The rider

I wave my cap., I shake my reins,
      I flit across the heather.
The light blood sparkles in my veins,
     Mine and my steed’s together.

What turn of fortune’s giddy wheel
        Awaits us as we wander,
I do not know. I only feel
        Something that calls me yonder.

A merry-hearted maid to woo,
       A fox to chase with ardor,
Perchance the flash of bright steel too –
      “Strike, boy, and I’ll strike harder.”

I know not, care not, what remains,
      I flit across the heather,
The light blood sparkles in my veins,
     Mine and my steed’s together.


O cavaleiro

Com o boné aceno, as rédeas sacudo,
     A urze, rápido, cruzo.
Em minhas veias brilha fino sangue,
    Nas minhas e nas do meu corcel.

Da roda instável da sorte que mudança sem rumo
   Nos espera enquanto andamos,
Não sei. Sinto apenas
   Que algo pra frente me leva.

De uma donzela divertida enamorar-me,
   Uma raposa bravamente perseguir,
Quem sabe, o brilho repentino da espada –
   “Ataque, rapaz, e assim o faço com mais firmeza.”

Não sei, pouco me importa, o que resta ainda,
    A urze, rápido, cruzo,
Em minhas veias brilha fino sangue,
   Nas minhas e nas do meu corcel.

(Tradução de Cunha e Silva Filho)

Nota: Gamaliel Bradford, poeta, biógrafo, crítico e dramaturgo americano.