Cristovam Sena recontou o fracasso da Fordlândia

A presença estadunidense no estado do Pará, que, relativamente ao plantio racional de seringueiras na Floresta Amazônica, tentava seguir os passos de muito bem sucedidos empreendimentos ingleses na Ásia, redundou em formidável fracasso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"BARZINHO EM MOGNO COM 3 BANQUETAS":

EM SUA PLANTAÇÃO RACIONAL DE MOGNO, TENHA

MUITO CUIDADO COM A  EXTRAORDINARIAMENTE

TEMIDA PRAGA broca dos ponteiros, UMA VEZ QUE

DOENÇAS BOTÂNICAS NÃO LIQUIDARAM DE FORMA

INCLEMENTE APENAS A FORDLÂNDIA IANQUE

DOS ANOS 1920, NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL 

[PREÇO DESSE MÓVEL, USADO, NO PORTAL 

Toda ofertaR$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais)]

RECOMENDAÇÃO DESTA COLUNA: nas suas aquisições de

peças de madeira, neste país, peça comprovação de manejo florestal,

fornecida pelo IBAMA/MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (REPÚBLICA

FEDERATIVA DO BRASIL), para que você não contribua, inadvertidamente,

para a dizimação das florestas latifoliadas tropicais de nosso país!

(SÓ FOTO E PREÇO, acima reproduzidos, podem ser encontrados, na Web, em:

http://comprar.todaoferta.uol.com.br/barzinho-em-mogno-com-3-banquetas-XWAE1UYZPR#rmcl)

 

 

 

 

(http://www.leblogauto.com/2008/09/fordlandia.html)

 

 

 

 

(http://ruasdobrasil.wordpress.com/2009/06/)

 

 

 

 

 

"(...) A topografia montanhosa e solo predominantemente arenoso de Fordlândia dificultavam o cultivo mecanizado, elevando o custo de implantação do seringal. Além do clima com umidade relativa do ar elevada, que favorecia o ataque do inimigo número um da seringueira na Amazônia, o “Mal das Folhas”, doença causada pelo fungo Microcyclus ulei, até então desconhecido dos americanos de Fordlândia que, por isso mesmo, não estavam preparados para combatê-lo. (...)".

(CRISTOVAM SENA, trecho do artigo adiante na íntegra reproduzido)

 

 

"(...) A Hypsipyla grandella constitui a principal praga das meliáceas e pode inviabilizar o plantio da espécie. Sua ocorrência estende-se desde a América do Sul até o México. A praga encontra-se mais disseminada nas regiões onde se verificam anualmente altas temperaturas e umidades relativas. Os ataques ocorrem preferencialmente em plantas jovens e na época chuvosa. Recomenda-se evitar o plantio em áreas limítrofes com a região Amazônica e nas regiões de ocorrência natural do cedro. Outra estratégia importante é evitar a formação de grandes áreas com o plantio do mogno. Em Brasília, plantios contendo até 1000 árvores em uma única propriedade não têm apresentado indícios de ataque. O clima seco dos meses de inverno contribui para a redução dos níveis  populacionais da Hypsipyla. Dada a falta de informações sobre a viabilidade de plantio de mogno nas diferentes condições climáticas e edáficas da região, assim como a falta de informações sobre a ocorrência de pragas e doenças, seria recomendável a formação de áreas menores (cerca de 100 árvores por propriedade) e avaliação do comportamento da espécie pelo menos por dois anos consecutivos".

(FINAL DO ARTIGO DIVULGADO NO PORTAL DE Riomudas,

http://www.riomudas.com.br/mogno.htm)

 

 

 

 

                                           

                                           

                                            Homenageando o Dr. Cristovam Sena, engenheiro florestal da EMATER-PA,

                                            e os responsáveis pelo empreendimento fluminense, de sucesso, denominado

                                            RIOMUDAS

 

 

 

11.6.2010 - Os americanos tentaram estabelecer a plantação racional de seringueiras na Amazônia, mas uma praga dizimou as árvores e eliminou a possibilidade de uma exploração mais lucrativa da borracha, no Pará - Cristovam Sena, autor do artigo a seguir transcrito, é, de acordo com o portal Conexão Oeste, engenheiro florestal da EMATER-PARÁ e é ou foi - quando o artigo foi divulgado - diretor do ICBS (Instituto Cultural Boanerges Sena). SE VOCÊ (como acontece comigo, aliás) NÃO É ESPECIALISTA EM ENGENHARIA FLORESTAL, AGRONOMIA, PLANTAÇÃO FLORESTAL-RACIONAL e assuntos correlatos, TALVEZ PENSE QUE A praga da serigueira SEJA A MESMA DA FABULOSAMENTE LUCRATIVA - em razão de seu elevado preço e internacional demanda - MADEIRA DE LEI DENOMINADA 'MOGNO' (o temido ataque da "broca dos ponteiros", como dizem aqueles que têm intimidade com essa área de atuação extrativista-madeireira-manejada). Todavia, lendo os dois artigos que esta Coluna a seguir indica, verá que, francamente, Microcyclus ulei É DIFERENTE DE Hypsipyla Grandella. Não confunda alhos com bugalhos, você poderia perder muito dinheiro (como aconteceu, aliás, com os americanos, na Fordlândia paraense). Boa sorte, saúde, paz e... muito cuidado com os ataques de repelentes pragas que acabam com os empreendimentos florestais-racionais! F. A. L. Bittencourt ([email protected])

ARTIGO DE Cristovam Sena sobre a triste história da Fordlândia  

"Fordlândia - Breve Relato da Presença Americana na Amazônia
 
06.05.2009

 

FORDLÂNDIA:

 
BREVE RELATO DA PRESENÇA AMERICANA NA AMAZÔNIA
 
 
O CICLO DO OURO NEGRO
 
Em toda a Amazônia, nenhum outro ciclo econômico foi mais estudado e pesquisado do que o da borracha. Até hoje ainda existem estudiosos interessados em conhecer os períodos de apogeu e decadência do “ouro negro”, que fez Manaus e Belém transformarem-se rapidamente em grandes centros comerciais, metrópoles da Amazônia. Ciclo que deu origem aos afortunados barões da borracha, homens que estabeleciam seu poder na base da tirania, como Julio Cesar Arana, que mantinha escravos em suas terras.
Em 1896 o comerciante peruano Júlio César Arana começou a explorar seringais nativos no vale do rio Putumayo na Colômbia. Em 1905 já havia adquirido mais de 3 milhões de hectares dentro do território colombiano, utilizando mão-de-obra indígena na extração da borracha. Devido à brutalidade do regime de trabalho conduzido por Arana, em doze anos de exploração dos seringais nativos de Putumayo a população indígena da região passou de 30 mil para menos de oito mil índios, gerando um faturamento de US$ 75 milhões com a exportação de aproximadamente 4 mil toneladas de borracha.
Para Arana, cada índio morto representou 180 quilos de borracha, nessa troca direta de vida humana por produto, que muitas vezes o capital impõe e que ainda hoje prevalece, não de forma tão explícita como no tempo de Júlio César Arana.
Vivia-se a era do automóvel e da borracha, o mundo precisava da matéria prima a qualquer preço. Em Dearborn, distrito de Detroit, Henry Ford produzia 1.200 automóveis por dia, empregando mais de cem mil operários em suas fábricas. Durante o século dezenove, praticamente toda borracha natural consumida no mundo era originária da Amazônia brasileira, levando o produto a competir com o café na formação do PIB brasileiro.
 
 
 
HERÓIS E VILÃO
 
Dentre os vários personagens que inscreveram seus nomes nessa história tão importante para a economia da Amazônia, denominada de “ciclo do ouro negro”, três merecem destaque especial: Charles Marie de La Condamine, Charles Goodyear e Henry Alexander Wickham. Um francês, um americano e um inglês. Os dois Charles, eméritos cientistas, em épocas diferentes tiveram influência no apogeu do ciclo, enquanto que Wickham foi o responsável direto pela sua decadência.
La Condamine, pioneiro nos estudos científicos sobre a borracha, em 1744 apresentou a Hevea brasiliensis à Academia de Ciências, em Paris, levando a boa-nova ao “mundo civilizado”. Goodyear, em 1836, conseguiu através da vulcanização da borracha, transformá-la em produto estratégico para o mundo. E Wickham, em 1876, após passar três anos morando em Santarém conseguiu, amparado pelo beneplácito do Kew Garden, transferir 70 mil sementes de seringueiras do Vale do Tapajós para Londres, ato que se transformou no início do fim do monopólio que o Brasil mantinha na produção de borracha natural.
Por seus atos, para a história econômica da Amazônia o francês e o americano são considerados heróis, enquanto o americano ficou estigmatizado como o grande vilão e único responsável pela débâcle da borracha. Mas será que foi o único mesmo?
 
 
 
 
OS INGLESES LEVARAM AS SEMENTES
 
Em 1876, o inglês Henry Alexander Wickham, a serviço do Royal Botanical Garden em Londres, coletou e enviou para a Inglaterra 70 mil sementes de seringueira (Hevea brasiliensis), originárias de uma região denominada Boim, no Vale do Tapajós. As sementes produziram 2.700 mudas (3,8%), posteriormente plantadas em colônias britânicas na Malásia, que originaram extensos seringais de cultivo com alta produtividade de borracha seca por hectare. Em pouco mais de cinqüenta anos os ingleses desbancaram a Amazônia e transformaram-se nos maiores produtores de borracha do mundo, com efeitos desastrosos para a economia da região que continuava assentada no extrativismo predatório dos seringais nativos, e assim continuou por mais meio século.
“Quando os danados dos ingleses roubaram a nossa borracha e fizeram plantações no Oriente e nos expulsaram do mercado, foi terrível. Muita gente faliu. Não havia mais dinheiro, não havia mais navios nos rios, nem mercado, nem exportação, nem borracha. A borracha valia menos do que o suor que custava. Os seringueiros morriam de fome, o capim crescia nas ruas de Manaus. Foi uma catástrofe de grandes proporções”. Lamentos de Tyler, personagem do livro “A árvore que chora – o romance da borracha”, da escritora americana Vicki Baum. 
 
 
 
FORD E A IDÉIA DE PRODUZIR BORRACHA NA AMAZÔNIA
 
 
 
Esse fato teve reflexos também em Dearborn, pois os ingleses a fim de manterem o preço da borracha em alta, criaram o cartel da borracha no Sudeste Asiático, obrigando Henry Ford (1863-1947) a pensar em produzir sua própria matéria prima se quisesse ter garantia no abastecimento de látex para a fabricação dos pneus dos seus automóveis, a preços competitivos. 
Assim surgiu a idéia de Ford produzir borracha na Amazônia. A escolha do Vale do Tapajós para sede do seringal racional deveu-se ao fato de lá terem saído as 70 mil sementes que Henry A Wickham levou para Londres. Mas a história da aquisição dessa área em julho de 1927, um milhão de hectares, é meio intrincada, onde aparecem as figuras de Jorge Dumont Villares, herdeiro de uma afortunada família cafeeira de São Paulo, e W.L. Reves Blakeley.
Segundo Warren Dean, no seu livro “A Luta Pela Borracha no Brasil”, Henry Ford pagou 125 mil dólares a Villares para ficar com a terra que o Estado poderia ter-lhe cedido gratuitamente se tivesse tratado diretamente com ele.
 
 
 
FORDLÂNDIA
 
 
 Adquirida a terra, o passo seguinte foi construir a cidade que iria dar suporte à plantation e que recebeu o nome de Fordlândia, localizada à margem direita do Rio Tapajós, na bacia do Rio Cupari, dentro dos municípios de Aveiro e Itaituba, numa comunidade denominada Boa Vista.
Em dezembro de 1928 dois navios, Lake Ormoc e Lake Farge, depositaram em Fordlândia os componentes que estruturariam a nova cidade. Sob a direção do americano Einar Oxholm, operários brasileiros puseram-se imediatamente a trabalhar na construção daquela que iria se transformar em pouco tempo na terceira mais importante cidade da Amazônia, oferecendo aos seus habitantes hospital, escolas, água encanada, moradia, cinema, luz elétrica, porto, oficinas mecânicas, depósitos, restaurante, campo de futebol, igreja, hidrantes nas ruas, emprego.  
Num ritmo acelerado a cidade foi brotando no meio da selva. A caixa d’água, símbolo da presença do Ford na Amazônia, trazida encaixotada dos Estados Unidos, foi montada e colocada em ponto estratégico para ser vista por todos que ali aportassem. Vilas de casas dos funcionários, administradores e visitantes iam sendo construídas. Fordlândia seria a primeira “cidade empresa” edificada na Amazônia, criada para garantir a lógica produtiva dos grandes projetos, provocando verdadeira revolução na realidade local e regional, transformando as relações de trabalho e a vida social dos seus habitantes.
Jacob Cohen, no seu livro “Fordlândia, a grande interrogação do futuro” escrito em 1929, assim descreve a construção da cidade: “O primeiro cuidado dos engenheiros encarregados foi lançar as primeiras fundações, tendo-se agasalhados parte deles na antiga casa de Boa Vista, que foi remodelada. Depois mandaram construir o Barracão Central que serve de escritório, consultório médico e dentário, farmácia, armazém de mercadorias, refeitório, etc., iluminado a luz elétrica, com telefone e ventiladores elétricos”.
Em seguida construíram o porto e o hospital, que Cohen classifica “como modelar no gênero, obedecendo a mais rigorosa higiene, com serviço de ambulância equiparado ao de Belém. O almoxarifado, um edifício em forma de chalé, onde funciona também a seção de eletricidade. A serraria, montada provisoriamente perto do almoxarifado e do porto, contem uma bancada de serra para toras e uma aplainadeira mecânica, recebe sua força motriz de uma usina central por meio de acumuladores elétricos.”
Paralelamente à construção da cidade, tiveram início os trabalhos de derrubada da mata para o plantio do seringal. No final de 1929, tinham completado a limpeza e o plantio de 400 hectares, bem aquém do que tinha sido planejado pelos administradores da Companhia Ford Industrial do Brasil – CFIB, sociedade anônima criada em 1927 com objetivo de, entre outras coisas, “proceder à plantação de seringueiras e exercer a indústria extrativa relativa a esse produto”, como consta em seus estatutos. Nos dois anos seguintes, mais novecentos hectares foram desmatados.
Foi o primeiro grande desmatamento contínuo nas terras firmes da Amazônia. Nesse tempo a insipiente pecuária ainda restringia-se às terras de várzea com seus campos naturais e marombas, prática que foi alterada a partir da grande cheia de 1953 que obrigou os criadores a formarem pasto em terra firme.
 
 
 
O FRACASSO
 
 
A partir do desmatamento para o plantio do seringal os problemas começaram a surgir em Fordlândia. A idéia de retirar antes da queimada a madeira comercializável reduziu o ritmo da operação de desmatamento. A madeira retirada deveria ser exportada para a Europa e Estados Unidos, mas o plano de compensar o investimento inicial com a venda da madeira fracassou, sendo abandonado ainda em 1929. Para essa atividade a Companhia tinha instalado aquela que foi considerada à época a maior serraria da América Latina, e que depois ficou somente desdobrando madeira para a construção dos galpões e casas dos operários, e produzindo lenha para as caldeiras.
Contudo, o fator mais determinante para o fracasso da Companhia na produção de borracha em Fordlândia foi a falta de critério técnico na escolha da área. Escolha induzida pela dupla Vilares/Blakeley, que meses antes tinha obtido gratuitamente do governo paraense a concessão dessa área de um milhão de hectares, e comercializado em seguida com Ford por 125 mil dólares.
A topografia montanhosa e solo predominantemente arenoso de Fordlândia dificultavam o cultivo mecanizado, elevando o custo de implantação do seringal. Além do clima com umidade relativa do ar elevada, que favorecia o ataque do inimigo número um da seringueira na Amazônia, o “Mal das Folhas”, doença causada pelo fungo Microcyclus ulei, até então desconhecido dos americanos de Fordlândia que, por isso mesmo, não estavam preparados para combatê-lo.
A impressão que temos hoje é que Blakeley a fim de consumar o projeto arquitetado com Vilares para a venda das terras, convenceu Henry Ford de que devido as sementes de seringueiras que originaram as extensas plantações do Oriente terem saído do vale do Tapajós, produzir borracha nessa região seria fácil, pois iriam estabelecer sua plantation no berço natural das seringueiras. No jargão do futebol seria cruzar e correr para o abraço.
Tanto é verdade, que na relação dos técnicos que vieram em 1927 para a implantação da cidade e do seringal, estavam engenheiros, médicos, contabilistas, eletricistas, desenhistas, mas nenhum agrônomo, botânico ou fitotecnista fazia parte da equipe inicial. Ninguém ligado ao setor agrícola.
Para comandar as plantações, contrataram o amazonense Monteiro da Costa, definido por Jacob Cohen como um “poliglota que serviu por muitos anos como Diretor do Campo Experimental da Seringueira em Manaus, verdadeiro especialista em Hevea brasiliensis”, mas Cohen não especifica sua formação acadêmica.   
Fato é que o Microcyclus praticamente dizimou o seringal implantado nos primeiros anos, obrigando que em 1934 a Companhia formalizasse com o Estado a permuta de uma área de 281 mil hectares, localizada nos fundos da gleba anteriormente adquirida, por outra de igual tamanho, no município de Santarém, margem direita do Rio Tapajós, onde edificaram outra cidade, Belterra, e começaram novo plantio racional de seringueiras. Seis anos depois de ter chegado a Fordlândia, a Companhia reiniciava do zero seu projeto de produzir borracha na Amazônia.   
Além da topografia e do clima, Fordlândia estava a quatro dias de barco de Belém, e no período da estação seca o Rio Tapajós baixa o nível de suas águas, não permitindo a entrada ou saída de grandes navios até o porto da Companhia.
 
 
A BUSCA DE UMA SOLUÇÃO
 
 
O fracasso de Fordlândia obrigou a Companhia a trazer um especialista para diagnosticar a improdutividade do seringal. Ford contratou James R. Weir que “em seu relatório inicial assinalou omissões em aspectos elementares de gestão agrícola, e sugeriu como medida de urgência a importação do Sudeste Asiático, de clones de alta produtividade garantida”.
Segundo Dean, isso aconteceu em 1934 quando chegaram 53 clones selecionados pelo próprio Weir, que orientou que fossem plantados em Belterra, um platô de 150 metros de altitude, na mesma margem do Tapajós, cinqüenta quilômetros ao Sul de Santarém, com navegação regular de navios de grande calado durante os doze meses do ano.
Em Belterra, mesmo apresentando condições de solo, clima e topografia mais favoráveis ao cultivo da hévea, o seringal também foi atacado pelo “Mal das Folhas”. Mas a utilização de práticas de manejo como seleção de sementes, utilização de clones resistentes, enxertia de copa e controle com fungicidas, fizeram com que o seringal passasse a conviver com o Microcyclus.
Em 1941 as primeiras seringueiras plantadas em Belterra começaram a ser exploradas, mas a produtividade extremamente baixa associada ao alto custo de produção da borracha jogou um balde de água fria no entusiasmo dos administradores da Companhia. 
 
 
 
A RETIRADA
 
A presença da Ford Motor Co. na Amazônia durou 18 anos (1927-1945). Em 1945, o neto de Henry Ford que estava à frente do projeto resolveu desistir do empreendimento, imputando ao fungo e a problemas com trabalhadores a responsabilidade pela retirada. A justificativa apresentada por Henry Ford II poderia ser mais completa, pois não interessava mais ao avô magnata produzir borracha tão longe de Dearborn, a um preço elevado. A Segunda Guerra Mundial tinha chegado ao fim, a demanda por borracha tinha diminuído além de que a borracha sintética substituía em parte a borracha natural. Os Estados Unidos e Inglaterra agora eram parceiros, o que fez com que os ingleses derrubassem o cartel da borracha no Sudeste Asiático.
Foram dezoito anos em que a Companhia exerceu os direitos de concessão de uso de um milhão de hectares na Amazônia, quando resolveu se retirar “entregando” terras e benfeitorias ao Governo Brasileiro. 
Pelo Decreto Lei 8.440 de 24 de dezembro de 1945, o Governo Federal estabeleceu normas para a aquisição do acervo da Companhia Ford Industrial do Brasil, operação que se efetivou através do Banco de Credito da Borracha S.A, atual Banco da Amazônia, pagando por ele o preço simbólico de 5 milhões de cruzeiros (250 mil dólares). Segundo Warren Dean, valor que a empresa devia a seus trabalhadores de acordo com as leis brasileiras relativas ao aviso prévio. Segundo estimativas, as duas plantações custaram à Companhia Ford um investimento de mais de vinte milhões de dólares.
Por esse valor simbólico, o Governo Federal recebeu seis escolas, sendo quatro em Belterra e duas em Fordlândia; dois hospitais; patrulhas sanitárias; captação, tratamento e distribuição de água nas duas cidades; usinas de força; mais de 70 quilômetros de estradas bem conservadas; dois portos; estação de rádio e telefonia; duas mil casas para trabalhadores; trinta galpões; centros de análise de doenças e autópsias; duas unidades de beneficiamento de látex; vilas de casas para a administração; departamento de pesquisa e análise de solo. 
Além de mais de cinco milhões de seringueiras plantadas: 1.900.000 em Fordlândia e 3.200.000 em Belterra.
O agrônomo Eymar Franco, no seu livro de memórias “O Tapajós que eu vi”, relembra a chegada dos americanos em 1928, na época, ele um garoto de sete anos de idade, morando na comunidade de Urucurituba, numa fazenda localizada em frente de onde foi se estabelecer a Companhia Ford: “A chegada dos americanos ao Tapajós causou uma verdadeira revolução em todo o rio. Aqueles homens muito brancos, louros, de olhos azuis, falando uma língua diferente era a mesma coisa que a Terra fosse invadida por seres de outro planeta”
“Em 1928 chegou a Companhia Ford Industrial do Brasil e trouxe uma era de prosperidade que prometia ser duradoura. Em fins de 1945, princípios de 1946, a Ford retirou-se do Tapajós e ele mergulhou novamente no silêncio e no esquecimento, ficando ainda mais pobre do que antes”, afirma Eymar.
Fordlândia hoje se encontra abandonada, quem a visita vislumbra somente vestígios da “era de prosperidade” a que se refere Eymar Franco. Após a saída dos americanos, o patrimônio material de Fordlândia foi sendo dilapidado pouco a pouco, através de sucessivos leilões públicos e outros tantos não oficiais, que mais poderiam ser chamados de saques contra o patrimônio construído pela Companhia e adquirido pelo governo brasileiro.  
Ficaram alguns prédios em ruína que ainda servem de atrativo aos poucos turistas e pesquisadores que procuram constatar e compreender a presença americana na Amazônia. Chegam atraídos pelo que representou a borracha na economia mundial do século XIX e metade do século XX, e a importância da Região nesse contexto. Vêm em busca de conhecer uma História que nesse período influenciou diretamente a economia brasileira e mundial, mas que nós brasileiros ainda não conseguimos entendê-la suficientemente para evitar que se reproduza. 
Em Fordlândia ainda encontram-se presentes alguns poucos moradores remanescentes do tempo do fastígio da borracha, que vivem a lembrar como era bom trabalhar e conviver com os americanos, com assistência médica e hospitalar garantidas para toda a família, escola com professoras trazidas de Belém para educarem seus filhos, nutricionistas para controlar a alimentação dos gringos e dos caboclos, água tratada e abundante nas torneiras, luz elétrica nas casas.
Fordlândia, que em 1930 chegou a ter uma população de 2.500 habitantes, a metade da população de Santarém na época, definhou. Hoje, 1.700 habitantes sobrevivem sem esperança de dias melhores, abandonados à própria sorte, sem condições de estabelecer uma agricultura competitiva por causa da desestruturação da base produtiva: insuficiência de assistência técnica, crédito, pesquisa, insumos, estradas, comercialização, armazéns, etc.. Estão isolados.
O turismo, que poderia ser outra alternativa viável, precisa de investimentos que viabilizem a estruturação do turismo receptivo que potencialmente Fordlândia representa, ela que hoje é um Distrito do município de Aveiro. Enquanto Belterra, com uma população de 16.275 habitantes, após uma luta de décadas, conseguiu em 1997 emancipar-se politicamente de Santarém, sendo elevada à categoria de município.
 
 
BIBLIOGRAFIA
 
Baum, Vicki - A árvore que chora – Rio de Janeiro : Edição da Livraria do Globo, 1946
 
Benchimol, Samuel - Romanceiro da batalha da borracha – Manaus : Imprensa Oficial do Amazonas, 1992
 
Cohen, Jacob – Fordlândia: a grande interrogação do futuro – Belém, 1929
 
Costa, Francisco de Assis - Grande Capital e Agricultura na Amazônia – Belém : Universidade Federal do Pará, 1993
 
Dean, Warren – A luta pela borracha no Brasil: um estudo de história ecológica – São Paulo : Nobel, 1989
 
Franco, Eymar – O Tapajós que eu vi – Santarém : ICBS, 1998
 
Rocha, Gilberto de Miranda (organizador) - Cidade e empresa na Amazônia: gestão do território e desenvolvimento local – Belém : Paka-Tatu, 2002
 
Santos, Paulo Rodrigues dos – Tupaiulândia – Santarém: ICBS, 1999
 
Weinstein, Barbara – A borracha na Amazônia: expansão e decadência, 1850-1920 – São Paulo : HUCITEC : Editora da Universidade de São Paulo, 1993". (CRISTOVAM SENA)
 
 

   

 

 

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ANTES QUE SE LEIA A TRANSCRIÇÃO DO ARTIGO SOBRE A TERRÍVEL PRAGA QUE ATINGE AS PLANTAÇÕES RACIONAIS DE MOGNO, verifique-se o verbete 'MADEIRA DE LEI', da Wikipédia

"Madeira de Lei

Madeira de Lei significa, no Brasil, as madeiras que, por sua qualidade e resistência, são empregadas em construção civil, confecção de móveis de luxo, instrumentos musicais e artigos de decoração. É ligeiramente amarelada, superfície lisa e lustrosa.

Índice

História

A expressão tem origem em legislação do período imperial[1] e, apesar de generalizada, não tem definição técnica.

A expressão chegou até aos nossos dias como sinônimo de madeira de construção, civil e naval, ou seja, conforme o dicionário Aurélio: "madeira dura ou rija, própria para construções e trabalhos expostos às intempéries". Por antítese a madeira de lei usa-se a expressão "madeira branca", que conforme o mesmo dicionarista é "…qualquer essência florestal de contextura mole, e de segunda qualidade, seja qual for a cor do seu lenho".

Por essa razão, sempre que consultado, o Laboratório de Produtos Florestais recomenda que a expressão "madeira de lei" não seja empregada em documentos oficiais como contratos, licitações, textos legislativos e outros. Sempre que necessário, as madeiras devem ser citadas pelos seus nomes comuns ou mais conhecidos e, principalmente, pelo nome científico.[2]

Considera-se que a primeira madeira a ser considerada "de lei" no Brasil foi a Callophilum brasiliense, popularmente conhecida como Jacareúba, Guanandi, Landim, ou, em castelhano, Santa Maria.

Pela Lei nº 6.607, de 7 de dezembro de 1978, o pau-brasil foi declarado "Árvore Nacional do Brasil".[3]

Pelos projetos de lei PL-2293/1974 e PL-882/1975, ambos arquivados na Câmara dos Deputados, tentou-se instituir o Ipê como flor nacional do Brasil. O projeto de lei PL-3380/1961 visava declarar o pau-brasil e o ipê-amarelo, respectivamente, Árvore e Flor Nacionais, mas este projeto não foi aprovado, conforme informa o site oficial da Câmara dos Deputados[4]

Principais madeiras de lei

Notas

  1. "A Carta de Lei de 15 de outubro de 1827, no §12 do art. 5º, incumbia aos juízes de paz das províncias a fiscalização das matas e zelar pela interdição do corte das madeiras de construção em geral, por isso chamadas madeiras de lei." (PEREIRA, Osny Duarte. Direito Florestal Brasileiro. 1950. p. 96) O mesmo autor complementa: "…no Império, o art. nr. 70 da Lei de 21 de outubro de 1843, o Regulamento no. 363 de 20 de junho de 1844 e a circular de 5 de fevereiro de 1858 está enumerando as madeiras cujo corte era reservado mesmo em terras particulares. Esse esclarecimento era fornecido anteriormente pelas Ord. do Livro I, Tit. 66, § 26 e Livro V, Tit. 75, classificando as chamadas madeira de lei." (op. cit., p. 100).
  2. IBAMA
  3. Lei nº 6.607, de 7 de dezembro de 1978.
  4. Propostas de Lei.

Ver também

 

   

 

 

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Mogno Mogno Mogno Mogno Mogno

(http://www.riomudas.com.br/mogno.htm)

 

 

O SUCESSO DA EXPERIÊNCIA DA RIOMUDAS: PUPUNHA, MOGNO, PLANTAÇÃO NO CERRADO E A PRAGA Hypsipyla grandella

 

MUDAS DE PUPUNHA NO ESTADO DO RIO

 

SE, como acima se constatou, A FORDLÂNDIA, NO PARÁ, NÃO DEU CERTO, veja, por outro lado, uma experiência de sucesso realizada no Sudeste Brasileiro com pupunha, desenvolvida em:

"Estrada Santa Maria, Km 10, Funchal. Cachoeiras de Macacu - Rio de Janeiro".

 

 

INFORMA RIOMUDAS SOBRE SUA EXPERIÊNCIA:

 

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Acessos:

BIODIESEL - Parceiros:

ORGADEM - Organização de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios"
 

 

LEIA, SE TIVER TEMPO E INTERESSE, O ARTIGO A SEGUIR TRANSCRITO SOBRE:

PUPUNHA E MOGNO NO CERRADO E a praga da meliáceas, Hypsipyla grandella, que, de acordo com os responsáveis pela experiência florestal/comercial (de sucesso) da RIOMUDAS, pode inviabilizar o plantio da espécie.

 

Mogno

"Várias espécies da região Amazônica, como por exemplo a seringueira e a pupunha, têm apresentado boa adaptação às condições dos Cerrados, especialmente pelo fato de não estarem sujeitas ao ataque de pragas e doenças comuns na região de origem. O mogno (Swietenia macrophylla King.) tem apresentado comportamento similar. A principal limitação ao seu cultivo na Amazônia deve-se ao ataque da "broca dos ponteiros", causada pela Hypsipyla grandella Zeller. Plantações com esta espécie na região somente têm sido viáveis quando feitas em sistemas agroflorestais ou em plantios de enriquecimento de capoeiras. Embora essa praga ocorra também no Cerrado, sua densidade populacional é menor e não tem, até o momento, causado danos nos plantios.

A exploração do mogno na Amazônia é dificultada pelo baixo número de árvores por hectare (normalmente uma ou duas), dificuldades de acesso e transportes a longas distâncias. Os danos ambientais provocados na floresta levaram o governo a adotar medidas de contingenciamento da exploração dessa espécie, limitando o volume de madeira a ser retirado anualmente da região.

A certificação dos produtos florestais com o "selo verde", isto é, sem causar prejuízos ao meio ambiente, tem-se tornado uma exigência dos países importados e fator limitante à exploração das madeiras nativas.

A nova "Lei de Crimes Ambientais", recentemente promulgada, institui normas rígidas para o uso das reservas naturais.

Tais fatores, aliados ao alto valor comercial do mogno e à tendência crescente do consumo da madeira, permitem concluir que o investimento em plantações comerciais dessa espécie tende a ser altamente lucrativo; principalmente ao se considerar que a produção de madeira dos países asiáticos, principais exportadores, tende a diminuir devido à crescente redução de suas reservas florestais.

A região dos Cerrados, em função das condições climáticas, edáficas, topográficas e de infra-estrutura, apresenta excelentes condições para o plantio do mogno; desde que sejam evitadas áreas de terrenos arenosos, baixo índice de precipitação ou altos riscos de ataques da "broca dos ponteiros". o sucesso do empreendimento depende da obtenção de material genético selecionado, produção de mudas de boa qualidade e plantio efetuado de forma a garantir bom desenvolvimento da espécie.

Plantio no campo

O plantio no início da estação chuvosa; e fundamental para garantir o bom crescimento das mudas até o próximo período de estiagem. Os tardios não permitem que as raízes atinjam as camadas mais úmidas do solo e a sobrevivência das mudas no período seco tendem a ser reduzida. Plantios na época adequada apresentam taxas de sobrevivência próximas a 100%, desde que as covas sejam de tamanho e níveis de fertilização adequados.

Preparo das covas

As covas devem ter pelo menos 40 cm de profundidade. As covas abertas manualmente são de 40x40x40 cm e são recomendadas apenas para pequenas quantidades de mudas. A utilização de plantios em sulcos com 40 cm de profundidade ou em covas feitas com perfuratriz são recomendadas para plantações maiores. Caso o solo não esteja suficientemente úmido na época do plantio, recomenda-se irrigar a cova até seu transbordamento.

Adubação

O mogno adapta-se bem às condições dos Cerrados e não tem apresentado sintomas de deficiência nutricional. As análises física e química do solo são importantes para definir a adubação mais apropriada. Para solos virgens sob a vegetação típica de cerrado, tem sido usada com êxito a seguinte adubação por cova:

FERTILIZANTE
QUANTIDADE
Superfosfato simples
250 g
Calcário dolomítico
300 g
Cloreto de Potássio
50 g
F.T.E. BR 12
10 g
Esterco de curral curtido
10 litros

A adubação nitrogenada pode ser parcelada em três aplicações e efetuada nos meses de novembro, janeiro e março. A dosagem corresponde a 50 g de uréia aplicada à cerca de 15 cm da muda.

Manutenção

Durante o primeiro e o segundo ano, é importante fazer o coroamento das plantas para evitar a competição com as ervas daninhas. Plantas com crescimento normal atingem cerca de 2 metros no primeiro ano e apresentam folhas com cerca de 70 cm a 1 metro de comprimento e 7 pares de folíolos. Caso necessário, pode-se efetuar adubações suplementares de nitrogênio e potássio. Ocasionalmente as mudas de mogno são atacadas pelas formigas catadeiras. Em alguns casos, tem sido observado o ataque de insetos que roletam o tronco, possivelmente devido à ação de coleópteros conhecidos como "serra-pau". Uma grande preocupação que o produtor deve ter é a de evitar a entrada de gado no plantio até que as plantas atinjam pelo menos 3 metros de altura, uma vez que as folhas são comidas pelos animais. A ação do fogo é também altamente prejudicial à espécie.

Local de plantio

Até 8 ou 10 anos após o plantio, o mogno apresenta crescimento rápido em altura, ausência de galhos e pequena área foliar. Tais atributos, além dos fatos de apresentar sistema radicular profundo e resistência à ação dos ventos, contribuem para sua utilização em sistemas agrossilvopastoris. O espaçamento mínimo recomendado entre plantas é de 8 x 8 metros e os espaços entre as árvores pode ser aproveitado para consórcios com outras espécies. A árvore pode ser introduzida em áreas de culturas anuais sem prejuízo das atividades de mecanização. Recomenda-se sua utilização como quebra-ventos em culturas anuais, café, frutíferas e outras. O crescimento da espécie pode ser altamente beneficiado se plantada ao redor de áreas irrigadas. A espécie pode ser usada como barreira quebramentos em construções rurais e ornamentação em pátios ou ao longo de cursos d'água e estradas da propriedade.

Exigências climáticas e edáficas

O mogno suporta bem as condições normais de estiagem dos Cerrados (cerca de quatro a seis meses), período no qual a planta paralisa seu crescimento. Havendo irrigação suplementar, a espécie emite novas brotações mesmo nos meses mais frios do ano. A espécie cresce melhor em solos bem estruturados, porém, suporta bem as condições onde os teores de argila atingem até 65% e breves períodos de alagamento. Sob condições de sombreamento, o crescimento da espécie apresenta reduções em até 50 % da altura em relação aos plantios a pleno sol.

Hábitos de crescimento

A partir dos oito anos de idade as tendências de crescimento apresentam rápidos incrementos em diâmetro e abertura da copa, período que corresponde ao início da frutificação. Plantios realizados em Brasília demonstram que os melhores indivíduos apresentam diâmetro ao nível do peito de cerca de 50 cm aos 15 anos. Estima-se portanto que entre 15 e 20 anos as árvores apresentam as dimensões para a obtenção de madeira serrada. Deve-se salientar que estas idades são aproximadamente as mesmas obtidas para as espécies de rápido crescimento como Eucalyptus ou Pinus, manejadas para a mesma finalidade. Embora o crescimento em diâmetro tenda a diminuir a partir desta idade, o crescimento do volume comercial aumenta substancialmente até os 30 anos, período em que as plantas atingem entre 70 e 80 cm de diâmetro.

Cuidados especiais

A Hypsipyla grandella constitui a principal praga das meliáceas e pode inviabilizar o plantio da espécie. Sua ocorrência estende-se desde a América do Sul até o México. A praga encontra-se mais disseminada nas regiões onde se verificam anualmente altas temperaturas e umidades relativas. Os ataques ocorrem preferencialmente em plantas jovens e na época chuvosa. Recomenda-se evitar o plantio em áreas limítrofes com a região Amazônica e nas regiões de ocorrência natural do cedro. Outra estratégia importante é evitar a formação de grandes áreas com o plantio do mogno. Em Brasília, plantios contendo até 1000 árvores em uma única propriedade não têm apresentado indícios de ataque. O clima seco dos meses de inverno contribui para a redução dos níveis populacionais da Hypsipyla. Dada a falta de informações sobre a viabilidade de plantio de mogno nas diferentes condições climáticas e edáficas da região, assim como a falta de informações sobre a ocorrência de pragas e doenças, seria recomendável a formação de áreas menores (cerca de 100 árvores por propriedade) e avaliação do comportamento da espécie pelo menos por dois anos consecutivos".

(http://www.riomudas.com.br/mogno.htm)

 

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