Síntese de Campo Maior nas décadas de 70/80
Em: 30/11/2017, às 14H39
Domingos José de Carvalho (*)
A benevolência, fruto da amizade adquirida ao longo dos anos, aliada aos laços familiares, talvez tenha sido o motivo pelo qual Elmar, desta vez, me convida para tecer comentários sobre nossa Campo Maior dos meados de 70/80, em razão de sua nova produção literária – Histórias de Évora – romance que ficcionalmente nos mostra aspectos urbanísticos, socioeconômicos, culturais, esportivos e políticos vivenciados naquelas épocas.
Exatamente em 1970 aportei em nossa urbe, bacharelado em Medicina com a firme determinação de através de minha profissão me inserir no contexto social e poder contribuir com o desenvolvimento campomaiorense.
Com o olhar e a memória retrocedendo a mais de quatro décadas, é possível que caiam na vala do esquecimento fatos de qualquer natureza, componentes da realidade vivida naquelas décadas.
No tocante a política partidária, o Brasil estava engolfado em severa crise institucional, com a casta militar assumindo o poder, governando através de atos institucionais, cerceando liberdades inseridas no texto constitucional.
A sociedade campomaiorense, por ser conservadora, na sua imensa maioria apoiava o regime vigente. Poucas pessoas que não concordavam com o modo de governabilidade foram reclusas em quartéis de Teresina. As disputas pelo poder local se restringiam apenas a dois partidos políticos consentidos pelo regime. De modo geral a paz reinava em todos os sentidos.
Criminalidade baixa, assalto a mão armada era coisa dos grandes centros urbanos. Os veículos eram poucos, apenas os mais potentados possuíam. O transporte urbano se massificava no uso de bicicletas.
Nesse período as lambretas e vespas começavam a povoar nossas ruas e avenidas. No meio rural as montarias predominavam. A partir dos anos 80, com a indústria automobilística em desenvolvimento e o crédito mais acessível, a população começa a utilizar veículos automotores em grande escala. O transporte coletivo para Teresina era patrocinado por ônibus oriundos de cidades do norte do estado e também pela empresa local “Zezé Paz”.
A arquitetura da cidade, já naquela década, vinha sendo agredida de forma acentuada, especialmente na praça Bona Primo, onde ficava plantado importante grupo de casarões com estilo influenciado pelo domínio colonial português. A ignorância e a falta de sensibilidade para preservação dessa relíquia arquitetônica acarretavam sua paulatina degradação. O poder público era omisso, não havia uma lei para proteger e preservar o patrimônio arquitetônico.
A Zona Planetária, de tanto significado histórico e social, foi totalmente destruída. A ganância imobiliária falou mais alto que a preservação do local mais significativo da vida boêmia campomaiorense, muito bem comentada nesta obra.
O açude grande sofreu muitas intervenções. Os poços que margeavam o esplêndido espelho d’ água foram soterrados, dando início a várias modificações como a construção da atual Alameda Dirceu Arcoverde, churrascarias, bares e lanchonetes.
O mercado público da praça Luís Miranda foi demolido para construção da atual Prefeitura Municipal. A antiga e bela sede da Prefeitura, localizada na Praça Bona Primo, veio a ruir por desleixo da administração municipal que, posteriormente, transformou o local no Espaço Cultural D. Abel Alonso Nunez, nosso operoso e querido 1º bispo diocesano.
Durante décadas Campo Maior construiu seu progresso às custas de dois vetores econômicos: o extrativismo da cera de carnaúba e a pecuária extensiva. Razão do topônimo de Campo Maior, como “Terra dos Carnaubais” e “Terra da Carne de Sol”.
O preço desses produtos despencou no mercado refletindo diretamente na nossa economia. O Fripisa – frigorífico industrial – encerrou suas atividades acarretando desemprego e diminuição de arrecadação de tributos.
A agricultura era de pouca expressão econômica, apenas de subsistência familiar. O comércio, associado ao setor e serviços, passou a manter o status adquirido no apogeu dos ciclos pastoril e da cera de carnaúba.
O telefone, instrumento importante do moderno nas comunicações, era privilégio de poucas famílias, utilizado pelas firmas comerciais e órgãos públicos.
A parte urbanística, composta de ruas avenidas, açude grande e seis praças no centro da cidade, sofreu alterações significativas.
A praça Bona Primo, defronte à matriz – catedral de Santo Antônio, é a maior, mais bonita e bem cuidada, dividida em vários canteiros de formas geométricas, com bancos onde os namorados pontificavam para seus colóquios amorosos.
O centro da praça arredondado com grama natural servia para a petizada jogar futebol e nos festejos do padroeiro instalava-se o leilão para arrematação de joias.
Em seu redor permanece quase incólume o mais belo sítio arquitetônico da cidade, com casarões e sobrados no belo estilo colonial lusitano.
A praça Rui Barbosa, situada nos fundos da Igreja Matriz, palco de encontro da juventude, dos flertes e futuros namoros. Em seu derredor alguns bares tradicionais como o Bar Santo Antônio de propriedade do Sr. Antônio Bona Neto, conhecido popularmente como Antônio Músico, local de encontro dos senhores agropecuaristas, comerciantes e profissionais liberais a discutir os últimos acontecimentos na política, economia e vida social.
Os jovens o frequentavam para jogar sinuca e bilhar, atendidos gentilmente pelos funcionários Puaca e Penha.
A Petisqueira, de propriedade da Sra. Rosita, servia cervejas e destilados, bem como sorvetes, picolés e salgados. Possuía uma amplificadora através da qual os enamorados enviavam mensagens e declarações sentimentais, acompanhadas de músicas românticas. O Bar Eldorado servia sua clientela com picolés, sorvetes, sucos, guaraná, cervejas, destilados e restaurante.
A praça do Rosário homenageia N. S. do Rosário, cuja Igreja foi erguida em seu nome. Sua atividade religiosa se restringia ao novenário com leilões e alguns atos religiosos esporádicos.
Nos festejos de Santo Antônio instavam-se barracas vendendo bebidas e comidas regionais.
De pequeno porte, a Praça José Miranda semiabandonada, iluminação precária, canteiros sem flores ou plantas ornamentais, apenas frondosos oitizeiros. A firma Moraes S/A tinha filial em uma de suas esquinas. A Praça Gentil Alves merece destaque pela edificação do Teatro Municipal Sigefredo Pacheco, com linhas arquitetônicas de inspiração franciscana, desconfortável, de pouca serventia sociocultural.
A praça Luís Miranda se sobressaía pelo Mercado Municipal, a Torre do Relógio e posto de combustível Esso, cuja construção possuía um lajão onde cantores se exibiam. Merece registro a sede das filiais da Casa Inglesa e Casa Marc Jacob. O prédio da Casa Inglesa foi demolido para construção da sede do Banco do Brasil S/A, bem como a torre do relógio e o mercado, em cujos locais foi construído moderno prédio, sede atual da Prefeitura.
O novo Mercado Municipal foi construído entre a Av. Demerval Lobão e a rua Senador José Euzébio, com instalações e higiênicas.
No tocante aos esportes, Campo Maior, Campo Maior despontava como grande polo futebolístico, com duas agremiações que faziam a alegria dos torcedores, Comercial e Caiçara, acirrando o ânimo das torcidas apaixonadas. Comercial recebia a preferência das famílias abastadas, dos comerciantes, enquanto seu rival, Caiçara, alcançava a classe operária e profissionais liberais, a paixão forte pelas suas cores. Futebol de salão bastante praticado pelos jovens.
Na parte social destacavam-se: o Iate Clube, às margens do Açude Grande, formado pela elite econômica e cultural, patrocinava grandiosas festas com orquestras de nível nacional e internacional, o Campo Maior Clube, localizado na Praça Bona Primo, possuía quadro social mais eclético, quase todas as classes sociais participavam das excelentes festas ao som de conjunto renomados. Era o preferido pelos rapazes e moças nos seus namoricos e amassos.
A classe operária encontra no Grêmio Recreativo o clube para realizar animadas festas e outras manifestações festivas e culturais.
Completavam a vida social os trabalhos do Rotary e Lions Clube, o Grupo de Escoteiros, o núcleo das Bandeirantes e o Sol Clube com seu quadro social formado pelas damas mais representativas da sociedade.
Importante ressaltar os trabalhos da secular, augusta e sábia Ordem Maçônica, que acolhia no interior dos templos seus filiados das lojas Costa Araújo e Araújo Chaves, obediência da Sereníssima Grande Loja do Piauí e da Loja Fraternidade Campomaiorense, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil – PI.
Os aficionados por cinema encontravam no Cine Nazaré, de propriedade do Sr. Zacarias Gondim, o local para assistir a películas de todos os gêneros.
Referindo-nos aos restaurantes da cidade, citamos a Churrascaria do João da Cruz e a do Manoelzinho servindo comidas típicas – maria isabel, paçoca e saborosos churrascos.
Algumas casas de pasto ficavam na Zona Planetária, destacavam-se os restaurantes da Toinha do Peixe, João Maria, Manoel Sabino e a concorrida panelada do Cabula. De propriedade do Sr. Décio Bastos, o Bar Eldorado oferecia a sua fiel freguesia a melhor cozinha da cidade. No povoado Alto do Meio, o restaurante do Chico Nunes nos brindava com deliciosos pratos à base de capote.
Os leilões de arrecadação eram frequentes, para ajudar pessoas necessitadas, principalmente na área de saúde.
Outro aspecto predominante nos hábitos da cidade: algumas famílias, após o jantar, formavam “rodas”, quando familiares, amigos e vizinhos se encontravam para “jogar conversa fora”, tomar cafezinho e saborear guloseimas.
A reviravolta nos hábitos e costumes chegou avassaladoramente com a energia de 24h e a Televisão, que a princípio era privilégio de famílias de maior poder aquisitivo e paulatinamente foi entrando nos lares das camadas mais pobres. No rastro das novelas e noticiários da TV, a informação atingia todas as classes estratificadas da sociedade, mudando hábitos arraigados secularmente. As relações entre os pares das famílias sofreram bruscas modificações.
No tocante à sexualidade, as mudanças foram impactantes
A sociedade aceitava, permitia e até incentivava a prática sexual para rapazes, mas, diferentemente se comportava com relação às mulheres, reprimindo-as com veemência.
As relações sexuais para as mulheres somente eram consentidas no matrimônio e preferentemente no religioso. Algumas, que não seguiam essa recomendação, ficavam marginalizadas na sociedade e muitas vezes pela própria família.
A zona do meretrício era fartamente suprida de novas concubinas por essas infelizes moças ao transgredir esses preceitos, frutos de uma orientação religiosa conservadora.
Raramente encontrávamos mãe solteira nas camadas ditas da alta sociedade, quando ocorriam eram estigmatizadas, deixavam de frequentar os clubes e outros e outros acontecimentos sociais de relevo. Essas mulheres relegadas, muitas vezes expulsas do lar, não tinham outra opção, seus destinos estavam traçados, eram lançadas no infortúnio da prostituição.
A prática de amancebar-se era comum entre os homens solteiros e casados. A sociedade fazia vista grossa, aceitava esse grave delito com resignação. O patriarcado predominava. As mulheres aos poucos começaram a ascender ao mercado de trabalho e com a chegada da pílula anticoncepcional veio a redenção sexual para as donzelas, o medo de uma gravidez indesejada ficou nas brumas do passado.
Os homossexuais masculinos eram discriminados, sofriam humilhações, chegando às agressões físicas, motivando o enrustimento de alguns e alguns casamentos fracassados; quanto às mulheres, a sociedade era mais condescendente, mais tolerante.
Além da Zona Planetária, merece citação o prostíbulo da Zabelona, localizado no Campo do Pacífico; outro lugar badalado, e muito frequentado – a Venezuela, lupanar que funcionava em uma pequena chácara nos arredores da cidade, ambos em franco declínio.
O caleidoscópio musical da época sofreu importante modificação com a influência dos cabeludos Ingleses Beatles, protagonistas da maior revolução musical do século passado, bem como o som da Tropicália dos baianos Gilberto Gil, Caetano Veloso, Capinam e do piauiense Torquato Neto, que ganhou relevo nas vozes de Gal Costa e Maria Betânia; merece destaque o movimento da Jovem Guarda, capitaneada por Erasmo Carlos e Roberto Carlos e a cantora Vanderleia.
Da zona sul carioca novo ritmo contagiava o país: era a Bossa Nova do maestro Tom Jobim, João Gilberto, Baden Powel, poeta Vinicius de Moraes. Nessa época fomos contemplados com a belíssima obra musical de Chico Buarque de Holanda.
Do exterior, oriundo da América do Norte, chegou o Rock in Roll, liderado pela figura carismática de Elvis Presley, com seus requebrados, cabeleira de trunfa exuberante e recheadas costeletas, angariou adeptos e muitos o imitaram.
Na Zona Planetária e outros cabarés, os cantores preferidos eram Nelson Gonçalves, Waldick Soriano, Roberto Muller, Agnaldo Timóteo, Altemar Dutra e outros, interpretando músicas românticas, sentimentais, adequadas ao público frequentador. As cantoras preferidas eram Ângela Maria, Núbia Lafaiete e Maísa Matarazzo.
Cantores outros eram ouvidos e possuíam aceitação entre os jovens, como Jerry Adriani, Vanderley Cardoso, Jair Rodrigues, Rita Lee, Elis Regina.
Esses artistas influenciaram a juventude na maneira de vestir e se comportar; os rapazes usando calças “boca de sino”, cintos com grandes fivelas, cabelos longos, outros, com costeletas. As mulheres usando minissaias. Mudanças no vocabulário com gírias, que caíram no gosto da juventude. Fumar era glamoroso, incentivado por propagandas esmeradas na TV, estimulavam os jovens ao uso do tabaco; ingestão de bebidas alcoólicas tinha o beneplácito da sociedade.
Os concorridos bailes e tertúlias no Campo Maior Clube eram atrações para as fofoqueiras de plantão nos “serenos”, com suas línguas ferinas, comentavam por muitos dias o comportamento dos casais dançando, principalmente quando as luzes diminuíam de intensidade, ficando o ambiente na penumbra, ao som de músicas românticas, ficavam abraçados, com os corpos mais colados, rostos a se tocarem, beijos furtivos, mordidas na orelha, num enlevo, onde amor, ternura e carinho tornavam aqueles momentos de indizível prazer para os enamorados.
O Iate Clube patrocinava as famosas quadrilhas juninas e estupendos bailes com orquestras famosas de nível internacional e nacional, seu corpo social era composto pela elite, com severas restrições para ingresso de novos membros.
O Grêmio Recreativo era o clube da classe operário, patrocinava animados e concorridos bailes e tertúlias, com o passar do tempo foi aos poucos sendo frequentado por toda a sociedade.
Os Universitários, na década de 70, fundaram a AUCAM – Associação dos Universitários de Campo Maior, entidade de cunho cultural, lazer e esportes, realizando anualmente a Semana Universitária, promovendo palestras, torneios esportivos, diversos shows, encerrando com grande festa.
A religiosidade do povo campomaiorense tem na figura de seu padroeiro Santo Antônio, a viga mestra para o predomínio da Igreja Católica Romana no seio da sociedade urbana e rural. No trezenário em sua homenagem, de 01 a 13 de junho, as novenas lotavam a Matriz; a parte social ficava por conta dos leilões, barracas com bebidas variadas, comidas típicas, jogos de azar, ambulantes e parque de diversões para o congraçamento das famílias. Nesse período centenas de campomaiorenses retornavam à terra natal para rever parentes e amigos, como também render graças e pedir proteção ao santo de sua devoção. Conhecido como santo casamenteiro, venerado pelas jovens e balzaquianas, apelando com orações os pedidos de casamentos.
Dois sacerdotes de ilibada compostura moral, retidão de caráter, sólida formação teológica e humanística dirigiram a paróquia de Santo Antônio.
Padre Mateus Cortez Rufino chegou a Campo Maior nos anos 40, foi recebido com hospitalidade pela população, mas aos poucos angariou a confiança e simpatia dos paroquianos, mercê de suas virtudes de bom administrador, orador sacro contagiante, dominava o vernáculo como poucos, professor de Latim e Português. Na minha modesta ótica, o considero a maior liderança transformadora da sociedade campomaiorense, quando teve a visão de implantar mecanismos preparatórios para o desenvolvimento socioeconômico e religioso desta terra, destacando a fundação do Ginásio Santos Antônio, da Escola Normal e Escola Técnica de Comércio, formando e preparando gerações de jovens para um futuro promissor; na saúde fundou o Hospital São Vicente de Paula; no campo social fundou o Prato dos Pobres, distribuindo sopa aos mais necessitados; na seara religiosa, teve a coragem de demolir a antiga Igreja, liderando campanha para edificação de um dos mais bonitos e imponentes templos católicos do nosso estado, atual Catedral de Santo Antônio. Criou várias associações religiosas; peregrinou pelo interior levando os ensinamentos do Evangelho e da fé Cristã.
Sucedeu-lhe o Pe. Isaac Vilarinho, grande esteio de fé apostólica, culto, orador de largos recursos, professor, conduta ética irrepreensível. Iniciou sua vida sacerdotal como auxiliar de Mons. Mateus e anos depois assumiu em definitivo a Paróquia de Santo Antônio.
As Igrejas Evangélicas, de escassa penetração nas famílias, poucos adeptos frequentavam os templos das Igrejas Batista e Assembleia de Deus.
Na área da saúde a população era assistida pelo SAMDU e Posto de Saúde do Sesp, ambos federais; a maternidade Sigefredo Pacheco e Hospital São Vicente de Paula, que encerrou suas atividades em dezembro de 1971. O Estado do Piauí inaugurou em 02 de janeiro de 1972 os trabalhos do Hospital Regional de Campo Maior.
A Educação era servida por várias unidades escolares de responsabilidade do Estado e Município, bem como a iniciativa privada principiava timidamente sua participação neste setor.
A Universidade Estadual implantava um Campus Universitário, oferecendo alguns cursos de bacharelado.
A história nos ensina que as mudanças ocorridas em todas as civilizações são um processo natural, evolutivo, no ramo das ciências, das artes e cultura dos povos.
Campo Maior também nesses últimos 27 anos seguiu alguns preceitos evolutivos, não estagnou, progrediu em muitos aspectos, permaneceu porém estratificada no caráter de seu povo a religiosidade cristã, princípios de honestidade e simplicidade, de ser ordeiro, hospitaleiro e trabalhador, orgulhoso do feito de seus antepassados, que com elevado espírito de civismo derramaram seu sangue em prol da independência do Brasil, das amarras do colonialismo português.
O livro Histórias de Évora é um relicário ficcional de Campo Maior nos anos 70/80, alguns personagens do livro são facilmente reconhecidos, assim como logradouros, clubes e cabarés.
O leitor campomaiorense que viveu naquele período por certo notará a retratação de nossa cidade nas páginas deste belo romance.
(*) Domingos José de Carvalho é médico, escritor e membro das Academias: de Letras do Vale do Longá, Maçônica de Letras do Estado do Piauí e Campomaiorense de Artes e Letras.
O vertente discurso foi pronunciado no dia 07/07/2017 no Auditório do SESC/Campo Maior, por ocasião do lançamento do romance Histórias de Évora.