mas o Brasil, a China, a Índia, a Rússia e a Alemanha abstiveram-se. Para o governo brasileiro, o uso da força na Líbia pode agravar ainda mais a violência na região.

O assunto é tema de uma reunião extraordinária nesta segunda-feira, em Nova York, do Conselho de Segurança. A pedido do Líbano, os 15 representantes dos países no órgão – dez rotativos, inclusive o Brasil, e cinco permanentes (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia) – devem discutir a crise na região e o anúncio de um cessar-fogo por parte de Kadafi". 

(http://extra.globo.com/noticias/mundo/itamaraty-prepara-nota-em-que-apela-pelo-fim-dos-ataques-aereos-na-libia-em-nome-da-paz-1371685.html)

 

 

 

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Notícia de sexta-feira, 18.3.2001

"Líbia/ONU - 
Artigo publicado em 18 de Março de 2011 - Atualizado em 18 de Março de 2011


 

Brasil se absteve na votação sobre intervenção na Líbia
 
 
Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre intervenção na Líbia.

Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre intervenção na Líbia.

REUTERS/ Joshua Lott

 

Dos 15 países membros do Conselho de Segurança da ONU, dez votaram a favor da resolução por uma intervenção na Líbia e cinco se abstiveram - Brasil, China, Rússia, Alemanha e Índia. A resolução da ONU criou uma zona de exclusão aérea destinada a impedir que os aviões de Kadafi continuem lançando bombas sobre os opositores. O texto autoriza ataques aéreos para neutralizar os avanços da artilharia pesada por terra e destruir as baterias anti-aéreas do ditador, mas deixa claro que não haverá ocupação militar.

 

Apesar de ser solidário com todos os movimentos da região, o governo brasileiro também não aprova o uso da força na Líbia. Em nota, o Itamaraty afirma não acreditar que a intervenção vá colocar fim à violência e efetuar a proteção dos civis.

"Nosso voto não deve de maneira alguma ser interpretado como endosso do comportamento das autoridades líbias ou como negligência para com a necessidade de proteger a população civil e respeitarem-se os seus direitos", disse a embaixadora Maria Luisa Viotti, representante permanente do Brasil junto à ONU, na sessão do Conselho.

O Brasil também expressou solidariedade com os movimentos da região e condenou o desrepeitou das autoridades líbias "com suas obrigações à luz do direito humanitário internacional e dos direitos humanos", de acordo com a nota do Itamaraty.

Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China poderia ter utilizado seu direito de veto, mas optou pela abstenção salientando que é contra a abordagem militar nas relações internacionais. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês expressou nesta sexta-feira "sérias reservas" de Pequim quanto ao uso da força contra as tropas de Kadafi.

A decisão do Conselho de autorizar uma intervenção militar na Líbia é considerada uma vitória da diplomacia francesa, muito criticada por sua atuação pouco transparente durante a revolta popular que derrubou os ditadores da Tunísia, Ben Ali, e do Egito, Hosni Mubarak.

A França, com o apoio da Grã-Bretanha, conseguiu convencer a maioria de seus aliados no Conselho de Segurança a usar a força contra o regime de Kadafi. As duas principais potências militares européias deverão agir e o papel dos Estados Unidos, que demorou ao apoiar a opção de intervenção militar defendida pelos franceses e britânicos, ainda está indefinido.

A iniciativa inicial do governo francês era forçar o ditador Kadafi a renunciar ao cargo e reconhecer imediatamente o Conselho Nacional de Transição, de oposição ao ditador, como representante legítimo do povo líbio. A opção de intervenção militar levou vários dias a ser analisada diante das reservas emitidas por vários países, entre eles a Alemanha.

“Nós continuamos eminentemente céticos em relação à opção militar prevista nesta resolução (da ONU). Nós avaliamos que ela comporta riscos e perigos consideráveis”, declarou o chanceler alemão Guido Westerwelle.

 

 
tags: Alemanha - Ataques - Brasil - Diplomacia - França - ONU
 
(http://www.portugues.rfi.fr/geral/20110318-brasil-se-absteve-na-votacao-sobre-intervencao-na-libia)
 
 
 
 
 
 
 
 
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"17/03/2011 23:54

Líbia agradece aos países que ficaram em cima do muro

Rebeldes dizem estar preparados para combater e fazer com que Khadafi continue (Foto AP)

Logo após a decisão do Conselho de Segurança da ONU, o vice-ministro líbio das Relações Exteriores, Khalid Kaim, saudou os países que se omitiram na decisão sobre intervenção militar. “Estamos agradecidos aos cinco países que se abstiveram China, Rússia, Índia, Brasil e Alemanha, ‘que surpresa’.”


O porta-voz do governo Kadafi criticou a aprovação da intervenção militar dizendo que não terá nenhum apoio dos civis. “Se algum país armar os rebeldes, estará levando líbios a matar uns aos outros”.

“A intenção do governo líbio é proteger civis”, argumentou o ministro de Kadafi, que ainda declarou ter enviado carta ao secretário-geral da ONU Ban Ki-moon informando estar “preocupado com seu povo”.

Novas ameaças

Antes da votação, Kadafi ameaçou atacar navios e aviões civis no Mediterrâneo caso "qualquer ato militar" contra a Líbia fosse autorizado e prometeu acabar definitivamente com os rebeldes em Benghazi com a ofensiva durante a noite desta quinta-feira. Kadafi disse que não "haverá misericórdia com os traidores".

 No pronunciamento, o líder disse que a "hora da decisão chegou". "O assunto foi decidido. Estamos indo (para Benghazi)." Segundo Kadafi, os opositores que depuserem as armas serão anistiados, mas "não haverá misericórdia nem compaixão" com os restantes. Ele afirmou que suas forças "resgatariam" o povo de Benghazi de "traidores" e "filhos de cães".

Ao mesmo tempo, porém, também afirmou que realizará um cessar-fogo na noite de sábado para domingo para 'permitir a rendição' dos rebeldes".

(http://www.afronteira.com/br/noticias/mundo/libia-agradece)
 
 
 
 
 
 
 
 
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"Viagem de Obama ao Chile recebe críticas de Fidel e entidade política

ANSA

21/03/2011 - 14h50 | do UOL Notícias


SANTIAGO DO CHILE, 21 MAR (ANSA) - A viagem pela América Latina do presidente norte-americano, Barack Obama, que chega hoje ao Chile, tem provocado descontentamento em alguns líderes e entidades políticas.

O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, questionou, em um artigo publicado hoje pela imprensa local, se o presidente norte-americano pedirá perdão ao Chile pelo fato dos Estados Unidos terem promovido o golpe de Estado em 1973, que destituiu o governo de Salvador Allende.

Segundo o ex-mandatário cubano, durante a visita de Obama ao Brasil "ficaram evidentes as contradições de interesses entre os Estados Unidos" e nosso país. "Quis aproximar-se do gigante sul-americano", acrescentou Fidel, "mas não se comprometeu minimamente em apoiar o Brasil como membro permanente do privilegiado Conselho de Segurança [da ONU]".

O ex-líder ainda destacou que a presidente brasileira, Dilma Rousseff, "não vacilou em expressar sua inconformidade com as medidas protecionistas que os Estados Unidos aplicam ao Brasil, por meio de tarifas e subsídios que têm constituído um forte obstáculo à economia desse país".

Por sua vez, a divisão chilena da União Bicentenária dos Povos repudiou a visita de Obama ao país e pediu o término da ingerência nos assuntos da Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua e todos os outros países com governos progressistas.

A entidade também pediu o fim do apoio militar, financeiro e logístico que o país dá "ao criminoso governo colombiano, que cumpre o triste papel de 'Israel da América do Sul'", além do fechamento das bases militares que os Estados Unidos mantém em diversos pontos do continente como "pontas de lança de sua política intervencionista".

Para o grupo, Obama "busca, ao visitar o Chile, ressuscitar a moribunda ideia de uma nova Aliança para o Progresso, que é uma renovada fórmula do imperialismo norte-americano para tentar frear o livre e auto-determinado desenvolvimento dos povos irmãos da América Latina".

Eles ainda afirmaram que o chefe de Estado norte-americano, que se apresentou ao mundo como um homem da "mudança", tem demonstrado que é "somente um continuador de uma política bélica e claramente imperialista".
 
 
(http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2011/03/21/viagem-de-obama-ao-chile-recebe-criticas-de-fidel-e-entidade-politica.jhtm)