Capitalismo e socialismo
Por Miguel Carqueija Em: 15/12/2017, às 18H35
CAPITALISMO E SOCIALISMO
Miguel Carqueija
É moda ou modismo falar mal do capitalismo e exaltar o socialismo. Mas o que nos dizem os fatos?
Onde existe prosperidade existe capitalismo. Países como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra, Alemanha, França, Suíça, Japão, além dos Estados Unidos, prosperam porque são capitalistas. O socialismo, onde se implanta, implanta a miséria, a fome, a opressão e a intolerância. Basta ver os terríveis exemplos da Albânia ao tempo de Enver Oxha, da Romênia de Nicolau Ceausescu, do camboja na época de Pol Pot, e agora mesmo a Venezuela com Nicolau Maduro no poder.
Vejam bem que eu falo no socialismo propriamente dito, o socialismo marxista, ou comunismo, não a chamada “social-democracia” ou o socialismo tipo sueco.
No fundo, trata-se de uma forma de capitalismo: o capitalismo de Estado. No tempo da União Soviética, e apesar do que diz Lenin em seu livro “O Estado e a revolução”, não se acabaram nem bancos nem a moeda, que continuou sendo o rublo.
É claro que no capitalismo existem mazelas muito sérias. Esse sistema, que sucedeu ao mercantilismo, foi sendo implantado na Europa com a Revolução Industrial, sem direitos trabalhistas. E pior, sem nem proteção à infância, pois o ministro inglês Pitt saiu-se com essa frase infame: “Levem as crianças” (para as fábricas).
Porém vieram as leis trabalhistas e foi até um ditador de país capitalista, Getúlio Vargas, quem outorgou a CLT, que dizem mesmo ser a mais avançada carta social do mundo (e que agora o governo Temer quer desmontar). O grande problema do capitalismo atual é seu desvirtuamento pela doutrina esquerdista do neoliberalismo. Para ser bom o capitalismo tem de ser produtivo, ou seja, basear-se no trabalho e na produção. A tendência atual é para o capitalismo especulativo, financeiro: o dinheiro gerando dinheiro. E isso é que não se pode admitir. Como no socialismo, o ser humano perde a sua dimensão.
A DSIC (Doutrina Social da Igreja Católica) através principalmente das encíclicas sociais (como a “Rerum Novarum” de Leão XIII e a “Mater et Magister” de João XXIII) traz em si a orientação para que as relações sociais e econômicas sejam justas e eficazes. Não precisamos portanto repelir o capitalismo, mas expurgá-lo de seus defeitos; o socialismo é que não tem jeito, pois é de sua natureza sufocar as liberdades e endeusar o Estado, chegando a ser uma religião de Estado: o deus-Estado.
E o grande Papa Pio XI definiu que o comunismo é “intrinsicamente perverso, monstruoso e desumano”. Os fatos (matanças, genocídios, prisões e perseguições por “delito de pensamento”, difusão da miséria etc) vêm demonstrando isso desde 1917.
Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2017.