[Flávio Bittencourt]

Animais na heráldica (XXI)

Três abelhas, três sacos de juta e uma foice atrás de um dos sacos, que, naquela simbologia, conteriam trigo, estão no brasão Doudeville, uma comuna francesa - há séculos considerada a capital do linho - da Alta Normandia.

 

 

 

 

 

 

 

 

Le 15/08/2010

Doudeville (NORTE DA FRANÇA) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Le 15/08, sur le thème 'Doudeville en fête', le grand corso fleuri paradera dans les rues vers 14 h et à 22 h départ du corso illuminé"

(http://lafraternelleyvetot.e-monsite.com/agenda-voir-133054.html)

 

 

 

 

 

"En héraldique, le blasonnement, dans son sens le plus fréquent, est l'action de décrire, ou encore de lire ou déchiffrer des armoiries. Il s'agit d'un langage technique propre pour décrire d'abord le dessin précis d'un blason, que rien ne peut décrire autrement, hormis une variante syntaxique, puis les ornements qui lui sont ajoutés.

Cette description s'exécute à l'aide d'un vocabulaire et d'une syntaxe spécifique selon un ordre rigoureux de lecture des éléments composant les armoiries. (...)"

(http://fr.wikipedia.org/wiki/Blasonnement)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

CAMISA DE LINHO

(http://bazarnargheela.blogspot.com/2009/10/camisa-feminina-linho-zara.html)

 

 

 

 

 

ABELHA

(http://blogalize.net/picada-de-abelha.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FOICE

(http://www.concrerio.ind.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=280)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TRIGO

(http://www.agro.basf.com.br/UI/culturas.aspx?CodCultura=15

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SACOS DE JUTA, TAMBÉM CONHECIDOS COMO

SACOS DE ANIAGEM

(http://damecarcass.blogspot.com/2008/12/made-in-no-more-bangladesh.html)]

 

 

 

 

 

 

"DOUDEVILLE É A CAPITAL DO LINHO CULTIVADO"

COLUNA "Recontando estórias do domínio público"

 

 

 

 

 

"(...) Henry Doude [DOUDEVILLE, EM FRANCÊS, SIGNIFICA Cidade de Doude] immigrated in 1639 from Guildford, Surrey or Kent, England (17 miles SW of London), under the guidance of Reverend Henry Whitfield and settled in Guilford, Connecticut. While still on the ship, the St. John, he signed the covenant of Guilford. He married Elizabeth Woollett while still in England.

The Doude family may have come from France where there is a town called Doudeville. Doudeville has existed for so long that the origin of the name is not readily available. It is NW of Paris and near the English Channel. Another likely origin is the Netherlands where there was a Doude family of shipping merchants in the early 1600’s. It could be possible that one or more of the Puritan ships carried Henry to England to be supplied with Planters before coming to America. And of course Ireland and Scotland both hold to the O’Dubhda clan theory of origin. As for myself I lean to the Netherlands. In America, I have found no connection between the English Henry Doude and the much later arriving Irish. Nor have I found any documented marriages between the two groups.

His parents may have been Thomas and Elizabeth Doude according to one researcher, however, proof is not provided. (...)".

(http://www.woolletthistory.co.uk/main/doude.htm,

sendo que, no início da página eletrônica onde consta o trecho transcrito,

pode-se ler:

"Elizabeth Woollett born 1616 in Surrey, England.
Emigrated to Connecticut USA [TÍTULO DO ARTIGO]
 

An article contributed by Mary Doud

"The following information is taken from the Doud - Huston Family Records in the possession of Robert and Mary Huston Doud.  The data is the result of many years of research and comes from sources too numerous to mention while keeping the data in a useable condensed format.  The data represents the best judgment of the various individuals that have provided it to us".

If anyone has additional information about the ancestry of Elizabeth Woollett and Henry Doude please contact me through this web site."

(http://www.woolletthistory.co.uk/main/doude.htm)

 

 

 

 

 

22.11.2010 - Doudeville fica na Alta Normandia, na região setentrional da França - As três abelhas de seu belo brasão de armas são verdadeiros totens de lá. (O departamento [estado, unidade da Federação] de SENA MARÍTIMO [Seine-Maritime], onde fica Doudeville, tem como capital a cidade de Ruão [Rouen]).     F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

 

 

File:Blason ville fr Doudeville (Seine-Maritime).svg
 

(http://en.wikipedia.org/wiki/File:Blason_ville_fr_Doudeville_(Seine-Maritime).svg,

"Blasonnement: d'azur à la barre d'argent, à trois sacs de blé d'or, celui de la pointe brochant sur une faucille du même, au chef cousu de gueules chargé de trois abeilles au naturel")

 

 

 

 

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HOW STUFF WORKS - COMO TUDO FUNCIONA - "COMO FUNCIONAM OS TOTENS", por Alia Hoyt

(INTRODUÇÃO)

 

"Introdução a Como funcionam os totens

Para muitas pessoas, a idéia dos totens remete às imagens de rituais sagrados e cerimônias misteriosas. No entanto, mais do que objetos de adoração ou de rituais, os totens se referem a uma grande variedade de relações: ideológica, mística, emocional e genealógica.

Totens em Prince of Wales Island
Farah Nosh/Getty Images
Totens imponentes em Prince of Wales Island, no sudeste do Alasca

Ninguém sabe ao certo quando os primeiros totens foram criados [fonte: Smithsonian (em inglês)]. O que se sabe é que eles começaram como expressões artísticas dos índios americanos da costa noroeste do Pacífico, na América do Norte. Muitos historiadores acreditam que os totens tenham se originado dentro da tribo Haida, que vive no sudeste do Alasca. As tribos na porção setentrional do estado de Washington e da costa de British Columbia a seguiram.­

Os arqueólogos também acreditam que, mesmo que os totens que conhecemos atualmente não tenham surgido até o fim do século 18, as imagens e histórias que eles representam já existiam há centenas (ou talvez milhares) de anos em objetos menores, como pentes e máscaras.

Quando os colonizadores europeus viram pela primeira vez os totens do século 18, ficaram um pouco assustados. Como os totens não se pareciam com nada que já haviam visto, os colonizadores nem imaginavam para que serviam aqueles estranhos objetos. Isso levantou muitos mitos sobre os totens. O capitão britânico, James Cook, os descreveu como "figuras monstruosas" [fonte: NPR].

Mas os europeus, na verdade, ocasionaram um aumento na produção de totens. Eles tinham sofisticadas ferramentas de metal que facilitavam o trabalho dos entalhadores indígenas norte-americanos em peças de madeira maiores. Foram os europeus que rotularam essa forma artística com o nome "totem".

O que os símbolos dos totens significam? Quanto tempo se leva para fazer um totem? Por que um totem feito sob medida custa quase o mesmo preço de um carro novo? Na próxima página, conheceremos o incrível poder que os entalhadores indígenas norte-americanos dominavam.

(...)"

(http://pessoas.hsw.uol.com.br/totem.htm)

 

SOBRE O SITE:

 

"Sobre o HowStuffWorks

O HowStuffWorks é o melhor lugar para descobrir como as coisas funcionam. Fundado em 1998 por Marshall Brain, professor da Universidade Estadual da Carolina do Norte, o site tem crescido continuamente. Sua importância é reconhecida pelo público e pelos meios de comunicação, o que é atestado pelos diversos prêmios recebidos pelo site.

De motores de carros a ferramentas de busca, de telefones celulares a células de energia,  milhares de assuntos são explicados pelo HowStuffWorks. Nenhum tópico é grande ou pequeno demais para ser destrinchado pela nossa equipe...ou para você entender. Além dos textos de fácil compreensão, os artigos do HowStuffWorks usam infográficos e animações para analisar cada tópico de maneira clara, simples e objetiva.

Há outra ferramenta importante nas páginas do HowStuffWorks - o Guia de compras. Escrito por especialistas independentes, o Guia de compras mostra de maneira simplificada o que deve ser considerado na hora da compra de um produto.

Com sede em Atlanta (Geórgia, nos EUA), o HowStuffWorks é desde 2003 parte do Convex Group, empresa de mídia e tecnologia. No Brasil, o quartel-general do HowStuffWorks fica em São Paulo".

(http://www.hsw.uol.com.br/sobre-hsw.htm)

 

 

 

 

 

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VERBETE 'LINHO', WIKIPÉDIA 

 

"Linho

Como ler uma caixa taxonómicaLinho
Koeh-088.jpg
 
Classificação científica
Reino: Plantae
 
Divisão: Magnoliophyta
 
Classe: Magnoliopsida
 
Ordem: Malpighiales
 
Família: Linaceae
 
Género: Linum
 
Espécie: L. usitatissimum
 
Nome binomial
Linum usitatissimum
L.

O linho é uma planta herbácea que chega a atingir um metro de altura e pertence à família das lináceas. Abrange um certo número de subespécies, integradas por botânicos com o nome de Linum usitatissimum L.. Compõe-se basicamente de uma substância fibrosa, da qual se extraem as fibras longas para a fabricação de tecidos e de uma substância lenhosa. Produz sementes oleaginosas e a sua farinha é utilizada para cataplasmas de papas, usada para fins medicinais.

Índice

História

Não se conhece a data e o local em que o homem utilizou pela primeira vez as fibras flexíveis do linho para confeccionar tecido, nem quando a planta começou a ser cultivada. Desde 2500 anos a.C. o linho era cultivado no Egito, e o Livro de Moisés refere-se à perda de uma colheita de linho como uma “praga” ou desgraça, tal a sua importância na vida das populações. O linho vem também mencionado no Antigo Testamento. As cortinas e o Véu do Tabernáculo e as Vestes de Arão como oficiante eram em “linho fino retorcido”. A túnica de Cristo era de linho sem costuras.

A planta aparece, posteriormente, em certas regiões da Grécia Continental – onde o linho foi igualmente um dos mais importantes têxteis. No território que viria a ser Portugal, o cultivo do linho e a sua utilização têxtil provêm dos tempos pré-históricos. Em certas jazidas da província de Almeria que remontam a 2500 a.C. , encontraram cápsulas de linhaça, e numa “sepultura”, situada numa propriedade particular junto das Caldas de Monchique, no Algarve(Portugal), considerada da 1ª fase do bronze mediterrâneo peninsular, recolheu-se um pequeno farrapo de linho (2500 a.C.). Estes fatos não só provam que o linho era já então cultivado e utilizado, mas indicam, pela perfeição do seu fabrico, um longo desenvolvimento anterior.

Semente

A linhaça é a semente do linho (Linum usitatissimum), muito utilizada em culinária, onde é consumida com casca e dela se extrai o óleo de linhaça que é rico em Ômega 3,Ômega 6 e Ômega 9. Além disso o óleo da Linhaça é usado na indústria cosmética e em farmácias de manipulação.

Zonas de Plantação

Encontram-se hoje em dia quase exclusivamente na Europa. A Bélgica e os Países Baixos fornecem as melhores qualidades de linho. Qualidades insuperáveis obtêm-se na Bélgica, na região do rio Lys, como o linho Courtai. Países produtores quanto ao volume: França, Polônia, Bélgica, Países Baixos, antiga Checoslováquia e Romênia.

Tipos

Plantam-se três tipos de linho:

  • Linho de fibras (linho para debulhar), para a obtenção de fibras têxteis;
  • Da semente, para a obtenção de óleo de linhaça;
  • Linho de cruzamento, conseguido pelo cruzamento do linho de fibras com óleo foi desenvolvido para dar um rendimento suficiente de fibras e óleo. A fibra, contudo, ainda não satisfaz as esperanças nela depositadas pela indústria.

Para que o feixe de fibras não sofra interrupção, baixando assim o valor da fibra para a fiação, é indispensável cuidar para que o talo não se ramifique. Consegue-se isso mediante a semeadura compacta. Os talos têm uma altura aproximada de 50 a 100 cm; o comprimento mais comum é 80 cm, com ramificação na parte superior. Das flores, de cor azul- claro, desenvolvem-se cápsulas de sementes com cinco lojas ou células. A semente, muito oleosa, chata e arredondada, tem um diâmetro de aproximadamente 2 mm. O interesse principal está na obtenção de óleo de linho. A planta baixa ramifica-se muito, origina mais flores, produzindo assim maior quantidade de sementes de óleo. A extração de fibras é desprezada.

Estrutura da fibra

Entre a casca e o lenho encontra-se a zona de filaça, formada de feixes de filaça. Os feixes consistem num grande número de fibras individuais (fibras elementares ou células de filaça), com comprimento aproximado de 25 mm. As fibras individuais são unidas entre si e com as partes vizinhas da planta pela cola vegetal (pectina).

O linho dá-se bem em climas temperados. A planta dura um ano e é semeada logo no início da primavera. Após o período de crescimento, de aproximadamente cem dias, pode-se começar a colheita.

O Cultivo

De uma maneira geral pode-se dizer que a planta dá-se bem em quase todos os climas. No entanto prefere os terrenos silico-argilosos, de solo profundo, de consistências médias, frescas e permeáveis à água. Como a duração do seu ciclo vegetativo é muito curta, a planta deve absorver rapidamente os elementos minerais: os solos frescos e ricos são-lhe altamente convenientes, e nos terrenos pobres os processos de adubação devem ser cuidadosamente aplicados. A colheita é manual, arrancada pela raiz, a fim de se aproveitar todo o comprimento dos caules, formando-se em mancheias (pequenos molhos) com a parte da semente toda para o mesmo lado. Inicia-se quando o talo está amarelo-maduro, isto é, quando o terço inferior do talo ficou amarelo e ele esta perfeitamente redondo por fora. Na maturação total as sementes alcançam plena maturidade.

Neste estado, porém, o talo fornece uma fibra de pouquíssimo valor na fiação. Para o colher, arranca-se do solo o talo juntamente com as raízes. É a colheita do linho. Graças a um trabalho manual são executados pequenos feixes. Hoje já existem máquinas para colher. Obtém-se a secagem e a maturação final das sementes colocando-se os talos, reunidos em feixes, no campo onde formam montes chamados de capelas.

A Ripagem

O linho é depois sujeito a uma operação que se chama ripagem com o objetivo de separar a baganha (película que envolve algumas sementes). Seguidamente é posta a secar ao Sol para serem extraídas as sementes. Com pancadas verticais, faz-se passar por entre os dentes do ripanço (dispositivo para ripar) o topo das plantas. As cápsulas, bem fechadas e rijas, saltam para o chão. Hoje em dia, existem as máquinas ripadoras, fazendo em parte o trabalho.

As cápsulas são postas 4 a 5 dias ao sol, para amadurecerem e, desta forma saírem as sementes (linhaça), que serão guardadas num saco de panolar”, para o ano seguinte.

Cortimento ou Maceração

Depois do linho apanhado e ripado tem que ser enlagado. O cortimento é uma das operações mais importantes. A cola vegetal que une a camada de fibras aos tecidos da casca do linho é removida para que as fibras possam ser retiradas. Uma maceração excessivamente longa destruiria em parte a cola entre as fibras, o que prejudicaria a resistência destas. Há vários métodos de maceração:

  • Maceração por orvalho- os talos do linho são espalhados em camada fina em um prado ou campo. O orvalho e a chuva fazem com que se formem cogumelos de tamanho microscópico que irão decompor a cola vegetal. No momento em que se verifica, após acurado o controle, que a cola vegetal foi eliminada em quantidade suficiente, interrompe-se o processo. A maceração por orvalho é o método mais simples; exige todavia grandes áreas. A sua duração depende das condições climáticas, mas em geral é de quatro semanas.
  • Maceração com água fria: coloca-se a palha de linho, atada em feixes, em água a fluxo lento ou mesmo parada na sua temperatura natural. Para evitar a força ascensional, colocam-se pesos nos feixes que os conservem sempre debaixo da água. Bactérias de maceração encarregam-se da destruição da cola vegetal. Este processo necessita, conforme a temperatura da água, entre dez a vinte dias.
  • Maceração em água quente- também chamada de maceração artificial, em contraste com os dois métodos acima mencionados, é executada em bacias de concreto. Aquece-se a água a 28 a 30 graus Celsius, temperatura propícia para o desenvolvimento de bactérias de maceração. A maceração requer severa fiscalização, porque tempo muito longo de maceração pode prejudicar as fibras. Dura, geralmente, cerca de quatro dias.

A desintegração também é um processo em que a cola vegetal é retirada da fibra mas utilizam-se agentes químicos para tal. Cogumelos e bactérias de maceração não intervêm. Já se trabalhou muito no desenvolvimento deste processo. Até agora, porém, não se conseguiu plena aceitação.

A maceração não pode ser feita por processo mecânico, pois é um trabalho biológico. Esta operação exige maior quota das despesas, cerca de dois terços, das despesas com a obtenção de fibras. A secagem dos talos que restaram da maceração em água fria ou quente é feita de maneira natural, ao ar livre ou artificialmente em secadores mecânicos. Estes secadores possibilitam o funcionamento durante todo o ano.

A secagem deve ser feita cuidadosamente, e a temperatura do ar seco não pode ser muito alta. Excesso de secagem influenciaria a fiabilidade.

Depois de seco é atado em “maçadoiras” e levado para o seu destino. :)

Preparando as Fibras

A preparação das fibras do linho para o uso têxtil consiste na separação das fibras lenhosas e das fibras têxteis. Esta operação é feita por processos diferentes conforme as regiões. A separação das fibras dos talos macerados realiza-se em dois processamentos, que na separação mecânica podem ser feitos numa só máquina.

  • Na trituração, o lenho é quebrado em pequenos pedaços, “aparas”, mediante a ação perpendicular de uma força sobre o talo. No trabalho manual a trituração era manual, mas modernamente usa-se já uma máquina, o triturador de linho. As aparas , contudo, aderem ainda em grande parte às fibras. À trituração segue-se a espadelagem.
  • Na espadelagem, o lenho quebrado é removido mediante ao trabalho de cardagem e batidas, feitas no sentido dos talos. No trabalho manual é feito no espadelador manual e no mecânico mediante a turbina de espadelagem.

No processo mecânico destacam-se mesmo fibrilas dos feixes paralelos de filaça. Estas fibras curtas, desordenadas, formam a estopa de espadelagem. As fibras longas, paralelas, têm o nome de linho espadelado, enquanto as fibras curtas são chamadas de estopa espadelada. A última etapa de todo o processo é a assedagem, que consiste na separação das fibras longas, do linho, da estopa, que são mais curtas. A assedagem provoca mais um desmanchamento e uma purificação das fibras paralelas. Essa operação é feita manualmente pelo restelo ou na respectiva máquina, chamada espadela.

A finalidade da assedagem é desmanchar mais os feixes de filaça por meio de agulhas, e deixá-los mais finos. Durante este trabalho, fibras curtas são removidas mediante a penteagem (estopa de assedagem). É mais fina que a estopa de espadelagem. A fibra longa assedada tem o nome de linho assedado. Pode ser fiada mais fina que a estopa de espadelagem e de assedagem, e os fios apresentam maior resistência.

O rendimento da assedagem depende do tipo de linho, conforme se pode ver no quadro seguinte:

TIPOS DE LINHO LINHO ASSEDADO ESTOPA ASSEDADA RESÍDUOS

TIPOS BONS 55% 42% 3%

TIPOS MÉDIOS 40% 5% 55%

LINHO TRITURADO (NÃO ESPADELADO)20% 60% 20%

Características e Propriedades do Linho (Cl)

  • COMPRIMENTO DA FIBRA - Fibra singela aprox. 25mm, fibra longa 40 a 70 cm, estopa 20 a 35 cm.
  • FINURA DA FIBRA - Na fibra singela, irregular, afinada em direção da ponta.
  • SUPERFÍCIE DA FIBRA - Lisa.
  • FINURA DA FIBRA - Não se usa indicação para a finura de fibras de filaça, porque esta indicação não tem importância na técnica de fiação.
  • COR - Maceração no orvalho: cinza; maceração na água: amarelada. Quanto mais clara, tanto maior seu valor.
  • BRILHO E ASPECTO - A calandragem dá à superfície lisa da fibra um aspecto sedoso.
  • CONSERVAÇÃO DO CALOR - Reduzida, pois é bom condutor de calor
  • TOQUE Liso e frio.
  • TESTE DE COMBUSTÃO - Chama um tanto amarela, rápida. O pequeno resíduo de cinzas incandesce por pouco tempo. Cheiro de papel queimado.
  • TESTE DE ROTURA - Em fios, som claro; as pontas da rotura são longas, rígidas e se destacam.
  • ALONGAMENTO - Muito pequeno; abaixo do alongamento do algodão.
  • RESISTÊNCIA - A seco: muito alta, em fibras 35 a 60 km, em fios de linho 18 a 28 km, em fios de estopa 9 a 16 km.

A úmido: em fios de linho 130 a 140% da resistência a seco.

  • ELASTICIDADE E RESISTÊNCIA AO AMASSAMENTO - Muito reduzida. A resistência ao amassamento dos fios pode ser melhorada pelo acabamento ou mistura com outras fibras.
  • COMPOSIÇÃO QUÍMICA - Linho (espadelado) compõe-se de 80,8% de celulose, 3,8% de pectina, 1,5% graxa e cera, 3,9% de substância solúvel em água, e 10% água.
  • DENSIDADE - Cru 1,48 g/ cm ³; alvejado 1,55 g/ cm ³.
  • HIGROSCOPICIDADE - Absorção de umidade quando a umidade relativa é 100% até 23% do peso seco. Tolerância combinada em fibras de linho até 12,00%, em fios de linho 12,00% e em fios de estopa 12,50%.
  • ABSORÇÃO DE UMIDADE E INTUMESCÊNCIA - Muito alta. A água é otimamente absorvida, mas também liberada depressa.
  • CAPACIDADE DE SER ALVEJADO E TINGIDO - Muito boa; é possível tingidura de máxima garantia.
  • LAVABILIDADE E RESISTÊNCIA À FERVURA - Tecidos de linho resistem à fervura. Tratamento mecânico muito forte nas máquinas de lavar prejudica a durabilidade dos tecidos. Usar alvejante não concentrado. A fibra de linho é sensível a fortes lixívias (água com cinza para lavagens de roupas). Por causa da sua superfície lisa, a fibra de linho repele a sujeira. Os tecidos são facilmente laváveis. O linho desfia pouco.
  • COMPORTAMENTO PARA COM O CALOR - No calor contínuo a 120 °C, a fibra fica amarela, e no calor contínuo de 150 °C ela decompõe-se.
  • TEMPERATURA NO PASSAR - 220 a 245 °C, desde que o tecido esteja bem umedecido.
  • PLASTICIDADE - Muito reduzida.
  • ESTABILIDADE DA FORMA - Inferior ao algodão.
  • COMPORTAMENTO PARA COM ÁCIDOS E LIXÍVIAS - Ácidos concentrados atacam a fibra, em especial o ácido sulfúrico, clorídrico e nítrico. Lixívia forte ataca igualmente a fibra; lixívia fraca não prejudica a fibra.

Ligações externas

Ver também

(...)

(http://blogdocabeloduro.blogspot.com/2009_04_01_archive.html