Uma Copa tatuada
Por Miguel Carqueija Em: 29/06/2018, às 13H19
UMA COPA TATUADA
Miguel Carqueija
Nos tempos áureos da seleção brasileira, não recordo que houvessem jogadores tatuados. Hoje isso é lugar comum, e ainda por cima são tatuagens exageradas, cobrindo os braços, aparecendo até no pescoço. Os atletas parece que não percebem o quanto ficam feios.
Por que essa mania de tatuagem? Além de enfeiar ela é indelével (no caso de arrependimento é um grave problema) e pode causar problemas de saúde, principalmente por infecção da agulha.
A Medicina recomenda não colocar tatuagens.
Não são só os jogadores brasileiros que pegaram essa mania, além de usar cabelos pintados e tão espetados que fazem lembrar personagens exdrúxulos de desenhos japoneses. Fizeram até uma anedota com o Neymar, dizendo que nossa seleção tinha dez canarinhos e uma calopsita. De tanta gozação ele cortou o penacho e, pior, andaram culpando o cabeleileiro, como se a culpa fosse dele.
Podem me chamar de quadrado, mas prefiro o visual de 1958, 1962 e 1970, nossas grandes copas com aqueles craques que não voltam mais.
Rio de Janeiro, 29 de junho de 2018.