BYRON

Não mais prazer nos daremos

até a noite acabar,

se bem que inda nos amemos

e como antes brilhe o luar.

A espada à bainha gasta,

as almas cansam o seio.

Coração que não se afasta

pode até ficar em meio.

Para o amor a noite é feita,

e depressa chega o dia.

Mas o prazer nos enjeita

à luz da lua sombria.

 

(BYRON, trad. Jorge de Sena)

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Amélia Pais
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