Um poema de Adailton Medeiros numa versão para o inglês
Por Cunha e Silva Filho Em: 23/07/2008, às 11H03
Cunha e Silva Filho
Trago para a atenção do leitor um pequeno poema de Adailton Medeiros, poeta, jornalista, ficcionista e professor. Nasceu em Caxias, Maranhão, em 1938, mas reside no Rio desde 1961. Como poeta foi bem recebido pela crítica brasileira por nomes como Ângela Fabiana, Cassiano Ricardo, Carlos Drummond de Andrade, Fausto Cunha, Laís Corrêa de Araújo, Nauro Machado, Telênia Hill. Participou de antologias e periódicos editados no Brasil e no exterior.
Adailton Medeiros é graduado em jornalismo pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, hoje, UFRJ, na qual fez ainda Mestrado em Ciência da Literatura. Fez parte de uma das vanguardas da poesia brasileira contemporânea, a poesia-práxis, movimento poético surgido nos anos 60, tendo como seu principal teórico Mario Chamie, autor do conhecido Lava-Lavra (1962), acompanhado de seu manifesto do “poema-práxis”. Entre outras, obras, é autor dos seguintes livros de poesia: O sol fala aos sete reis das leis das aves (1972). Cristó' vão Cristo: Imitações (1976); Poema ser poética e mais oito Pré-Textos (1982), Lição do mundo (1992), Bandeira vermelha (2001, p.). Publicou em prosa a novela Revoltoso Ribamar Palmeiras (novela, 1978). Membro da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, da Academia Brasileira de Literatura, da Academia Caxiense de Letras (Caxias, Ma), Sócio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.
O S I N O
ADAILTON MEDEIROS
(Bandeira vermelha. Editora Caetés, Rio de Janeiro, 2001, p.78)
O sino bate
dentro de mim
O sino toca
na Catedral
ou no Mosteiro
O sino soa
surdo por mim
T H E B E L L
The bell rings
inside myself
The bell tolls
in the Cathedral
or in the Monastery
For me
The bell sounds soundless
(Vertido para o inglês por Cunha e Silva Filho)