AGORA  NÃO SÃO APENAS SINAIS  DE PERIGO, SÃO REALIDADES GLOBAIS

CUNHA E SILVA  FILHO

       O  homem  comum, as pessoas  menos instruídas, os indiferentes  instruídos  já não  podem  negar  os avisos   há muito   tempo anunciados   por   cientistas  do  mundo  inteiro, porquanto  tudo  o que a  Mãe-Natureza se  nos apresenta contém   veracidadas incontestes .Entretanto,  as  pessoas conscientes  e de  boa  índole aumentam cada vez mais  o  nível de  preocupações  com  o  Planeta  Terra,   sobretudo  em  nosso tempo, no que tange  às  inundações  no  país  inteiro. 

       O  grau  de  devastação  delas   nunca foi   visto   em anos anteriores neste  século  e em séculos mais remotos. Basta  olhar  para  o que  tem  ocorrido  diante de nossos  olhos,  no Sul dos  país,   no qual cidades  e mais cidades   sofrem   tornados,    seguidos  de   rios  que  avançam  sobre as cidades   como se fossem   correntes  de cataratas,  uma espécie  de pequenos   dilúvios   de chuvas  torrenciais   acompanhadas,   em  outras  partes  do  país, de  um forte calor jamais   visto.  No Rio de Janeiro  temos  tido  essa sensação   de sufocamento   de calor   muito  intenso. Capaz de  levar todo  mundo  às  praias. O  chamado  Rio  40 grau,   que foi  tema   de  um  filme, agora não  mais  nos espanta tanto  visto que, na zona oeste  carioca,  há temperaturas  que  atingem  os  50 graus  ou mais.

   Urge,  pois,  que  o  governo se volte   para   os perigos dos desmatamentos  na  Amazônia e nos Cerrados. Não  brinquem  com   as florestas   devastadas  que ainda  persistem   em  nosso  país. Rios m  na Amazônia, estão secando. E as  derrubadas de  árvores na Amazônia  já estão mexendo  com   o clima  globalmente    considerado. 

    As COPs  que  se realizam,     seja  no   Brasil, seja  no  exterior,   pouco  fazem  para    minimizar  o efeito  estufa. Os grandes   países provocadores  desse efeito são  a China e os Estados.  As reuniões de Cúpulas se  realizam,   há protestos contra os países  mais   poluidores.    Entretanto,  nada se faz de concreto e de  imediato  para mitigar  os grandes  problemas que afetam  perigosamente  as condições de sobrevivência  em  nosso   Planeta.

   A Terra agoniza em  vários aspectos.   tudo  por culpa dos  homens maus,  i.e., dos  nossos chamados  líderes  mundiais, os quais  mais estão  interessados  é com  os  valores  econômicos, além de  outros  males  que estão  causando,  como as guerras   inúteis  que  matam   pessoas   em  escala global.   

     Cumpre  acentuar que  o  mundo atual   pouco se importa  com  as vítimas    de guerras travadas( as mortes  de  inocentes civis não fazem mais   ninguém  chorar)  em  várias  partes  do  orbe. Vivemos ,  coletiva e globalmente,  as distopias sociais, a devassidão do Ocidente  reconhecida   até  por um  homem  de quem  não  gosto,  o  invasor  russo Putin, os  costumes  às avessas, a fragmentação  de quase tudo: do ser  humano, da desumanização,  da morte de Deus, dos   interditos  que repercutem  até  na  liberdade de expressão,  e se torna  então  um  questão  da esfera  linguística. Em suma,  vivemos   as desconstruções,    os delírios de massas   ignaras   quanto  aos   valores   humanos   de  respeito e dignidade.

  Temos, assim, um mundo  globalizado   que não  tem dado  certo,  pois   os efeitos  perniciosos  de tantas  guerras espalhadas   pelo  mundo  atual  provocaram  a fuga de grandes   migrações   que,    por serem   acossadas  por guerras  e  revoluções,    vieram   também  acarretar   mudanças   nas  populações   na Europa  e em  outros    partes gerando desequilíbrio  sociais  e econômicos  e trazendo,  no seu  bojo,  outros males    sociais como desemprego, criminalidade,  fome e miséria.

       A geopolitica   no seu  conjunto  globalizado,  oscila sobretudo em  três  grandes   blocos nuançados: 1) a democracia com seus  erros  e acertos; 2) os regimes da esquerda que não têm dado  certo;3) a extrema direita  elitista e as ditaduras ou governos  discricionários e , finalmente,  as  poucas  monarquias que, mal ou bem,  permanecem.  Todos esses  blocos se dizem  democratas, mas só para uso  externo.

       O que se tem   observado,  no panorama da  política  mundial são,   em  geral,   governanças  em tensões  e conflitos internos  e externos. A soberania  mundial, fato  curioso,  se  resume  em duas  potências   econômicas  hegemônicas, os Estados Unidos  e a China.  São  poucos  os países que ainda  podemos  definir tais  como  países   socialmente  bem organizados, e adiantados    como a Suécia,  a Suíça,   a Dinamarca,   o  Japão. Por  outro lado,  nada mais  parecido  com  o Brasil como a América do Sul,   com algumas exceções, a América Latina  e a América Central. 

       Com  os seus  respectivos  governos eleitos  ou não  pelo  voto, com a sua  fachada  de democracia ou não,  esses  países  têm demonstrado   que  a chamada   esquerda sofre  os percalços de  uma economia  que não  tem dado  certo,  pois  suas  populações   ainda  sofrem secularmente  os percalços  criados   pelas elites, da direita ou da esquerda e suas  pequenas diferenças   pontuais. A vida,  porém,  de seus  habitantes  é bem demarcada  por  assimetrias  sociais,   em sistemas  presidenciais  que,  entre mais erros do que acertos ,  se retroalimentam    na permanência   das  injustiças sociais, da fome,  da corrupção, da  impunidade e do desmando subterrâneo  ou  não.