Um poema de Phillips Brooks ( 1835-1893)*

O little town of Bethlehem


O little town of Bethlehem,
       How still we see thee lie!
Above thy deep and dreamless sleep
      The silent hours go by.
Yet in thy dark street shineth
      The everlasting Light;
The hopes and fears of all the years
      Are met in thee tonight.

For Christ is born of Mary
      And gathered all above,
While mortals sleep the Angels keep
      Their watch of wondering love.
O morning stars, together
       Proclaim the holy birth!
And praises sing to God the King,
      And peace to men on earth.

How silently, how silently,
     The wondrous gift is given!
So God imparts to human hearts
    The blessings of His Heaven,
No ear may hear his coming;
    But in this world of sin ,
Where meek souls will receive Him still,
   The dear Christ enters in.

Where children pure and happy
    Pray to the blessed Child,
Where Misery cries out to Thee,
   Son of the Mother mild.
Where Charity stands a watching,
   And Faith holds wide the door,
The dark night wakes, the glory breaks,
   And Christmas comes once more.

O holy child of Bethlehem,
  Descend to us we pray!
Cast out our sin and enter in ,
  Be born in us today.

We hear the Christmas Angels
  The great glad tidings tell;
O, come to us, abide with us,
  O Lord Emmanuel!


Oh, cidadezinha de Belém

Oh, cidadezinha de Belém,
  Em igual silêncio e lugar te vejo!
Acima de teu profundo sono sem sonhos
  Mudas, as horas passam.
No entanto, brilha, na tua rua escura,
  A Luz perene;
De todos os anos as esperanças e os receios
  Em ti se depositam nesta noite.

Pois Cristo de Maria nasceu
  E do Altíssimo escolhido foi,
Enquanto dormem os mortais, os Anjos
  Sobre eles mantêm sua amorosa e admirável vigília.
Oh, manhãs estreladas, juntas
  O santificado nascimento anunciam!
Ao Cristo-Rei louvores cantam,
  E paz desejam na Terra aos homens.

No silêncio, no profundo silêncio
  Se concede a dádiva grandiosa!
Deus, assim, no corações humanos infunde
  Dos Céus as bênçãos.
Provável seja que ninguém Sua chegada perceba;
  Neste mundo, porém, de pecados,
Onde ainda almas humildes O recebem,
  Nelas o amado Cristo, presente, se faz.

Onde crianças puras e felizes
  Pela Criança abençoada orem,
Onde por Vós a miséria clama,
  Oh, filho da Mãe gentil.
Onde a Caridade em espera põe-se,
  E a Fé sua porta abre,
Desperta a noite espessa, a glória irrompe,
  E o Natal uma vez mais chega.

Oh, santa criança de Belém,
  Vinde a nós, vos rogamos!
Do pecado livrai-nos, e entrai,
  Em nós, hoje, nasceis.

Do Natal os Anjos ouvimos

    As boas e álacres novidades anunciarem;

Oh, a nós vinde, em nós habitai,

 Oh, Emanuel!

                                                                           (Tradução de Cunha e Silva Filho)

* Phillips Brooks, poeta, escritor e sacerdote americano (1835-1893).