Um poema de Phillips Brooks (1835-1893)
Por Cunha e Silva Filho Em: 02/12/2010, às 11H39
Um poema de Phillips Brooks ( 1835-1893)*
O little town of Bethlehem
O little town of Bethlehem,
How still we see thee lie!
Above thy deep and dreamless sleep
The silent hours go by.
Yet in thy dark street shineth
The everlasting Light;
The hopes and fears of all the years
Are met in thee tonight.
For Christ is born of Mary
And gathered all above,
While mortals sleep the Angels keep
Their watch of wondering love.
O morning stars, together
Proclaim the holy birth!
And praises sing to God the King,
And peace to men on earth.
How silently, how silently,
The wondrous gift is given!
So God imparts to human hearts
The blessings of His Heaven,
No ear may hear his coming;
But in this world of sin ,
Where meek souls will receive Him still,
The dear Christ enters in.
Where children pure and happy
Pray to the blessed Child,
Where Misery cries out to Thee,
Son of the Mother mild.
Where Charity stands a watching,
And Faith holds wide the door,
The dark night wakes, the glory breaks,
And Christmas comes once more.
O holy child of Bethlehem,
Descend to us we pray!
Cast out our sin and enter in ,
Be born in us today.
We hear the Christmas Angels
The great glad tidings tell;
O, come to us, abide with us,
O Lord Emmanuel!
Oh, cidadezinha de Belém
Oh, cidadezinha de Belém,
Em igual silêncio e lugar te vejo!
Acima de teu profundo sono sem sonhos
Mudas, as horas passam.
No entanto, brilha, na tua rua escura,
A Luz perene;
De todos os anos as esperanças e os receios
Em ti se depositam nesta noite.
Pois Cristo de Maria nasceu
E do Altíssimo escolhido foi,
Enquanto dormem os mortais, os Anjos
Sobre eles mantêm sua amorosa e admirável vigília.
Oh, manhãs estreladas, juntas
O santificado nascimento anunciam!
Ao Cristo-Rei louvores cantam,
E paz desejam na Terra aos homens.
No silêncio, no profundo silêncio
Se concede a dádiva grandiosa!
Deus, assim, no corações humanos infunde
Dos Céus as bênçãos.
Provável seja que ninguém Sua chegada perceba;
Neste mundo, porém, de pecados,
Onde ainda almas humildes O recebem,
Nelas o amado Cristo, presente, se faz.
Onde crianças puras e felizes
Pela Criança abençoada orem,
Onde por Vós a miséria clama,
Oh, filho da Mãe gentil.
Onde a Caridade em espera põe-se,
E a Fé sua porta abre,
Desperta a noite espessa, a glória irrompe,
E o Natal uma vez mais chega.
Oh, santa criança de Belém,
Vinde a nós, vos rogamos!
Do pecado livrai-nos, e entrai,
Em nós, hoje, nasceis.
Do Natal os Anjos ouvimos
As boas e álacres novidades anunciarem;
Oh, a nós vinde, em nós habitai,
Oh, Emanuel!
(Tradução de Cunha e Silva Filho)
* Phillips Brooks, poeta, escritor e sacerdote americano (1835-1893).