[Flávio Bittencourt]

Um devastador documentário sobre a educação nos EUA, hoje

Lucas Mendes, no artigo A burrisse americana, citou-o.

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

ENTRADA DO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA EM

AUSCHWITZ, POLÔNIA, fotografia em branco-e-preto

(abr. / 1940):

 

 "Quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ARBEIT MACHT FREI

 

 

“O trabalho liberta”, lia-se à entrada de Auschwitz.
– Não pare! – gritou o soldado a um dos prisioneiros que em fila cruzavam a inscrição sobre o portão de ferro.
O rapaz não escutou. O nazista aproximou-se e lhe deu um empurrão.
– Vamos, seu palerma. Prossiga!
O judeu olhou para a suástica. Por vaga semelhança, lembrou-se da cruz, símbolo maior dos cristãos. A essa lembrança, ocorreram-lhe as palavras do profeta Jesus: “A verdade liberta”.
A verdade. O que era a verdade?, perguntara Pilatos.
Para eles, condenados ao campo de concentração, a verdade era uma só: nada os libertaria de Auschwitz.
Nada, exceto a morte".
 
 
 
 
 
 
 
 

 

DETALHE DA FACHADA DE UMA ESCOLA DO SEGUNDO GRAU, COLEGIAL OU ENSINO MÉDIO,

NA CAPITAL DA FINLÂNDIA (HELSINQUE):

foto

"Helsinki's Normal High School

as opposed to the "Special" High School"

(http://www.flickr.com/photos/arabella/18881672/)

 

  

 

 

 

Oscar statue

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://deskofbrian.com/2011/01/predicting-oscar-nominations-behind-the-screen/oscar-statue/)

 

 

 

 

"A comissão organizadora do Oscar de 2011 já confirmou a participação dos Atores que farão a apresentação do super Evento Oscar 2011. São eles,  os atores  James Franco e  Anne Hathaway .

Oscar 2011, Atores confirmados para Apresentação,Festa e Glamour atores que apresentarao oscar 2011 300x225

James Franco e Anne Hathaway personificam a próxima geração dos ícones de Hollywood , empolgantes e multi-talentosos, ficaram responsáveis por essa missão tão glaumorosa.

Serão conhecidos os finalistas, no dia 25 de janeiro, e a cerimônia acontece em 27 de fevereiro [DE 2011], no Teatro Kodak, em Los Angeles".

(http://www.not1.com.br/oscar-2011-atores-confirmados-para-a-apresentacao-festa-e-glamour/)

 

 

 

 

 

 

File:Selection Birkenau ramp.jpg
 

" 'Selection' on the Judenrampe, Auschwitz, May/June 1944. To be sent to the right meant slave labor; to the left, the gas chambers. This image shows the arrival of Hungarian Jews from Carpatho-Ruthenia, many of them from the Berehov ghetto. It was taken by Ernst Hofmann or Bernhard Walter of the SS. Courtesy of Yad Vashem."

(http://en.wikipedia.org/wiki/The_Holocaust)

 

 

 

 

halleberryoscar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

gwyneth

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

Reese-Witherspoon

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

benigni

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 US-cinema-Oscars-statue

 

 

  

 

 

  

  

 

 

"Falling star? Replicas of the famous Oscars statues, on sale in California. Photograph: Gabriel Bouys/AFP/Getty Images"

(http://www.guardian.co.uk/film/2010/mar/04/who-cares-about-the-oscars)

 

 

 

 

Will Davis Guggenheim win another Oscar for his educational documentary, "Waiting for Superman"?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 "Will Davis Guggenheim win another Oscar for his educational documentary, "Waiting for Superman"?
Photobucket/seremot2"

(http://www.examiner.com/homeschooling-in-phoenix/guggenheim-s-waiting-for-superman-exposes-problems-and-perils-of-the-public-school-system)

 

  

 

 

 "(...) Entre os trinta países “avançados”, os americanos, que já foram primeirões em educação, estão lá atrás em ciências e matemática.

A Finlândia, medalha de ouro em educação, estava muito pior que os Estados Unidos. Em uma geração, tornou-se campeã, com um esquema de três professores por sala com um custo de US$ 3 mil a menos do que cada aluno americano.

Estes são alguns dos fatos que você aprende num devastador documentário sobre a educação nos Estados Unidos dirigido por Davis Guggenheim [WAITING FOR SUPERMAN, QUE PROVAVELMENTE RECEBERÁ O OSCAR DE MELHOR DOCUMENTÁRIO, NA PRÓXIMA FESTA DO OSCAR]. Seu filme anterior, Uma Verdade Inconveniente, sobre o envenenamento do planeta - ganhou o Oscar e seu inspirador, Al Gore, ganhou o Prêmio Nobel.

Depois do Oscar, ele recusou dezenas de propostas para focalizar outros problemas, mas, todas as manhãs, quando levava suas filhas para uma escola particular cara, em Venice, na Califórnia, passava na frente de três escolas públicas americanas e se sentia culpado.

Por que aquelas crianças nas escolas públicas não podiam ter a mesma educação que as filhas dele? Por uma daquelas escolas passavam 60 mil estudantes em quatro anos e só vinte mil se formavam. Um estudante americano que não termina o curso secundário tem oito vezes mais chances de ir para a prisão. Na Finlândia só 2% dos estudantes não se formam (...)".

(LUCAS MENDES, trecho do artigo adiante transcrito, na íntegra)

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COMO ACONTECEU COM ROBERTO BEGNINI EM 1999 [que interpretou, em A VIDA É BELA, um senhor israelita que é absurdamente liquidado por nazistas, em campo de concentração alemão, durante a II Guerra Mundial], O DOCUMENTARISTA D. GUGGENHEIM PODERÁ GANHAR MAIS DE UM OSCAR (mas um em cada ano; já o ator R. Begnini os conquistou num mesmo ano)

(SEM A LEGENDA COMPARATIVA ACIMA APRESENTADA:

http://umoscarpormes.blogspot.com/2010/02/oscar-1999-curiosidades.html)

 

 

 

 

 

 

          HOMENAGEANDO O JORNALISTA-DE-LONGO-CURSO LUCAS MENDES

          E TODOS OS PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM NA MUITO COMPETENTE E ÉTICA 

          BBC BRASIL

 

 

 

 

16.2.2011 - Avolumam-se os problemas da educação, nos Estados Unidos - Enquanto isso, no Brasil...  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

"A burisse americana

Lucas Mendes em ilustração de Baptistão.

Os americanos não eram burros. A burrice começou na década de 70, culpa de políticos oportunistas e, maior ainda, dos sindicatos dos professores de escolas publicas que conseguiram proteções e vantagens extraordinárias como a estabilidade, uma espécie de cátedra. Depois de três anos de trabalho, é quase impossível demitir um professor de uma escola pública.

Os salários são baixos. A maioria dos professores são atraídos pela moleza: mais dias de férias, poucas horas de trabalho e pensões generosas, mas a profissão atrai um numero baixíssimo de bons universitários. Nos três países líderes em educação - Finlândia, Cingapura e Coreia do Sul - os professores vêm da nata das universidades, têm salários altos e prestígio social.

Entre os trinta países “avançados”, os americanos, que já foram primeirões em educação, estão lá atrás em ciências e matemática.

A Finlândia, medalha de ouro em educação, estava muito pior que os Estados Unidos. Em uma geração, tornou-se campeã, com um esquema de três professores por sala com um custo de US$ 3 mil a menos do que cada aluno americano.

Estes são alguns dos fatos que você aprende num devastador documentário sobre a educação nos Estados Unidos dirigido por Davis Guggenheim. Seu filme anterior, Uma Verdade Inconveniente, sobre o envenenamento do planeta - ganhou o Oscar e seu inspirador, Al Gore, ganhou o Prêmio Nobel.

Depois do Oscar, ele recusou dezenas de propostas para focalizar outros problemas, mas, todas as manhãs, quando levava suas filhas para uma escola particular cara, em Venice, na Califórnia, passava na frente de três escolas públicas americanas e se sentia culpado.

Por que aquelas crianças nas escolas públicas não podiam ter a mesma educação que as filhas dele? Por uma daquelas escolas passavam 60 mil estudantes em quatro anos e só vinte mil se formavam. Um estudante americano que não termina o curso secundário tem oito vezes mais chances de ir para a prisão. Na Finlândia só 2% dos estudantes não se formam.

Um dos principais personagens do filme e que deu origem ao título do documentário Waiting for "Superman" é Geoffrey Canada, um líder comunitário que ficou conhecido no país pelo seu ambicioso projeto social “Harlem Children Zone”, que engloba 97 quarteirões decadentes do Harlem, inclusive suas escolas “charter”.

Geoffrey era um aluno problemático e preguiçoso. Quando perguntaram a ele quando ia sair das suas trapalhadas, respondeu: "estou esperando o Super-Homem". Ficou arrasado quando descobriu que seu herói não existia.

Educação é parte essencial da reforma dele no Harlem. O documentário acompanha cinco crianças de diferentes regiões, quase todas pobres, que querem sair das escolas públicas para escolas “charter ”, mas, como há muito mais procura do que vagas, os alunos entram por um sistema de sorteio. Este é um dos pontos cruciais e dolorosos do filme: para a maioria das crianças, o sonho americano depende de uma loteria.

A diferença entre uma escola “charter” e uma pública é o sindicato. O dinheiro das públicas e das "charters" vem do Estado, mas a direção da escola "charter" demite os incompetentes, contrata e paga extra aos bons professores, exige horas extras durante a semana e nos sábados, reduz dias de férias. O sindicato não dá palpite. Na base do mérito alguns professores podem ganhar US$ 150 mil por ano em vez de US$ 50 mil.

A revolução na educação americana foi impulsionada, em parte, pelas escolas “charters”, pelas reformas e estímulos de prefeitos como Bloomberg, de Nova York, e Barack Obama, inimigos do sindicato. Obama foi o primeiro presidente democrata desde a década de 70 que confrontou os sindicatos e se elegeu sem o apoio da AFT, American Federation of Teachers.

Waiting for "SuperMan" dá um choque mais forte nos americanos do que Uma Verdade Inconveniente pela urgência e proximidade do problema. Esta geração mal educada não tem futuro e não ha polêmicas científicas. As crianças semi-alfabetizadas estão dentro de casa. Dia e noite, americanos são bombardeados pelo próprio fracasso e pelo sucesso dos outros países.

A solução, em resumo, é o bom professor, mas o que faz um bom professor é um mistério que Bill Gates está pagando US$ 500 milhões para descobrir com pesquisas e câmeras instaladas em milhares de salas.

Paulo Blikstein, professor em Stanford, na Califórnia, é um brasileiro considerado gênio em educação:

"A figura clássica do bom professor é aquele que explica bem, que anima a sala, o professor-ator. No modelo tradicional, o importante é transmitir informação, mas, hoje, o professor torna-se muito mais um orientador de aprendizagem do que alguém que faz malabarismos em aula. A era da educação massificada acabou, a boa educação terá de ser cada vez mais individualizada. "

"Em vez de ser o único lugar de acesso ao conhecimento, a escola passará a ser muito mais um agregador e direcionador de várias atividades de aprendizado, presenciais e em rede, curriculares e extra-curriculares. Difícil, mas nada que não se consiga em 20 anos", diz Blikstein.

Ótimo. Em 2030, teremos o estudante brasileiro finlandês". (LUCAS MENDES,

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/09/100930_lucasmendes_tp.shtml?s