VIOLÊNCIA COVARDE DE PUTIN NA UCRÂNIA: UM DITADOR DISFARÇADO DE PRESIDENTE

CUNHA E SILVA FILHO

(DA ACADEMIA BRASILEIRA DE FILOLOGIA, ABRAFIL. ATUALMENTE. ESCREVE TAMBÉM PARA A REVISTA "ORIZONT LILTERAR CONTEMPORAN," SEDIADA EM BUCARESTE, ROMÊNIA)

     Não esperava que, a esta altura do século 21, tivesse que voltar a temas internacionais da natureza deste que oro tenho para redigir(ou melhor, digitar.) Os homens maus, do tipo de Putin, do genocida Bashar Al Assad, do presidente da China e outros autocratas espalhados pelo orbe, um tipo destes que tem um passado algo nebuloso, misterioso mesmo, associado a estranhos sumiços de opositores de seu governo, inclusive com A  morte de uma jornalista russa, um homem como Putin - reitero - com mandato indeterminado (segundo ele, vai governar a Rússia até aos 81 anos) nunca poderia ser confiável quanto àquilo que expressa publicamente.

     Tanto que repetiu, por seus porta-vozes e prepostos, que não invadiria a Ucrânia, pois os exercícios de guerra realizados junto à fronteira dESSE  país obviamente só poderiam ser interpretados como forte ameaça e exibição de poderio armamentista para fins não pacíficos.

    Os ucranianos não tinham dúvida de que estavam na iminência de uma invasão desproporcional entre forças armadas russas de alta potência destrutiva e um país muito menos armado. Essa forma russa de declarar guerra a um país já tem um histórico. Haja vista a anexação da Crimeia em 2014. e outras sanfgrias  russas mais antigas  cnsideradas  genocídios  contra ucranianos.

    Vladmir Putin é um ditador residente num Palácio que mais parece feito de ouro com as seus altos tetos de salões amplos e luxuosos. Ao passar por seus corredores, sempre seguido por um militar com cara amarrada, o poderoso Czar pós-moderno., em passo cadente e discretamente meio cambalente, desfila, todo-poderoso, como um deus grego belicista, diante de uma plateia subserviente, á ulica e ávida de aceitar, sem contestações, as suas ordens imperiais e imperialistas.

     Sempre com a cara de poucos amigos, Putin me parece uma persona que não sorri com naturalidade e que, de resto, me parece estar sempre com um pé atrás, desconfiado, pronto aos desafios da batalha campal, do enfrentamento de seu poderosíssimo poder bélico. Putin é um esfinge como governante.Entretanto, o que ele não admite é ceder aquilo que julga ser o melhor para o vasto território russo. E acrescento, o melhor para Putin não é o melhor para o mundo nem tampouco para os russos no seu todo.

    Quanto mais reunir territórios sob o seu comando, tanto melhor para a Rússia.  A fim de conseguir seus intentos se vale da força bruta, que é bombardear covardemente hospitais, aeroportos, residências da população civil,  implantar o terror, desalojar governos eleitos e, em lugar de presidentes eleitos, colocar seus testas ferro, suas marionetes que acederão servilmente aos seus desejos de autocrata impune.

     Ora, um autocrata que dá proteção bélica a um genocida como Bashar AL-Assad, terror da Síria destruída e vilipendiada em seus direitos e liberdade de povo livre num guerra civil interminável com milhares de mortos, jamais seria um governante democrático. Com a China, se dá o mesmo matrimônio geopolítico-ideológico de ilimitada reciprocidade de amizade  e parceria sólidsa quando sabemos que, na China, não há lugar para oposições a suas determinações de governança autocrática sob o tacão comunista contra qualquer tentativa de regiões controladas, manu militari, como Hong-Kong, que aspirasse a um autonomia política

      Quanto à precária Ucrânia, em  face de uma necessária ajuda e proteção do Ocidente, tanto através do Conselho de Segurança da ONU como também pela OTAN, vejo muito tímidas as ações e providências tomadas, sobretudo por  um dos seus membros mais poderosos que são os EUA. O presidente Joe Biden me parece pacifista demais.  Posso estar enganado se pensar que o governo americano não tomou providências mais drásticas contra Putin.Na realidade, um confronto diretamente contra a Rússia seria impensável em nosso tempo, Por isso, o que se poderá ver será um retorno de um segunda Guerra Fria. Não há nenhuma outra alternativa. pois se houver uma declaração de guerra do Ocidente contra o Leste Europeu, não ficará vivente para contar a história  do planeta Terra, visto que ele tornar-se-á uma Wasteland eterna e com cheiro de Chernóbil.

      Os dois grandes desastres pelos quais passamos em forma de sofrimentos, atrocidades, desumanidades, carnificinas e milhões de vidas humanas ceifadas nas duas grandes guerras mundiais. a segunda das quais provocada pelo inferno nazista do holocausto e das explosões catastróficas de Hiroshima e Nagazaki, não podem senão exigir ponderações do velho e simpático Joe Biden, visto que a perspectiva de um terceira guerra mundial tornará materializada a declaração do matemático, filósofo e pacifista Bertand Russell (1872-1970):  vida ou destruição total do nosso tão maltratado Planeta. Deus tenha pena do mundo!

 

NOTA AOSS MEUS LEITORES:

Fiz uma  versão mais desenvolvida deste artigo   para o francês,  a  qual será publicado na Revista romena;  ORIZONT LITERAR CONTEMPORAN.