Entrevista com Rosa das Oliveiras
Por Miguel Carqueija Em: 26/04/2015, às 17H55
ENTREVISTA COM ROSA DAS OLIVEIRAS
Miguel Carqueija
1 – Rosa, você já é uma pessoa muito conhecida pelos leitores do Recanto das Letras, mas eu gostaria que se apresentasse nesta entrevista, como você achar melhor, se possível porém dizendo alguma coisa de sua história e atividades.
R- Sou uma pessoa muito sensível, tive uma infância muito sofrida. Sempre gostei de escrever, mas não sabia escrever direito. Escrevi meu primeiro poema na sala de aula e a minha professora gostou muito e leu para todos os alunos da suplência. Aí então continuei a escrever. Fiz alguns amigos no Recanto, mas também alguns inimigos, não porque eu quisesse, mas não sei o porquê, as pessoas têm raiva de mim. Comecei a me identificar como Oliveira Rosa, porque já existia uma poetisa chamada Rosa Oliveira. Um amigo Poeta me sugeriu que eu mudasse pra “Rosa das Oliveiras”. Gostei muito e deu certo.
2 – O que a levou pelo caminho da poesia? E como você vê a função da poesia na sociedade moderna?
R- O que me levou, acho que sou sensível e aproveito cada sentimento meu como inspiração para escrever, principalmente poema que fala de amor, mas gosto também de poesias infantis.
3 – Há pessoas que, com o tempo, parece que vão se tornando ainda melhores em seus misteres. Você leva uma verve e uma disposição criativa invejáveis em pessoas mais novas. A poesia a rejuvenesce?
R- Eu creio que sim. Porque através dela registramos tudo (ou quase tudo) aquilo que estamos sentindo. E minha satisfação é quando vejo que tocam no coração de alguém. Aí me dou por satisfeita.
4 – Que nomes da literatura brasileira você mais aprecia, e quais os que mais a influenciaram?
R- Vinícius de Morais e Florbela Espanca (esta portuguesa)
Esses me influenciaram bastante, e ainda continuam. As poesias de amor desses poetas me fascinam.
5 – E que nomes da literatura mundial?
Luiz Vaz de Camões e Fernando Pessoa.
6 – Como você vê a civilização contemporânea em sua crise de todos os dias? E no caso específico do Brasil, um país que vive em crise de identidade, com problemas e mazelas aparentemente insolúveis?
R- Infelizmente a mídia ensina muitas coisas nocivas e desrespeitosas para nossos filhos. As novelas principalmente, quase todas fazem alusões à violência, ao desrespeito aos pais e a Deus. Isso aos poucos influencia a cabeça dos adolescentes e até de adultos.
7 – Qual a sua posição em relação á religião?
R- Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, creio no Espírito Santo e em Jesus Cristo. Creio na Bíblia, apesar que quase não A leio.
8 – Como você define o seu modelo poético, o seu jeito de poetar?
R - Meus versos são escritos com a alma e a inspiração vem de um sentimento que pode ser triste ou alegre, raramente eu escrevo versos imaginários, meus poemas são sentidos mesmo quando são apenas sonhos.
9 – Além da poesia, quais os gêneros literários que você prefere?
R- Contos minimalistas, textos explicativos sobre gramatica, a
qual eu tenho uma grande dificuldade.
10 – Gostaria de saber também alguma informação de seus gostos musicais.
R- Música sertaneja raízes e músicas românticas.
11 – Fale também das suas preferências no cinema e no teatro, inclusive citando filmes e peças que a agradaram.
R- No cinema gosto de comédias, ação e amor. Teatro desde que seja uma peça que arranque risos (humor) ou que fala sobre o mundo poético.
12 – Rosa, encerrando a entrevista eu quero deixá-la á vontade para as suas considerações finais. Aproveito para parabenizá-la pelos dois mil textos completados no Recanto, o que não é para qualquer um. Quero também agradecer-lhe muito a gentileza de conceder a entrevista e externar que, a meu ver, você é uma pessoa de altíssimo nível, e contar com a sua amizade é um privilégio. Deus a abençoe.
R- Miguel Carqueija, para mim foi uma honra participar dessa entrevista e assim podem me conhecer um pouquinho mais daquilo que sou e que sinto.
Obrigada de coração pela oportunidade e que Deus lhe abençoe sempre.
(entrevista originalmente publicada em 28 de março de 2015 no Recanto das Letras)